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Medidas perceptivo-auditivas e acústicas de voz e fala e autoavaliação da comunicação das disartrias

RESUMO

Medidas perceptivo-auditivas e acústicas de voz e fala e autoavaliação da comunicação das disartrias

Marina Martins Pereira Padovani

Departamento de Fonoaudiologia, Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP - São Paulo (SP), Brasil

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Marina Martins Pereira Padovani R. Dr. Thirso Martins, 200/64 Vl. Mariana, São Paulo (SP), Brasil CEP: 04120-000 E-mail: mapadovani@uol.com.br

A caracterização típica das disartrias, combinada pelos dados perceptivos e acústicos, oferece melhor informação quanto às habilidades neuromotoras da fala e a efetividade comunicativa e pode ser complementada com dados sobre o impacto do transtorno da fala na qualidade de vida do paciente para customizar a reabilitação. O objetivo deste trabalho foi caracterizar diversas disartrias com medidas perceptivo-auditivas, acústicas da voz e fala e protocolo de autoavaliação. Participaram 106 indivíduos, de ambos os sexos, divididos em distonia laríngea (DL), esclerose lateral amiotrófica (ELA) e esclerose lateral amiotrófica com predomínio de sintomas bulbares (ELAb), Miastenia Gravis (MG), doença de Parkinson (DP), tremor essencial vocal (TE) e dois grupos controle até e acima de 45 anos. Todos tiveram a gravação da vogal "a" e do ditongo "iu" em condições recomendadas, além do preenchimento do protocolo Vivendo com Disartria. Os dados foram analisados com uso da escala analógico visual e dos programas Multi-Dimensional Voice Program, Kay Elemetrics e Vox Metria, CTS Informática. Os resultados mostraram que o ritmo discriminou o maior número de disartrias dos controles e a disartria por distonia laríngea diferenciou-se no maior número de variáveis, exceto na integridade articulatória. A variabilidade da frequência fundamental em semitons diferenciou todos os disártricos dos respectivos controles, seguida pelo coeficiente de variação da frequência fundamental, em % e o desvio padrão da frequência fundamental. As variáveis estabilidade e Mftr apresentam acurácia satisfatória e melhor sensibilidade. As medidas Matr e ShimmAPQ também têm acurácia satisfatória, mas melhor especificidade, enquanto a medida variabilidade da F0(st) mostrou boa acurácia, com estabilidade e sensibilidade boas. O escore total do protocolo Vivendo com Disartria diferenciou a distonia laríngea da esclerose lateral amiotrófica e da sua variante bulbar, não apresentou correlação com o grau de desvio da disartria, nem com as variáveis auditivas e acústicas. Os efeitos na emoção, a insatisfação com a comunicação e a percepção de ajustes que modificariam a comunicação foram as seções com maior escore nas doenças estudadas. Portanto, houve correlação entre medidas auditivas e acústicas nas disartrias, com acurácia variada e, o impacto na comunicação deve ser investigado independentemente do grau de desvio da disartria.

Trabalho realizado no Programa de Pós-graduação em Distúrbios da Comunicação Humana da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP - para obtenção do título de Doutor em Ciências, sob orientação da Profa. Dra. Mara Behlau.

Padovani MMP. Medidas perceptivo-auditivas e acústicas de voz e fala e autoavaliação da comunicação das disartrias [tese]. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo; 2011.

  • Endereço para correspondência:
    Marina Martins Pereira Padovani
    R. Dr. Thirso Martins, 200/64
    Vl. Mariana, São Paulo (SP), Brasil
    CEP: 04120-000
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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      28 Out 2011
    • Data do Fascículo
      Set 2011
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