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Frequências de imunidade para hepatite B e de exposição ocupacional a fluídos corpóreos entre estudantes de medicina em uma universidade pública brasileira

Neste estudo avaliaram-se as freqüências de imunidade contra a hepatite B (HB) e de acidentes potencialmente contaminantes em estudantes de medicina de uma universidade pública brasileira. Responderam um questionário anônimo e auto-aplicável 303 de 400 estudantes (75,7%) que já deveriam estar imunizados contra a HB, sendo 66,3% do sexo feminino. Anti-HBs séricos foram determinados em 205 deles e títulos > 10 UI/L foram considerados como protetores. Tinham esquema vacinal completo 86,8% dos alunos. A freqüência de imunidade entre as mulheres (96,4%) foi maior (p = 0,04) do que entre os homens (87,7%). Entre os que não tinham imunidade, 12/13 (92,3%) tinham sido vacinados antes de ingressarem no curso de medicina. Somente 11% dos alunos com vacinação completa tinham, previamente, verificado a resposta sorológica à vacina. Do total de alunos, 23,6% relataram algum acidente potencialmente contaminante, e entre aqueles do último ano esta freqüência foi de 45,0%, sendo semelhante entre homens (47,8%) e mulheres (43,2%). De todos estes acidentes, 57,7% foram com secreções e 42.3% devido a acidentes perfuro-cortantes. Os resultados mostram que: 1) entre os estudantes avaliados é alta a freqüência de imunidade contra a HB, mas a verificação da resposta à vacinação não é uma preocupação entre eles; 2) a verificação dos títulos de anti-HBs deveria ser realizada após o esquema vacinal completo e periodicamente, principalmente entre os homens; e 3) é alta a freqüência de acidentes potencialmente contaminantes.


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