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Detecção da infecção pelo parvovírus B19 em placenta e tecidos fetais fixados em formalina e embebidos em parafina

O parvovírus B19 foi detectado em 1975 e desde sua descoberta tem se mostrado um agente infeccioso importante em seres humanos, cujo diagnóstico pode ser feito pelo exame histológico através do encontro de inclusão nuclear em tecidos fetais ou placentários. No entanto, estas células podem ser escassas ou não apresentarem características típicas, dificultando o diagnóstico. Analisamos placentas e órgãos fetais de 34 casos de hidropisia fetal não-imune corados com Hematoxilina e Eosina (HE) e submetidos à reação em cadeia da polimerase (PCR) e imuno-histoquímica (IH). Em dois casos (5,9%) houve positividade na placenta pelo HE, IH e PCR. No entanto, PCR dos órgãos fetais foi negativa em um destes casos enquanto que a identificação pôde ser feita por IH e histologia. Concluímos que a freqüência do parvovírus B19 é similar à literatura e a reação IH foi o melhor método de detecção, com identificação mais específica e segura, permitindo identificação citoplasmática, o que não é possível pelo exame histopatológico. A PCR pode apresentar falsa negatividade, provavelmente pela fixação, não identifica as células e é mais dispendiosa. Embora mais específica e sensível em material a fresco ou idealmente fixado isto não ocorre com tecidos fixados em formalina e embebidos em parafina, freqüentemente os únicos disponíveis.


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