Acessibilidade / Reportar erro
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Volume: 33, Número: 8, Publicado: 2011
  • Diabetes gestacional, o que mudou nos critérios de diagnóstico? Editorial

    Francisco, Rossana Pulcineli Vieira; Trindade, Thathianne Coutheux; Zugaib, Marcelo
  • Resultados maternos e perinatais em gestantes portadoras de leucemia Artigos Originais

    Nomura, Roseli Mieko Yamamoto; Igai, Ana Maria Kondo; Faciroli, Natália Cristina; Aguiar, Isabela Neto; Zugaib, Marcelo

    Resumo em Português:

    RESUMO OBJETIVO: Descrever as complicações maternas e os resultados perinatais entre as gestantes com diagnóstico de leucemia que foram acompanhadas no pré-natal e no parto em hospital universitário. MÉTODOS: Estudo retrospectivo do período de 2001 a 2011, que incluiu 16 gestantes portadoras de leucemia acompanhadas pela equipe de pré-natal especializado em hemopatias e gestação. Nas leucoses agudas, diagnosticadas após o primeiro trimestre, a recomendação foi realizar a quimioterapia apesar da gestação em curso. Nas gestantes com leucoses crônicas, quando controladas do ponto de vista hematológico, foram mantidas sem medicação durante a gravidez, ou, foi introduzida terapêutica antineoplásica após o primeiro trimestre. Foram analisadas as complicações maternas e os resultados perinatais. RESULTADOS: A leucemia linfoide aguda (LLA) foi diagnosticada em cinco casos (31,3%), a leucemia mieloide aguda (LMA) em dois casos (12,5%) e a leucemia mieloide crônica (LMC) em nove casos (56,3%). Nos casos de leucemias agudas, dois (28,6%) casos foram diagnosticados no primeiro trimestre, dois (28,6%) no segundo e três (42,9%) no terceiro. Duas gestantes com LLA diagnosticada no primeiro trimestre optaram pelo aborto terapêutico. Quatro casos de leucemia aguda receberam tratamento quimioterápico na gestação, com diagnóstico estabelecido após a 20ª semana. Em um caso de LLA com diagnóstico tardio (30ª semana) a quimioterapia foi iniciada após o parto. Todas as gestantes com leucemia aguda evoluíram com anemia e plaquetopenia, quatro casos (57,1%) evoluíram com neutropenia febril. Das gestantes com LMC, quatro utilizavam mesilato de imatinibe quando engravidaram, três delas suspenderam no primeiro trimestre e uma no segundo. Durante a gravidez, três (33,3%) não necessitaram de terapêutica antineoplásica após suspensão do imatinibe; e em seis (66,7%) foram utilizadas as seguintes drogas: interferon (n=5) e/ou hidroxiureia (n=3). No grupo de gestantes com LMC, verificou-se a ocorrência de anemia em quatro casos (44,4%) e plaquetopenia em um (11,1%). Quanto aos resultados perinatais, nas gestações complicadas pela leucemia aguda, a média da idade gestacional no parto foi de 32 semanas (desvio padrão - DP=4,4) e a média do peso do recém-nascido foi 1476 g (DP=657 g). Houve 2 (40,0%) óbitos perinatais (um fetal e um neonatal). Nas gestações complicadas pela LMC, a média da idade gestacional no parto foi de 37,6 semanas (DP=1,1) e a média do peso do recém-nascido foi 2870 g (DP=516 g); não houve morte perinatal e nenhuma anomalia fetal foi detectada. CONCLUSÕES: É elevada a morbidade materna e fetal nas gestações complicadas pela leucemia aguda; enquanto que, nas complicadas pela LMC, o prognóstico materno e fetal parece ser mais favorável, com maior facilidade no manejo das complicações.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: To describe the maternal and perinatal outcomes of pregnant women diagnosed with leukemia who were followed up for prenatal care and delivery at a university hospital. METHODS: A retrospective study of the period from 2001 to 2011, which included 16 pregnant women with a diagnosis of leukemia followed by antenatal care specialists in hematological diseases and pregnancy. For acute leukemia diagnosed after the first trimester, the recommendation was to perform chemotherapy despite the current pregnancy. For chronic leukemia, patients who were controlled in hematological terms were maintained without medication during pregnancy, or chemotherapy was introduced after the first trimester. We analyzed the maternal and perinatal outcome. RESULTS: Acute lymphoblastic leukemia (ALL) was diagnosed in five cases (31.3%), acute myeloid leukemia (AML) in two cases (12.5%) and chronic myeloid leukemia (CML) in nine cases (56.3%). Of the cases of acute leukemia, two (28.6%) were diagnosed in the first trimester, two (28.6%) in the second and three (42.9%) in the third. Two patients with ALL diagnosed in the first trimester opted for therapeutic abortion. Four patients with acute leukemia received chemotherapy during pregnancy, with a diagnosis established after the 20th week. In one case of ALL with a late diagnosis (30 weeks), chemotherapy was started after delivery. All pregnant women with acute leukemia developed anemia and thrombocytopenia, and four (57.1%) developed febrile neutropenia. Of nine pregnant women with CML, four were treated with imatinib mesylate when they became pregnant, with treatment being interrupted in the first trimester in three of them and in the second trimester in one. During pregnancy, three patients (33.3%) required no chemotherapy after discontinuation of imatinib, and six (66.7%) were treated with the following drugs: interferon (n=5) and/or hydroxyurea (n=3 ). In the group of pregnant women with CML, anemia occurred in four (44.4%) cases and thrombocytopenia in one (11.1%). The perinatal outcomes of pregnancies complicated by acute leukemia were as follows: mean gestational age at delivery was 32 weeks (standard deviation - SD=4.4) and the mean birth weight was 1476 g (SD=657 g), there were 2 (40.0%) perinatal deaths (a fetal one and a neonatal one). In pregnancies complicated by CML, the mean gestational age at delivery was 37.6 weeks (SD=1.1) and the mean birth weight was 2870 g (SD=516 g). There was no perinatal death and no fetal abnormality was detected. CONCLUSIONS: Maternal and fetal morbidity is high in pregnancies complicated by acute leukemia. Whereas, in pregnancies complicated by CML, the maternal and fetal prognosis appears to be more favorable, with greater ease in management of complications.
  • Avaliação da adaptação psicossocial na gravidez em gestantes brasileiras Artigos Originais

