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Marcadores para vírus da hepatite B e C em pacientes com esquistossomose mansônica hepatoesplênica

OBJETIVO: Avaliar a freqüência e repercussões da co-infecção com os vírus B e C da hepatite em pacientes com esquistossomose hépato-esplênica (EHE) MÉTODOS: Marcadores sorológicos dos vírus B e C, exposição aos fatores de risco, determinações bioquímicas, endoscopia digestiva alta e ultrassonografia abdominal foram avaliados em 101 portadores de EHE entre 1994 e 1997. A PCR e a análise dos aspectos histopatológicos foram realizadas quando possível. RESULTADOS: Pelo menos um marcador sorológico do vírus B foi identificado em 15,8% e o anti-HCV em 12,9% dos pacientes. A média de idade foi significativamente superior nos soropositivos. O antecedente de tranfusão sangüínea correlacionou-se significativamente com a presença de anti-HCV. A relação entre os pacientes HBsAg positivos e o total de indivíduos expostos ao vírus B foi de 18,75%. Dentre os anti-HCV positivos, 84,6% apresentaram indícios de infecção viral em atividade. Os pacientes com infecção viral atual apresentaram maior média das aminotransferases, maior freqüência de descompensação hépato-celular e de hepatite crônica. Não se observaram alterações nos parâmetros relativos à hipertensão portal. CONCLUSÕES: A freqüência de marcadores sorológicos para os vírus B e C nos portadores de EHE foi significativamente superior à do grupo controle. A co-infecção foi responsável por uma maior freqüência de descompensação hépato-celular.


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