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Lisina digestível em rações para frangos de corte tipo caipira

Digestible lysine in rations for free range broiler chickens

RESUMO

Dois experimentos foram realizados com o objetivo de determinar as exigências de lisina digestível para frangos tipo caipira, linhagem Redbro machos e fêmeas, criados em semiconfinamento durante as fases de crescimento (43 a 56) e final (57 a 70 dias). Para isso, 630 frangos foram alojados em 30 boxes com área de pastejo e o delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado em arranjo fatorial 5x2 (lisina digestível e sexo) e três repetições com 21 aves cada. Os níveis de lisina digestível avaliados foram: 6,07; 7,07; 8,07; 9,07 e 10,07g/kg (fase de crescimento) e 6,00; 7,00; 8,00; 9,00 e 10,00g/kg (fase final). Avaliou-se o desempenho, o rendimento de carcaça e cortes, gordura abdominal e características da qualidade da carne. Para a fase de crescimento não houve diferenças dos níveis de lisina sobre o desempenho dos frangos, exceto para o consumo de lisina digestível. Portanto, o nível de 6,07 g de lisina digestível/kg de ração atende as exigências dos frangos de ambos os sexos. Para a fase final observou-se efeito dos níveis de lisina digestível somente para a conversão alimentar, sendo o nível de 8,51 g de lisina /kg de ração o que melhora essa variável.

aminoácidos; pescoço pelado; proteína ideal; qualidade da carne

SUMMARY

Two experiments were carried in order to determine digestible lysine requirements for free-range broiler hillbilly, Redbro lineage, males and females, created in free range system during the growing (43 to 56) and final phases (57 to 70 days). For this, 630 chickens were housed in 30 pens with pasture area and the experimental design was completely randomized in a factorial arrangement 5x2 (lysine and gender), with three replications with 21 chicks each. The digestible lysine levels evaluated were: 6.07, 7.07, 8.07, 9.07 and 10.07 (growth phase) and 6.00, 7.00, 8.00, 9.00 and 10.00 g/kg (final phase). Were evaluated the performance, the carcass and cuts yield, abdominal fat and meat quality characteristics. For the growth phase there were no differences of lysine levels on performance of the chiks, except for the consumption of digestible lysine. Therefore, the level of 6.07 g lysine /kg of diet meet the requirements of broilers of both genders. For the final phase it we observed effect of digestible lysine levels only to feed conversion, and the level of 8.51 g of lysine/kg of diet improve this trait.

amino acids; naked neck; ideal protein; meat quality

INTRODUÇÃO

O sistema alternativo de criação de aves denominado como caipira tem aumentado sua produção nos últimos anos, uma vez que os consumidores estão interessados em adquirir carnes com características diferenciadas (DOURADO et al., 2009DOURADO, L.R.B.; SAKOMURA, N.K.; NASCIMENTO, D.C.N.; DORIGAM, J.C.; MARCATO, S.M.; FERNANDES, J.B.K. Crescimento e desempenho de linhagens de aves pescoço pelado criadas em sistema semi-confinado. Ciência e Agrotecnologia, v.33, n.3, p.875-881, 2009.) e pelo conceito de bem estar animal aplicado a este tipo de criação.

Muitas vezes as rações fornecidas a essas aves são as mesmas ofertadas aos frangos de corte de linhagens convencionais. Entretanto, por meio desta prática, podemos ter excesso de nutrientes nas rações, com maior excreção e poluição ambiental. Pois de acordo com Santos et al. (2005)SANTOS, A.L.; SAKOMURA, N.K.; FREITAS, E.R.; FORTES, C.M.L.S.; CARILHO, E.N.V.M.; FERNANDES, J.B.K. Estudo do Crescimento, Desempenho, Rendimento de Carcaça e Qualidade de Carne de Três Linhagens de Frango de Corte. Revista Brasileira de Zootecnia, v.34, n.5, p.1589-1598, 2005. aves de linhagens tipo caipiras possuem desenvolvimento tardio em comparação às aves de linhagens convencionais, logo suas exigências nutricionais possam diferir. Nascimento et al. (2009)NASCIMENTO, D.C.N.; SAKOMURA, N.K.; SIQUEIRA, J.C.; DOURADO, L.R.B.; FERNANDES, E.B. MALHEIROS, E.B. Exigências de lisina digestível para aves de corte da linhagem ISA Label criadas em semiconfinamento. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.61, n.5, p.1128-1138, 2009. ao considerarem as diferenças no potencial de crescimento das aves, relataram que possa ocorrer diferenças quanto ao empenamento destas linhagem e assim é possível que as aves da linhagem Isa Label respondam aos níveis de aminoácidos (metionina + cistina) da dieta de maneira diferenciada daquelas observadas para linhagens comerciais de frangos de corte.

