RESUMO
Introdução:
obesidade é uma das doenças mais comuns do mundo e a cirurgia bariátrica é o tratamento mais eficaz até o momento. Um dos impactos negativos do procedimento é o dismorfismo corporal causado pelo excesso cutâneo. No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) promove cirurgia de contorno corporal para tratar pacientes com perda ponderal maciça desde 2007. Este artigo tem como objetivo descrever a abordagem do SUS para pacientes pós-bariátricos através de análise do banco de dados do próprio sistema.
Métodos:
foi realizada pesquisa no banco de dados do SUS para procedimentos em pós-bariátricos entre 2007 e 2021. As variáveis analisadas foram localização geográfica, ano, tempo médio de internação, morte e taxa de mortalidade. Também analisamos o número de procedimentos bariátricos realizados no mesmo período. Análise estatística foi realizada utilizando os testes t de Student e do Qui-Quadrado, considerando valor p<0,5 como significante.
Resultados:
um total de 12.717 procedimentos de cirurgia plástica foram realizados em pacientes pós-bariátricos, com prevalência nacional de 13,8%. Dermolipectomia foi o procedimento mais realizado, com um total de 6.719. Nos anos de 2020 e 2021 houve um decréscimo de 64,3 e 70,9% no total de cirurgias, respectivamente (p<0,001). Procedimentos bariátricos tiveram maior número total e taxa de crescimento maiores do que cirurgia pós-bariátricas (p<0,001), totalizando 93.589 cirurgias.
Conclusões:
houve um número significativo de cirurgias de contorno corporal no Brasil, embora com baixa prevalência. Dermolipectomia foi o procedimento mais realizado. Notamos impacto significativo da pandemia Sars-CoV-2 no total de procedimentos realizados.
Palavras-chave:
Cirurgia Plástica; Brasil; Cirurgia Bariátrica; Saúde Pública
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