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Proposta de critério simplificado para estimar efeitos de segunda ordem em edifícios de concreto armado

Resumo

Neste trabalho propõe-se um novo parâmetro simplificado para o cálculo dos efeitos globais de segunda ordem, a partir do Método de Galerkin via Resíduos Ponderados. O critério proposto foi analisado com base em 21 pórticos planos associados a pilar-parede, alcançando resultados que apresentam acurácia satisfatória com relação à análise global de segunda ordem, mesmo para os casos em que o coeficiente γz é superior a 1,30.

Palavras-chave:
efeitos globais de segunda ordem; concreto armado; resíduos ponderados; método de Galerkin

Abstract

This work proposes a new simplified parameter for the calculation of second order global effects, based on the Galerkin’s Method by Weighted Residuals. The proposed criterion was analysed based on 21 planar frames associated with shear wall, reaching results that present satisfactory accuracy compared to the second order global analysis, even for cases where the γz coefficient is greater than 1.30.

Keywords:
second order global effects; reinforced concrete; weighted residuals; Galerkin's method

1. Introdução

A NBR 6118 [1[1] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de estruturas de concreto armado - procedimento. - NBR 6118, Rio de Janeiro, 2014.] permite que os efeitos globais de segunda ordem sejam estimados de modo simplificado por meio do parâmetro de instabilidade α e do coeficiente γz. O parâmetro de instabilidade α advém da solução de uma equação diferencial ordinária utilizando-se as fórmulas de Bessel [2[2] BECK, H.; KÖNIG, G. Restraining forces in the analysis of tall buildings. In: Symposium on Tall Buildings, Oxford, 1966, Proceedings, Pergamon Press, Oxford, 1966.]. Entretanto, este parâmetro só pode ser utilizado para verificar a necessidade de consideração dos efeitos globais de segunda ordem. Por outro lado, o coeficiente γz foi originalmente obtido a partir de uma progressão geométrica considerando-se que a convergência é alcançada com um grande número de passos [3[3] FRANCO, M.; VASCONCELOS, A. C. Practical assessment of second order effects in tall buildings. In: COLLOQUIUM ON THE CEB-FIP MC90, Rio de Janeiro, 1991, Proceedings, Rio de Janeiro, 1991. p. 307-324.]. Desta forma, com o coeficiente γz é possível inferir os efeitos globais de segunda ordem utilizando-se apenas uma análise de primeira ordem. Ainda assim, de acordo com a NBR 6118 [1[1] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de estruturas de concreto armado - procedimento. - NBR 6118, Rio de Janeiro, 2014.], necessita-se que 1,10 < γz ≤ 1,30 para que os efeitos globais de segunda ordem possam ser estimados de modo satisfatório simplesmente majorando-se as ações horizontais por 0,95 γz e realizando uma nova análise de primeira ordem. Diante do exposto, neste trabalho é apresentada uma forma alternativa de se quantificar os efeitos globais de segunda ordem, ainda de modo simplificado, utilizando-se um procedimento baseado no Método de Galerkin em sua abordagem por Resíduos Ponderados. O parâmetro proposto tem aplicabilidade análoga ao coeficiente γz, ou seja, os efeitos globais de segunda ordem podem ser estimados por meio de uma análise de primeira ordem, majorando-se as ações horizontais atuantes na estrutura.

2. Método de Galerkin via resíduos ponderados

2.1 Forma forte simplificada

Considere-se, por questões de simplicidade, que um edifício possa ser representado por uma barra vertical de comprimento L e com carregamento distribuído axial p e transversal q, conforme ilustrado pela Figura 1. Assumindo-se que a rigidez axial da barra (AE) é elevada, o campo de deslocamentos axiais u(x) pode ser descrito pela equação (1).

