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O jovem Anibal Quijano

MONTOYA HUAMANÍ, Segundo. Aníbal Quijano. Reconstrucción de su vida y obra 1948-1968, Tomo 1. Lima: Heraldos Editores, 2021

O livro Aníbal Quijano. Reconstrucción de su vida y obra 1948-1968, de Segundo Montoya Huamaní, é o primeiro trabalho de reconstrução sistemática da trajetória e do pensamento de Aníbal Quijano (1930-2018). Embora Quijano tenha sido o principal elaborador da teoria da “colonialidade do poder”, pedra angular da “Escola Decolonial”, que ganha notoriedade internacional há duas décadas, sua trajetória ainda é pouco conhecida. Montoya revisita e examina com rigor um material a um só tempo desconhecido e fundamental para se compreender o itinerário biográfico, político, intelectual e sentimental do sociólogo peruano.

Quijano construiu redes de contatos em suas constantes viagens internacionais; manteve correspondência com intelectuais, militantes e escritores; vivenciou acontecimentos e processos político-sociais de extrema relevância. Oriundo de um país com estrutura universitária precária e marginalizada na geopolítica internacional do conhecimento, teceu ao longo de mais seis décadas um pensamento ímpar cuja dimensão latino-americana e global está fora de questão. Apesar disso, foi um intelectual com passagem discreta pela cultura política do século XX e do início do século XXI. Teve pouco entusiasmo para organizar sua obra dispersa, cujos textos publicados em revistas não mais editadas tornaram-se objetos raros em livrarias e sebos, razão pela qual o trabalho de Montoya Huamaní é ainda mais difícil de ser feito e torna-se precioso.

O livro é composto de quatro capítulos. O primeiro apresenta apontamentos teórico-metodológicos para uma periodização da obra de Quijano considerada em seu conjunto. O segundo discorre sobre o pensamento “não escrito” de Quijano - “pensamento silenciado”, como prefere Víctor Hugo Pacheco, que redige o Prefácio do livro -, contextualizando experiências familiares, políticas e intelectuais. Os dois últimos capítulos dedicam-se a uma análise da produção sociológica, da década de 1960, de Quijano. A pesquisa de Montoya transita entre as áreas de sociologia dos intelectuais e teoria social. Ainda que sejam referências da filosofia que reverberam majoritariamente no livro, o autor mostra ter se preocupado em reconstituir os múltiplos contextos políticos, sociais e culturais que perpassam a produção dos textos de Quijano, bem como a circulação desses textos nos processos de troca de bens culturais.

Interessante constatar que, na Introdução do livro, o “objeto de estudo” escolhido suscita uma reflexão sobre o percurso intelectual do próprio autor, a partir de sua formação filosófica na Universidad Nacional Mayor de San Marcos (UNMSM) e dos limites dessa formação excessivamente eurocêntrica. Tal reflexão permite uma explanação equilibrada dos encontros e desencontros de Montoya com a obra de Quijano. Ainda é possível constatar que o autor se empenhou para escrever em uma linguagem acessível - o que torna fluida a leitura -, mesmo que o autor estudado seja difícil de se decifrar, por motivos que relataremos na sequência.

No primeiro capítulo, “Coordenadas teórico-metodológicas para uma periodização”, um aspecto instigante na proposta metodológica de Montoya Huamaní é o de realizar uma análise sobre a trajetória e o pensamento de Quijano através dos termos criados pelo próprio autor, sem com isso adotar um tom hagiográfico. Tal modus operandi remete à pesquisa sobre o jovem Lukács realizada por Michael Löwy, na década de 1970: em A evolução política de Lukács, o método “dialético” adotado pelo intelectual franco-brasileiro baseia-se em História e consciência de classe, mobilizado sobretudo pela categoria de totalidade rica em implicações metodológicas. Com perspicácia, Löwy conclui da seguinte maneira esse percurso: “Poder-se-ia quase dizer que se trata não somente de um estudo marxista de um pensador marxista, mas também de uma análise lukacsiana de Lukács...” (Löwy, 1998, p. 19). Pois bem: Montoya almeja “pensar com Quijano e mais além de Quijano” (p. 33) por meio das noções de “movimento de reflexão”, “questões abertas”, “horizontes” e “deslocamento epistemológico”. De pronto o autor resgata os momentos em que essas “pautas de leituras” foram criadas por Quijano, para finalmente analisar o próprio analista. Em seguida, Montoya define o “movimento de reflexão” como aspecto dinâmico e conflitivo dentro do conjunto global e unitário do pensamento de Quijano, ao passo que as “questões abertas” e os “horizontes” seriam temas inacabados e respostas provisórias a problemas não resolvidos.

