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Classificação de sementes florestais quanto ao comportamento no armazenamento

Storage behaviour of forest seeds

Resumos

Este trabalho teve como objetivos realizar um levantamento sobre a classificação de sementes de espécies florestais quanto ao comportamento durante o armazenamento e verificar a relação da classificação proposta com os grupos ecológicos das mesmas. Foram estudadas 39 espécies florestais presentes em remanescentes de matas ciliares na bacia do Alto e Médio Rio Grande, MG. A viabilidade das sementes e o grau de umidade foram obtidos para as sementes recém-beneficiadas; sementes recém-beneficiadas armazenadas em embalagem semipermeável a 5ºC durante 90 dias; e para sementes secas antes e após o armazenamento em embalagem impermeável sob temperaturas de 5ºC e -18ºC durante 90 dias. A análise estatística foi realizada comparando-se, por sobreposição, os intervalos de confiança das médias de porcentagem de germinação para cada espécie. As sementes das diferentes espécies foram classificadas como ortodoxas ou recalcitrantes durante o armazenamento. As sementes classificadas como ortodoxas são as que pertencem as espécies: Alchornea triplinervea, Anadenanthera colubrina, Aspidosperma cylindrocarpon, Aspidosperma polyneuron, Bowdichia virgilioides, Ceiba speciosa, Hymenaea courbaril, Lafoensia pacari, Lecythis pisonis, Lithraea molleoides, Maclura tinctoria, Myroxylon peruiferum, Myrsine umbellata, Rudgea viburnoides, Schinus terebinthifolius, Solanum granuloso-leprosum, Tabebuia crysotricha; e recalcitrantes as demais: Calophyllum brasiliense, Calyptranthes lucida, Cupania vernalis, Eugenia handroana, e Talauma ovata. O comportamento ortodoxo foi verificado para sementes de espécies pioneiras, clímax exigentes de luz para o crescimento da plântula e para espécies clímax tolerantes à sombra. Sementes classificadas como recalcitrantes foram encontradas para espécies clímax tolerantes à sombra e clímax exigentes de luz.

conservação; espécies florestais; grupos ecológicos


The objective of this work was to classify seeds of forest trees regarding storage behaviour and to verify the relation between the classification proposed and the ecological groups of these species. For this study 39 species from remnants of riparian forest from the high and medium Rio Grande-MG were evaluated. The seed viability and the moisture content were obtained from seeds after cleaning; from seeds with the initial moisture content submitted to the storage with semi-permeable packing at temperature of 5ºC for 90 days; and from dry seeds submitted to desiccation before and after storage in impermeable packing for 90 days at temperatures of 5ºC and -18ºC. The statistical analysis was performed by comparison of the overlap of the confidence intervals of the germination percentage averages for each species. The seeds were classified as orthodox and recalcitrant according to storage behavior. The seeds classified as orthodox were from the following species: Alchornea triplinervea, Anadenanthera colubrina, Aspidosperma cylindrocarpon, Aspidosperma polyneuron, Bowdichia virgilioides, Ceiba speciosa, Hymenaea courbaril, Lafoensia pacari, Lecythis pisonis, Lithraea molleoides, Maclura tinctoria, Myroxylon peruiferum, Myrsine umbellata, Rudgea viburnoides, Schinus terebinthifolius, Solanum granuloso-leprosum, Tabebuia crysotricha. The seeds that showed recalcitrant storage behaviour were from the species: Calophyllum brasiliense, Calyptranthes lucida, Cupania vernalis, Eugenia handroana, and Talauma ovata. The species classified as orthodox belonged to the ecological groups pioneer, climax light demanding to seedling growth and climax shade tolerant. The species classified as recalcitrant belonged to the ecological groups climax shade tolerant and climax light demanding.

conservation; forest species; ecological groups


Classificação de sementes florestais quanto ao comportamento no armazenamento1 1 Parte da dissertação de mestrado do primeiro autor apresentada à Universidade Federal de Lavras (UFLA).

