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Mitos, categorias e cristais: revisitando os clássicos do movimento homossexual brasileiro1 1 Principiei esta pesquisa em 2018. Ela gerou dois artigos e minicursos vários. Agradeço aos colegas que leram, socializaram fontes e artigos - Carlos Humberto Ferreira Silva-Júnior, Luiz Morando, Remon Bortollozi, Santiago Joaquín Insausti, Thiago Soliva, Vinícius Ferreira. Sou, porém, a única responsável pelo seu conteúdo.

RESUMO

Este artigo revisita a literatura clássica sobre o movimento homossexual brasileiro (MHB). Discute as dificuldades inerentes à categoria movimento social e demonstra como se deu a divulgação e a incorporação do mito fundador e da noção de que a imprensa gay artesanal, à exceção de Snob e Gente Gay, apenas conteria paródias e fofocas. Ao final, propõe uma metodologia para o exame da constituição de movimentos sociais cujos atores são marcados por dinâmicas de desqualificação (pessoas LGBTI+, negros, povos originários, mulheres, prostitutas), a qual, ademais de processual, contemple o esforço adicional para superar a identidade deteriorada. Apoia-se em Maria da Glória Gohn, E. P. Thompson, Peter Burke, Howard Becker, Pierre Bourdieu e Michel de Certeau.

Palavras-chave:
Movimento Homossexual Brasileiro; paradigmas teóricos; subjetividades

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