A lisina é o segundo aminoácido limitante para aves que recebem dietas a base de milho e soja (SILVA et al., 2014SILVA, E.P.; SAKOMURA, N.K.; DORIGAM, J.C.P.; MALHEIROS, E.B.; FERNANDES, J.B.K.; ARAUJO, J.A. A procedure to evaluate the efficiency of utilization of dietary amino acid for poultry. Acta Scientiarum. Animal Sciences, v.36, n.2, p.163-169, 2014.), não é sintetizada em quantidade suficiente de modo que sua utilização permita máximo desempenho (BARRETO et al., 2006BARRETO, S.L.T.; ARAUJO, M.S.; UMIGI, R.T.; DONZELE, J.L.; ROCHA, T.C.; PINHEIRO, S.R.F.; TEIXEIRA, R.B.; ABREU, F.V.S.; SILVA, R.F. Exigência nutricional de lisina para codornas européias machos de 21 a 49 dias de idade. Revista Brasileira de Zootecnia, v.35, n.3, p.750-753, 2006.), sua suplementação é economicamente viável; é de análise relativamente simples; é metabolizada quase que exclusivamente para acréscimo de proteína muscular (NASR & KHEIRI, 2012NASR, J.; KHEIRI, F. Effects of Lysine Levels of Diets Formulated Based on Total or Digestible Amino Acids on Broiler Carcass Composition. Revista Brasileira de Ciência Avícola, v.14, n.4, p.233-304, 2012.), não sendo exigida para mantença; além de existir muitas informações a respeito de sua concentração e digestibilidade nos ingredientes (EMMERT & BAKER, 1997)EMMERT, J.L.; BAKER, D.H. Use ofthe ideal protein concept for precision formulation of amino acid levels in broilers diets. Journal of Applied Poultry Research, v.6, p.462-470, 1997.. De acordo com o Barreto et al. (2006)BARRETO, S.L.T.; ARAUJO, M.S.; UMIGI, R.T.; DONZELE, J.L.; ROCHA, T.C.; PINHEIRO, S.R.F.; TEIXEIRA, R.B.; ABREU, F.V.S.; SILVA, R.F. Exigência nutricional de lisina para codornas européias machos de 21 a 49 dias de idade. Revista Brasileira de Zootecnia, v.35, n.3, p.750-753, 2006. uma das funções mais importantes da lisina é sua participação na deposição de proteína corporal, no entanto, o excesso pode ocasionar antagonismo entre outros aminoácidos.

Objetivou-se com este trabalho avaliar as exigências de lisina digestível para frangos de corte tipo caipira, da linhagem Redbro, machos e fêmeas, criados em semiconfinamento nas fases de crescimento e final, e seus efeitos sobre as características de desempenho, rendimento de carcaça e qualidade da carne.

MATERIAL E MÉTODOS

Foram realizados dois experimentos no Setor de Avicultura do Departamento de Zootecnia, da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina-MG, para determinar as exigências de lisina digestível para frangos de corte tipo caipira, da linhagem Redbro, criados em semiconfinamento nas fases de crescimento (43 a 56 dias) e final (57 a 70 dias), no período de 07 de janeiro a 04 de fevereiro de 2013. O protocolo experimental foi aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais desta instituição, com o número: 003/2012.

As instalações experimentais constituíam de 30 boxes (área de abrigo) com acesso a área de pastejo. A área de abrigo possuía o pé-direito de 2,0m, coberto com telhas de fibrocimento, laterais de tela galvanizada, providas com cortinas de plástico, piso cimentado com área de 4m2, forrado com cama de maravalha nova (±5cm de espessura), onde se encontrava um comedouro tubular e um bebedouro tipo pendular. A área de pastejo (2m de largura e 13m de comprimento), cercada por tela galvanizada, continha gramíneas da espécie Tifton 85.

No período de 1 a 42 dias (período pré-experimental) as aves foram criadas no mesmo galpão e receberam ração única, respeitando as exigências e os valores nutricionais dos alimentos descritos por Rostagno et al. (2011)ROSTAGNO, H.S.; ALBINO, L.F.T.; DONZELE,J.L.; GOMES, P.C.; OLIVEIRA, R.F.; LOPES, D.C.; FERREIRA, A.S.; BARRETO, S.L.T.; EUCLIDES, R.F. Tabelas Brasileiras para aves e suínos: composição de alimentos e exigências nutricionais. Viçosa, MG: Universidade Federal de Viçosa, 2011., sendo que até os 28 dias de idade permaneceram confinadas e a partir dos 29 dias tiveram acesso à área de pastejo.

