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Fatores de risco para a soroconversão de crianças expostas ao HIV no Estado de Santa Catarina, 2007-2017

Resumo

Objetivos:

estimar a proporção de soroconversão da criança exposta ao HIV e verificar os fatores de risco associados, no período de 2007-2017 em Santa Catarina.

Métodos:

o delineamento utilizado foi de coorte histórica e os dados obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) que registra as gestantes infectadas e as crianças expostas ao HIV. As crianças foram acompanhadas pelo serviço de saúde desde o nascimento até o 18º mês de vida, para determinar a ocorrência de soroconversão pelo HIV.

Resultados:

foram identificadas 5.554 gestantes infectadas pelo HIV com média de idade de 26,7±6,5 anos, predomínio da raça branca, baixa escolaridade e que receberam o diagnóstico para o HIV até o 2º trimestre gestacional. Foram incluídas 4.559 fichas de crianças expostas ao HIV, das quais 130 casos (2,9%) de soroconversão foram confrmados. O não uso de antirretroviral durante a gestação (OR=9,31, IC95%=5,97-14,52; p<0,001) e aleitamento materno (OR=3,10, IC95%=1,34-7,20; p=0,008) foram fatores de risco independentes para a soroconversão.

Conclusões:

esses dados demonstram lacunas na assistência pré-natal, quanto a adesão ao tratamento e acompanhamento de mães infectadas pelo HIV, resultando em casos novos de HIV entre crianças, que poderiam ser evitados.

Palavras-chave:
HIV; Síndrome de imunodeficiência adquirida; Soroconversão; Transmissão vertical de doença infecciosa; Fatores de risco

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