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RESPOSTAS CARDIORRESPIRATÓRIAS AO EXERCÍCIO ISOCINÉTICO EM PACIENTES COM DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA

RESUMO

Introdução

O treinamento no dinamômetro isocinético é uma alternativa para aumentar a força muscular em pacientes com doença arterial coronariana (DAC). Poucos estudos têm investigado as respostas metabólicas e cardiorrespiratórias do exercício isocinético submáximo em pacientes de um programa de reabilitação cardíaca.

Objetivos

Descrever as respostas cardiorrespiratórias em duas intensidades de exercícios isocinéticos. Adicionalmente, comparamos as respostas cardiorrespiratórias do exercício isocinético com os dados de um teste de exercício cardiopulmonar (TECP) incremental.

Métodos

Oito indivíduos com DAC (61,7± 6,6 anos) realizaram os seguintes testes: 1) TECP em esteira ergométrica; 2) Teste de pico de torque (cinco repetições) e resistência à fadiga (20 repetições) de flexão-extensão de joelho nas velocidades angulares de 120º /s e 180º/s; 3) Duas séries de 20 repetições em 30% a 40% (baixa intensidade, BI) e 50% a 60% (moderada intensidade, MI) do pico de torque nas velocidades angulares de 120o /s e 180º/s no dinamômetro isocinético. Durante os exercícios, os indivíduos foram conectados ao analisador de gases expirados com monitoração simultânea do traçado eletrocardiográfico, frequência cardíaca (FC), consumo de oxigênio (VO2), produção de dióxido de carbono e ventilação minuto (VE). Foi calculada a diferença (∆) entre a medida pico durante os exercícios e os valores basais.

Resultados

Tanto a BI quanto a MI produziram respostas cardiorrespiratórias abaixo do limiar anaeróbico (82,8 ± 8,1% da FCmáx e 74,4 ± 9,6% do VO2pico) comparadas com os dados do TECP (P < 0,01). A MI mostrou valores maiores de ∆ FC (9,8 ± 5,5 vs. 6,3 ± 4,6 bpm; P = 0,01), ∆ duplo produto frequência-pressão (3.015 ± 2.286 vs. 1.957 ± 1.932 mmHg.bpm; P = 0,01) e ∆VE (10,2 ± 6,2 vs. 6,9 ± 7 L.min-1; P = 0,03) quando comparado com a BI na velocidade angular de 180º/s.

Conclusão

Esses resultados sugerem que este protocolo de exercícios isocinéticos pode ser usado como estratégia para programas de reabilitação cardíaca em pacientes com DAC. Nível de evidência IV; Série de casos.

Dinamômetro de força muscular; Consumo de oxigênio; Exercício; Reabilitação cardíaca; Doença da artéria coronariana

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