Simell et al, Finland (1991)1111. Simell T, Kaprio EA, Maenpaa J, Tuominen J, Simell O. Randomised prospective study of short-term and long-term initial stay in hospital by children with diabetes mellitus. The Lancet. 1991; 337(8742):656-60. |
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Relatar os efeitos no controle metabólico de uma intervenção educativa desenvolvida durante a hospitalização.
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ECR.
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61 crianças e adolescentes, 0 a 14 anos, recém-diagnosticados com DM1.
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Tema: uso intensivo da insulina
Grupo 1 (G1): programa educativo diário do 2o ao 7º dia de hospitalização. Seguimento ambulatorial por três semanas, com 3-4 visitas.
Grupo 2 (G2): programa educativo iniciado no 7o dia de hospitalização, continuado 2 vezes na semana até a alta na 4ª semana.
Profissionais envolvidos: pediatra, nutricionista, assistente social, psicóloga, enfermeira hospitalar com treinamento em diabetes e enfermeira do ambulatório especializado em diabetes.
Ambos os grupos: disponibilidade de consultas por telefone com um pediatra sênior durante os 2 anos do estudo. Acompanhamento mensal e trimestral. Após 2 anos, os participantes foram avaliados por 2 dias para variação circadiana no controle do diabetes e secreção endógena de insulina.
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Apenas desfechos clínicos:
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HbA1c: melhora após 1º mês no G1 (p=.01). Após dois meses, ambos os grupos atingiram valores médios comparáveis a indivíduos saudáveis. Em 2 anos, houve aumento da HbA1c de 7,4% aos 3 meses para 9% no 21º mês de tratamento no G1; aumento de 7,8% para 8,8% aos 18 meses no G2. Correlação significativa entre tempo de diagnóstico da doença e aumento da HbA1c (p=.004), constante nos dois anos de estudo.
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Peptídeo C: indetectável após 6 meses no G1 e após12 meses no G2, ocorrendo primeiro nas crianças de 7 a 10 anos e, por último, nos adolescentes. Não houve correlação entre HbA1c e Peptídeo C após 2 anos de estudo.
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Uso de insulina: menor média para o G1 nos 2 anos de estudo. Mudanças relacionadas ao tempo de diagnóstico e não ao período de internação hospitalar.
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Grey et al, United States (1998)*,1212. Grey M, Boland EA, Davidson M, Yu C, Sullivan-Bolyai SS, Tamborlane WV. Short-term effects of coping skills training as adjunct to intensive therapy in adolescents. Diabetes Care. 1998; 21(6):902-8. |
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Determinar se o Coping Skills Training (CST) combinado ao tratamento intensivo do diabetes melhora o controle metabólico (CM) e a qualidade de vida (QV) de adolescentes que iniciam regimes de terapia intensiva.
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ECR.
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65 adolescentes, 13 a 18 anos, em insulinoterapia há no mínimo 1 ano.
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Tema: habilidades de enfrentamento no gerenciamento da terapia de insulina intensiva.
Grupo-controle (GC): tratamento intensivo (terapia de múltiplas doses de insulina).
Grupo experimental (GE): tratamento intensivo e CST que consistia em dramatização de situações cotidianas (escolhas alimentares, conflitos, tomadas de decisão), para treinar habilidades de enfrentamento. Os participantes eram avaliados e a cena repetida até a identificação do comportamento esperado.
Grupos de 2-3 adolescentes; duração média de 1-1,5 horas. Os adolescentes participaram de, em média, 6 sessões semanais, seguidas de consultas mensais na clínica de diabetes pediátrica, por 3 meses.
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Clínicos:
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redução da HbA1c após 3 meses, mais rápida e maior após um mês do início do tratamento intensivo, mantida até a finalização do estudo no GE.
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Em ambos os grupos, a terapia intensiva associada ao maior número de consultas mensais levou a uma redução da HbA1c em três meses (p<.01).
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Os resultados sugerem que o tratamento intensivo melhora o CM, que pode ser intensificado com a CST.
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A CST tem efeito benéfico imediato na habilidade do adolescente obter CM a curto prazo.
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Não houve diferença entre os grupos em relação a doses de insulina ou número de testes de glicemia capilar realizados por dia.
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Não houve efeito da intervenção na redução de complicações agudas.
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O IMC aumentou naqueles com sobrepeso, em ambos os grupos.