Storage behaviour of forest seeds

Leticia Renata de CarvalhoI; Edvaldo Aparecido Amaral da SilvaII; Antonio Claudio DavideIII

IEng. Florestal, Doutorando do Departamento de Ciências Florestais (DCF/UFLA); Caixa postal 3037, CEP: 37200-000. Lavras - MG. drleticia2005@yahoo.com.br

IIEng. Agrônomo, Dr., Pesquisador (CNPq) (DCF/UFLA). amaral@ufla.br

IIIEng. Agrônomo, Dr., Professor Titular (DCF/UFLA). acdavide@ufla.br

RESUMO

Este trabalho teve como objetivos realizar um levantamento sobre a classificação de sementes de espécies florestais quanto ao comportamento durante o armazenamento e verificar a relação da classificação proposta com os grupos ecológicos das mesmas. Foram estudadas 39 espécies florestais presentes em remanescentes de matas ciliares na bacia do Alto e Médio Rio Grande, MG. A viabilidade das sementes e o grau de umidade foram obtidos para as sementes recém-beneficiadas; sementes recém-beneficiadas armazenadas em embalagem semipermeável a 5ºC durante 90 dias; e para sementes secas antes e após o armazenamento em embalagem impermeável sob temperaturas de 5ºC e -18ºC durante 90 dias. A análise estatística foi realizada comparando-se, por sobreposição, os intervalos de confiança das médias de porcentagem de germinação para cada espécie. As sementes das diferentes espécies foram classificadas como ortodoxas ou recalcitrantes durante o armazenamento. As sementes classificadas como ortodoxas são as que pertencem as espécies: Alchornea triplinervea, Anadenanthera colubrina, Aspidosperma cylindrocarpon, Aspidosperma polyneuron, Bowdichia virgilioides, Ceiba speciosa, Hymenaea courbaril, Lafoensia pacari, Lecythis pisonis, Lithraea molleoides, Maclura tinctoria, Myroxylon peruiferum, Myrsine umbellata, Rudgea viburnoides, Schinus terebinthifolius, Solanum granuloso-leprosum, Tabebuia crysotricha; e recalcitrantes as demais: Calophyllum brasiliense, Calyptranthes lucida, Cupania vernalis, Eugenia handroana, e Talauma ovata. O comportamento ortodoxo foi verificado para sementes de espécies pioneiras, clímax exigentes de luz para o crescimento da plântula e para espécies clímax tolerantes à sombra. Sementes classificadas como recalcitrantes foram encontradas para espécies clímax tolerantes à sombra e clímax exigentes de luz.

Termos para indexação: conservação, espécies florestais, grupos ecológicos.

ABSTRACT

The objective of this work was to classify seeds of forest trees regarding storage behaviour and to verify the relation between the classification proposed and the ecological groups of these species. For this study 39 species from remnants of riparian forest from the high and medium Rio Grande-MG were evaluated. The seed viability and the moisture content were obtained from seeds after cleaning; from seeds with the initial moisture content submitted to the storage with semi-permeable packing at temperature of 5ºC for 90 days; and from dry seeds submitted to desiccation before and after storage in impermeable packing for 90 days at temperatures of 5ºC and -18ºC. The statistical analysis was performed by comparison of the overlap of the confidence intervals of the germination percentage averages for each species. The seeds were classified as orthodox and recalcitrant according to storage behavior. The seeds classified as orthodox were from the following species: Alchornea triplinervea, Anadenanthera colubrina, Aspidosperma cylindrocarpon, Aspidosperma polyneuron, Bowdichia virgilioides, Ceiba speciosa, Hymenaea courbaril, Lafoensia pacari, Lecythis pisonis, Lithraea molleoides, Maclura tinctoria, Myroxylon peruiferum, Myrsine umbellata, Rudgea viburnoides, Schinus terebinthifolius, Solanum granuloso-leprosum, Tabebuia crysotricha. The seeds that showed recalcitrant storage behaviour were from the species: Calophyllum brasiliense, Calyptranthes lucida, Cupania vernalis, Eugenia handroana, and Talauma ovata. The species classified as orthodox belonged to the ecological groups pioneer, climax light demanding to seedling growth and climax shade tolerant. The species classified as recalcitrant belonged to the ecological groups climax shade tolerant and climax light demanding.