    Lima e Silva, Janiny; Ferreira, Elizângela da Fonseca; Medeiros, Marcielle; Araújo, Maristela Lopes; Silva, Ana Gabriela Câmara Batista da; Viana, Elizabel de Souza Ramalho

    Resumo em Português:

    RESUMO OBJETIVO: avaliar a adaptação psicossocial na gravidez, por intermédio da tradução e adaptação de instrumento específico, para ser usado em gestantes brasileiras. MÉTODOS: estudo observacional de corte transversal. Foi realizada a tradução e adaptação transcultural do PSeQ (Prenatal Self-evaluation Questionnaire) seguindo todas as etapas metodológicas exigidas. aplicou-se um questionário contendo perguntas abertas e fechadas de forma a caracterizar os dados sócio-demográficos e clínicos das gestantes (n=36). a análise estatística constou de média, desvio padrão (DP), freqüência absoluta e relativa. Para análise da consistência interna utilizou-se o coeficiente alfa de Cronbach, por meio do SPSS versão 17.0. RESULTADOS: as voluntárias apresentaram baixo nível sócio-econômico, média de idade de 25,1 anos ( 5,5), idade gestacional média de 25,9 semanas ( 8,1). Destas, 58,3% não haviam planejado a atual gravidez. O pré-teste mostrou que 75% das gestantes consideraram o questionário de fácil entendimento. Quanto ao instrumento PSEQ, a identificação com o papel materno foi a sub-escala que apresentou maior média 24,8 ( 5,6), enquanto o relacionamento com a mãe apresentou a menor média 15,4 ( 7,7). a consistência interna variou entre 0,52-0,89. CONCLUSÃO:a avaliação psicossocial materna no pré-natal mostra-se importante no acompanhamento da progressão da gestação e permite a intervenção mediante ações de promoção e prevenção no bem-estar materno-infantil.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE:to evaluate psychosocial adaptation to pregnancy by translating and cross-culturally adapting a specific assessment instrument to be used with Brazilian women. METHODS: this was a cross-sectional observational study. the translation and cross-cultural adaptation and of the Prenatal Self-evaluation Questionnaire (PSeQ) was performed following all the required methodological steps. another questionnaire was applied to characterize the sociodemographic and clinical status of the pregnant women (n=36). Statistical analysis consisted of the determination of the mean and standard deviation (SD) and of absolute and relative frequency. the statistical test used for the analysis of internal consistency was Cronbach's alpha coefficient, using SPSS version 17.0. RESULTS: the volunteers were of low socioeconomic status, aged on average 25.1 years ( 5.5), and had an average gestational age of 25.9 weeks ( 8.1). 58.3% of these volunteers had not planned their current pregnancy. the pretest showed that 75% of the pregnant women found the questionnaire easy to understand. Regarding the PSeQ instrument, the identification with the maternal role was the subcategory which showed the highest average, 24.8 ( 5.6), while the relationship with the mother had the lowest average 15.4 ( 7.7). the internal consistency ranged from 0.52 to 0.89. CONCLUSION: the assessment of psychosocial adaptation to pregnancy in pregnant women is very important during the progress of pregnancy and permits intervention through obstetric-neonatal actions of promotion and prevention regarding the well-being of mother and child.
  • Características epidemiológicas e nutricionais de gestantes vivendo com o HIV Artigos Originais

