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Estudo comparativo entre sorologia, antigenemia e reação em cadeia da polimerase para o monitoramento da infecção por citomegalovírus em pacientes receptores de transplantes de células progenitoras hematopoéticas

Quarenta e seis pacientes receptores de transplantes de células progenitoras hematopoéticas (TCPH) foram monitorados em relação à infecção ativa por citomegalovírus (CMV). Testes sorológicos imunoenzimáticos foram utilizados para a detecção de anticorpos IgM e elevação significativa das concentrações de anticorpos IgG (aumento IgG), nested-PCR (N-PCR) foi utilizada para a detecção de CMV-DNA e antigenemia (AGM) para a detecção de antígenos virais. A presença de CMV-IgM e/ou CMV-aumento IgG foi detectada em 12/46 (26,1%) pacientes, sendo o tempo mediano entre o transplante e a detecção dos marcadores sorológicos de 81,5 dias; AGM positiva foi detectada em 24/46 (52,2%) pacientes, sendo o tempo mediano entre o transplante e a detecção de antígenos virais de 62 dias. Dois ou mais resultados positivos consecutivos de N-PCR foram detectados em 32/46 (69,5%) pacientes, sendo o tempo mediano entre o transplante e o primeiro teste positivo de 50,5 dias. Esses resultados confirmaram que a AGM e principalmente a PCR são superiores à sorologia, com relação ao diagnóstico da infecção pelo CMV. Seis pacientes apresentaram reações CMV-IgM positivas e/ou CMV-aumento IgG com reações negativas de AGM (cinco casos) ou N-PCR (um caso). Em cinco desses casos, os marcadores sorológicos foram detectados nos 100 primeiros dias após o transplante, considerado o período de maior risco. Esses resultados indicam que os testes sorológicos podem ser úteis no monitoramento da infecção por CMV após o transplante de células progenitoras hematopoéticas, principalmente quando a N-PCR não for disponível.


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