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Chagas' disease: IgA, IgM and IgG antibodies to T. cruzi amastigote, trypomastigote and epimastigote antigens in acute and in different chronic forms of the disease

Doença de Chagas: anticorpos IgG, IgM e IgA contra antígenos de amastigota, tripomastigota e epimastigota de T. cruzi em formas agudas e em diferentes formas crônicas da doença

Abstracts

In an attempt to find a better T. cruzi antigen and possible immunological markers for the diagnosis of different clinical forms of Chagas' disease, amastigote and trypomastigote antigens obtained from immunosuppressed mice infected with T. cruzi (Y strain) were assessed in comparison with conventional epimastigote antigens. A total of 506 serum samples from patients with acute and with chronic (indeterminate, cardiac and digestive) forms, from nonchagasic infections, and from healthy individuals were assayed in immunofluorescence (IF) tests, to search for IgG, IgM and IgA antibodies. Amastigote proved to be the most convenient antigen for our purposes, providing higher relative efficiency indexes of 0.946, 0.871 and 0.914 for IgG, IgM and IgA IF tests, respectively. Anti-amastigote antibodies presented higher geometric mean titers (GMT) than anti-trypomastigote and anti-epimastigote. Anti-amastigote IgG antibodies were found in all forms of Chagas' disease, and predominantly IgA antibodies, in chronic digestive and in acute forms, as well as IgM antibodies, in latter forms. Thus, tests with amastigote antigen could be helpful for screening chagasic infections in blood banks. Practical and economical aspects in obtaining amastigotes as here described speak in favour of its use in developing countries, since those from other sources require more complex system of substruction, specialized personnel or equipment.

T. cruzi infections; IgG; IgM and IgA antibodies; Amastigote; Trypomastigote and Epimastigote


Com o intúito de se aperfeiçoar o diagnóstico sorológico das diferentes formas clínicas da doença de Chagas, foram estudados antígenos de formas amastigota e tripomastigota, obtidas de camundongos imunossuprimidos infectados com cepa Y de T. cruzi, em comparação com o de epimastigota convencionalmente utilizado. Um total de 506 amostras de soro de pacientes chagásicos com formas aguda e crônicas (indeterminada, cardíaca e digestiva), de indivíduos com infecções não relacionadas e de indivíduos sadios foi analisado por reação de imunofluorescência, para detecção de anticorpos IgG, IgM e IgA. O antígeno de amastigota apresentou os mais altos índices de eficiência relativa em testes de IF IgG (0,946), IF IgM (0,871) e IF IgA (0,914), mostrando ser mais conveniente para a finalidade proposta. Anticorpos anti-amastigota apresentaram médias geométricas de títulos mais altas que anti-tripomastigota e anti-epimastigota. Anticorpos IgG anti-amastigota foram encontrados em todas as formas clínicas da doença de Chagas, e anticorpos IgA foram encontrados predominantemente em formas crônicas digestivas e em formas agudas, além de anticorpos IgM nestas últimas formas. Portanto, testes com antígeno amastigota poderiam ser úteis para a triagem de indivíduos chagásicos em bancos de sangue. Aspectos práticos e econômicos na obtenção de amastigotas, conforme descrito neste trabalho favorecem seu uso em países em desenvolvimento, já que o antígeno obtido por meio de outras fontes requer uma infraestrutura mais complexa, equipamentos e pessoal especializados.


ORIGINAL ARTICLES

Chagas' disease: IgA, IgM and IgG antibodies to T. cruzi amastigote, trypomastigote and epimastigote antigens in acute and in different chronic forms of the disease

Doença de Chagas: anticorpos IgG, IgM e IgA contra antígenos de amastigota, tripomastigota e epimastigota de T. cruzi em formas agudas e em diferentes formas crônicas da doença

Kátia S. C. PrimaveraI; Eufrosina S. UmezawaII; Benedito Anselmo PeresII, Mário E. CamargoII; Sumie Hoshino-ShimuzuI

ISetor de Imunologia Clínica, Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, SP, Brasil

