Resumo
Este artigo tem como objetivo discutir as contradições presentes no processo de incorporação das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) ao trabalho dos assistentes sociais que atuam nas políticas de Saúde, Assistência e Previdência Social no contexto da Covid-19. A metodologia utilizada consiste em pesquisas bibliográficas, documentais (com enfoque nas publicações do CFESS) e observações decorrentes da experiência prática enquanto assistente social do Sistema Único de Saúde e do Sistema Único de Assistência Social1 1 Até novembro de 2020, a autora Erika Valentim atuou como assistente social nas políticas de Assistência Social e Saúde, mais especificamente no Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS) e em hospitais de referência contra a Covid – 19. Atualmente é assistente social atuante na Política de Educação, assim como a autora Fernanda Paz. . Foi possível identificar que o uso das TICs acontece de forma heterogênea e desigual nas políticas sociais, como estratégia para a continuidade dos atendimentos nos serviços públicos, ao mesmo tempo que apresenta aspectos comuns, entre os quais se destaca a recorrência a meios digitais não institucionalizados. Tal incorporação esbarra em questões éticas, na falta de acesso das populações mais vulneráveis aos meios digitais e na lógica produtivista que tende a intensificar a precarização do trabalho.
Palavras-chave:
Serviço Social; Tecnologias; Políticas; Covid-19