Index terms: conservation, forest species, ecological groups.

INTRODUÇÃO

A necessidade de conservação das florestas tropicais e o fortalecimento da política ambiental promoveram um aumento de demanda de sementes de espécies nativas, que constituem insumo básico nos programas de recuperação de conservação de ecossistemas.

A estratégia de conservação da biodiversidade envolve os métodos in situ e ex situ. A conservação in situ refere-se à manutenção das espécies no seu habitat por meio de unidades de conservação, como os parques nacionais (Brasil, 2000). O método de conservação ex situ consiste na conservação das espécies fora do seu habitat e deve ser realizado de forma complementar a conservação in situ (Brasil, 2000). A conservação ex situ pode ser realizada por meio do armazenamento de sementes (FAO, 1993). Todavia, o sucesso do armazenamento de sementes depende do conhecimento sobre o comportamento destas durante este processo, o que possibilita a utilização de condições adequadas para a manutenção da viabilidade (Hong e Ellis, 1996).

As sementes foram classificadas em dois grupos distintos com relação ao comportamento no armazenamento. No primeiro estão as ortodoxas, que se mantém viáveis após dessecação até um grau de umidade em torno de 5% e podem ser armazenadas sob baixas temperaturas por um longo período. No segundo grupo têm-se as recalcitrantes, ou sementes sensíveis à dessecação, que não sobrevivem com baixos níveis de umidade, o que impede o seu armazenamento por longo prazo (Roberts, 1973). Além destes grupos há um terceiro, no qual as sementes apresentam um comportamento de armazenamento intermediário ao ortodoxo e ao recalcitrante (Ellis et al., 1990). De acordo com Hong e Ellis (1996) as sementes que apresentam comportamento intermediário toleram a desidratação até 7,0% a 10% de umidade e não toleram baixas temperaturas durante período de tempo prolongado. Assim, a classificação das sementes quanto à capacidade de armazenamento depende de estudos de tolerância à dessecação e do armazenamento sob temperaturas baixas (Hong e Ellis, 1996).

Existe uma associação entre o comportamento das sementes durante o armazenamento e os grupos ecológicos a que as espécies pertencem. Swaine e Whitmore (1988) separaram as espécies em dois grupos ecológicos principais: espécies pioneiras e espécies clímax; sendo que este último grupo é subdividido em espécies clímax exigentes de luz e clímax tolerante à sombra, de acordo com a intensidade luminosa exigida para o crescimento das plântulas.

As sementes de espécies pioneiras necessitam de alta intensidade de luz para a germinação, sementes com dormência, principalmente causada por tegumento impermeável, possuem alta longevidade. Estas espécies regeneram-se por meio do banco de sementes no solo e podem ser armazenadas durante longo período (Kageyama e Viana, 1991), o que corresponde ao comportamento ortodoxo (Roberts, 1973). As sementes de espécies clímax, que não necessitam de luz direta para germinação e posterior crescimento da plântula, apresentam reduzida longevidade e regeneram-se, principalmente, por meio do banco de plântulas. Dentro deste grupo podem ser encontradas as sementes classificadas como recalcitrantes (Kageyama e Viana, 1991; Pammenter e Berjak, 2000).

