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Tratamento artroscópico da capsulite adesiva refratária do ombro

OBJETIVO:

avaliar os resultados do tratamento artroscópico da capsulite adesiva refratária do ombro, relacionados à melhora da amplitude de movimentos, após seguimento mínimo de seis anos.

MÉTODOS:

do período de agosto de 2002 a dezembro de 2004, dez pacientes com capsulite adesiva do ombro resistentes ao tratamento conservador foram submetidos à cirurgia artroscópica. Foi colocado um cateter interescalênico para analgesia pós-operatória, antes do procedimento. Todos se encontravam na Fase II, com seguimento mínimo de dois anos. A média de idade foi 52,9 anos (39 a 66), com predominância do sexo feminino (90%), sendo seis ombros do lado esquerdo. O tempo entre o aparecimento dos sintomas e o tratamento operatório variou de seis a 20 meses. Foram encontradas quatro capsulites adesivas na forma primária (40%) e seis secundárias (60%).

RESULTADOS:

a média ativa pré-operatória da elevação anterior foi 92°, da rotação externa 10,5° da rotação interna nível L5 e a média ativa pós-operatória foi 149°, 40° e nível T12, respectivamente. Portanto, os ganhos médios foram de 57° na elevação anterior, 29,5° na rotação externa e seis processos espinhosos. Houve diferença significativa nos ganhos de movimentos entre o pré e o pós-operatório (p<0,001). Pela pontuação de Constant (amplitude de movimentos), houve um aumento de 13,8 (média pré) para 32 pontos (média pós).

CONCLUSÃO:

o tratamento artroscópico mostrou-se eficaz na capsulite adesiva refratária do ombro, resistente ao tratamento conservador, melhorando a amplitude dos movimentos articulares de pacientes avaliados após seguimento mínimo de seis anos.

Bursite; Dor de ombro; Procedimentos cirúrgicos operatórios; Artroscopia; Ortopedia


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