    Brandão, Thelma; Silva, Kátia Silveira da; Sally, Enilce Fonseca de Oliveira; Dias, Marcos Augusto; Silva, Cláudia Valéria Cardim da; Fonseca, Vânia Matos

    Resumo em Português:

    OBJETIVO: Caracterizar o perfil epidemiológico e nutricional de gestantes com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e os efeitos dessa infecção sobre o estado nutricional dessas mulheres durante a gravidez. MÉTODOS: Foi feito um estudo de coorte retrospectivo onde foram incluídas 121 gestantes com diagnóstico de infecção pelo HIV, gestação de feto único, que frequentaram pré-natal e fizeram o parto em uma unidade de referência para gestantes vivendo com HIV, no período de 1997 a 2007. Desfechos do estudo foram o estado nutricional inicial e final, avaliado pelo índice de massa corporal, o ganho ponderal, a anemia (hemoglobina <11 g/dL) e o baixo peso ao nascer. A análise bivariada investigou associação desses desfechos com variáveis sociodemográficas, clínico-assistenciais e características dietéticas. Foram estimados os riscos relativos (RR) com respectivos intervalos de confiança (IC) de 95%. RESULTADOS: No inicio da gravidez 11% das gestantes estavam com baixo peso, e no final da gravidez, essa prevalência foi de 29,3%. A baixa escolaridade, a infecção urinária e verminose estiveram associadas ao baixo peso gestacional final. O percentual de ganho ponderal insuficiente foi de 47,5%, gestantes eutróficas (RR=3,3 IC95% 1,3-8,1) e as gestantes sem companheiro (RR=1,5 IC95% 1,1-2,2) apresentaram um risco maior para esse desfecho. A prevalência de sobrepeso no início e no final foi de 26,8 e 29,4, respectivamente. Observou-se importante prevalência de anemia (61%). CONCLUSÕES: O elevado percentual de desfechos nutricionais desfavoráveis identificados neste serviço de referência com assistência multiprofissional para gestantes que vivem com HIV revela a necessidade de se estabelecer estratégias mais eficientes para lidar com complexo contexto que envolve a ocorrência do HIV, principalmente para aquelas gestantes de baixo nível socioeconômico, que não tem união estável.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: To describe the epidemiological profile and nutritional status of pregnant women infected with human immunodeficiency virus (HIV) and its effect on the nutritional status of these women during pregnancy. METHODS: A retrospective cohort study was conducted on 121 pregnant women with HIV infection, single fetus pregnancies, who received prenatal care and delivered at a referral unit for HIV-infected pregnant women during the period from 1997 to 2007. Outcomes of the study were the initial and final nutritional status as measured by body mass index, weight gain, anemia (hemoglobin <11 g/dL) and low birth weight. Bivariate analysis investigated the association of these outcomes with socio-demographic, clinical-care and dietary characteristics. We estimated the relative risks (RR) with 95% confidence intervals (CI). RESULTS: At the beginning of pregnancy, 11.0% of the women were underweight, and in late pregnancy, the prevalence was 29.3%. Low educational level, urinary infection and worm infestation were associated with low gestational weight in late pregnancy. The percentage of insufficient weight gain was 47.5%, with well-nourished pregnant women (RR=3.3 95%CI 1.3-8.1) and women with no companion (RR=1.5 95%CI 1.1-2.2) having a higher risk for this outcome. The prevalences of overweight at the beginning and at the end of pregnancy were 26.8 and 29.4, respectively. There was a significant prevalence of anemia (61.0%). CONCLUSIONS: The high percentage of negative nutritional outcomes identified at this referral service with multidisciplinary care for pregnant women living with HIV reveals the need to establish more effective strategies to deal with the complex context of HIV.
  • Preditores clínicos de bacteriúria assintomática na gestação Artigos Originais