Aos 43 dias de idade, início do período experimental foram utilizadas 630 aves, sendo 315 machos e 315 fêmeas, da linhagem Redbro, com peso médio de 1419 ± 0,09g aos 43 dias e 2142 ± 0,19g aos 57 dias. Os frangos foram distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, em arranjo fatorial 5x2 (níveis de lisina digestível x sexo) e três repetições cada, com 21 aves por unidade experimental.

Foram formuladas rações basais compostas por milho e de farelo de soja, suplementadas com aminoácidos industriais, para atender às exigências nutricionais das aves (Tabelas 1 e 2), exceto no nutriente estudado (lisina digestível).

Tabela 1
Composição percentual das rações experimentais para a fase de crescimento de frangos de corte tipo caipira (43 a 56 dias de idade)
Tabela 2
Composição percentual das rações experimentais para a fase final de frangos de corte tipo caipira (57 a 70 dias de idade)

Os níveis de fósforo disponível e de cálcio seguiram os recomendados por Pinheiro et al. (2011a,b) e os demais nutrientes, conforme Rostagno et al. (2011)ROSTAGNO, H.S.; ALBINO, L.F.T.; DONZELE,J.L.; GOMES, P.C.; OLIVEIRA, R.F.; LOPES, D.C.; FERREIRA, A.S.; BARRETO, S.L.T.; EUCLIDES, R.F. Tabelas Brasileiras para aves e suínos: composição de alimentos e exigências nutricionais. Viçosa, MG: Universidade Federal de Viçosa, 2011. para frangos de corte machos de desempenho regular. Os níveis de lisina digestível foram obtidos pela suplementação com L-lisina HCl (79%), em substituição ao amido de milho e ao ácido glutâmico em equivalente proteico. Os níveis de lisina digestível avaliados foram: 6,07; 7,07; 8,07; 9,07 e 10,07g/kg na fase de crescimento e 6,00; 7,00; 8,00; 9,00 e 10,00g/kg na fase final. Para assegurar que nenhum outro aminoácido se tornasse limitante, as rações foram suplementadas com aminoácidos industriais (metionina, treonina, triptofano, valina, isoleucina e arginina), conforme a necessidade e à fase de criação, para evitar que suas relações com lisina digestível ficassem abaixo daquelas preconizadas por Rostagno et al. (2011)ROSTAGNO, H.S.; ALBINO, L.F.T.; DONZELE,J.L.; GOMES, P.C.; OLIVEIRA, R.F.; LOPES, D.C.; FERREIRA, A.S.; BARRETO, S.L.T.; EUCLIDES, R.F. Tabelas Brasileiras para aves e suínos: composição de alimentos e exigências nutricionais. Viçosa, MG: Universidade Federal de Viçosa, 2011., respeitando o conceito de proteína ideal.

As aves receberam ração e água à vontade, e, diariamente, foram registradas as temperaturas de máxima e mínima no interior das instalações. A mortalidade foi registrada conforme a data e a parcela experimental. As aves receberam somente luz natural, sem a necessidade de um programa de luz específico.

As variáveis de desempenho avaliadas no final de cada fase foram: consumo de ração (g/ave), consumo de lisina (g/ave), ganho de peso (g/ave) e conversão alimentar (g de ração consumida/ g de ganho de peso). No final do segundo experimento, foi avaliado o rendimento de carcaça e cortes e a qualidade da carne (potencial hidrogeniônico, capacidade de retenção de água e maciez objetiva) das aves.

Aos 70 dias de idade, foram retiradas três aves de cada parcela (90 no total), com peso corporal próximo ao da média da parcela (± 5%), que foram identificadas individualmente, por anilhas em uma das patas. As aves foram submetidas a jejum alimentar de 12 horas, conforme recomendado por Oliveira et al. (2015)OLIVEIRA, F.R.; BOARI, C.A.; PIRES, A.V.; MOGNATO, J.C.; CARVALHO, R.M.S.; SANTOS JUNIOR, M.A.; MATTIOLI, C.C. Jejum alimentar e qualidade da carne de frango de corte tipo caipira. Revista Brasileira Saúde Produção Animal [online], v.16, n.3, p.667-677, 2015., sendo insensibilizadas por deslocamento cervical e abatidas, realizando-se a sangria. Para avaliação do rendimento da carcaça e cortes, foram retiradas as vísceras das aves, realizando-se em seguida nova pesagem. Foram retirados e pesados, individualmente, os cortes de peito, coxa+sobrecoxa, asa e a gordura corporal.

