Resumo
Objetivo
Explorar a reorganização do sistema de saúde voltado para a pandemia de COVID-19.
Métodos
Realizou-se estudo ecológico, descritivo-explicativo, com análise de aglomerados espaço-temporais por semana epidemiológica nos municípios brasileiros. Foram utilizadas fontes de dados secundárias, do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (abril de 2020) e de casos de COVID-19 (fevereiro a agosto de 2020). As áreas quentes de incidência e mortalidade foram sobrepostas com a disponibilidade de unidades de tratamento intensivo (UTIs), para se avaliar a ampliação do acesso em regiões críticas.
Resultados
Dos 5.570 municípios analisados, 54% foram identificados como áreas quentes para incidência e 31% para mortalidade. Dos municípios em áreas quentes para incidência e com escassez de acesso, 28% foram contemplados pela ampliação de UTIs. Para mortalidade, esse valor foi de 14%.
Conclusão
A abertura de novos leitos não conseguiu abranger amplamente as regiões críticas, entretanto poderia ser otimizada com o uso de técnicas de análise espacial.
Palavras-chave:
Estudos Ecológicos; Sistemas de Informação Geográfica; Barreiras ao Acesso aos Cuidados de Saúde; Acesso Efetivo aos Serviços de Saúde; Infecções por Coronavírus; Unidades de Terapia Intensiva