RESUMO
Introdução:
No Brasil, cerca de 18.500 pessoas apresentam algum tipo de coagulopatia hereditária. O aumento da expectativa de vida tem levado a uma presença cada vez mais frequente de idosos nos consultórios médicos. Esses pacientes fazem uso de diversos medicamentos, inclusive aqueles que produzem efeitos anticoagulantes. O dentista deve estar ciente do impacto dos distúrbios hemorrágicos durante a abordagem de seus pacientes, especialmente se procedimentos invasivos forem considerados.
Objetivos:
Identificar as discrasias sanguíneas mais prevalentes apresentadas pelos pacientes atendidos pelo Programa de assistência cirúrgica odontológica a pacientes com discrasias sanguíneas; estabelecer a presença de doenças associadas e investigar a correlação entre os protocolos medicamentosos pré e pós-operatórios e a ocorrência de complicações pós-operatórias.
Métodos:
Trata-se de um estudo epidemiológico retrospectivo transversal dos laudos médicos utilizados pelo programa. Após o levantamento das variáveis definidas, os dados foram tabulados no software Microsoft Excel ® e avaliados pelos testes qui-quadrado e exato de Fisher.
Resultados:
Um paciente foi identificado como portador do Vírus da Imunodeficiência Humana e 18 com Vírus da Hepatite C. Houve uma diferença estatisticamente significativa entre os pacientes com hemofilia B e hepatite C. A administração de ácido tranexâmico como protocolo pré e pós-cirúrgico foi a terapia de escolha. Dos 11 pacientes com vWD, 7 deles receberam ácido tranexâmico como medicação pré-operatória.
Conclusão:
O ácido tranexâmico foi o fármaco mais utilizado como medicamento para cirurgia oral sem. Não há associações entre os protocolos cirúrgicos e complicações pós-operatórias. Foi encontrada significância estatística entre Hemofilia B e hepatite C. Estudos futuros devem enfocar esta relação entre hemofilia e hepatite C.
Termos de indexação
Anticoagulantes; Coagulação sanguínea; Distúrbios da coagulação sanguínea; Hemofilia; Extração dentária
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