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Comportamentais: melhora na autoeficácia (Self-Efficacy for Diabetes scale), depressão (Children’s Depression Inventory), QV (Diabetes Quality of Life Youth scale) e no enfrentamento do DM1 (Issues in coping with IDDM) nos três meses de estudo no GE. |
Grey et al, United States (2000)*1313. Grey M, Boland EA, Davidson M, Li J, Tamborlane WV. Coping skills training for youth with diabetes mellitus has long-lasting effects on metabolic control and quality of life. J Pediatr. 2000 Jul;137(1):107-13. |
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Determinar se o efeito inicial da CST no CM e na QV, combinada ao tratamento intensivo, pode ser mantido em jovens que estão iniciando o tratamento.
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ECR.
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77 adolescentes, 12 a 17 anos, em insulinoterapia há no mínimo 1 ano.
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Tema: habilidades de enfrentamento no gerenciamento da terapia de insulina intensiva.
Grupo-controle (GC): tratamento intensivo (terapia de múltiplas doses de insulina).
Grupo experimental (GE): tratamento intensivo e CST que consistia em dramatização de situações cotidianas para treinar habilidades de enfrentamento. Os participantes eram avaliados e a cena repetida até que o comportamento esperado fosse identificado.
Grupos de 2-3 adolescentes: duração média de 1-1,5 horas. Os adolescentes participaram de, em média, 6 sessões semanais, seguidas de consultas mensais na clínica de diabetes pediátrica, por 12 meses.
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Clínicos:
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redução da HbA1c após 12 meses no GE.
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Melhor CM no GE com melhor autoeficácia relacionada ao diabetes e ao tratamento médico (Self-Efficacy for Diabetes scale), com significância estatística nos 6 meses.
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Comportamentais: menor impacto negativo na QV (Diabetes Quality of Life Youth scale) após 12 meses, sendo os melhores resultados observados nos 3 primeiros meses de intervenção. |
Howells et al, Scotland (2002)1414. Howells L, Wilson TC, Skinner R, Newtont AD, Morrist D, Greene SA. A randomized control trial of the effect of negotiated telephone support on glycaemic control in young people with Type 1 diabetes. Diabetic Med [Internet]. 2002 [cited 2018 Sept 18];19:643-8. Available from: https://doi.org/10.1046/j.1464-5491.2002.00791.x https://doi.org/10.1046/j.1464-5491.2002...
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Avaliar as mudanças na autoeficácia de jovens com DM1 participantes da intervenção Negotiated Telephone Support (NTS).
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ECR.
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79 jovens, 12 a 24 anos de idade, em insulinoterapia convencional.
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Tema: resolução de problemas sobre o DM1.
Grupo 1 (G1): tratamento convencional (consulta trimestral no centro de diabetes).
Grupo 2 (G2): tratamento convencional e NTS que consistia em telefonema realizado por nutricionista especialista em pediatria e diabetes no período de um ano. Adolescentes decidiam o tema da ligação, que ocorria a cada 2 ou 3 semanas, com opção de ligações extras por iniciativa dos jovens. Visitas domiciliares realizadas por 1 psicólogo clínico para instrução ativa e entrega de folheto sobre resolução de problemas.
Grupo 3 (G3): NTS e consulta no centro de diabetes uma vez/ano, HbA1c a cada três meses (domiciliar ou coleta no centro).
Temas mais escolhidos na NTS: diabetes (geral), performance no trabalho, amizade, relação com os pais e irmãos, saúde, vida social e lazer, escola/universidade e outros.
Cada participante recebeu 16 ligações em média, com duração de 9 minutos cada e intervalo de três semanas.
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Clínicos:
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a NTS não melhorou o controle glicêmico em G2 e G3.
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G1, G2 e G3 apresentaram aumento no IMC durante o estudo.
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Houve correlação estatisticamente significativa (p<.01) entre idade do participante e duração média do contato telefônico em G2 e G3.
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Menor número de consultas no centro de diabetes no G3.
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G1, G2 e G3 não apresentaram diferenças estatisticamente significativas (p=.84) no número de internações na emergência devido às complicações do diabetes durante o estudo.
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Comportamentais: não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos nos escores de autoeficácia (Self-Efficacy for Diabetes), barreiras para adesão ao tratamento (Environmental Barries to Adherence Questionnaire) resolução de problemas (Social Problem Solving Inventory) e conhecimento em diabetes (Diabetes Knowledge Scale). |
Lawson et al, Canada (2005)1515. Lawson M, Cohen N, Richardson C, Orrbine E, Pham B. A randomized trial of regular standardized telephone contact by a diabetes nurse educator in adolescents with poor diabetes control. Ped Diabet [Internet]. 2005 [cited 2018 Sept 18];6:2-40. Available from: https://doi.org/10.1111/j.1399-543X.2005.00091.x https://doi.org/10.1111/j.1399-543X.2005...
