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Produtividade e valor nutricional da silagem de híbridos de milho em diferentes alturas de colheita

Productivity and nutritional value of silage of corn hybrids with different heights of harvest

Resumos

Cinco híbridos de milho foram avaliados quanto à produtividade de matéria seca, ao valor nutritivo da silagem e à produtividade de leite. Os híbridos avaliados foram AS 32, AG 9090, CD 308, DKB 747 e P 30F87, colhidos em três alturas de corte: 15, 35 e 55 cm. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com parcelas subdivididas e três repetições. Para confecção das silagens, utilizaram-se silos experimentais de PVC com 20 cm de diâmetro e 40 cm de altura. A produtividade de leite, por tonelada de silagem (eficiência alimentar) e por hectare, foi estimada pelo modelo Milk2006. A produtividade de forragem ensilável reduziu com o aumento da altura de colheita, com resultados de 14,6; 13,0 e 12,6 t/ha MS para as alturas de colheita de 15 cm, 35 cm e 55 cm, respectivamente. O híbrido de milho e a altura de colheita influenciaram a composição bromatológica das silagens, com exceção do teor de extrato etéreo (EE), que não foi influenciado pela altura de colheita. Ocorreu interação híbrido × altura de colheita para o teor de amido, a digestibilidade in vitro da MS e da fibra em detergente neutro (FDN) e o teor de nutrientes digestíveis totais (NDT). Houve efeito da altura de colheita sobre a eficiência alimentar, cujos valores médios foram de 1.226, 1.291 e 1.393 kg leite/t silagem nas alturas de colheita de 15, 35 e 55 cm, respectivamente. Observou-se também efeito do tipo de híbrido sobre a produtividade de leite e a eficiência alimentar, com melhores valores verificados para o híbrido DKB 747 colhido na altura de 55 cm. Ao elevar a altura de colheita, melhora-se o valor nutritivo da silagem sem prejudicar a produtividade de leite por hectare. O manejo da altura de corte não substitui a escolha de melhores híbridos para produção de silagem de alta qualidade e produtividade.

digestibilidade; eficiência alimentar; produtividade de leite


Five corn hybrids were evaluated to the productivity of dry matter, nutritive value of silage and milk yield. The hybrids evaluated were AS 32, AG 9090, CD 308, DKB 747 and P 30F87, harvested at three cutting heights: 15, 35 and 55 cm. The experimental design was a randomized block with split plots and three replicates. Experimental silos of PVC with 20 cm of diameter and 40 cm of height were used. Milk yield per ton of silage (feed efficiency) and milk production per hectare were estimated by using the model Milk2006. The productivity of ensilable forage decreased with increase in height of harvest, with results of 14.6, 13.0 and 12.6 t/ha DM for the cut heights of 15 cm, 35 cm and 55 cm, respectively. Corn hybrid and cut height influenced chemical composition of silage, except for EE, which was not influenced by cut height. There was an interaction hybrid × cut height for the content of starch, in vitro digestibility of DM and of neutral detergent fiber (NDF), and content of total digestible nutrients (TDN). Cut height affected feed efficiency whose average values of 1,226, 1,291 and 1,393 kg milk/t silage at the cut heights of 15, 35 and 55 cm, respectively. It was also observed effect of type of hybrid on milk yield and feed efficiency, with the best values recorded for the hybrid DKB 747 harvested at 55 cm of height. By raising the height of harvest, the nutritional value of silage is improved, with no influence on milk yield per hectare. The management of the height of cut does not replace the choice of better hybrids for production of silage with high quality and productivity.

digestibility; feed efficiency; milk yield


FORRAGICULTURA

Fábio Cortez Leite de Oliveira; Clóves Cabreira Jobim; Michele Simili da Silva; Moyses Calixto Junior; Valter Harry Bumbieris Junior; Juliano Roman

Universidade Estadual de Maringá, Departamento de Zootecnia, Avenida Colombo, 5.790, 87020-900, Maringá, Paraná, Brasil.