O rendimento de cortes foi determinado, dividindo-se o peso de cada parte, pelo peso da carcaça eviscerada e o resultado multiplicado por 100. O percentual de gordura corporal foi obtido em relação ao peso da carcaça eviscerada e foi considerado todo o tecido adiposo aderido ao redor da cloaca, moela e dos músculos abdominais adjacentes. O rendimento de carcaça foi calculado por meio da relação peso da carcaça depenada e eviscerada, com cabeça e pés, dividido pelo peso vivo e multiplicado por 100.

Para as análises de qualidade de carne, foram abatidos 90 frangos, com peso corporal próximo ao da média da parcela (± 5%), que foram identificados, insensibilizados por deslocamento cervical, abatidos e sangrados após jejum de sólidos por 6h, em conformidade com Oliveira et al. (2015)OLIVEIRA, F.R.; BOARI, C.A.; PIRES, A.V.; MOGNATO, J.C.; CARVALHO, R.M.S.; SANTOS JUNIOR, M.A.; MATTIOLI, C.C. Jejum alimentar e qualidade da carne de frango de corte tipo caipira. Revista Brasileira Saúde Produção Animal [online], v.16, n.3, p.667-677, 2015.. A escaldagem das aves foi realizada a uma temperatura controlada de 53 a 55ºC, por 20 a 40 segundos. Em seguida, as carcaças foram evisceradas, retirados os pés e a cabeça, pesadas e colocadas em banho de pré-resfriamento por 25 minutos, a 16ºC e, depois resfriadas a 2ºC por 24 horas. Após as 24 horas foram realizados os cortes e as análises de qualidade da carne.

Para determinação do pH, amostras de 10g de carne de peito, coxa+sobrecoxa foram moídas e colocadas em béquer, no qual adicionou-se 100mL de água destilada, sendo agitada por 2 minutos, e, assim, foi realizada a leitura em pHmêtro pela inserção do eletrodo no béquer, com a solução.

A capacidade de retenção de água foi avaliada pela medição da água liberada, quando aplicada uma pressão sobre o tecido muscular. Para isso, cubos de carne de 0,5g foram dispostos entre dois papeis de filtro (12,5cm de diâmetro) e estes entre duas placas de vidro (12 x 12 x 1cm), no qual foi aplicado o peso de 10kg/5 min. (10cm de diâmetro). As amostras de carne, após a pressão, foram pesadas, e, por diferença, calculou-se a quantidade de água perdida. O resultado foi expresso em porcentagem de água exsudada em relação ao peso inicial.

Para a avaliação da maciez objetiva, foi utilizado o texturômetro Stable Micro Systems TAXT 2 plus, equipado com probe blade set V Warner Bratzler. O equipamento foi calibrado com peso padrão de 5kg e padrão rastreável. A velocidade de descida e corte do dispositivo foi ajustado a 200 mm min.-1. Foram retiradas amostras em forma de paralelepípedos com 1 x 1 x 2cm (altura, largura e comprimento), as quais foram colocadas com as fibras orientadas no sentido perpendicular à lâmina da probe Warner-Blatzler.

