Resumo
O artigo explora conflitos entre a indústria florestal, as comunidades Mapuche e o Estado chileno à luz da leitura de Polanyi sobre a expansão capitalista. Oferece análise histórico-institucional das maneiras pelas quais o Estado chileno usou a florestação para domar uma fronteira selvagem e os povos nativos que ali vivem. Argumenta que o aumento da violência nessa zona responde à crescente militarização do Estado na área e reflete o contramovimento de proteção social iniciado pelo povo Mapuche - contra uma indústria florestal de livre mercado que transformou a paisagem, limitando o acesso dos Mapuche a terras e florestas, e contra um processo de modernização liderado pelo Estado chileno que corroeu as instituições tradicionais dos Mapuche e lhes ofereceu integração em termos desiguais, como “campesinos pobres”.
Palavras-chave:
Indústria florestal; Mapuche; Estado chileno; contramovimento; proteção social; Polanyi