Objetivo:
Analisar a associação entre o declínio cognitivo e a qualidade de vida de idosos hipertensos.
Métodos:
Pesquisa de abordagem quantitativa com delineamento analítico transversal, com 125 idosos hipertensos, de ambos os sexos, atendidos no Programa HIPERDIA, de São Luís-MA. Para a avaliação do declínio cognitivo, aplicou-se o Miniexame do Estado Mental (MEEM) e para avaliar a qualidade de vida, o Medical Outcomes Study 36 - Short-Form Health Survey (SF-36). A normalidade dos dados foi testada por meio do teste de Shapiro-Wilk, utilizando-se ainda o teste de Mann Whitney (qualidade de vida). Para testar a associação entre declínio cognitivo e qualidade de vida, usou-se o coeficiente de Spearman.
Resultados:
A prevalência de declínio cognitivo foi de 20,80%, com predominância em idosos com baixa escolaridade (45,83%). Idosos hipertensos com declínio cognitivo apresentaram pior qualidade de vida, comparados aos idosos hipertensos sem declínio cognitivo. Houve associação positiva da função cognitiva com a qualidade de vida nos domínios: capacidade funcional (r=0,222; p=0,01), dor (r=0,1871; p=0,04) e aspectos emocionais (r=0,3136; p=0,0005).
Conclusão:
Os resultados encontrados neste estudo sugerem que o declínio cognitivo afeta diretamente a qualidade de vida do idoso hipertenso, na medida em que limita a capacidade de realização de atividades do cotidiano, principalmente se associado a quadros dolorosos e alterações emocionais.
Envelhecimento; Idoso; Declínio cognitivo; Qualidade de vida