RESUMO

Cinco híbridos de milho foram avaliados quanto à produtividade de matéria seca, ao valor nutritivo da silagem e à produtividade de leite. Os híbridos avaliados foram AS 32, AG 9090, CD 308, DKB 747 e P 30F87, colhidos em três alturas de corte: 15, 35 e 55 cm. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com parcelas subdivididas e três repetições. Para confecção das silagens, utilizaram-se silos experimentais de PVC com 20 cm de diâmetro e 40 cm de altura. A produtividade de leite, por tonelada de silagem (eficiência alimentar) e por hectare, foi estimada pelo modelo Milk2006. A produtividade de forragem ensilável reduziu com o aumento da altura de colheita, com resultados de 14,6; 13,0 e 12,6 t/ha MS para as alturas de colheita de 15 cm, 35 cm e 55 cm, respectivamente. O híbrido de milho e a altura de colheita influenciaram a composição bromatológica das silagens, com exceção do teor de extrato etéreo (EE), que não foi influenciado pela altura de colheita. Ocorreu interação híbrido × altura de colheita para o teor de amido, a digestibilidade in vitro da MS e da fibra em detergente neutro (FDN) e o teor de nutrientes digestíveis totais (NDT). Houve efeito da altura de colheita sobre a eficiência alimentar, cujos valores médios foram de 1.226, 1.291 e 1.393 kg leite/t silagem nas alturas de colheita de 15, 35 e 55 cm, respectivamente. Observou-se também efeito do tipo de híbrido sobre a produtividade de leite e a eficiência alimentar, com melhores valores verificados para o híbrido DKB 747 colhido na altura de 55 cm. Ao elevar a altura de colheita, melhora-se o valor nutritivo da silagem sem prejudicar a produtividade de leite por hectare. O manejo da altura de corte não substitui a escolha de melhores híbridos para produção de silagem de alta qualidade e produtividade.

Palavras-chave: digestibilidade, eficiência alimentar, produtividade de leite

ABSTRACT

Five corn hybrids were evaluated to the productivity of dry matter, nutritive value of silage and milk yield. The hybrids evaluated were AS 32, AG 9090, CD 308, DKB 747 and P 30F87, harvested at three cutting heights: 15, 35 and 55 cm. The experimental design was a randomized block with split plots and three replicates. Experimental silos of PVC with 20 cm of diameter and 40 cm of height were used. Milk yield per ton of silage (feed efficiency) and milk production per hectare were estimated by using the model Milk2006. The productivity of ensilable forage decreased with increase in height of harvest, with results of 14.6, 13.0 and 12.6 t/ha DM for the cut heights of 15 cm, 35 cm and 55 cm, respectively. Corn hybrid and cut height influenced chemical composition of silage, except for EE, which was not influenced by cut height. There was an interaction hybrid × cut height for the content of starch, in vitro digestibility of DM and of neutral detergent fiber (NDF), and content of total digestible nutrients (TDN). Cut height affected feed efficiency whose average values of 1,226, 1,291 and 1,393 kg milk/t silage at the cut heights of 15, 35 and 55 cm, respectively. It was also observed effect of type of hybrid on milk yield and feed efficiency, with the best values recorded for the hybrid DKB 747 harvested at 55 cm of height. By raising the height of harvest, the nutritional value of silage is improved, with no influence on milk yield per hectare. The management of the height of cut does not replace the choice of better hybrids for production of silage with high quality and productivity.

Key Words: digestibility, feed efficiency, milk yield

Introdução

Tradicionalmente, os híbridos que produzem mais grãos são os escolhidos para ensilagem. Entretanto, Coors et al. (1994) comprovaram que híbridos selecionados para alta produção de grãos podem não ser os de maior digestibilidade. Nesse contexto, tem sido demonstrada a existência de variação genética para qualidade nutritiva da forragem de milho (Argillier et al., 1998; Argillier et al., 2000; Frey et al., 2004).