A partir da década de 90, devido à necessidade de recuperação e conservação de ecossistemas, houve um aumento do número de estudos para entender o comportamento de sementes de espécies nativas durante o armazenamento (Cunha et al., 1993; Reis e Cunha 1997; Salomão e Mundin 1997; Varela et al., 1998; Davide et al., 2003); no entanto, considerando a grande diversidade de espécies da flora brasileira, as informações disponíveis ainda são escassas.

Diante disso, os objetivos deste trabalho foram o de classificar o comportamento de sementes de espécies nativas durante o armazenamento e verificar a relação entre as classificações obtidas com os grupos ecológicos das espécies.

MATERIAL E MÉTODOS

Espécies estudadas: as espécies incluídas neste estudo ocorrem em remanescentes de matas ciliares na bacia do Alto e Médio Rio Grande, MG. Estas espécies foram coletadas de maio de 1999 até fevereiro de 2000, totalizando 39 espécies (Tabela 1). Dentre estas foram utilizadas as seguintes espécies para verificar a eficiência da metodologia utilizada: Acacia polyphylla, Albizia polycephala, Cedrela fissilis, Guazuma ulmifolia, Senna multijuga (Hong et al., 1996); Tabebuia impetiginosa (Mello e Eira, 1995a); Tabebuia serratifolia (Salomão e Mundin, 1997) que tiveram suas sementes classificadas como ortodoxas; e Inga vera que possuem sementes recalcitrantes (Hong et al., 1996) (Tabela 1).

Local de coleta: as sementes foram coletadas na bacia do Alto e Médio Rio Grande na região do município de Lavras, sul de Minas Gerais, com altitude de 919 metros; 21º14'30"S de latitude e 45º00'10" W de longitude. A temperatura média anual é de 19,4ºC (Brasil,1992 a). De acordo com a classificação de Köppen, o clima da região é classificado como de transição entre Cwb e Cwa; ou seja, verão quente e úmido com inverno seco e moderado.

Coleta: frutos maduros foram coletados diretamente das árvores, os indicativos de maturidade utilizados foram a mudança na coloração ou início da deiscência, conforme (Davide et al., 1995). O número de árvores coletadas para cada espécie consta na Tabela 1.

Beneficiamento: foi realizado de acordo com as recomendações de Davide et al. (1995), sendo que não houve exposição dos frutos ao sol e a abertura dos frutos secos e deiscentes foi completada manualmente. Para todas as espécies os lotes de sementes foram formados apenas por sementes maduras e sem danos visuais.

Classificação preliminar das sementes quanto à capacidade de armazenamento: para a classificação das sementes quanto ao comportamento durante o armazenamento foi utilizada a metodologia proposta por Davide et al. (2003), as sementes recém-beneficiadas foram armazenadas em embalagens semipermeável a temperatura de 5ºC durante 90 dias e as sementes secas antes e após o armazenamento em embalagens impermeáveis sob temperatura de 5ºC e -18ºC durante 90 dias.

Avaliação da viabilidade das sementes: foi utilizado teste de germinação entre areia, sendo que a camada de areia colocada sobre as sementes foi o suficiente apenas para cobri-las, conforme Brasil (1992b). A temperatura foi de 25ºC sob luz branca e fria constante e a germinação foi considerada quando ocorreu a emergência de plântulas, conforme Carvalho (2000). A areia utilizada foi previamente autoclavada e molhada sempre que necessário. O teste foi realizado com quatro repetições de 25 sementes por repetição para cada espécie; com exceção para Calophyllum brasiliense e Calyptranthes lucida com 16 sementes por repetição; e Eugenia handroana, Hymenaea courbaril, Lecythis pisonis e Myroxylon peruiferum com 20 sementes por repetição. O período de duração do teste de germinação para cada espécie consta na Tabela 1. Foi utilizado tratamento pré-germinativo quando necessário, de acordo com recomendações de Davide et al. (1995).

Determinação do grau de umidade: foi realizada em estufa sob temperatura de 105ºC ± 3ºC, durante 24 horas. Os resultados foram expressos em porcentagem com base no peso úmido das sementes, conforme as Regras para Análise de Sementes (Brasil, 1992b).