Figura 1
Barra vertical

u ( x ) = p L 2 2 A E [ 2 x L ( x L ) 2 ] (1)

Por outro lado, propõe-se que o campo de momentos fletores ao longo da barra seja dado de modo a considerar os efeitos de segunda ordem [4[4] POWELL, G. H. Theory of nonlinear elastic structures. Journal of the Structural Division (ASCE), ST12, 1969, p.2687-2701.]:

M ( x ) = E I d 2 v ( x ) d x 2 + A E [ d u ( x ) d x + 1 2 ( d v ( x ) d x ) 2 ] v ( x ) (2)

em que EI é a rigidez à flexão da barra e v(x) é o campo de deslocamentos transversais. Uma vez que d2 M ⁄ dx2 = -q, tem-se:

E I d 4 v ( x ) d x 4 + A E v ( x ) ( d 2 v ( x ) d x 2 ) 2 + A E v ( x ) d v ( x ) d x d 3 v ( x ) d x 3 + 2 p d v ( x ) d x + 2 A E d v ( x ) d x 2 ( d v ( x ) d x ) 2 p L ( 1 x L 2 ) d 2 v ( x ) d x 2 + 1 2 A E d 2 v ( x ) d x 2 ( d v ( x ) d x ) 2 = q (3)

A fim de evitar o uso de um procedimento incremental-iterativo, visto sua pouca viabilidade em procedimentos simplificados de projeto, propõe-se uma simplificação direta da equação (3) eliminando-se os termos que dependem de v(x) ou suas derivadas mais de uma vez, obtendo, assim, a equação (4).

E I d 4 v ( x ) d x 4 + 2 p d v ( x ) d x p L ( 1 x L 2 ) d 2 v ( x ) d x 2 = q (4)

Nota-se que esta simplificação resulta em perda de precisão na equação que governa o problema (4), pois muitos dos termos que quantificam os efeitos de segunda ordem foram excluídos. Todavia, introduz-se um fator de correção no parâmetro proposto, de modo a compensar os termos eliminados (vide seção 3).

2.2 Forma fraca

A forma fraca do problema é obtida utilizando a equação (4) para se definir a função resíduo R(x), que deve ser minimizada ao longo do domínio do problema:

0 L R ( x ) ω ( x ) d x = 0 ω ( x ) R ( x ) = q E I d 4 v ( x ) d x 4 + 2 p d v ( x ) d x p L ( 1 x L 2 ) d 2 v ( x ) d x 2 (5)

em que v(x) obedece às condições de contorno do problema e ω(x) deve ser contínua e homogênea nas condições de contorno essenciais [5[5] PROENÇA, S. P. B. Introdução aos métodos numéricos. Notas de aula - Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2007, 145 p.].

O campo de deslocamentos transversais, em notação indicial, é aproximado por:

v ( x ) = α i ϕ i ( x ) { i = 1, , n } (6)

em que αi são as constantes a serem determinadas, ϕi (x) são as funções adotadas e n é o número de termos da aproximação de v(x).

O Método de Galerkin, para Resíduos Ponderados, propõe a adoção da função peso dada em (7).

ω ( x ) = β j ϕ j ( x ) { j = 1, , n } (7)

Sendo βj as constantes da função ω(x).

Substituindo-se (6) e (7) em (5), para quaisquer βj, tem-se a seguinte relação matricial:

K T α = F { K i j = 0 L [ E I 4 ϕ i ( x ) x 4 ϕ j ( x ) + 2 p ϕ i ( x ) x ϕ j ( x ) p L ( 1 x L 2 ) 2 ϕ i ( x ) x 2 ϕ j ( x ) ] d x F j = 0 L q ϕ j ( x ) d x (8)

3. Proposta de critério simplificado (ζg)

Uma vez que o coeficiente γz foi deduzido como a razão direta entre os efeitos (momentos) de segunda e de primeira ordem, neste trabalho propõe-se um coeficiente similar, ou seja:

ζ g = κ M 2 M 1 (9)

em que ζg é o coeficiente proposto neste trabalho, M1 é o momento de primeira ordem para a simplificação dos pórticos em barras verticais, dada na Figura 1, M2 é o momento de segunda ordem e κ é um parâmetro adimensional introduzido para compensar os termos eliminados da equação (3) e, portanto, aproximar os resultados de deslocamento da estrutura com os adotados como referência.

Para a equação (4) ser resolvida foi utilizada uma aproximação polinomial completa de quarto grau e, a partir da solução do campo de deslocamentos transversais junto com a relação M = - EId2 v(x) ⁄ dx2, obteve-se M2, dado pela equação (10).

