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Utilização da cafeína como traçador antrópico em rios urbanos

RESUMO

A crescente urbanização nos grandes centros urbanos têm contribuído de forma contínua na deterioração da qualidade das águas dos corpos hídricos receptores. Uma nova abordagem para monitoramento da qualidade d’água é o uso de cafeína como traçador de atividade antrópica em rios urbanos, uma vez que seu uso é limitado a humanos e sua metodologia de análise é menos susceptível a erros quando comparado com parâmetro tradicionais de poluição antrópica. Para analisar a possibilidade do uso da cafeína como parâmetro de qualidade da água, foram monitoradas três bacias hidrográficas (Atuba, Belém e Palmital) na grande Curitiba em 5 campanhas amostrais. A cafeína foi analisada em cromatografia líquida de alta eficiência com detector de arraste de diodo após extração em fase sólida. Parâmetros tradicionais de monitoramento de qualidade da água, como N-amoniacal, coliformes termotolerantes, demanda bioquímica de oxigênio e Ortofosfato foram analisados como comparação. Os resultados indicam que a área de estudo apresenta grande influência antrópica, provavelmente pela falta de infraestrutura, que indica a presença de efluentes domésticos não tratados. O rio mais degradado foi o rio Belém (concentrações de 23,08 µg.L-1 de cafeína). A cafeína mostrou-se uma abordagem apropriada para monitoramento ambiental, correlacionando-se com os parâmetros tradicionais, como Coliformes Termotolerantes (R = 0,7375).

Palavras-chave:
Bacia hidrográfica do Iguaçu; CLAE-DAD; Monitoramento ambiental

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