Os dados das variáveis analisadas foram submetidos às análises de variância, utilizando-se o programa estatístico SAS (2001)SAS. SAS User´sGuide: Statistics. Version. 8.02. Cary, NC: SAS Institute Inc., 2001.. Foram realizadas análises de regressão e para verificar o ajuste dos modelos, foi considerado a soma dos quadrados dos desvios, a significância do teste F e os coeficientes de determinação. As estimativas dos níveis ótimos de lisina digestível foram feitas por meio dos modelos Linear Response Plateau, polinomial quadrático e linear simples.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Durante os períodos experimentais, as médias de temperaturas no interior do galpão foram de 35° C (máxima) e 21° C (mínima) na fase de crescimento (43 a 56 dias) e de 34° C (máxima) e 21° C (mínima) para a fase final (57 a 70 dias). Segundo Abreu et al. (2007)ABREU, P.G.; ABREU, V.M.N.; COLDEBELLA, A.; JAENISCH, F.R.F.; PAIVA, D.P. Condições térmicas ambientais e desempenho de aves criadas em aviários com e sem o uso de forro. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.59, n.4, p.1014-1020, 2007. um ambiente confortável para frangos adultos deve apresentar variações de temperatura entre 20 a 27° C. Nota-se, que as temperaturas registradas no galpão estão acima das consideradas ótimas para conforto térmico das aves, no entanto, as mesmas não apresentaram redução no desempenho. O acesso à área de pastejo pode ter amenizado a sensação de calor do interior do galpão. Além disso, segundo os relatos de Dahlke et al. (2005)DAHLKE, F.; GONZALES, E.; FURLAN, R.L.; GADELHA, A.; MAIORKA, A.; FARIA FILHO, D.E.; ROSA, P.S. Efeito da temperatura ambiente sobre hormônios tireoideanos,temperatura corporal e empenamento de frangos de corte, fêmeas, de diferentes genótipos. Acta Scientiarum. Animal Sciences, v.27, n.3, p.391-397, 2005. a redução do empenamento em frangos pode ser benéfica para aqueles criados em ambientes quentes, pois facilita a dissipação do calor corporal. Essas linhagens por apresentarem o pescoço pelado, reduzem o volume de penas e melhoram a dissipação do calor através da área desnuda. Dessa forma possuem maior tolerância ao calor, sem efeitos negativos sobre a produtividade, em condições de temperaturas ambientais um pouco acima da zona de conforto térmico.

Para a fase de crescimento, não houve efeito (p>0,05) da interação lisina versus sexo para nenhuma das variáveis de desempenho em estudo. Porém, pode-se observar efeito (p≤0,01) do sexo, no qual os machos apresentaram melhor desempenho que as fêmeas em todas as características avaliadas. Não foram encontradas diferenças (p>0,05) dos níveis de lisina sobre as variáveis de desempenho estudadas, exceto para o consumo de lisina digestível (Tabela 3).

Tabela 3
Valores médios de consumo de ração (CR), consumo de lisina (CL), ganho de peso (GP) e conversão alimentar (CA), de frangos machos e fêmeas da linhagem Redbro, no período de crescimento, 43 a 56 dias

Observou-se que o consumo de lisina aumentou de forma linear de acordo com os crescentes níveis de lisina fornecidos na ração, segundo a equação: CL = - 0,310 + 19,422L (R2 = 0,64). Isso foi devido aos crescentes níveis de lisina estudados, tendo em vista que não houve efeito para o consumo de ração. Os resultados obtidos neste estudo são semelhantes aos encontrados por Barboza et al. (2000) que ao avaliarem níveis de lisina total para frangos de corte de linhagem convencional de 42 a 48 dias de idade, não verificaram efeito significativo dos níveis de lisina (0,75; 0,81; 0,87; 0,93; 0,99 e 1,05%) sobre as variáveis de desempenho (consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar) das aves.

Entretanto, Quentin et al. (2005) em estudo sobre os efeitos do conteúdo de proteína bruta e lisina total na ração de frangos de corte de crescimento lento, Isa Label, de 42 a 77 dias de idade, observaram que a deficiência de lisina deprime a taxa de crescimento e aumenta o consumo de ração e, dessa maneira, piora a conversão alimentar. No entanto, os autores observaram que níveis elevados de lisina ou de proteína bruta na ração não apresentaram efeito significativo sobre a taxa de crescimento, consumo de ração e conversão alimentar. Em experimento com frangos tipo caipira (Isa Label), Nascimento et al. (2009)NASCIMENTO, D.C.N.; SAKOMURA, N.K.; SIQUEIRA, J.C.; DOURADO, L.R.B.; FERNANDES, E.B. MALHEIROS, E.B. Exigências de lisina digestível para aves de corte da linhagem ISA Label criadas em semiconfinamento. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.61, n.5, p.1128-1138, 2009. observaram efeito significativo dos níveis de lisina digestível (0,75; 0,87; 0,99 e 1,11%) da ração sobre o ganho de peso e o consumo de ração, no período de 28 a 56 dias de idade. Para os machos, os autores verificaram efeito linear decrescente para o consumo de ração e justificaram pelo melhor perfil aminoacídico da ração, recomendando o nível de 1,006% de lisina digestível. Esses resultados discordam com os obtidos no presente estudo, talvez pela diferença na determinação das fases experimentais; em que os autores supracitados abrangeram em uma única fase.

Por não ter havido diferença entre os níveis de lisina digestível estudados sobre as variáveis avaliadas, exceto para o consumo de lisina, pode-se inferir que os frangos de corte tipo caipira, nesta fase, apresentam bom desempenho com o menor nível de lisina (6,07g/kg).