M 2 = 108 E I L 2 [ 21 L 9 p 3 + 8215 E I L 6 p 2 638550 ( E I ) 2 L 3 p + 9147600 ( E I ) 3 ] 259 L 12 p 4 140352 E I L 9 p 3 + 18993312 ( E I ) 2 L 6 p 2 632681280 ( E I ) 3 L 3 p + 1975881600 ( E I ) 4 (10)

Para a aplicação da equação (10) em um pórtico qualquer, tem-se que L é a altura total da edificação, p é a soma de todas as cargas verticais distribuídas ao longo da altura L e EI é a rigidez equivalente do pórtico.

4. Resultados e discussões

Foram avaliados 21 pórticos com sistema de contraventamento composto pela associação entre pórticos e pilar-parede (Figura 2). Nestes exemplos, os resultados obtidos com o coeficiente proposto ζg são comparados às respostas obtidas com o coeficiente γz [1[1] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de estruturas de concreto armado - procedimento. - NBR 6118, Rio de Janeiro, 2014.] e com as análises de primeira e de segunda ordem. Os pórticos foram simulados por meio do programa computacional MASTAN2 utilizando-se um algoritmo de predição-correção [6[6] MCGUIRE, W.; GALLAGHER, R. H.; ZIEMIAN, R. D. Matrix Structural Analysis, Lewisburg: Bucknell University, 2ed, 2014, 482 p.]. Os efeitos de não linearidade física do concreto armado foram considerados de forma simplificada, de acordo com o item 15.7.3 da NBR 6118 [1[1] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de estruturas de concreto armado - procedimento. - NBR 6118, Rio de Janeiro, 2014.].

Figura 2
Modelo de pórtico 1 (a) e modelo de pórtico 2 (b)

Nota-se que para cada pórtico analisado o valor de κ foi adotado de modo a garantir que os deslocamentos horizontais obtidos com ζg se aproximassem dos resultados de deslocamento da estrutura pela análise de segunda ordem. Assim, a Tabela 1 traz um resumo de todos os pórticos analisados, onde a altura de cada pavimento (Lp) foi adotada igual a 3 m e os carregamentos horizontais foram calculados com base na NBR 6123 [7[7] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Forças devidas ao vento em edificações. - NBR 6123, Rio de Janeiro, 1988.] para velocidade básica de 40 m/s e com os seguintes coeficientes:

Tabela 1
Resumo dos pórticos analisados

S 1 = 1 S 2 = { 0,6374 z 0,125 s e L < 50 m 0,6156 z 0,135 s e L 50 m S 3 = 1 (11)

em que z é a altura do pavimento analisado.

A Figura 3 apresenta os resultados de deslocamentos horizontais por pavimento para todas as análises realizadas em todos os pórticos.

Figura 3
Resultados dos pórticos analisados

A partir da Figura 3 foram selecionados os coeficientes κ que melhor se ajustassem a curva da análise de segunda ordem e foi possível obter a Tabela 2, apresentando um resumo da relação entre γz, M2 / M1 e κ.

Tabela 2
Resumo de γz, M2/M1, κ e cálculo do NSE

Com base na Tabela 2 e com o auxílio do programa computacional Past! [8[8] HAMMER, Ø.; HARPER, D. A. T.; RYAN, P. D. PAST: paleontological statistics software package for education and data analysis. Palaeontologia Electronica, 2001, v.4, 9 p.], foram realizadas análises de correlação não linear entre a razão M2 / M1 e κ. Nessa análise, a equação que obteve melhor ajuste aos pontos é dada em (12).

κ = 0,3864 + 1,3644 ( M 2 M 1 ) 0,4205 (12)

A Figura 4 traz a representação do ajuste da equação (12) com intervalo de confiança de 95% realizado no Past! com base nos pontos de M2 / M1 e κ da Tabela 2.

Figura 4
Ajuste entre M2/M1 e κ com intervalo de confiança de 95%

Ressalta-se que parte dos exemplos resolvidos pelo critério proposto, dado pelo ζg, obtiveram valores de γz superiores a 1,30, limite dado na NBR 6118 [1[1] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de estruturas de concreto armado - procedimento. - NBR 6118, Rio de Janeiro, 2014.]. O valor de erro relativo médio para o deslocamento horizontal utilizando o parâmetro proposto, em relação à análise de segunda ordem, foi considerado satisfatório, pois é igual a 1,98%; enquanto que o mesmo erro utilizando o γz é de -8,15% ao se considerar todos os pórticos e -6,93% considerando apenas os pórticos que apresentam γz ≤ 1,30.

