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Uma nota sobre a economia política das taxas de câmbio na Argentina: o novo e clássico desenvolvimentismo reavaliado

RESUMO

O artigo desenvolve um modelo no qual se explicita a relação entre a taxa de câmbio real e o salário real, no contexto de distribuição de renda conflitante. Nota-se que o banco central tenta regular a relação distributiva taxa de câmbio e salários reais por meio de mudanças na taxa de juros. O ponto teórico é que, em certas circunstâncias, um nível relativamente depreciado ou alto da taxa de câmbio real pode reduzir os salários reais e ter um impacto negativo no crescimento econômico. O artigo também fornece algumas evidências para o caso argentino e sugere que o clássico pessimismo da elasticidade desenvolvimentista parece ser validado no caso da Argentina. Além disso, o uso da taxa de câmbio como instrumento para reforçar a redistribuição para longe da classe trabalhadora e para promover o investimento e o crescimento também não nasce nos dados.

PALAVRAS-CHAVE:
Desenvolvimento econômico; taxa de câmbio; Argentina.

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