Trabalhos realizados em relação ao estádio de maturação do milho mostram forte variabilidade na degradação ruminal do amido em função do genótipo (Philippeau et al., 1996). Híbridos de milho se diferenciam pela textura do endosperma (dentados, duros) (Majee et al., 2003). Philippeau et al. (1999), estudando as relações entre a degradação ruminal do amido e as características físicas do grão de milho em 14 híbridos de milho, observaram uma degradabilidade média efetiva de 50%, variando de 39,7% para os grãos com textura dura (flint) a 71,5% para o grão dentado.

Atualmente, deve-se optar por híbridos que apresentem, além de elevada produção de matéria seca e contribuição de grãos na massa ensilada, maior digestibilidade da fração fibrosa da planta (Mello et al., 2005). Estudos de Oba & Allen (1999ab, 2000) demonstraram que maior digestibilidade da fibra da forragem, incrementa a ingestão de matéria seca e a produtividade de leite de vacas de alto mérito genético. Esses resultados orientaram novas pesquisas para a digestibilidade da fibra da silagem de milho (Thomas et al., 2001). Uma alternativa para aumentar o valor nutritivo da silagem de milho é elevar a altura de colheita das plantas, concentrando grãos e reduzindo a participação de colmo e folhas velhas na forragem (Neylon & Kung Junior, 2003).

Wu & Roth (2005), revisando 11 estudos sobre manejo da altura de colheita (de 15 cm para 45 cm), encontraram aumento nos teores de MS, PB e amido e redução nos teores de FDN e FDA, com melhoria de 4,7 e 5% na digestibilidade da MS e FDN, respectivamente. Kung Junior et al. (2008) também encontraram aumento na concentração de alguns nutrientes (PB, amido e energia), mas a elevação da altura de colheita (de 15 cm para 50 cm) não alterou a digestibilidade da FDN. Já Bernard et al. (2004), ao elevar de 10 cm para 30 cm a altura de colheita do milho, não obtiveram aumento na qualidade da silagem ou na produção animal.

O objetivo neste estudo foi avaliar o efeito de três alturas de colheita sobre a produtividade de forragem e o valor nutritivo da silagem de cinco híbridos de milho.

Material e Métodos

O experimento de campo foi conduzido na Fazenda Experimental de Iguatemi da Universidade Estadual de Maringá na região Noroeste do Paraná (23º21'13"S - 52º04'27"O; 550 m de altitude). O clima é classificado como Cfa (subtropical úmido), conforme classificação climática de W. Köppen. As parcelas foram estabelecidas em solo classificado pela Embrapa (2006) como Latossolo vermelho distroférrico textura arenosa, em uma área anteriormente (1998 a 2006) utilizada como pastagem de capim-braquiária (Brachiaria brizantha (Hochst ex A. Rich.) Stapf cv. Marandu). Os valores da análise de solo indicaram pH CaCl2: 4,4; pH água: 5,3; P (Mehlich 1) 0,6 mg/dm3; C 3,87 g/dm3; K+ 0,07 cmolc/dm3; Al3+ 0,5 cmolc/dm3; Ca2+ 0,86 cmolc/dm3; Mg2+ 0,19 cmolc/dm3; soma de bases 1,12 cmolc/dm3; CTC 4,29 cmolc/dm3; V% 26,11.

No preparo convencional do solo, com utilização de grade de discos, a área experimental recebeu 2 t/ha de calcário dolomítico. Durante o plantio, foram aplicados 530 kg/ha de adubo na fórmula 4-20-20 (N-P2O5-K2O) e, após 30 dias de emergência das plantas, feita adubação em cobertura com 200 kg/ha de ureia. Na condução da cultura, foram aplicados 4 L/ha de herbicida, com ingrediente ativo atrazina 370 g/L e metolacloro 290 g/L. Contra uma infestação da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) foram aplicados 250 mL/ha de inseticida com ingrediente ativo Lefenurom 50 g/L.

