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Aborto na estrutura das causas da mortalidade materna

Resumo

Objetivos

Estudar a estrutura damortalidadematerna causada pelo aborto na região de Tula.

Métodos

Os registros médicos de mulheres grávidas falecidas, de parto e de pósparto, de 01 de janeiro de 2001 a 31 de dezembro de 2015, foram analisados.

Resultados

No geral, 204.095 casos de aborto foram registrados na região de Tula, em um período de 15 anos. A frequência de aborto foi reduzida a 1/4, passando de 18.200 abortos em2001 para 4.538 em 2015. A taxa de abortos a cada 1.000 mulheres (com idades entre 15 e 44 anos) diminuiu 40,5% em 15 anos, isto é, de 46,53 (2001) para 18,84 (2015), e a taxa de abortos a cada 100 nascidos vivos e natimortos foi de 29,5%, isto é, de 161,7 (2001) para 41,5 (2015). Cinco mulheres morreram de complicações do aborto que começaram fora do hospital, o que representou 0,01% do número total. No quadro geral de causas de mortalidade materna neste período de 15 anos, o aborto representou 14,3% dos casos. A letalidade ocorreu, principalmente, no período de 2001 a 2005 (4 casos). Entre as mortes maternas, muitas mulheres morreram em áreas rurais após a interrupção da gravidez, com 18 a 20 semanas de gestação (n= 4). Além disso, três mulheres morreram por sepse, e duas, por sangramento.

Conclusão

Com a introdução de tecnologias de planejamento familiar modernas e eficazes, a mortalidade materna devido ao aborto vem sendo reduzida.

Palavras-chave:
aborto; gravidez; mortalidade materna; planeamento familiar; sepse

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