    Darzé, Omar Ismail Santos Pereira; Barroso, Ubirajara; Lordelo, Maurício

    Resumo em Português:

    OBJETIVOS: Estimar a prevalência de bacteriúria assintomática (BAS) entre gestantes atendidas em pré-natal de Serviço Universitário e identificar prováveis preditores clínicos. MÉTODOS: Estudo prospectivo de corte transversal, envolvendo 260 gestantes matriculadas em serviço de pré-natal de baixo risco entre agosto de 2008 e outubro de 2009, sem sintomas de infecção do trato urinário. Foram excluídas aquelas com febre, disúria, tenesmo vesical, dor lombar, presença de sangramento genital, perda de líquido amniótico, uso de antimicrobianos nos últimos 30 dias e aquelas que não desejaram participar do projeto. A presença de colonização bacteriana ≥10(5) UFC/mL de único patógeno, na amostra urinária obtida do jato médio, foi considerada como a variável dependente. As variáveis estudadas foram: idade, raça, estado civil, nível de instrução, história obstétrica, idade gestacional, anemia, traço falciforme, colpite, passado de infecção do trato urinário, polaciúria, urgência miccional e incontinência urinária. Dados do sumário de urina também foram analisados, como a presença de leucocitúria, flora bacteriana aumentada, hematúria, proteinúria e nitrito. A análise estatística foi realizada com o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 13.0 e a significância estatística foi previamente definida por valor p<0,05. As prevalências foram expressas por percentual e intervalo de confiança considerado foi de 95%. RESULTADOS: A prevalência de foi de 12,3% (IC95%=8,3-16,3). O agente etiológico mais frequente foi a E. coli (59,4%). A regressão logística indicou que a urgência miccional (OR=5,9; IC95%=2,2-16,3; p<0,001), a leucocitúria (OR=2,8; IC95%=1,0-7,8; p=0,04) e a flora bacteriana aumentada (OR=10,6; IC95%=3,9-28,5; p<0,001), são preditores independentes de BAS durante a gestação. CONCLUSÃO: A prevalência de bacteriúria assintomática na população estudada é alta. O escore preditor criado com o modelo final de regressão logística possui uma acurácia de 91,9% para bacteriúria.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: To estimate the prevalence of asymptomatic bacteriuria among pregnant women attended at our university prenatal care clinic and to identify probable clinical predictors. METHODS: Across-sectional study was carried out from August 2008 to October 2009 at the Bahiana School of Medicine involving 260 pregnant women without symptoms of urinary tract infection. The following exclusion criteria were considered: presence of clinical signs such as fever, dysuria, vesical tenesmus, lumbar pain, history of active genital bleeding or loss of amniotic fluid, use of antimicrobial agents in the 30 days prior to sample collection, and refusal to participate in the project. The presence of single pathogen bacterial colonization ≥10(5) CFU/mL in the urine sample obtained from the middle jet was considered to be a dependent variable. The predictive factors evaluated were as follows: age, race, marital status, schooling, gestational age, hypertension, anemia, vaginal infection, sickle cell trait and previous history of urinary tract infection, urinary symptoms related to the lower urinary tract (frequency, urgency and nocturia) and data obtained from the urine summary (leukocyturia, increased bacterial flora, hematuria, proteinuria, and presence of nitrite). Statistical analysis was performed with the Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) software version 13.0 and the level of significance was set at p<0.05. Prevalences were expressed as percentage, and the confidence interval considered was 95% (95%CI). RESULTS: The prevalence of asymptomatic bacteriuria was 12.3% (95%CI=8.3-16.3). E. coli was the most frequent etiologic agent (59.4%). Logistic regression indicated that urgency to void (OR=5.99; 95%CI=2.20-16.31; p<0.001); leukocyturia (OR=2.85; 95%CI=1.04-7.83; p=0.042) and increased bacterial flora (OR=10.62; 95%CI=3.95-28.56; p<0.001) were independent predictors of asymptomatic bacteriuria. CONCLUSION: The prevalence of asymptomatic bacteriuria in the studied population was high. The prediction score created for the final logistic regression model has an accuracy of 91.9% for bacteriuria.
  • Impacto da embolização arterial do leiomioma uterino no volume uterino, diâmetro do mioma dominante e na função ovariana Artigos Originais