A precipitação acumulada do plantio à colheita foi de 596 mm ficando 100 mm abaixo da média histórica (11 anos) para o mesmo período. A temperatura média do ar foi de 25ºC e a umidade relativa do ar de 71% em média.

Cinco cultivares híbridos de milho (Tabela 1) foram avaliadas em três alturas de corte (15, 35 e 55 cm) acima do nível do solo.

O delineamento experimental foi em blocos casualizados com parcelas subdivididas e três repetições. Os híbridos foram semeados em 23 de outubro de 2006 em parcelas de 2.100 m2, com espaçamento entre linhas de 0,90 m e densidade teórica de semeadura de 70.000 plantas/ha. As alturas de colheita foram alocadas nas subparcelas (700 m2). Três linhas laterais e 5 m das extremidades da parcela principal foram considerados como bordadura e serviram como área de amostragem para determinar o momento da colheita. A linha de leite foi usada como um indicador visível do momento de colheita (Wiersma et al., 1993), que ocorreu no estádio de ½ linha de leite ou cerca de 34% de MS.

Os híbridos AS 32, AG 9090, CD 308, DKB 747 e P 30F87 foram colhidos nos dias 25, 26, 30, 31 de janeiro e 1º de fevereiro de 2007, respectivamente. Nas subparcelas foram preparadas cinco amostragens aleatórias de 1 m linear cada. As plantas foram cortadas nas alturas de colheita estabelecidas, com auxílio de um bastão graduado. As amostras foram agrupadas, identificadas e, em seguida, os materiais foram picados em triturador estacionário e imediatamente ensilados. Foram utilizados 45 silos experimentais de PVC com 20 cm de diâmetro e 40 cm de altura. A compactação do material foi realizada com auxílio de bastão de madeira e o fechamento com lona plástica preta de polietileno e amarradas com fita adesiva. Para determinação da massa específica na ensilagem, os silos foram pesados e, em seguida, armazenados em local coberto e ventilado por 125 dias.

Após abertura dos silos, os 10 cm superiores e os 5 cm inferiores de silagem foram desprezados e o restante do conteúdo foi retirado e homogeneizado. Uma amostra de silagem foi separada (1 kg) para análises químicas e outra amostra (0,7 kg) para determinação do pH. Para determinar o pH foi retirado o extrato aquoso do material em prensa hidráulica e medida a acidez diretamente com potenciômetro (Wilson & Wilkins, 1972). As demais amostras foram secas a 55ºC por 72 horas em estufa com circulação forçada de ar. As amostras secas foram moídas em moinho estacionário tipo "Willey" com peneira de 1 mm de malha.

As análises laboratoriais foram realizadas no Laboratório de Análises de Alimentos e Nutrição Animal do Departa-mento de Zootecnia da Universidade Estadual de Maringá. Em todas as amostras foram determinados os teores de matéria seca (MS), matéria mineral (MM), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), lignina em detergente ácido (LDA), amido (AMI), digestibilidade in vitro da MS com 48 h de incubação (DIVMS_48 horas), digestibilidade in vitro da parede celular com 48 h de incubação (DIVFDN_48 horas), capacidade tampão (CT) e nitrogênio amoniacal (NH4).

Determinou-se a MS em estufa a 105ºC por 12 horas e o conteúdo de cinzas (MM) pela combustão das amostras a 550ºC por 4 horas (AOAC, 1990). A matéria orgânica foi obtida por diferença MO (%) = 100 _ MM, segundo (AOAC, 1984). O conteúdo de nitrogênio foi determinado pelo método micro-Kjeldahl, a PB foi calculada como N × 6,25 e o EE por meio de solvente (AOAC, 1990). A FDN foi determinada de acordo com Van Soest et al. (1991) com adição de amilase, usando o sistema Ankon200 para análise de fibras (Ankon Technology, Fairport, NY). O sulfito não foi adicionado. As análises de FDA e LDA foram determinadas de acordo com Van Soest & Robertson (1985). O teor de amido foi determinado pelo método de Poore et al. (1989), adaptado por Pereira & Rossi (1995).

