Acessibilidade / Reportar erro

Avaliação neuropsicológica de idosos praticantes de capoeira

Neuropsychological assessment of elderly doing capoeira

Evaluación neuropsicológica de ancianos practicantes de capoeira

INTRODUÇÃO:

Este estudo procura contribuir com uma relação pouco explorada no meio acadêmico: capoeira, cognição e envelhecimento. Relacionando estudos sobre funções executivas e a capoeira, busca-se investigar a interligação desta arte e as funções executivas. Estas se referem a desempenhos de comportamentos complexos (memória de trabalho, flexibilidade mental, tomada de decisão) e a memória léxico-semântica.

OBJETIVO:

Comparar o desempenho de funções executivas em idosas praticantes de capoeira e idosas não praticantes de exercício físico.

MÉTODO:

Estudo transversal que coletou as informações de cada participante apenas uma vez. Serão comparados dois grupos: 1) grupo de idosos praticantes de capoeira e 2) idosos que não fazem exercício físico. Para seleção e caracterização dos grupos utilizaram-se: questionário sociodemográfico, aspectos gerais de saúde e escala de hábitos de leitura e escrita, mini-exame de estado mental (MEEM) e escala de depressão de Yesavage (GDS-30). Para avaliar o desempenho das funções executivas foi realizado o teste de trilhas e as tarefas de fluência verbal. Para análise estatística dos dados será utilizado o teste de Shapiro-Wilk para normatização dos dados. O teste de t de Student e o teste U de Mann Whitney serão usados para comparar duas médias de amostras independentes. Utilizou-se a improvisação, a ação, a tomada de decisão, o equilíbrio e as noções de espaço, tempo, ritmo, música, e a compreensão do jogo da capoeira como intervenção devido à possível utilização dos processos executivos nessa arte.

RESULTADOS:

Verificou-se que não houve diferença significativa nos testes realizados. Porém houve superioridade nos testes de fluência verbal e testes de trilha A e B, sendo maior em B no grupo de capoeira do que no grupo controle.

CONCLUSÃO:

A prática de capoeira tem uma tendência em contribuir para a melhora das funções executivas, embora os mecanismos desse benefício não estejam claros

envelhecimento; função executiva; exercícios físico


Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte Av. Brigadeiro Luís Antônio, 278, 6º and., 01318-901 São Paulo SP, Tel.: +55 11 3106-7544, Fax: +55 11 3106-8611 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: atharbme@uol.com.br