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Oneyda Alvarenga escreve a Mário de Andrade

Oneyda Alvarenga writes to Mário de Andrade

As cartas de Oneyda Alvarenga endereçadas ao escritor Mário de Andrade são objetos-lembranças, objetos-relíquias, dotados da potencialidade de lembrar a relação de educação, trabalho e amizade que os uniram. Além disso, essas cartas são documentos literários marcados por uma escrita de si, no sentido apontado pelo filósofo Michel Foucault, que permitem aos indivíduos traçar retratos singulares de si mesmo. Neste texto, busco me aproximar dos rascunhos da existência que Oneyda Alvarenga construiu nas redes intersubjetivas da amizade e escrita epistolar com Mário de Andrade. Assim, leio suas cartas como documentos que guardam uma literatura de caráter autógrafo tão transgressiva quanto aquela que visa transpor os limites da linguagem, pois, no caso específico da escrita contida nas missivas de Oneyda Alvarenga, tratava-se de ultrapassar os limites de si mesma, de se (re)construir na e pela prática da escrita cotidiana.

Escrita de si; amizade; gênero; correspondência


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