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Infecção por Leishmania em uma população de cães: uma investigação epidemiológica relacionada ao controle da leishmaniose visceral

A identificação dos fatores associados à infecção por Leishmania em cães é essencial para o direcionamento das ações de controle da leishmaniose visceral. Desta forma, o presente estudo analisa alguns destes fatores em uma população de cães, bem como as limitações das estratégias de controle executadas em um município brasileiro. Por meio de modelos de regressão logística, analisou-se a associação entre as variáveis de exposição e a ocorrência de infecção. As ações de controle da doença foram analisadas qualitativamente. Dos 755 animais avaliados por meio de sorologia, 13,6% (103/755) foram soro-reagentes. Destes, 23,3% (24/103) eram assintomáticos e 76,7% (79/103) apresentaram pelo menos um sinal clínico possivelmente associado com a leishmaniose visceral. Com associações fracas, cães de raça pura, de pelo curto, com mais de cinco anos, machos e de grande porte foram mais propensos à infecção. As duas últimas variáveis compuseram o modelo final de regressão, sendo significativa a associação com o tamanho do cão. As estratégias de controle desenvolvidas apresentaram limitações e um número elevado de cães sorologicamente negativos foi submetido a eutanásia. Os dados apresentados contribuem para um melhor entendimento da dinâmica da infecção na leishmaniose visceral canina e indicam que ações visando a adequada execução do programa de controle da doença em áreas endêmicas brasileiras devem ser priorizadas.

Leishmania infantum ; fatores de risco; sorologia


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