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Determinar o efeito do contato telefônico no CM, na conformidade no tratamento e na QV de adolescentes com DM1.
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ECR.
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43 adolescentes,13 a 17 anos. DM1 há pelo menos 1 ano, insulinoterapia 2-3 vezes/dia e controle glicêmico inadequado nos últimos 6 meses.
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Tema: ajustes nas dosagens de insulina.
Grupo-controle (GC): cuidado-padrão (duas ou três doses de insulina NPH e regular, ou correções glicêmicas com insulina ultrarrápida; plano alimentar com nutricionista uma vez/ano; retorno médico trimestral com diabetólogo e HbA1c).
Grupo experimental (GE): cuidado-padrão e contato telefônico por 6 meses. Duas enfermeiras educadoras em diabetes faziam contato semanal com cerca de 11-12 adolescentes cada, para discussão sobre o diário de glicemia da última semana e ajustes necessários nas dosagens de insulina.
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Clínicos:
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queda da HbA1c em 29% dos participantes GE e aumento em 19% (p=.015) no GE. Aumento da HbA1c no GC.
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Aumento do IMC no GE.
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Não ocorreram mudanças nas doses de insulina ou episódios de hipoglicemias graves em ambos os grupos.
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Comportamentais: Melhora dos escores de QV (Diabetes Quality of Life Youth scale) e funcionamento familiar (Family Environment Scale) do grupo experimental aos 3 meses de estudo. |
Franklin et al, Scotland (2006)1616. Franklin VL, Waller A, Pagliarit C, Greene SA. A randomized controlled trial of sweet talk, a text-messaging system to support young people with diabetes. Diabet Med [Internet]. 2006 Dec [cited 2018 Sept 18];23(12):1332-8. Available from: https://doi.org/10.1111/j.1464-5491.2006.01989.x https://doi.org/10.1111/j.1464-5491.2006...
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Tema: tarefas de autocuidado do DM1.
Grupo 1 (G1): cuidado-padrão (2-3 doses de insulina pré-misturada).
Grupo 2 (G2): cuidado-padrão e Sweet TalkGrupo 3 (G3): terapia basal-bolus e Sweet Talk. (sistema automatizado que armazena e envia, de acordo com uma agenda prévia, cerca de 400 mensagens de texto por telefone celular, guiadas por teorias comportamentais). Compreende: lembrete semanal dos objetivos acertados na clínica; mensagens diárias com dicas, informações ou lembretes para reforçar os objetivos acordados com a equipe de saúde sobre aplicação de insulina, automonitoramento da glicemia, alimentação saudável e exercícios.
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Clínicos:
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melhora da HbA1c em G3 (p<.001).
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Não identificadas alterações significativas nos episódios de CAD e hipoglicemias graves.
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O IMC aumentou no G3.
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A utilização do serviço de saúde foi maior no G2 e G3 (p=.016).
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Contatos de emergência com a equipe de saúde foram mais frequentes no G3 que G2 (p=.02).
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Comportamentais: melhora da autoeficácia (Self-Efficacy for Diabetes score) do G2 comparado ao G1 (p=.003); aumento da adesão ao tratamento, mensurado por uma escala visual analógica (p=.042).
Não houve alteração nos níveis de conhecimento (Diabetes Knowledge Score).
O apoio social (Diabetes Social Support Inteview) proporcionado pela equipe de saúde aumentou com Sweet Talk em G2 e G3 (p<.05).
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Coates et al, Northern Ireland (2013)1717. Coates V, Chaney D, Bunting B, Shorter GM, Shevelin M, McDougall A, Lon A. Evaluation of the effectiveness of a structured diabetes education programme (CHOICE) on clinical outcomes for adolescents with type 1 diabetes: a randomized controlled trial. J Diabetes Metab [Internet]. 2013 [cited 2018 Sept 18];4(6):280. Available from: https://doi.org/10.4172/2155-6156.1000280 https://doi.org/10.4172/2155-6156.100028...
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Avaliar o impacto de um programa de educação em diabetes para adolescentes com DM1 (CHOICE): HbA1c, IMC, episódios de hipoglicemia e hiperglicemia e adesão à dieta.
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ECR.