Estudo da relação entre o comportamento das sementes no armazenamento e os grupos ecológicos das espécies: asinformações a respeito dos grupos ecológicos das espécies foram obtidas a partir das publicações de Davide et al. (1995), Oliveira-Filho et al. (1995) e Ressel et al. (2004). Nestas publicações, as espécies foram enquadradas no grupo das pioneiras, clímax exigente de luz ou tolerantes à sombra, conforme o sistema de Swaine e Whitmore (1988). Para espécies não citadas por estes autores, foi consultada a publicação de Lorenzi (1992).

Procedimento estatístico: As médias de porcentagem de germinação foram obtidas a partir de quatro repetições para todas as espécies. Para cada porcentagem média de germinação foi calculado o intervalo de confiança, conforme Ferreira (1996). Para cada espécie, a porcentagem média de germinação de sementes recém-beneficiadas foi comparada por meio do intervalo de confiança com as porcentagens médias de germinação de sementes recém-beneficiadas armazenadas em embalagem semipermeável à temperatura de 5ºC durante 90 dias; e com secas antes e após o armazenamento em embalagem impermeável sob temperaturas de 5ºC e –18ºC durante 90 dias, conforme Davide et al. (2003).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Sementes de Acacia polyphylla, Albizia polycephala, Cedrela fissilis, Guazuma ulmifolia, Senna multijuga (Hong et al., 1996), Tabebuia impetiginosa (Mello e Eira, 1995a) e Tabebuia serratifolia (Salomão e Mundin, 1997), que haviam sido classificadas anteriormente como ortodoxas, apresentaram o mesmo tipo de comportamento durante o armazenamento. Da mesma forma, sementes de Inga vera apresentaram comportamento recalcitrante no presente trabalho, coincidindo com a classificação proposta por Hong et al. (1996). Diante do exposto acima, a metodologia utilizada neste trabalho foi eficiente na classificação das sementes das espécies estudadas quanto ao comportamento durante o armazenamento.

As sementes que não apresentaram redução da porcentagem de emergência de plântulas inicial após a secagem e secagem seguida pelo armazenamento a 5ºC e - 18ºC foram classificadas como ortodoxas, por apresentarem tolerância à secagem e à baixa temperatura durante armazenamento sob temperatura de -18ºC (Tabela 2). As sementes classificadas como ortodoxas pertencem às famílias das Anacardiaceae, Apocynaceae, Bignoniaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Lecythidaceae, Lythraceae, Malvaceae, Moraceae, Myrsinaceae, Rubiaceae e Solanaceae (Tabela 3).

Para a família Bignoniaceae foram encontradas na literatura outras espécies com sementes de comportamento ortodoxo tais como Tabebuia avellanedae, Tabebuia ochraceae e Tabebuia roseo-alba (Mello e Eira, 1995a); Jacaranda acutifolia (Mello e Eira, 1995b). Portanto, para esta família há indicações de que a maioria das espécies apresenta comportamento ortodoxo.

Para sementes de Tabebuia crysotricha, Aspidosperma cylindrocarpon e Aspidosperma polyneuron com grau de umidade inicial de 28,2; 39,7 e 42,7%, respectivamente; foi observado que a secagem proporcionou um aumento significativo na porcentagem de emergência em relação às sementes recém-beneficiadas (Tabela 2).

O desenvolvimento de sementes ortodoxas pode ser dividido em três fases principais: histo-diferenciação, maturação e secagem. Durante a fase de maturação, essas sementes adquirem tolerância à dessecação, que é mantida após a dispersão (Bewley e Black, 1994). Essas sementes podem atingir níveis de umidade em torno de 15,0% a 20,0% (Baskin e Baskin, 1998), sendo que a secagem até o grau de umidade de 5,0 a 15,0% pode levar as sementes ao estado de quiescência; o que causa redução do metabolismo até níveis mínimos, permitindo que as sementes permaneçam vivas, mesmo sob condições adversas. Após a hidratação, estas sementes podem retomar o metabolismo direcionado para o processo de germinação (Bewley e Black, 1994).

