Resumo
Objetivo:
Analisar os fatores que interferem no exercício da sexualidade de pessoas idosas.
Método:
Estudo transversal com 235 idosos inscritos na Universidade Aberta à Terceira Idade da Universidade Federal de Pernambuco. A variável dependente, exercício da sexualidade, foi investigada nos aspectos: concepção sobre sexualidade, pensamento acerca do sexo, o que faz quando tem desejo por sexo, atividade sexual e autoerotização. As variáveis independentes incluídas foram: dados sociodemográficos, condição de saúde e autopercepção da imagem corporal. Na análise estatística utilizou-se a correlação bivariada pelo coeficiente de Kendall e Spearman posteriormente. Na regressão linear generalizado, foram incluídas todas as variáveis que obtiveram p≤0,20 na análise bivariada, sendo considerado o valor de p≤0,05 como rejeição da hipótese nula do estudo.
Resultado:
A concepção sobre sexualidade teve maior relação com a genitalidade (67,2%), 51,5% referiram pensar em sexo, embora 71,1% disseram ser indiferentes ao desejo sexual; 32,3% afirmam ter atividade sexual; e 23% autoerotização. As variáveis: faixa etária, anos de estudo, religião, prática de exercício físico e insatisfação com a imagem corporal tiveram significância na correlação bivariada. O desejo por sexo e atividade sexual apresentaram menores chances de estarem presentes para os idosos que praticavam exercício físico.
Conclusão:
A sexualidade da pessoa idosa se alicerça em diversos fatores que podem interferir em sua vivência e devem ser considerados nas estratégias educativas realizadas pelo profissional de saúde que agem na promoção de ações para a saúde sexual dos mais velhos.
Palavras-chave:
Envelhecimento; Sexualidade; Educação em Saúde.