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135 adolescentes, 13 a 16 anos. DM1 há no mínimo 1 ano.
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Temas: interação entre consumo de carboidrato e necessidade de insulina; horário da refeição e efeitos do exercício físico na glicemia e insulina.
Grupo-controle (GC): cuidado-padrão a cada 3 meses, com profissional do serviço, para resolução de problemas.
Grupo experimental (GE): CHOICE que consistia em 4 sessões educativas semanais, desenvolvidas em 7 hospitais, por 1 enfermeira e 2 nutricionistas com experiência em diabetes. As sessões tiveram 3 horas de duração e 1 jantar para prática da contagem de carboidratos. Incluíram guia curricular, pratos para padronizar as refeições, figuras de porções individuais para construir refeições personalizadas e cartões para promover o diálogo. Foram enviadas mensagens de texto entre as sessões e 2, 4 e 5 meses após a intervenção, para avaliar o progresso e encorajar a comunicação.
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Clínicos:
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melhora da HbA1c do GE após 24 meses.
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Maior variação no IMC do GC aos 12 meses.
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6 dias (em média) de hiperglicemia no período de 24 meses, sem episódios de CAD, em ambos os grupos.
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Não houve diferença entre os grupos quanto ao número de episódios de hipoglicemia.
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Comportamentais: maior adesão à dieta (Diabetes Care Profile) após 1, 3 e 6 meses no GE. |
Price et al, United Kingdom (2016)1818. Price KJ, Knowles JA, Fox M, Wales JKH, Heller S, Eiser C, et al. Educational and psychological issues effectiveness of the kids in control of food (KICk-OFF) structured education course for 11-16 year olds with Type 1 diabetes. Diabet Med [Internet]. 2016 [cited 2018 Sept 18];33(2):192-203. Available from: https://doi.org/10.1111/dme.12881 https://doi.org/10.1111/dme.12881...
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Analisar o efeito do Kids in Control of Food: KICk-OFF nos desfechos biomédicos e psicológicos de jovens com DM1.
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ECR.
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370 adolescentes, 11a16 anos, DM1 há no mínimo 1 ano.
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Temas: contagem de carboidratos e ajuste de doses de insulina na vida diária; manejo de hipoglicemias, cetonas e complicações em longo prazo.
Grupo-controle (GC): cuidado-padrão.
Grupo experimental (GE): KICk-OFF (curso com 5 dias de duração ministrado em 17 centros médicos). Estratégia educativa em grupo, com material escrito, questionário de suporte e de avaliação. Desenvolvido por uma enfermeira e uma nutricionista especialistas em diabetes, e por um membro da equipe local. Os profissionais foram capacitados em um curso sobre habilidades de ensino, de 5 dias de duração, desenvolvido no piloto.
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Clínicos:
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níveis de HbA1c não apresentaram diferença estatisticamente significativa entre os grupos ao longo dos 24 meses (p=.38).
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Participantes do GE com HbA1c alta no início do estudo apresentaram melhores resultados após dois anos, quando comparados ao GC (p=.03).
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Em 24 meses, o GC apresentou piora dos níveis de HbA1c com relação ao GE, que manteve queda dos mesmos.
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Não houve alteração significativa nas taxas de CAD e hipoglicemia grave.
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Comportamentais: grupo experimental teve melhora nos escores gerais de QV (PedsQL-G) aos 6 e 12 meses pós-intervenção (p=.04) e melhora nos domínios físico e psicossocial, aos 6 meses (p=.04).
Houve redução dos sintomas da doença (PedsQL-D) aos 6 meses (p=.008).
Após 12 e 24 meses, o grupo-controle apresentou escores altos de adesão ao tratamento (p=.02) e, aos 6 e 12 meses, escores elevados de autoeficácia (p=.01 e p=.02).
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Semiz et al, Turkey (2000)1919. Semiz S, Bilgin UO, Bundak R, Bircan I. Summer camps for diabetic children: an experience in Antalya, Turkey. Acta Diabetol [Internet]. 2000 [cited 2018 Sept 18];37(4):197-200. Available from: https://doi.org/10.1007/s005920070005 https://doi.org/10.1007/s005920070005...
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Avaliar a eficácia dos acampamentos para crianças com diabetes, usando parâmetros objetivos.
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Quase experimento.
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Jovens de 8 a 20 anos de idade, DM1 há no mínimo 1 ano.
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28 participantes no Acampamento 1; 29 participantes no Acampamento 2; 14 participaram de ambos.