Na determinação da DIVMS_48 horas, foram colocados 0,25 g de amostra em sacos F57-Filter Bags, lavados em acetona e incubados a 39ºC na DaisyII (Ankon Technology, Fairport, NY), seguindo o procedimento de Goering & Van Soest (1970). O líquido ruminal inoculante foi obtido de vacas da raça Holandesa fistuladas no rúmen, recebendo dieta à base de silagem de milho. O resíduo indigestível foi tratado com solução de detergente neutro de acordo com método já descrito, utilizado para análise de FDN (Van Soest et al., 1991). A DIVFDN_48 h foi determinada usando a seguinte equação: DIVFDN = 100 _ (FDN remanescente em t = 48 h / FDN no t = 0 h) × 100.

Na determinação da capacidade tampão, utilizou-se metodologia descrita por Playne & McDonald (1966). Aproximadamente 15 g de amostra de silagem foram diluídas em 250 mL de água destilada e realizada titulação para pH 3,0 com HCl (0,1 N) e, posteriormente, titulado com NaOH (0,1 N) para pH 6,0. Foram determinados também a porcentagem de nitrogênio amoniacal (N-NH3), expressa como porcentagem do nitrogênio total e o pH da silagem (Bolsen et al., 1992).

O consumo de MS foi estimado pela equação de Schwab et al. (2003). Com o auxílio do modelo Milk2006, desenvolvido por Shaver & Lauer (2006), foram geradas estimativas da energia líquida para lactação (ELl), nutrientes digestíveis totais (NDT), produtividade de leite/t de silagem (eficiência alimentar) e produtividade de leite/ha.

Antes de realizar as análises estatísticas, as variáveis foram testadas quanto à sua normalidade da variância pelo teste de Shapiro-Wilk. As análises exploratórias dos dados mostraram que todas as variáveis apresentaram distribuição normal (P<0,01). Todos os dados são apresentados com base na MS. Os dados foram submetidos a análises de variância usando o procedimento GLM do programa estatístico SAS® (SAS Institute, 1999). Diferenças entre médias foram comparadas utilizando o teste de Tukey. Os efeitos foram considerados significativos para P<0,05. O modelo matemático inclui os efeitos de tratamento, bloco, altura de colheita, além do erro experimental:

em que; Yijk = todas variáveis dependentes; μ = média das observações; ti = efeito do i-ésimo híbrido de milho, sendo 1 (AS 32), 2 (AG 9090), 3 (CD 308), 4 (P 30F87) e 5 (DKB 747); bj = efeito do j-ésimo bloco, sendo 1 (bloco 1), 2 (bloco 2) e 3 (bloco 3); eij = variação aleatória residual de híbrido e bloco (erro a); sk = efeito da k-ésima altura de colheita, sendo 1 (15 cm), 2 (35 cm) e 3 (55 cm); tsik = interação entre híbrido e altura de colheita; e eijk = variação aleatória residual (erro b).

Resultados e Discussão

Não foram observadas interações entre híbrido e altura de colheita (P>0,05) para as características produtivas. Não houve diferença (P>0,05) na produtividade total de forragem entre os híbridos com média de 15,0 t de MS/ha. Com a elevação da altura de colheita a produtividade foi reduzida (P<0,05). As produtividades médias de forragem ensilável foram de 14,6, 13,0 e 12,6 t MS/ha para as alturas de colheita de 15 cm, 35 cm e 55 cm, respectivamente. Houve queda de 13,6% na produtividade de forragem ensilável ao se elevar de 15 cm para 55 cm a altura de colheita, valores de acordo com os estudos de Lauer (1998), Bernard et al. (2004) e Kung Junior et al. (2008), porém maiores do que a média (-7,4%) reportada por Wu & Roth (2005).