Por outro lado, sementes recalcitrantes não sofrem a secagem no final da maturação e são dispersas com elevado grau de umidade permanecendo metabolicamente ativas e sensíveis à secagem podendo germinar logo após a dispersão. A viviparidade é comum para algumas dessas espécies a exemplo de Inga vera subsp. affinis (Faria et al., 2004).

No grupo das ortodoxas, foi verificado a perda completa da viabilidade para as sementes de Aspidosperma polyneuron, Myroxylon peruiferum e Tabebuia crysotricha armazenadas com teores de água iniciais de 42,7; 32,1 e 28,2%, respectivamente; em embalagem semipermeável e temperatura de 5ºC. No entanto, a secagem dessas sementes seguida pelo armazenamento com embalagem impermeável sob 5ºC ou -18ºC proporcionou a manutenção da viabilidade (Tabela 2). De acordo com a International Board for Plant Genetic Resources, citado pela FAO (1993), a conservação de sementes ortodoxas durante longo período é obtida para sementes secas apresentando grau de umidade em torno de 5% acondicionadas em embalagem hermética e armazenadas sob temperatura de -18ºC.

As sementes que não germinaram após a secagem e o armazenamento foram classificadas como recalcitrantes (Tabela 2). Estas espécies pertencem às famílias Clusiaceae, Magnoliaceae, Myrtaceae e Sapindaceae (Tabela 3).

No presente trabalho, foi observado comportamento recalcitrante para duas espécies de Myrtaceae (Calyptranthes lucida e Eugenia handroana); outras espécies pertencentes à mesma família também apresentam sementes recalcitrantes, como Eugenia brasiliensis (Andrade, 1995) e Eugenia dysenterica (Andrade et al., 1997), Myrciaria dubia (Gentil e Ferreira, 2000; Ferreira e Gentil, 2003). Assim, existe uma tendência de que as espécies desta família apresentem comportamento recalcitrante. Esta informação é importante para os trabalhos de conservação de espécies florestais, pois a partir do conhecimento da família a que uma determinada espécie pertence será possível inferir sobre o comportamento das sementes durante o armazenamento e adotar procedimentos corretos na colheita, transporte e beneficiamento. Todavia, cuidados devem ser tomados para não se generalizar, pois espécies do gênero Eucalyptus pertencem à família Myrtaceae e suas sementes possuem comportamento ortodoxo.

Até a década de 80, as espécies com sementes sensíveis à dessecação citadas pela literatura brasileira limitavam-se aquelas de valor econômico comprovado como Hevea brasiliensis (Chin et al., 1981), Araucaria angustifolia (Bianchetti e Ramos, 1981) e Theobroma cacao L. (Chin et al., 1984). A necessidade de recuperação de ecossistemas florestais e conservação da biodiversidade geraram uma necessidade de aumento do número de estudos do comportamento das sementes durante o armazenamento. Estes estudos vêm revelando várias espécies nativas com sementes tidas como recalcitrantes; entre estas espécies pode-se citar: Euterpe oleracea Mart (Araújo et al., 1993); Virola surinamensis Warb (Rol.) (Cunha et al., 1993); Genipa americana L. (Carvalho et al., 1995); Inga uruguensis (Bilia, 1997), Inga vera subsp. affinis (Faria et al., 2004) e as espécies incluídas neste trabalho.