A categoria que recebe o tratamento mais original é, sem dúvida, a de “deslocamento epistemológico”. Ao se distanciar da noção de “ruptura epistemológica” da vulgata althusseriana, que se tornou lugar comum para aqueles que defendem rigidamente um “antes” e um “depois” de um(a) determinado(a) autor(a), Montoya optou por um instrumento conceitual mais adequado para a expressar com precisão sutilezas das “peças de reposição” que se recolocam no itinerário da obra de Quijano. Durante toda a sua vida, a produção intelectual do sociólogo peruano foi, de fato, caleidoscópica: temas e questões das décadas de 1960 e 1970, por exemplo, reaparecem com outra roupagem nas décadas de 2000 e 2010. Sendo assim, muitas vezes Montoya ultrapassa o estudo do fenômeno do jovem Quijano para examinar textos em que o sociólogo andino lança um olhar retrospectivo sobre seus trabalhos, ora mais crítico, ora mais apologético. Assim, o desafio de montar o quebra-cabeça da obra “total” quijaneana impulsiona Montoya a propor uma “periodização temático-cronológica” que confirma uma frase de Fredric Jameson a propósito de suas próprias pesquisas sobre a pós-modernidade: “É impossível não periodizar”.

Esse caminho é pavimentado por um balanço crítico de periodizações que outros pesquisadores - a exemplo de Santiago Castro-Goméz, Ramón Pajuelo Teves, Rodrigo Montoya e Guillermo Rochabrún - fizeram sobre a obra do pensador peruano. Não resta dúvida de que os quadros temáticos apresentados por Montoya Huamaní, divididos por etapas e subetapas deste “primeiro” Quijano, têm efetivamente uma riqueza de detalhes muito superior àquela das periodizações anteriores.

No segundo capítulo, “Pensamento não escrito (1948-1962)”, Montoya constrói essa etapa da trajetória do jovem Quijano baseando-se nos testemunhos de Manuel Valladares Quijano (2019), na homenagem do ex-aluno e amigo Mirko Lauer (2020LAUER, Mirko. Memoria de Aníbal Quijano. Hueso Húmero, n. 72, p. 95-98, 2020.) e nos textos do próprio Aníbal Quijano (1991 e 1997). Trata-se de um período fundamental para captar a Weltanschauung (visão de mundo) do jovem Quijano e os sentidos de sua “formação” perpassada por experiências familiares (origem andina e mesocrática), pela socialização escolar (aprendizado do quéchua e do espanhol em contato com camponeses indígenas) e por atividades políticas (militância na juventude aprista e rompimento, confronto com comunistas-stalinistas e desafetos com trotskistas).

Lembremo-nos que o contexto de que trata o capítulo é marcado pelo governo autoritário de Manuel Odría (1948-1956), período cinzento da Guerra Fria que inspirou o romance Conversación en la catedral, de Mario Vargas Llosa. Na biografia de Quijano, esse período representou perseguições, prisões e isolamento. Apesar das diversas tensões com organizações políticas da esquerda peruana, Quijano adota uma “orientação socialista” que, no decorrer dos anos, pela experiência política e por novas leituras, se enriquece com uma sensibilidade libertária associada a uma poderosa crítica ao poder. Embora Montoya Huamaní seja cuidadoso ao retratar os diversos contextos para descrever o movimento ideológico dos comunistas latino-americanos e os embates mundiais em que os partidos comunistas estavam inseridos, sua abordagem fica demasiado dependente do trabalho do filósofo Raúl Fornet-Betancourt. Para o próximo tomo da obra, seria interessante que o autor cruzasse sua matriz com outras fontes sobre o mesmo período, como a de Manuel Caballero, Michael Löwy, Agustín Cueva etc.