Para a fase final (57 a 70 dias) não houve efeito (p>0,05) da interação entre os níveis de lisina digestível da ração versus sexo para nenhuma das características avaliadas, indicando que machos e fêmeas respondem aos níveis de lisina da ração de forma semelhante. Dessa forma, pode-se sugerir que não há impedimento em proporcionar uma ração única, no que se refere aos níveis de lisina digestível, para ambos os sexos, que assegure a máxima rentabilidade (Tabela 4).

Tabela 4
Valores médios de consumo de ração (CR), consumo de lisina (CL), ganho de peso (GP) e conversão alimentar (CA) de frangos machos e fêmeas da linhagem Redbro, no período final, 57 a 70 dias

Observou-se efeito (p≤0,01) do sexo para todas as características de desempenho avaliadas e influência (p≤0,05) dos níveis de lisina digestível para o consumo de lisina e para a conversão alimentar. No geral os frangos de corte machos apresentaram superioridade das respostas aos níveis de lisina digestível, entre 16 a 31%, dependendo da variável em estudo. Para a conversão alimentar obtiveram melhor resultado em 16% a menos.

Verificou-se que o consumo de lisina elevou-se à medida que os níveis da mesma aumentaram nas rações, segundo a equação: CL = 0,337 + 22,173L (R2 = 0,70), sendo devido exclusivamente às crescentes suplementações de lisina industrial para a obtenção dos níveis estudados.

A conversão alimentar foi influenciada (p≤0,05) pelos níveis de lisina digestível da ração, sendo possível o ajuste da equação quadrática: CA = 13,102 – 22,669L + 13,5645L2 (R2 = 0,21), com estimativa do nível de lisina digestível de 8,36g/kg. Houve também o ajuste dos resultados pela equação do LRP: CA = 2,107 – 2,475L (L – 0,8513) (R2= 0,77) sendo o nível de lisina digestível de 8,51g/kg como o mais adequado para melhorar a conversão alimentar dos frangos de corte de ambos os sexos. Este resultado está de acordo com Leclercq (1998)LECLERCQ, B. Specific effects of lysine on broiler production: comparison with threonine and valine. Poultry Science, v.77, n.1, p.118–123, 1998. que relatou que, à medida que a deficiência de lisina diminui, há uma melhora nas taxas de crescimento e conversão alimentar. O autor citou que provavelmente o efeito da lisina sobre a composição corporal conduz a uma melhor relação na conversão alimentar, uma vez que, o ganho de gordura é reduzido por níveis elevados de lisina, favorecendo o ganho em tecido muscular, apresentando dessa forma, melhora nesta característica. Similarmente, Takeara et al. (2010)TAKEARA, P.; TOLEDO, A.L.; GANDRA, E.R.S.; ALBURQUERQUE, R.; TRINDADE NETO, M.A. Lisina digestível para frangos de corte machos entre 12 e 22 dias de idade. Arquivo Brasileiro Medicina Veterinária Zootecnia, v.62, n.6, p.1455-1461, 2010. observaram maior deposição de proteína na carcaça de frangos convencionais de 12 a 22 dias de idade, alimentados com níveis de lisina digestível de 1,05 a 1,25% e estimaram o nível de 1,16% para maior deposição de proteína.

Os resultados de Nascimento et al. (2009)NASCIMENTO, D.C.N.; SAKOMURA, N.K.; SIQUEIRA, J.C.; DOURADO, L.R.B.; FERNANDES, E.B. MALHEIROS, E.B. Exigências de lisina digestível para aves de corte da linhagem ISA Label criadas em semiconfinamento. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.61, n.5, p.1128-1138, 2009. corroboram com os deste trabalho que, ao avaliarem as exigências de lisina digestível para frangos tipo caipira da linhagem Isa Label, encontraram efeito de sexo para todas as variáveis de desempenho. No entanto, para os níveis de lisina, verificaram efeito apenas para a conversão alimentar. Os autores observaram que rações deficientes em lisina correspondiam a uma pior conversão alimentar e indicaram o nível de 0,76% de lisina digestível na ração, para machos e fêmeas de 56 a 84 dias de idade, resultado abaixo do recomendado no presente estudo que foi de 0,851% ou 8,51g/kg de ração.

Para as características de carcaça, verificou-se diferenças (p≤0,05) da interação entre os níveis de lisina digestível versus sexo somente para o rendimento de coxa+sobrecoxa. Além disso, observou-se efeito do sexo (p≤0,01) para todas as características avaliadas, exceto para peso de gordura e rendimento de asa. Os machos apresentaram maior rendimento de carcaça (3,5%) e de coxa+sobrecoxa (3,68%) que as fêmeas, no entanto, as fêmeas apresentaram maior rendimento de peito (6,6%) que os machos. Não se observou efeito (p>0,05) dos níveis de lisina da ração para nenhuma variável de carcaça analisada (Tabela 5).