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Temas: ensino da técnica para aplicação de insulina; reconhecimento e manejo de hiperglicemia e CAD; ajuste da dose de insulina baseado na dieta e atividades; importância do controle e novas terapias.
Acampamentos: 10 dias de duração, equipe de saúde composta por endocrinologistas pediatras, enfermeiras especialistas em diabetes e nutricionistas.
Avaliação antes/depois da intervenção: participantes preencheram questionário de conhecimento sobre diabetes e nutrição antes, imediatamente e seis meses após ambos os acampamentos.
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Clínicos:
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não houve diferença no valor médio anual de HbA1c antes e depois do primeiro acampamento em todos participantes (p>.05).
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Não houve diferença no valor de HbA1c antes do primeiro e depois de ambos os acampamentos (p>.05).
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Após primeiro acampamento: Ganho de 1.2 kg observado em 18 crianças, consideradas abaixo do peso, e perda de 0,9 kg em 8 crianças com sobrepeso.
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Comportamentais: aumento do conhecimento, sendo mais notório após o segundo (p<.05). |
Lawson et al, Canada (2000)2020. Lawson ML, Frank MR, Fry MK, Perlman K, Sochett EB, Daneman D. Intensive diabetes management in adolescents with type 1 diabetes: the importance of intensive follow-up. J Pedc Endocrinol Metabol [Internet]. 2000 [cited 2018 Sept 18];13:79-84. Available from: https://doi.org/10.1515/JPEM.2000.13.1.79 https://doi.org/10.1515/JPEM.2000.13.1.7...
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Comparar os resultados, a curto prazo, do Intense Diabetes Management program (IDM).
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Quase experimento.
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28 jovens, 11 a 20 anos, com nefromegalia detectada por ultrassom.
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Temas: ação e ajuste de doses de insulina; monitorização diária da glicemia e em dias de doença; causas, tratamento e prevenção de hipoglicemias; plano alimentar e contagem de carboidratos.
Grupo 1: educação individualizada sobre IDM + seguimento clínico intenso por 3 meses; 6-8 horas de intervenção educativa, distribuída em 3-4 sessões conduzidas em centro de diabetes por enfermeira especialista em diabetes, nutricionista e pesquisador. Contato telefônico semanal, iniciado pelo pesquisador.
Grupo 2: IDM como parte da rotina do cuidado em diabetes, sessões educativas em grupos de até 20 pessoas, conduzidas por uma enfermeira especialista em diabetes, uma nutricionista e um diabetólogo. Contato telefônico encorajado (iniciativa do paciente).
IDM: regime de múltiplas doses de insulina regular (IR) ou ultrarrápida antes das refeições e NPH antes de dormir. Doses de IR foram ajustadas de acordo com o valor da glicemia pré-prandial, quantidade de carboidratos ingeridos e exercício físico planejado após a refeição. Todos foram orientados a medir a glicemia capilar 4 vezes ao dia.
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Apenas desfechos clínicos:
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grupo 1: redução na média de HbA1c de 2,5% nos primeiros três meses (p<.0001). Ocorreram episódios de hipoglicemia grave.
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Grupo 2: média da HbA1c reduziu 0,9% nos primeiros três meses (p=.05). Não houve episódios de hipoglicemia grave.
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Aumento considerável na HbA1c de ambos os grupos um ano após a intervenção.
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Não houve diferença entre o valor médio da HbA1c em ambos os grupos após 15 meses do início do IDM (p=.8).
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Não foram observados episódios de CAD e em ambos os grupos.
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Von Sengbusch et al, Germany (2005)2121. Von Sengbusch S, Muller-Godeffroy E, Hager S, Reintjes R, Hiort O, Wagner V. Mobile diabetes education and care: intervention for children and young people with type 1 diabetes in rural areas of northern Germany. Diabet Med [Internet]. 2006 [cited 2018 Sept 18];23(2):122-7. Available from: https://doi.org/10.1111/j.1464-5491.2005.01754.x https://doi.org/10.1111/j.1464-5491.2005...
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Avaliar a eficácia da educação em diabetes padronizada e estruturada, desenvolvida por uma equipe remota.
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Quase experimento.
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107 crianças com idade média 11.1 ± 2.5 anos e DM1 há no mínimo seis meses.
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Tema: função da insulina e o empoderamento dos pais para ajustar as doses de acordo com intercorrências e desafios cotidianos.
Curso de cinco dias (segunda a sexta-feira), conduzido em oito hospitais do estado por três pesquisadores em cooperação com a equipe de saúde local.