O teor de MS da forragem no momento da ensilagem foi semelhante (P>0,05) entre os híbridos (Tabela 2), uma vez que a linha de leite foi usada como um indicador visível do momento de colheita. No entanto, as silagens apresentaram diferenças no teor de MS (P<0,01) para híbridos e alturas de colheita. A silagem do híbrido CD 308 com 26,32% de MS foi 3,06% mais úmido que o DKB 747 (Tabela 3), não diferindo dos demais híbridos. Diferenças na massa específica e capacidade tamponante (Tabela 2) podem ter ocasionado diferentes padrões de fermentações, com diferentes produções de água. Com a elevação da altura de colheita de 15 cm para 35 e 55 cm houve aumento (P<0,01) no teor de MS (Tabela 3). Esse aumento é bem documentado (Neylon & Kung Junior, 2003; Kennington et al., 2005; Kung Junior et al., 2008) e ocorre porque a espiga é normalmente mais seca que folhas e colmo.

Não houve diferença para os valores de massa específica entre as silagens, exceto do híbrido CD 308 em relação ao AS 32. O valor médio da massa específica das silagens foi de 627 kg/m3, evidenciando uma compactação adequada e semelhante àquelas obtidas em situações de fazenda, quando as condições de ensilagem são adequadas. Já em relação aos valores de pH e N-NH3/N total houve efeito do híbrido, e todas as silagens apresentaram valores abaixo de 4,0 e 6,0, respectivamente, o que indica condições adequadas de fermentação. Também para a capacidade tamponante houve efeito de híbrido (P<0,05), com valor médio de 31,17 meq NaOH /100 g MS, valor este considerado dentro da faixa aceitável para a silagem de milho.

O teor de PB (média de 85,0 g/kg MS) não teve efeito (P<0,05) de híbrido e de altura de colheita. Já o teor de EE (média de 26,7 g/kg MS), mostrou efeito (P<0,05) de híbrido, mas não da altura de colheita (Tabela 3). A silagem do híbrido DKB 747 apresentou o maior teor de EE, enquanto o híbrido P 30F87 o menor. Embora o aumento na altura de colheita tenha mostrado elevação nos valores absolutos de EE, não houve diferença do corte a 15 cm (25,1 g/kg MS) para 55 cm (27,7 g/kg MS). Esse aumento pode ser explicado pela maior participação de grãos na massa ensilada. Ocorreu interação híbrido × altura de colheita somente para o teor de amido. O que foi explicado pelas diferenças no teor de amido entre os híbridos e pelo aumento da concentração desse componente em função do aumento na altura de corte. Neste caso, foi realizado o estudo da altura de corte dentro de híbrido. Para altura de corte foi realizado o estudo de regressão. As alturas de corte, para todos os híbridos, tiveram efeito linear positivo (P<0,05) nos valores de amido.

A silagem do híbrido DKB 747 se destacou pelo maior (P<0,01) teor em amido, nas três alturas de colheita (187; 247 e 294 g/kg MS). Entretanto, para as silagens dos híbridos CD 308 e P 30F87, a concentração de amido foi semelhante (P<0,05) para a colheita a 35 ou 55 cm de altura (201 e 176 g/kg MS e 200 e 217 g/kg MS, respectivamente). Em média, o teor de amido foi de 159, 203 e 225 g/kg MS para as alturas de colheita de 15, 35 e 55 cm, respectivamente. Portanto, concentrando o teor de amido em 4,47 e 2,16 pontos percentuais a cada elevação da altura de colheita. Esse comportamento deve-se ao aumento na concentração de grãos com a elevação na altura de corte.