Do ponto de vista profissional, o jovem Quijano encontrava-se dividido entre duas paixões: literatura e história. Opta por cursar história, embora a influência literária permaneça ecoando em sua trajetória até a etapa da colonialidade do poder (Ortiz Fernández, 2019; Palermo, 2022PALERMO, Zulma. Aníbal / Alonso Quijano. Los Quijote y sus molinos de viento. Otros Logos, n. 13, p. 56-73, Universidad Nacional del Comahue, 2022.). Não custa lembrar que a “Geração de 50”, da qual o pensador peruano fez parte, foi impactada profundamente pela literatura, e não por acaso essa é a geração, em âmbito latino-americano, do prestigioso “realismo mágico”. Em Quijano, o efeito desse verdadeiro melting pot materializou-se na antologia que ele editou intitulada Los mejores cuentos americanos, de 1957.

Na trajetória do jovem Quijano, dois nomes que ilustram magnificamente essa preocupação pela “ciência social” integrada à literatura e à arte são José Carlos Mariátegui e José María Arguedas. A análise de Montoya sobre os pressupostos ideológicos da antologia José Carlos Mariátegui - Ensayos escogidos, publicada em 1956 - e sobre o impacto da narrativa arguediana assinala como esses foram autores decisivos na constituição da moldura epistemológica e política do jovem Quijano. Na realidade, as obras de Mariátegui e de Arguedas acompanham todo o itinerário de Quijano, sendo relidas e redescobertas em diferentes fases (Ortega & Gómez, 2018; Montoya, 2018; Rubbo, 2018______. Aníbal Quijano e a racionalidade alternativa na América Latina: diálogos com Mariátegui. Estudos Avançados, v. 32, n. 94, p.) 391-409, 2018. e 2021). No caso de Arguedas, essas releituras também são permeadas pela amizade de Quijano com o autor de Los ríos profundos entre as décadas de 1950 e 1960. A respeito, por exemplo, do famoso episódio da mesa redonda sobre Todas las sangres, em 1965, em que o romance de Arguedas foi severamente criticado pelos sociólogos peruanos - Quijano estava na plateia e foi convidado a intervir -, Montoya descontrói (no último capítulo) a absurda e maldosa ideia de que a morte-suicídio de Arguedas tenha ocorrido em decorrência das críticas que recebeu no evento, sobretudo as de Quijano.

Outra característica importante que pode nos oferecer novas pistas sobre esta fase da vida do autor peruano: o impacto do mundo andino. Além de conhecer o idioma quéchua, provavelmente nutriu-se no espaço familiar de cantos e cuentos sobre o mundo andino antes de se mudar definitivamente para a capital peruana. Cantos e cuentos formam parte da natureza da cosmovisão andina atravessada pela cultura e pela experiência milenar que não são apenas “místicas”, mas “reais”. Lembremo-nos do matrimônio de Quijano com Carmen Pimentel Sevilla, psicóloga, docente e pesquisadora nascida na região de Ayacucho. Ela também carregava os traços de uma consanguinidade andina. É por essa formação sociocultural, que sempre se fez presente em sua vida familiar, que podemos afirmar que, além da denominação de “intelectual peruano”, Quijano era também um “intelectual andino”. A diferença é sutil, mas profunda.

No terceiro capítulo, “Sociologia da suspeita (1962-1965)”, Montoya examina os primeiros textos de Quijano, mestre em sociologia pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), no Chile (1959-1961), voltados para aspectos teóricos da sociologia. O termo “sociologia da suspeita”, inspirado em Paul Ricœur, seria “um projeto teórico mais amplo de ‘descolonização epistemológica’ das ciências sociais diante do euro-norte-americanismo” (p. 122). Ou seja, entre vigília e combate, trata-se de uma tentativa de fazer “ciência da oposição” diante de toda “falsa consciência” produzida pela sociologia mainstream dos países do “Primeiro Mundo”, especialmente a “teoria da modernização” de matriz estrutural-funcionalista. Nem por isso Quijano adota uma postura “latino-americanocentrista” contra toda produção norte-americana e europeia. Se grande parte dos departamentos de sociologia promoviam em seus planos curriculares o modelo parsoniano e a defesa da ordem social capitalista, Quijano atua a contrapelo e considera as produções de sociólogos como Wright Mills (1916-1962), Thorstein Veblen (1857-1929), Alvin Gouldner (1920-1980) e, posteriormente, Immanuel Wallerstein (1930-2019) como reservatório crítico e criativo de uma sociologia do “conflito social” engajada.

