Cérebros de cães infectados com o vírus da raiva foram submetidos à decomposição, deixando-os à temperatura ambiente de 25 a 29oC por até 168 horas. A cada 24 horas, fragmentos de cérebros foram analisados pela imunofluorescência (IF) e inoculação intracerebral em camundongos (IC) para confirmar o diagnóstico de raiva e medir o efeito da putrefação na acurácia do teste. Após 48 horas do início do experimento o teste de IC começou a ser prejudicado, detectando-se quatro resultados negativos, enquanto que, após 72 horas, 100% dos resultados foram negativos para IC e apenas um foi negativo para IF, indicando que o período limite para um diagnóstico seguro está entre 24 e 48 horas antes da putrefação. Os autores recomendam o envio de material suspeito para o diagnóstico laboratorial, no entanto, o uso de materiais em adiantado estado de decomposição não é adequado, devido à ocorrência de resultados falsos-negativos.
Imunofluorescência; Raiva; Inoculação em camundongos; Decomposição