Tabela 5
Valores médios de rendimento de carcaça (RC), rendimento de peito (RP), rendimento de asa (RASA), rendimento da coxa+sobrecoxa (RCS) e peso da gordura (PGORD) de frangos de frangos machos e fêmeas da linhagem Redbro, no período final, 57 a 70 dias

Os autores Trindade Neto et al. (2009) também não encontraram efeito significativo dos níveis de lisina digestível na ração sobre o rendimento de carcaça de frangos de corte convencionais. No entanto, Nascimento et al. (2009)NASCIMENTO, D.C.N.; SAKOMURA, N.K.; SIQUEIRA, J.C.; DOURADO, L.R.B.; FERNANDES, E.B. MALHEIROS, E.B. Exigências de lisina digestível para aves de corte da linhagem ISA Label criadas em semiconfinamento. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.61, n.5, p.1128-1138, 2009. observaram que frangos da linhagem Isa Label, de ambos os sexos, aos 84 dias de idade apresentaram maior rendimento de carcaça ao nível de 0,835% de lisina digestível na ração.

Pelo desdobramento da interação entre os fatores estudados para o rendimento de coxa+sobrecoxa, não foi possível estimar a exigência de lisina para machos, uma vez que o ajuste dos modelos estudados foi adequado apenas para fêmeas, reduzindo de forma linear, segundo a equação: RCS = 31,247 – 2,714L (R2 = 0,37), de acordo com o aumento dos níveis de lisina na ração.

Esses resultados divergem dos encontrados por Costa et al. (2001)COSTA, F.G.P.; ROSTAGNO, H.S.; ALBINO, L.F.T.; GOMES, P.C.; TOLEDO, R.S.; JUNIOR,J.G.V. Níveis dietéticos de lisina para frangos de corte de 1 a 21 e 22 a 40 dias de idade. Revista Brasileira de Zootecnia, v.30, n.5, p.1490-1497, 2001. que observaram diferenças significativas dos níveis de lisina digestível sobre o rendimento de carcaça, porcentagem de gordura abdominal e rendimento de peito e dos filés de peito de frangos de corte. Os autores recomendaram os níveis de 1,044 e 1,023% de lisina digestível nas rações de machos e fêmeas, respectivamente.

Tendo em vista as características da qualidade da carne estudadas observou-se efeito (p≤0,05) da interação lisina versus sexo somente para a capacidade de retenção de água da coxa. Em relação aos níveis de lisina digestível estudados, verificou-se efeito (p≤0,05) somente para maciez objetiva da carne da coxa, capacidade de retenção de água (p≤0,01) e pH (p≤0,05) da carne do peito (Tabela 6).

Tabela 6
Valores médio de maciez objetiva (MO), capacidade de retenção de água (CRA) e potencial hidrogeniônico (pH) da carne de peito, coxa+sobrecoxa (SC) de frangos machos e fêmeas da linhagem Redbro, no período final, 57 a 70 dias

Houve efeito linear decrescente (p≤0,05) dos níveis de lisina digestível sobre a maciez objetiva da carne da coxa, segundo a equação: MO = 5,224 – 2,471L (R2 = 0,18). Assim, com o aumento dos níveis de lisina, houve redução da maciez objetiva, significando maior força de cisalhamento, portanto carne mais firme. E também maior proporção de carne no corte, uma vez que a lisina está envolvida, quase que exclusivamente, na síntese de proteína muscular. A textura da carne está relacionada com a integridade das ligações de colágeno (POTENÇA et al., 2010POTENÇA, A.; MURAKAMI, A.E.; MATSUSHITA, M.; VISENTAINER, J.V.; MARTINS, E.N.; FURLAN, A.C. Perfil lipídico e maciez da carne de coxa e sobrecoxa de frangos de corte alimentados com rações contendo diferentes fontes lipídicas. Revista Brasileira de Zootecnia, v.39, n.8, p.1774-1783, 2010.). Um dos principais contribuintes para a maior textura da carne de frango é a maturidade do tecido conjuntivo, que envolve ligações covalentes cruzadas do colágeno no músculo. Uma vez que essas ligações do colágeno aumentam com a idade, a carne de frangos mais velhos tende a ser menos macia (FLETCHER, 2002FLETCHER, D.L. Poultry meat quality. World's Poultry Science Journal, v.58, n.2, p.13114, 2002.). A lisina tem papel importante sobre essas ligações químicas do colágeno, uma vez que o acréscimo de seu conteúdo aumenta as ligações covalentes cruzadas do colágeno no músculo (RODRIGUES, 2009RODRIGUES, V. Análise dos efeitos do colágeno bovino e derivados na proliferação celular e biossíntese de colágeno em fibroblastos humanos. 2009. 133p. Dissertação (Mestrado em Biotecnologia) – Universidade de São Paulo, São Paulo.).