Seja pelos traços elencados em sua formação híbrida entre literatura e história, seja pelo debate das tendências epistemológicas da sociologia tout court, sem decalque nem cópia, o livro confirma a vocação polifacética e interdisciplinar de Quijano. Desde o começo de sua trajetória, Quijano foi uma espécie de intelectual antropofágico, isto é, aquele que procura recolher e devorar todos os órgãos da vida humana (cultural, social, econômico, político etc.). Resistiu a um contexto de paulatina especialização das ciências sociais, mantendo-se convicto da necessidade de se propor uma “imagem integradora da sociedade” ou de uma “totalidade histórica heterogênea, dinâmica e aberta”. A interdisciplinaridade precoce de Quijano nos desautoriza a vê-lo como patrono da institucionalização da sociologia peruana, como foi, por exemplo, Florestan Fernandes no Brasil.

No último capítulo, intitulado “Sociologia culturalista (1964-1968)”, os textos de Quijano trazidos à cena tratam da ascensão dos movimentos camponeses peruanos e latino-americanos na década de 1960. Embora a investigação de Quijano sobre o processo de ocupação de terras e de sindicalização liderado por Hugo Blanco no Peru seja mais completa do que a análise que ele faz dos mesmos processos em âmbito latino-americano, não deixa de ser impressionante o aparato bibliográfico que ele mobiliza sobre países como, por exemplo, o Brasil das Ligas Camponesas (cf. Rubbo, 2022RUBBO, Deni Alfaro. Travessias sociológicas e cruzamentos tropicais: Aníbal Quijano e o Brasil. Revista Pós - Ciências Sociais, v. 19, p. 19-46, 2022., p. 22-26).

Concomitantemente às sublevações no mundo rural do continente, Quijano preparava sua tese de doutorado sobre o problema da identidade do grupo cholo no Peru e sobre o fenômeno da “cholificación”. Montoya apresenta alguns dos instrumentos então mobilizados pelo autor peruano: categorias como “sociedade de transição” (mais maleável e aberta) e “sociedade em transição” (mais estática e estável) descrevem processos de mudança na sociedade. Quijano observa a estrutura sociocultural do Peru através da primeira categoria, “sociedade de transição”, uma vez que essa estrutura se caracteriza por instituições instáveis cuja formação é marcada por aguda heterogeneidade social. Com efeito, a partir do “grupo cholo” seria possível observar no tecido social do país andino a combinação de castas e de classes com um modo de produção de “economias mistas”. Mais tarde, Quijano batizará esse processo de “heterogeneidade histórico-estrutural”.

Embora este aspecto não seja abordado no livro, vale notar que Quijano parte de uma concepção de “estrutura social” como articulação de “diferentes ordens” e “funções institucionais”. Não é descabido afirmar que parte de sua produção sociológica da década de 1960 - incluindo seus trabalhos da “sociologia da dependência” sobre marginalidade e urbanização - tinha como ambição científica investigar cada segmento da “estrutura social” em sua “formação total”. O trabalho Character and social structure, de Hans Gerth e Wright Mills (1973GERTH, Hans; MILLS, Wright. Caráter e estrutura social. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1973 [1953].), fornece a base teórico-metodológica de sua abordagem. Tal abertura à dimensão das múltiplas “ordens institucionais” humanas, muitas delas de caráter “superestrutural” (religiosas, familiar, educacional, militar, simbólica etc.), serviu também como antídoto para que Quijano se contrapusesse às análises “modernizantes” e “dualistas” que apenas salientavam o jogo “objetivo” das forças econômicas ou políticas. Esse seria o ponto de encontro entre a “sociologia da suspeita” e a “sociologia culturalista” de que nos fala Montoya Huamaní.