IIInstituto de Medicina Tropical de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Address for correspondence Address for correspondence: Dra. Kátia S. C. Primavera Setor de Imunologia Clínica, Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo Av. Prof. Lineu Prestes, 580 — Bloco 17, Cidade Universitária CEP 05508 — São Paulo, SP, Brasil

SUMMARY

In an attempt to find a better T. cruzi antigen and possible immunological markers for the diagnosis of different clinical forms of Chagas' disease, amastigote and trypomastigote antigens obtained from immunosuppressed mice infected with T. cruzi (Y strain) were assessed in comparison with conventional epimastigote antigens. A total of 506 serum samples from patients with acute and with chronic (indeterminate, cardiac and digestive) forms, from nonchagasic infections, and from healthy individuals were assayed in immunofluorescence (IF) tests, to search for IgG, IgM and IgA antibodies. Amastigote proved to be the most convenient antigen for our purposes, providing higher relative efficiency indexes of 0.946, 0.871 and 0.914 for IgG, IgM and IgA IF tests, respectively. Anti-amastigote antibodies presented higher geometric mean titers (GMT) than anti-trypomastigote and anti-epimastigote. Anti-amastigote IgG antibodies were found in all forms of Chagas' disease, and predominantly IgA antibodies, in chronic digestive and in acute forms, as well as IgM antibodies, in latter forms. Thus, tests with amastigote antigen could be helpful for screening chagasic infections in blood banks. Practical and economical aspects in obtaining amastigotes as here described speak in favour of its use in developing countries, since those from other sources require more complex system of substruction, specialized personnel or equipment.

Key words: T. cruzi infections; IgG, IgM and IgA antibodies; Amastigote, Trypomastigote and Epimastigote.

RESUMO

Com o intúito de se aperfeiçoar o diagnóstico sorológico das diferentes formas clínicas da doença de Chagas, foram estudados antígenos de formas amastigota e tripomastigota, obtidas de camundongos imunossuprimidos infectados com cepa Y de T. cruzi, em comparação com o de epimastigota convencionalmente utilizado. Um total de 506 amostras de soro de pacientes chagásicos com formas aguda e crônicas (indeterminada, cardíaca e digestiva), de indivíduos com infecções não relacionadas e de indivíduos sadios foi analisado por reação de imunofluorescência, para detecção de anticorpos IgG, IgM e IgA. O antígeno de amastigota apresentou os mais altos índices de eficiência relativa em testes de IF IgG (0,946), IF IgM (0,871) e IF IgA (0,914), mostrando ser mais conveniente para a finalidade proposta. Anticorpos anti-amastigota apresentaram médias geométricas de títulos mais altas que anti-tripomastigota e anti-epimastigota. Anticorpos IgG anti-amastigota foram encontrados em todas as formas clínicas da doença de Chagas, e anticorpos IgA foram encontrados predominantemente em formas crônicas digestivas e em formas agudas, além de anticorpos IgM nestas últimas formas. Portanto, testes com antígeno amastigota poderiam ser úteis para a triagem de indivíduos chagásicos em bancos de sangue. Aspectos práticos e econômicos na obtenção de amastigotas, conforme descrito neste trabalho favorecem seu uso em países em desenvolvimento, já que o antígeno obtido por meio de outras fontes requer uma infraestrutura mais complexa, equipamentos e pessoal especializados.

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ACKNOWLEDGEMENTS

This work was supported by Conselho de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq — PIDE VI), and by Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

We thank Rosely dos Santos Malafronte for technical assistance and Maria Inês Cardillo Serafim for helping in the preparation of the manuscript.

Recebido para publicação em 25/9/1989.

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  • Address for correspondence:

    Dra. Kátia S. C. Primavera
    Setor de Imunologia Clínica, Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo
    Av. Prof. Lineu Prestes, 580 — Bloco 17, Cidade Universitária
    CEP 05508 — São Paulo, SP, Brasil
  • Publication Dates

    • Publication in this collection
      13 Sept 2006
    • Date of issue
      June 1990

    History

    • Received
      25 Sept 1989
    Instituto de Medicina Tropical de São Paulo Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 470, 05403-000 - São Paulo - SP - Brazil, Tel. +55 11 3061-7005 - São Paulo - SP - Brazil
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