Resumo
William de Ockham foi um filósofo inglês do século XIV com contribuições à lógica dos termos e ao movimento nominalista, marcado pelo senso crítico da Baixa Idade Média pelo pós-tomismo. Na Idade Média, o discurso conceitualista de Pedro Abelardo gerou problemas de uso dos entes e dos universais, sendo Ockham o filósofo defensor do método de não uso de entes para generalizações ou conclusões precipitadas, conhecido como navalha de Ockham. Este artigo apresenta as contribuições da lógica dos termos e objetividade na filosofia de Ockham. Como análises específicas das etapas apresentadas no artigo, temos a contribuição para o método científico pelo uso do conceito de conhecimento incomplexo, formado pela intuição e abstração na singularidade. A ênfase da lógica dos termos estruturada na obra Suma da Lógica, desenvolveu a linguagem parcimoniosa pelas proposições, cujo filósofo defende os termos na escola do nominalismo. No desenvolvimento da lógica dos termos, Ockham apresenta a teoria da suposição, sendo considerada uma posição por algum outro objeto, podendo ser classificada em: pessoal, determinada, confusa ou distributiva. O uso da lógica com objetividade garantiu a crítica aos universais que eram utilizados na época como ideias inatas, sintetizando um método objetivo para evitar repetições de termos denominado pelos contemporâneos por navalha. Apesar de ser contra a repetição dos termos no discurso medieval dos universais, Ockham considera a necessidade de repetição de fatos experimentados para registrar os acontecimentos, cujo futuro pode ser previsto pela possibilidade de repetição dos fatos ocorridos no passado. Em síntese, a contribuição de Ockham para a lógica do final da Idade Média é incontestável.
Palavras-chave:
Intuição; Lógica dos termos; Singular