A sensibilidade à dessecação de sementes recalcitrantes impede a conservação ex situ por meio de bancos de sementes. Além disso, as sementes recalcitrantes são típicas de espécies clímax que segundo Bonner (1990) apresentam comportamento sazonal na produção de sementes. A irregularidade de produção e a impossibilidade de armazenamento por longo prazo dificultam a disponibilidade destas sementes para diferentes usos. Assim, uma alternativa para a conservação destas espécies até o presente momento seria a conservação in situ ou ex situ realizada nas unidades de conservação como os parques nacionais e jardins botânicos. Todavia, a ciência vem trabalhando para tentar entender os mecanismos fisiológicos e moleculares envolvidos com a tolerância e sensibilidade à dessecação de sementes (Pamenter e Berjak, 1999; Faria et al., 2004)

Espécies que apresentaram redução ou ausência total de germinação aparentemente devido à dormência não foram classificadas quanto ao comportamento no armazenamento (Casearia lasiophylla, Cecropia pachystachya, Dendropanax cuneatus, Erythrina falcata, Lamanonia ternata, Luehea grandiflora, Myrcia rostrata e Xylopia aromatica). Dentre estas sementes, aquelas de Erythrina falcata possuem tegumento duro.

As sementes de Erythrina falcata apresentaram redução de emergência após a secagem e armazenamento (Tabela 2). Apesar da aplicação do tratamento para superação da dormência, conforme Davide et al. (1995), cerca de 50% das sementes ainda permaneceram dormentes até o final do teste de germinação. A análise da viabilidade dessas sementes poderia ser obtida por meio do teste de tetrazólio, e caso as sementes estivessem viáveis isso comprovaria a ocorrência de dormência. No entanto, não foi possível utilizar o teste de tetrazólio devido à necessidade de padronização do mesmo.

A padronização do teste de tetrazólio mostrou-se inviável devido ao grande número de espécies estudadas e ao curto período de tempo para realizá-las. Assim, para estudos futuros com estas espécies sugere-se a utilização de tratamentos para a quebra de dormência em paralelo aos testes de viabilidade; tratamentos como a aplicação de giberelina ou estratificação poderão ser utilizados se houver dormência fisiológica.

As sementes recém-beneficiadas de Tapirira guianensis também não foram classificadas devido à reduzida porcentagem de emergência de plântulas após o beneficiamento. Estas sementes apresentaram inicialmente 15,5% de umidade e 6,0% de emergência (Tabela 2). Esta reduzida porcentagem de emergência pode ter sido causada por algum problema durante a produção, colheita e/ou beneficiamento. Para sementes da mesma espécie, Silva e Durigan (1991) encontraram valores de 16,5% de teor de água para as sementes recém-beneficadas e 99,0% de germinação sob temperatura de 25ºC. Os dados obtidos por estes autores descartam a possibilidade destas sementes serem recalcitrantes; portanto, estas sementes podem apresentar o comportamento ortodoxo ou intermediário.

Quanto à associação entre o comportamento das sementes no armazenamento e os grupos ecológicos das espécies foi verificado o comportamento ortodoxo para sementes de espécies pioneiras, clímax exigente de luz e tolerante à sombra; enquanto que sementes recalcitrantes foram verificadas apenas para o grupo das espécies clímax exigente de luz e clímax tolerante à sombra.

Todas as espécies pioneiras que foram classificadas no presente estudo apresentaram sementes ortodoxas (Tabela 3). Sementes de espécies pioneiras necessitam de luz direta para germinação e posterior crescimento da plântula (Swaine e Wihitmore, 1988). A estratégia de regeneração destas espécies é por meio de banco de sementes. Estas sementes possuem alta longevidade e podem ser armazenadas em condições adequadas durante longo prazo (Kageyama e Viana, 1991).

As espécies clímax exigentes de luz podem germinar sob o dossel da floresta, ou seja, com baixa intensidade luminosa; mas suas plântulas necessitam de luz direta para o crescimento (Swaine e Wihitmore, 1988). Este comportamento é verificado também para espécies pertencentes ao grupo ecológico das oportunistas de acordo com o sistema proposto por Kageyama e Viana (1991). Estas espécies podem formar um banco de sementes temporário no solo, possuem curta longevidade, podendo ser armazenadas durante médio prazo (Kageyama e Viana, 1991).