A colheita a 35 cm de altura reduziu (P<0,01) os teores de FDN e de FDA em 8,7% e 4,9%, respectivamente (Tabela 3). Entretanto, para lignina em detergente ácido, a redução (P<0,05) ocorreu somente com a colheita a 55 cm de altura (5,5%). A relação AMI/FDN foi superior (P<0,01) para o híbrido DKB 747 e houve aumento (P<0,01) conforme se elevou a altura de colheita. Similares alterações, na composição química da silagem de milho pela elevação da altura de colheita, têm sido reportado por outros autores (Restle et al., 2002; Neylon & Kung Junior, 2003; Bernard et al., 2004; Castañeda et al., 2005) e estão consistentes com o fato de que mais colmo e folhas fibrosas, lignificadas ficam na lavoura (Tolera & Sundstol, 1999). Além disso, de acordo com Verbic et al. (1995), espigas e folhas mais digestíveis representam grande proporção (40 a 50% do peso da planta) do total de MS na silagem com corte mais alto do milho.

Interação híbrido × altura de colheita foi observada para o valor nutritivo, mas não para as estimativas de produtividade de leite (Tabela 4). Bernard et al. (2004) observaram interações entre altura de colheita e dois híbridos de milho de semelhante composição e produtividade, mas com diferentes digestibilidades. Os autores constataram que houve aumento da digestibilidade para o híbrido de menor DIVMS na altura de 30,5 cm quando comparado com a colheita a 10,2 cm; o mesmo não ocorreu para o híbrido de maior DIVMS.

A composição da fração basal difere entre variedades e, em variedades mais digestivas, esta porção pode ser mais similar em composição e digestibilidade que a porção superior das plantas, quando comparadas a variedades com menor digestibilidade. Isso implica que o potencial de resposta animal ao aumento da altura de colheita pode não ser consistente para todas as variedades (Bernard et al., 2004).

Os resultados obtidos por Lewis et al. (2004) corroboram com a hipótese de Bernard e colaboradores quando concluem que o aumento da altura de corte pode ser bom manejo para híbridos Leafy, mas não para o híbrido Brown Midrib. Neste estudo, a elevação da altura de colheita de 15 para 55 cm aumentou significativamente (P<0,05) a DIVMS (3,5%), o NDT (6,7%) e a ELl (9,3%), porém, sem alteração na DIVFDN (P>0,05) e na relação LDA/FDN (10,87). A ausência de efeito sobre a DIVFDN pela maior altura de colheita é similar aos reportados por Kung Junior et al. (2008). Já na revisão de Wu & Roth (2005), silagem de milho colhido a 45 cm de altura teve DIVFDN 5% superior quando comparada à silagem colhida a 15 cm.

De acordo com a hipótese levantada por Kung Junior et al. (2008), a razão para pequena ou ausência de resposta na DIVFDN para maiores alturas de colheita pode ser por não haver diferenças (P>0,05) na relação entre fibra e lignina ao longo das partes da planta, embora exista aparente diminuição na concentração de lignina na silagem de milho quando a altura de corte da planta se eleva.

Observou-se efeito de híbrido para todas as variáveis de valor nutritivo e para a estimativa da produtividade de leite. A digestibilidade in vitro da FDN dos híbridos AS 32, DKB 747 e AG 9090 não diferiram (P>0,01) entre si (50,68; 48,09 e 47,41%, respectivamente) e foram superiores (P<0,01) a dos híbridos P 30F87 e CD 308 (41,78 e 40,76% respectivamente) os quais também não diferiram entre si. Os híbridos com maiores (P<0,01) DIVMS foram AS 32 e DKB 747 (76,96 e 75,56%, respectivamente) e os de menor (P<0,01) os híbridos CD 308 e P 30F87 (72,18 e 69,81%, respectivamente). A ocorrência de interações entre híbridos e altura de colheita pode ser por diferenças na composição em lignina entre os híbridos (Jung & Deetz, 1993; Jung & Allen, 1995), já que não houve alterações da relação LDA/FDN. Kennington et al. (2005), estudando os efeitos da altura de corte e híbridos sobre a composição, ingestão e digestibilidade da silagem de milho em novilhas, encontraram diferença entre os híbridos para a digestibilidade e concluem que a composição genética do milho tem papel mais importante na digestibilidade da silagem do que a elevação da altura de corte na colheita.