    Bernardo, André; Gomes, Mariano Tamura Vieira; Castro, Rodrigo Aquino; Girão, Manoel João Batista Castello; Bonduki, Claudio Emilio; Yokoyama, Claudio Atsushi

    Resumo em Português:

    RESUMO OBJETIVO: Avaliar o impacto da embolização arterial de miomas (EAM) sobre o volume uterino (VU), na função ovariana. MÉTODOS: Trinta pacientes com leiomioma se submeteram à EAM. Foram realizados exames de USPTV e FSH antes e três meses após a EAM. Foram analisados o VU em cm³, o diâmetro do mioma dominante (DMD) em cm e o FSH em UI/mL, expressos por média desvio padrão (DP) e submetidos a análise estatística pelo teste não paramétrico de Mann-Whitney. RESULTADOS: Foram incluidos na análise 29 casos. A média do VU pré-EAM foi 402,4 165,9 cm³, DMD pré-EAM 5,9 2,1 cm. O VU pós-EAM foi 258,9 118,6 cm³, DMD pós-EAM foi 4,6 1,8 cm. A média da dosagem de FSH pré-EAM foi 4,9 3,5 UI/mL e pós-EAM foi 5,5 4,7 UI/mL com p=0,5. Houve redução de 35% do VU, de 22% no DMD e a EAM não alterou significativamente os valores de FSH após três meses. CONCLUSÃO: O procedimento diminui significativamente o VU e DMD e, não há aumento significativo dos níveis séricos de FSH, não havendo, portanto, alterações na função ovariana.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: To evaluate the impact of uterine artery embolization (UAE) on uterine volume (UV), greater myoma diameter (GMD) and ovarian function three months after the procedure, by transvaginal pelvic ultrasonography (TVPUS) and by the determination of follicle-stimulating hormone (FSH). METHODS: Thirty patients with leiomyomas were submitted to UAE. TVPUS and FSH determination were performed before and three months after UAE. UV was determined in cm³, GMD in cm and FSH in IU/mL. Data are reported as as mean standard deviation (SD) and were analyzed statistically by the nonparametric Mann-Whitney test. RESULTS: Twenty-nine patients were analyzed. Before UAE, mean UV was 402.4 165.9 cm³ and GMD was 5.9 2.1 cm. After UAE, mean UV was 258.9 118.6 cm³ and GMD was 4.6 1.8 cm. Mean FSH concentration was 4.9 3.5 IU/mL before UAE and 5.5 4.7 IU/mL after UAE, with p=0.5. There was a 35% reduction of UV and a 22% reduction of GMD, with no changes in FSH values after three months. CONCLUSION: The procedure significantly reduced UV and GMD but did not cause a significant increase in FSH levels, thus causing no changes in ovarian function.
  • Fatores que influenciam o consumo energético de mulheres no tratamento do câncer de mama Artigos Originais

    Ambrosi, Claudia; Di Pietro, Patricia Faria; Rockenbach, Gabriele; Vieira, Francilene Gracieli Kunradi; Galvan, Daisy; Crippa, Carlos Gilberto; Fausto, Maria Arlene

    Resumo em Português:

    RESUMO OBJETIVO: Investigar alterações no consumo dietético, bem como a influência das características gerais, dos fatores sociodemográficos, clínicos e nutricionais, e do tratamento antineoplásico sobre as mudanças do consumo energético, em mulheres do sul do Brasil, antes e após a realização de terapia adjuvante para o câncer de mama. MÉTODOS: Ensaio clínico não randomizado, conduzido em hospital da rede pública de saúde, com 53 pacientes. Informações dietéticas foram coletadas com questionário de frequência alimentar. Para avaliar os fatores que influenciaram alterações longitudinais da ingestão energética, usou-se modelo de regressão linear de efeitos mistos. RESULTADOS: Houve aumento significativo no consumo diário de energia, de gorduras, cálcio, ferro, cobre, ácidos graxos poli-insaturados, ômega 6 e ômega 3, e uma diminuição significativa da vitamina B2. O modelo final de regressão mostrou aumento médio de 19,2 kcal/mês. As maiores associações com ingestão energética foram frutas e leguminosas, sendo que cada 100 g de consumo destas, resultou um acréscimo médio de 68,4 e 370,5 kcal, respectivamente. Mulheres com idade compreendida entre 51 e 60 anos consumiram 403,5 kcal menos do que aquelas com idade de 31 a 50 anos. CONCLUSÃO: Observou-se que houve aumento na ingestão energética durante o tratamento e que o aumento na ingestão de frutas e leguminosas foi associado com aumentos significativos na ingestão de energia.

    Resumo em Inglês:

    PURPOSE: To investigate changes in the dietary consumption as well as the influence of the general characteristics, of the sociodemographic, clinical and nutritional factors, and of the antineoplastic therapy on the changes in the energy intake of women from southern Brazil, before and after adjuvant therapy for breast cancer. METHODS: A non-randomized clinical study was conducted on 53 patients at a hospital of the public health network. Dietary information was collected with a food frequency questionnaire. A mixed-effects linear regression model was used to evaluate the factors that influenced longitudinal alterations of energy intake. RESULTS: A significant increase was observed in daily energy intake of fats, calcium, iron, copper, polyunsaturated fatty acids, omega 6 and omega 3, and a significant decrease in vitamin B2 intake. The final regression model for the change in energy intake showed an average increase of 19.2 kcal/month. Fruit and legume consumption showed the highest association with energy intake, with each 100 g consumed resulting in an average increase of 68.4 and 370.5 kcal, respectively. Women in the 51 to 60 year age range consumed 403.5 kcal less than those in the 31 to 50 year age range. CONCLUSION: There was an increase in energy intake during treatment and the increase in the ingestion of fruits and legumes was associated with significant increases in energy intake.
  • Síndrome hiperandrogênica em mulher na pós-menopausa: relato de caso Relato De Caso

    Polisseni, Fernanda; Gonçalves Júnior, Homero; Vidal, Vicente Rozauro; Macedo, Flávia Lopes; Lins, Betina Diniz; Campos, Juliana Delgado; Mattos, Natháli a Barbosa

    Resumo em Português:

    RESUMO As síndromes hiperandrogênicas englobam doenças que se manifestam através de um aumento da atividade biológica dos androgênios e podem ter origem em patologias neoplásicas ou funcionais. Os tumores ovarianos secretores de androgênios constituem cerca de 1% das neoplasias do ovário. O tumor de células esteroides é um dos tipos mais raros, sendo responsáveis por menos de 0,1% de todos os tumores ovarianos. São habitualmente benignos, de pequenas dimensões e unilaterais. Neste relato, apresenta-se o caso raro de um tumor unilateral de células esteroides. Paciente do sexo feminino, 60 anos, por hirsutismo, hipertorfia do clitóris e elevação dos níveis séricos de estradiol, com quatro meses de evolução. Apresentava níveis elevados de testosterona total e de 17-OH-Progesterona.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Hyperandrogenic syndromes include diseases that manifest through an increased biological activity of androgens and that can originate from neoplastic or functional diseases. Androgen-secreting ovarian tumors represent about 1% of ovarian neoplasias. Steroid cell tumors are among the more rare types which account for less than 0.1% of all ovarian tumors. They are usually benign, of small dimensions and unilateral. We report here a rare case of a unilateral steroid cell tumor. A 60-year-old woman was seen after four months of evolution of hirsutism, clitoris hypertrophy and elevation of serum estradiol levels. Her total testosterone and 17-OH-progesterone levels were also increased.
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia Av. Brigadeiro Luís Antônio, 3421, sala 903 - Jardim Paulista, 01401-001 São Paulo SP - Brasil, Tel. (55 11) 5573-4919 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: editorial.office@febrasgo.org.br