Espécies com sementes recalcitrantes foram encontradas nos grupos de espécies clímax tolerantes à sombra e para clímax exigentes de luz (Tabela 3). Segundo Kageyama e Viana (1991), as sementes recalcitrantes podem ser encontradas em espécies que germinam e se desenvolvem sob o dossel da floresta. Este comportamento corresponde ao comportamento de espécies clímax tolerantes à sombra, que germinam e se desenvolvem sob o dossel da floresta, e dependem de luz direta apenas no período de reprodução (Swaine e Whitmore, 1988). A regeneração dessas espécies ocorre por meio de banco de plântulas, podendo eventualmente apresentar sementes no solo da floresta. Na ausência de dormência, estas sementes germinam rapidamente após a dispersão, possuindo curta longevidade (Kageyama e Viana, 1991). Os resultados deste estudo estão de acordo também com as observações de Kageyama e Viana (1991) e Pammenter e Berjak (2000) de que as sementes recalcitrantes são típicas de espécies clímax.

O estudo envolveu 31 espécies pertencentes a 16 famílias que não haviam sido classificadas anteriormente, sendo que 22 espécies foram classificadas (Tabela 3). Dentre estas espécies, 77,3% apresentaram sementes com comportamento ortodoxo e 22,7% comportamento recalcitrante. Estes resultados indicam a possibilidade de conservação das sementes por meio do armazenamento de sementes secas acondicionadas em embalagem impermeável sob -18ºC para a maioria das espécies. Estas espécies, encontradas na região de Lavras e nos remanescentes de matas ciliares do Alto e Médio Rio Grande, apresentam potencial para serem conservadas de maneira ex situ por meio de bancos de sementes; contribuindo para a conservação da diversidade de espécies florestais existente na região. Particularmente para espécies clímax, que apresentam irregularidade de produção (Bonner, 1990), o armazenamento permite a disponibilidade de sementes para anos em que houver redução ou ausência de produção.

Os resultados do presente trabalho ressaltam a necessidade de estudos básicos para o entendimento dos mecanismos envolvidos com a tolerância ou sensibilidade à dessecação de sementes, de estudos de superação de dormência e da análise da viabilidade por meio de testes indiretos, de maneira rápida. Além disso, há a necessidade de trabalhos contínuos de classificação das espécies nativas quanto à capacidade de armazenamento que ainda não foram estudadas em função da enorme diversidade da flora brasileira.

CONCLUSÕES

As sementes das espécies Alchornea triplinervea, Anadenanthera colubrina, Aspidosperma cylindrocarpon, Aspidosperma polyneuron, Bowdichia virgilioides, Ceiba speciosa, Hymenaea courbaril, Lafoensia pacari, Lecythis pisonis, Lithraea molleoides, Maclura tinctoria, Myroxylon peruiferum, Myrsine umbellata, Rudgea viburnoides, Schinus terebinthifolius, Solanum granuloso-leprosum e Tabebuia crysotricha são classificadas como ortodoxas e pertencem ao grupo ecológico das espécies pioneiras, clímax exigentes de luz ou clímax tolerantes à sombra.

As sementes das espécies Calophyllum brasiliense, Calyptranthes lucida, Cupania vernalis, Eugenia handroana e Talauma ovata são classificadas como recalcitrantes e pertencem ao grupo ecológico das espécies clímax tolerantes à sombra ou clímax exigentes de luz.

Submetido em 05/01/2005. Aceito para publicação em 03/04/2006.

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  • 1
    Parte da dissertação de mestrado do primeiro autor apresentada à Universidade Federal de Lavras (UFLA).
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      27 Out 2006
    • Data do Fascículo
      2006

    Histórico

    • Recebido
      05 Jan 2005
    • Aceito
      03 Abr 2006
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