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REFLEXÕES SOBRE O TEMPO E AS EMOÇÕES NA ANTROPOLOGIA: DEFINIÇÕES, PRÁTICAS E POLÍTICAS1 1 Uma primeira versão deste trabalho foi apresentada no 18º Congresso Mundial IUAES, realizado em Florianópolis, Santa Catarina, em julho de 2018.

REFLECTIONS ON TIME AND EMOTIONS IN ANTHROPOLOGY: DEFINITIONS, PRACTICES AND POLICIES

Resumo

Este trabalho propõe uma reflexão sobre as relações entre emoções, tempo e política, tendo como pressuposto a tensão entre as vivências subjetivas e a organização do fluxo da vida em passado, presente e futuro. Considerando a pluralidade de sentidos relacionados à experiência do tempo, exploramos os aspectos sociais e políticos ligados ao deslocamento das emoções das realidades imediatas, bem como as formas pelas quais os indivíduos entretêm relações afetivas com o tempo, revitalizando o passado ou imaginando o futuro de modo a engendrar formas de atuação política. O trabalho está organizado em duas seções de revisão bibliográfica relativas à fecundidade analítica de dois sentimentos: a nostalgia, com base em Berliner (2015)Berliner, David. (2015). Are anthropologists nostalgist? In: Angé, Olivia & Berliner, David (orgs.). Anthropology and nostalgia. New York/Oxford: Berghahn Books, p. 17-34., e a esperança, com base em Crapanzano (2004)Crapanzano, Vincent. (2004). Imaginative horizons - an essay in literary-philosophical anthropology. Chicago/London: The University of Chicago Press.. Nas considerações finais, examinamos o rendimento heurístico do arcabouço conceitual delineado, apresentando algumas possibilidades de construção de objetos ligados às formas de atuação política.

Palavras-chave
Emoções; tempo; esperança; nostalgia; emoções e política

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