Ao avaliarem a qualidade da carne de frangos caipiras, abatidos em diferentes idades (70, 85 e 110 dias), Souza et al. (2012)SOUZA, X.R.; FARIA, P.B.; BRESSAN, M.C. Qualidade da carne de frangos caipiras abatidos em diferentes idades. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.64, n.2, p.479-487, 2012. observaram que aves da linhagem Pescoço Pelado apresentaram carne de peito mais macia, com menores valores de maciez objetiva ou força de cisalhamento. De acordo com Osório et al. (2009)OSÓRIO, J.C.S.; OSÓRIO, M.T.M.; SAÑUDO, C.Características sensoriais da carne ovina. Revista Brasileira de Zootecnia, v.38, p.292-300, 2009. a maciez da carne é uma qualidade que está intimamente relacionada com a capacidade de retenção de água, já que uma carne com menor capacidade em reter água resulta em uma carne mais seca e menos tenra.

Verificou-se efeito linear decrescente (p≤0,01) dos níveis de lisina digestível para a capacidade de retenção de água da carne do peito, segundo a equação: CRA= 53,293 – 11,0615L (R2= 0,22). Nas concentrações mais baixas de lisina digestível na ração (7 e 8g/kg), obteve-se maior capacidade da carne em reter água, assim, houve menor perda de umidade em forma de exsudato. Em seu trabalho, após revisão de literatura, Braga et al. (2005)BRAGA, C.V.P.; FUENTES, M. de F.F.; FREITAS, E.R.; CARVALHO, L.E. de; SOUSA, F.M. de; BASTOS, S.C. Efeito da inclusão do farelo de coco em rações para poedeiras comerciais. Revista Brasileira de Zootecnia, v.34, n.1, p.7680, 2005. relatam que a formação de exsudato, além de resultar em perdas de nutrientes da carne, tais como proteínas, peptídeos, aminoácidos, ácido lático, purina, vitaminas do complexo B e vários outros elementos, apresenta também uma carne mais seca, portanto, mais dura e não desejável.

Os valores de pH encontrados nas carnes de peito, coxa e sobrecoxa dos frangos, variaram dentro dos valores descritos na literatura, de 5,7 a 5,9, sendo este valor considerado para carne normal (ABREU et al., 2014ABREU, L.R.A.; BOARI, C.A.; PIRES, A.V.; PINHEIRO, S.R.F.; OLIVEIRA, R.G.; OLIVEIRA, K.M.; GONÇALVES, F.M.; OLIVEIRA, F.R. Influência do sexo e idade de abate sobre rendimento de carcaça e qualidade da carne de codornas de corte. Revista Brasileira de Saúde Produção Animal [online], v.15, n.1, p.131-140, 2014.). Os maiores valores de pH observados foram para coxa e sobrecoxa. Isto ocorre devido ao sistema de criação semintensivo, que resulta em maior movimentação das aves. Segundo Erickson (1998)ERICKSON, H.H. Fisiologia do exercício. In: Dukes, M.J.S. Fisiologia dos animais domésticos. 11.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998. p.277-296. isto pode ser explicado por alterações no metabolismo muscular ou na capacidade de armazenar glicogênio.

No período de 43 a 56 dias de idade, o nível de lisina digestível de 6,07g/kg de ração atende às exigências dos frangos de corte machos e fêmeas tipo caipira, da linhagem Redbro, correspondendo ao consumo estimado de lisina de 11,5g por ter obtido resultado similar entre os demais níveis. Para a fase final, 57 a 70 dias, o melhor nível foi de 8,51g de lisina/kg de ração, ou o consumo de 19g de lisina para melhor conversão alimentar.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos à Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) pelo apoio financeiro e à Ajinomoto do Brasil Indústria e Comércio de Alimentos Ltda. pela doação dos aminoácidos.

REFERÊNCIAS

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Set 2016

Histórico

  • Recebido
    03 Jun 2015
  • Aceito
    28 Jun 2016
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