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Células infectadas pelo eritrovírus B19

Cells infected by erythrovirus B19

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Células infectadas pelo eritrovírus B19

Cells infected by erythrovirus B19

Sheila O.GarciaI; Ester C. SabinoII; Gracia M. MartinezIII

IAluna do curso de Mestrado em Processos Imunes e Infecciosos da Faculdade de Medicina da USP – São Paulo-SP

IIMédica chefe do Departamento de Biologia Molecular da Fundação Pró-Sangue

IIIMédica assistente do Serviço de Hematologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP – São Paulo-SP

Correspondência Correspondência: Sheila de Oliveira Garcia Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 155 – 1º andar, bloco 4, sala 61 Laboratório de Imunopatologia 05403-000 – Cerqueira César – São Paulo-SP – Brasil Email: sheilagarcia.hp@gmail.com

O eritrovírus, anteriormente descrito como parvovírus B19, é um membro da família Parvoviridae. Devido ao alto tropismo para células eritropoéticas, o B19 foi incluído no gênero Erytrovirus, pois se replica apenas em células eritróides da medula óssea e do sangue.1 Como consequência da infecção viral há inibição da eritropoese e efeitos citotóxicos. A infecção inicia-se quando o capsídeo liga-se ao antígeno P. O antígeno P é um glicoesfingolipídeo da linhagem vermelha, especialmente expresso nos proeritroblastos.2

A infecção pelo eritrovírus pode apresentar manifestações clínicas como o eritema infeccioso, a artropatia, a crise aplásica transitória, a aplasia pura de células vermelhas, a erupção papular, purpúrica em mãos e pés e hidropisia fetal. Algumas manifestações são relacionadas à maior morbimortalidade e são a encefalopatia, epilepsia, meningite, miocardite, cardiomiopatia dilatada e hepatite autoimune. O eritrovírus tem sido sugerido por vários autores como agente causal em várias síndromes clínicas, o que por vezes é de difícil comprovação.3 A presença de precursores eritróides gigantes, com inclusões citoplasmáticas e granulação eosinofílica é altamente sugestiva de infecção pelo eritrovírus, porém o teste mais preciso para a confirmação do diagnóstico é a pesquisa de DNA viral pelo método de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase).

Recebido: 14/11/2008

Aceito: 25/11/2008

Suporte Financeiro: Fapesp

Avaliação: Editor e dois revisores externos

Conflito de interesse: não declarado

  • 1. Valera ET, Cipolotti R, Bernardes JE, Pacagnella RC, Lima DM, Tone LG, et al Pancitopenia transitória induzida por parvovírus B19 em criança portadora de esferocitose hereditária. J. Pediatr. 2000; 76(4):323-6.
  • 2. Brown KE, Anderson SM, Young NS. Erythrocyte P antigen: cellular receptor for B19 parvovirus. Science. 1993;262:114-7.
  • 3. Setúbal S, Oliveira SA, Angelis FD, Serôdio AC, Nascimento JP. Manifestações clínicas associadas ao parvovírus B19, incluindo a anemia persistente na AIDS e em outras formas de imunodepressão. J Bras Doenças Sex Transm. 2001;13(4):55-60.
  • Correspondência:
    Sheila de Oliveira Garcia
    Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 155 – 1º andar, bloco 4, sala 61
    Laboratório de Imunopatologia
    05403-000 – Cerqueira César – São Paulo-SP – Brasil
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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      06 Abr 2009
    • Data do Fascículo
      Fev 2009
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