Verificou-se efeito da altura de colheita sobre a eficiência alimentar, que foi maior quando o corte foi realizado a 55 cm de altura. Na média de híbridos e alturas de colheita, a produtividade foi estimada em 1.303 kg leite/t silagem, com base na MS. Com isso, a produtividade de leite (17.956, 16.819, 17.791 kg leite/ha) foi semelhante nas três alturas de colheita (15, 35 e 55 cm, respectivamente). No estudo de Neylon & Kung Junior (2003), a elevação na altura de colheita de 12,7 para 45,7 cm aumentou a produtividade de leite por tonelada de silagem na forragem cortada com ½ linha de leite (1.625 vs 1.723 kg/t), mas não para forragem colhida com maturidade fisiológica do grão completa. A produtividade de leite por hectare não foi maior (P<0,05) para ½ linha de leite e não foi afetada pela maior altura de corte. Bernard et al. (2004) encontraram diferença numérica entre híbrido e altura de colheita para as estimativas (Milk2000 Model) de produtividade de leite por hectare, mas não para produtividade de leite por tonelada de silagem. Já no ensaio com vacas da raça Holandesa, não observaram diferenças (P>0,10) em produtividade de leite, concentração de gordura e proteína no leite entre variedades ou altura de colheita do milho. No entanto, a conversão de silagem em leite tendeu a ser maior (P<0,08) para silagem produzida com corte a 30,5 cm quando comparada com aquela colhida a 10,2 cm, porém diferenças não foram observadas entre as variedades.

Apesar de os híbridos terem tido semelhantes produtividades de MS, o híbrido CD 308 teve os menores valores de produtividade de leite e eficiência alimentar estimado pelo modelo Milk2006, nas três alturas de corte, posicionando-se no quadrante D, que representa qualidade e produtividade abaixo da média dos híbridos avaliados (Figura 1). Por outro lado, o híbrido DKB 747 foi superior à média (quadrante B) nas três alturas de corte avaliadas. Observaram-se para os híbridos AS 32, AG 9090 e P 30F87 colhidos a 35 cm de altura, valores semelhantes entre si. Para produtividade de leite por hectare, os híbridos AS 32, AG 9090 e DKB 747 colhidos a 15 cm de altura tiveram produtividade e qualidade acima da média. Já os híbridos CD 308 e P 30F87 posicionaram-se abaixo da média quanto à produtividade de leite por hectare nas três alturas de colheita. Os resultados do estudo sugerem que existem diferenças entre os híbridos para valor nutritivo e que o efeito de híbrido tem maior peso do que altura de colheita. Os híbridos de menor valor nutritivo mesmo com a elevação da altura de colheita foram inferiores aos híbridos de maior valor nutritivo para todas as alturas. Portanto, mais importante que o manejo da altura de colheita é a escolha do híbrido.


Conclusões

Híbridos com produtividades de MS semelhantes apresentam diferenças na composição química e no valor nutritivo. Com o aumento da altura de colheita de 15 para 35 cm e de 15 para 55 cm, é possível melhorar a qualidade e o valor nutritivo da silagem. A digestibilidade da parede celular e a produtividade de leite por hectare não se alteram com o aumento da altura de corte. O manejo da altura de corte não substitui a escolha de melhores híbridos para produção de silagem de alta qualidade e produtividade.

Recebido em 28/10/2009 e aprovado em 20/05/2010.

Correspondências devem ser enviadas para: ccjobim@uem.br

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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      25 Abr 2011
    • Data do Fascículo
      Abr 2011

    Histórico

    • Recebido
      28 Out 2009
    • Aceito
      20 Maio 2010
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