Além disso, com o intuito de verificar a qualidade do ajuste da equação (12), e por se tratar de um modelo não linear, optou-se por utilizar o coeficiente de eficiência de Nash-Sutcliffe [9[9] NASH, J. E.; SUTCLIFFE, J. V. River flow forecasting through conceptual models part I - A discussion of principles. Journal of Hydrology, v.10, 1970, p.282-290.] para esta verificação, dado pela equação (13).

N S E = 1 t = 1 n ( κ p t κ o t ) 2 t = 1 n ( κ o t κ o M e d ) 2 (13)

Em que κpt é o coeficiente previsto pela equação (12), κot é o coeficiente observado (adotado) e κoMed é a média dos coeficientes observados. Conforme [9[9] NASH, J. E.; SUTCLIFFE, J. V. River flow forecasting through conceptual models part I - A discussion of principles. Journal of Hydrology, v.10, 1970, p.282-290.], o coeficiente de eficiência de Nash-Sutcliffe determina a magnitude da variância residual em relação à variância dos dados observados, assumindo valores no intervalo -? < NSE ≤ 1. O valor unitário significa um ajuste perfeito do modelo, ou seja, da equação (12), aos dados observados. Uma eficiência NSE = 0 significa que as previsões da equação (12) são tão precisas quanto a média dos dados observados, e NSE < 0 indica que a média dos dados observados é um previsor melhor do que a equação (12). A Tabela 2 apresenta o cálculo do NSE, sendo obtida uma eficiência igual a 0,997.

5. Conclusões

O presente trabalho propõe um novo método simplificado para a análise dos efeitos de segunda ordem de estruturas de concreto armado através da análise de pórticos planos combinados a pilar-parede. Para os exemplos analisados foi possível observar que os resultados em deslocamento da estrutura se apresentaram mais precisos do que os recomendados pela NBR 6118 [1[1] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Projeto de estruturas de concreto armado - procedimento. - NBR 6118, Rio de Janeiro, 2014.], sendo possível obter uma equação analítica para o parâmetro ζg e com qualidade do ajuste considerada ótima, de acordo com o coeficiente de eficiência de Nash-Sutcliffe [9[9] NASH, J. E.; SUTCLIFFE, J. V. River flow forecasting through conceptual models part I - A discussion of principles. Journal of Hydrology, v.10, 1970, p.282-290.].

Recomenda-se que em trabalhos futuros se avalie a aplicação do procedimento proposto neste trabalho em mais pórticos planos combinados a pilar-parede, bem como a estruturas cujo sistema de contraventamento é constituído apenas por pórticos. Ainda, estudos em modelos tridimensionais também são necessários para se avaliar a acurácia do procedimento proposto.

Finalmente, se devidamente testado, este procedimento pode ser aplicado para outros tipos de edifícios, como os de aço e de alvenaria estrutural.

6. Agradecimentos

Os autores agradecem ao Laboratório de Modelagem Matemática em Engenharia Civil (LAMEC), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal de Sergipe (PROEC/UFS), pelo aporte físico.

7. References

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    FRANCO, M.; VASCONCELOS, A. C. Practical assessment of second order effects in tall buildings. In: COLLOQUIUM ON THE CEB-FIP MC90, Rio de Janeiro, 1991, Proceedings, Rio de Janeiro, 1991. p. 307-324.
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    POWELL, G. H. Theory of nonlinear elastic structures. Journal of the Structural Division (ASCE), ST12, 1969, p.2687-2701.
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    MCGUIRE, W.; GALLAGHER, R. H.; ZIEMIAN, R. D. Matrix Structural Analysis, Lewisburg: Bucknell University, 2ed, 2014, 482 p.
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    ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Forças devidas ao vento em edificações. - NBR 6123, Rio de Janeiro, 1988.
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    HAMMER, Ø.; HARPER, D. A. T.; RYAN, P. D. PAST: paleontological statistics software package for education and data analysis. Palaeontologia Electronica, 2001, v.4, 9 p.
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    NASH, J. E.; SUTCLIFFE, J. V. River flow forecasting through conceptual models part I - A discussion of principles. Journal of Hydrology, v.10, 1970, p.282-290.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    01 Jun 2020
  • Data do Fascículo
    Mar-Apr 2020

Histórico

  • Recebido
    05 Ago 2019
  • Aceito
    30 Set 2019
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