Aníbal Quijano. Reconstrucción de su vida y obra 1948-1968 é, portanto, um trabalho rigoroso que cumpre de maneira exemplar os objetivos enunciados. O leitor fica integralmente convencido de que é impossível fazer uma investigação da fase da “colonialidade do poder” sem se atentar para um conjunto de características e experiências teóricas e políticas constituídas na fase inicial da biografia de Quijano. Ademais, o pioneirismo da iniciativa de Montoya implicou enormes desafios colocados pela própria maneira como Quijano negligenciou a organização de sua própria obra. Não obstante os avanços editoriais dos últimos anos, obtidos através da organização de antologias, os resultados bibliográficos ainda são insuficientes para fornecer um retrato não lacunar de Quijano. Montoya Huamaní driblou esses obstáculos, trabalhou meticulosamente com o material disponível e não caiu na emboscada de sugerir conclusões taxativas e dogmáticas. O retrato de um “Quijano integral” pressuporia, afinal, que o biógrafo tivesse acesso a todas as publicações, aos arquivos, às correspondências e a testemunhos de familiares, de colegas de profissão e de militância política. Um acervo dotado de todos esses materiais ainda é obra por vir e colocará, consequentemente, novos pontos de partida na interpretação historiográfica e sociológica do sociólogo andino.

A obra de Quijano desperta crescente interesse internacional. Sua vasta e diversificada produção intelectual, suas opções políticas e suas intervenções públicas contra toda e qualquer forma de poder colocaram-no na condição de outsider acadêmico. Apesar disso, Aníbal Quijano ainda é um pária em seu próprio país e um estrangeiro fora do Peru; sua cultura andina e cosmopolita nos é, em grande medida, estranha. Dito isso, o livro de Segundo Montoya Huamaní é um ponto de partida frutífero para superarmos tais lacunas, decorrentes de nosso repertório ainda demasiado eurocêntrico, e abrirmo-nos ao universo de um dos pensadores latino-americanos mais importantes das últimas décadas.

Referências

  • GERTH, Hans; MILLS, Wright. Caráter e estrutura social. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1973 [1953].
  • LAUER, Mirko. Memoria de Aníbal Quijano. Hueso Húmero, n. 72, p. 95-98, 2020.
  • LÖWY, Michael. A evolução política de Lukács: 1909-1929. São Paulo: Cortez, 1998.
  • LUKÁCS, Georg. História e consciência de classe. São Paulo: Martins Fontes, 2003 [1923].
  • MONTOYA HUAMANÍ, Segundo. Aníbal Quijano: improntas de Mariátegui en la colonialidad del poder. In: ______. Conflictos de interpretación en torno al marxismo de Mariátegui, p. 97-129. Lima: Heraldos Editores, 2018.
  • ORTEGA; Jaime Reyna; GÓMEZ, Yuri. Mariátegui y los molinos de viento: el itinerario de Aníbal Quijano. In: PACHECO CHÁVEZ, Victor Hugo (org.). Rompiendo la jaula de la dominación: ensayos en torno a la obra de Aníbal Quijano, p. 59-78. Santiago de Chile: Doble Ciencia, 2018.
  • ORTIZ FERNÁNDEZ, Carolina. El arte y la heterogeneidad histórico estructural en la obra de Aníbal Quijano. Revista de Sociología, n. 28, p. 65-82, Lima, 2019.
  • PALERMO, Zulma. Aníbal / Alonso Quijano. Los Quijote y sus molinos de viento. Otros Logos, n. 13, p. 56-73, Universidad Nacional del Comahue, 2022.
  • QUIJANO, Aníbal. Raúl Porrás, el otro magisterio. La República, Lima, 12 maio 1997.
  • ______. Trotsky (entre paréntesis). Sí, n. 64, Lima, 1991.
  • ______. Los mejores cuentos americanos. Lima: Villanueva Editores, 1957.
  • RUBBO, Deni Alfaro. Travessias sociológicas e cruzamentos tropicais: Aníbal Quijano e o Brasil. Revista Pós - Ciências Sociais, v. 19, p. 19-46, 2022.
  • ______. O labirinto periférico: aventuras de Mariátegui na América Latina. São Paulo: Autonomia Literária, 2021.
  • ______. Aníbal Quijano e a racionalidade alternativa na América Latina: diálogos com Mariátegui. Estudos Avançados, v. 32, n. 94, p.) 391-409, 2018.
  • VALLADARES QUIJANO, Manuel. Aníbal Quijano y su tiempo. Discursos del Sur, n. 3, p. 9-36, 2019.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    26 Fev 2024
  • Data do Fascículo
    Sep-Dec 2023

Histórico

  • Recebido
    23 Jan 2023
  • Aceito
    20 Abr 2023
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