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Estudo crítico sobre a expressão da parasitemia na doença de Chagas experimental

O objetivo deste trabalho foi o de estudar a melhor maneira de expressar a parasitemia de animais experimentalmente infectados com T. cruzi, visto que os animais podem apresentar grande variabilidade nos dados de parasitemia e que não é expressa nos resultados da maioria dos autores. Nós usamos um grupo de 50 ratos que foram infectados com 1x10(6) tripomastigotas da cepa Y de T. cruzi sendo a contagem dos parasitas feita pelo método de BRENER. Os resultados mostraram que a mediana pode impedir falsos resultados devido a valores muito altos ou muito baixos na parasitemia, porém não contém propriedades matemáticas que permita usá-la em inferencia estatística. As médias, com dados originais e transformados, foram comparadas entre si através dos respectivos coeficientes de variação (CV). Os resultados mostraram que a média logarítmica (Mlog) tem os menores valores de CV, sendo o melhor parâmetro para expressar a parasitemia quando os dados apresentam grande variabilidade. Estudamos também a influência do número de animais sôbre a variabilidade de dados usando a Mlog e o CVlog de grupos formados por 3, 5, 8 e 10 ratos; a análise estatística feita pelo teste de KRUSKAL-WALLIS não mostrou diferenças significantes entre os grupos.


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