Educação em grupo, formado por quatro a seis crianças da mesma faixa etária. Educação individual ou em grupo aos pais, uma a duas vezes na semana.
Dados coletados na antes (t0), 6 semanas (t1) e 6 meses (t2) após a intervenção.
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Clínicos:
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crianças com HbA1c >8% antes da intervenção melhoraram significativamente o CM entre t0 e t1, e t0 e t2, independentemente das alterações na insulinoterapia e do número de medidas de glicemia por dia (p<.01).
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Crianças com HbA1c <6,8% aumentaram o valor entre t0 e t1(p>.05), e t0 e t2 (p<.05).
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Não houve diferença significativa na HbA1c nos três tempos de medida (p>.05), no número de hipoglicemias graves (p>.05), mas houve redução significativa no número de internações hospitalares (p<.05).
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Comportamentais: conhecimento em diabetes aumentou em t1 e t2 comparado a t0 (p<.05). Adolescentes que viviam com apenas um dos pais tiveram maior escore de conhecimento quando comparados aos que viviam com ambos (p<.05).
Melhora da QV (German KINDL R quality-of-life questionnaire) tanto em t1 (p<.05) quanto em t2 (p<.01).
Satisfação com a intervenção (German CSQ-8 Client Satisfaction Questionnaire) foi alta: 57.4% das crianças avaliaram como ‘muito bom’ em t1.
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Qayyum et al, Pakistan (2010)2222. Qayyum AA, Lone SW, Ibrahim MN, Atta I, Raza J. Effects of diabetes self-management education on glycaemic control in children with insulin-dependent diabetes mellitus. J Coll Physicians Surg Pak [Internet]. 2010 Dec [cited 2018 Sept 18];20(12):802-5. Available from: https://doi.org/12.2010/JCPSP.802805. https://doi.org/12.2010/JCPSP.802805....
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Avaliar a eficácia do Diabetes Self-Management Education (DSME) no controle glicêmico de crianças paquistanesas com DM1.
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Quase experimento.
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50 crianças, idade média de 10 anos e idade do diagnóstico 8,15±3,02 anos.
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Tema: módulo específico sobre insulinoterapia que abordou tipos de insulina, preparo da injeção, locais e formas de aplicação, onde/como/por quanto tempo a insulina pode ser armazenada.
DSME: programa educativo de uma clínica de diabetes pediátrica, organizado em 4 módulos compostos por aulas expositivas de 1,5 hora, oferecido para grupos de 10 crianças e seus pais/cuidadores. Ao término, os participantes receberam glicosímetro com fitas reagentes, diário de glicemia, folhetos educativos, diário nutricional, cartão e bracelete de identificação, além de boneco com locais de aplicação em destaque.
Acompanhamento mensal com endocrinologista pediátrico, pediatra, nutricionista, enfermeira especialista em diabetes após a intervenção, com lembretes telefônicos 1 semana antes da consulta.
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Apenas desfechos clínicos:
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Mukama et al, Tanzania (2013)2323. Mukama LJ, Moran A, Nyindo M, Philemon R, Msuya L. Improved glycemic control and acute complications among children with type 1 diabetes mellitus in Moshi, Tanzania. Ped Diabet [Internet]. 2013 [cited 2018 Sept 18];14:211-216. Available from: https://doi.org/10.1111/pedi.12005 https://doi.org/10.1111/pedi.12005...
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Analisar o impacto de um programa de educação e gerenciamento do diabetes: controle glicêmico e complicações crônicas de crianças e adolescentes da Tanzânia.
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Quase experimento.
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81 participantes, 0 a17 anos, com DM1 há no mínimo 6 meses.
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Temas: prevenção e tratamento de hipoglicemia; prevenção de hipoglicemia por aplicação incorreta de insulina; cuidados com atividade física excessiva e perda de refeições; cálculos das dosagens e métodos de armazenamento da insulina; reconhecimento e prevenção de CAD. |
Apenas desfechos clínicos:
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não houve melhora da HbA1c 6 meses após a intervenção (p=.1).
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Não houve associação estatisticamente significativa entre os resultados de HbA1c e o gênero (p=.06), bem como associação ao retorno médico (p=.89) ou dosagem de insulina (p=.17).
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Houve redução de 2/3 dos episódios de hipoglicemia em 6 meses (p=.65).
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Episódios de CAD foram associados à falta de doses de insulina (p<.05) e de monitorização glicêmica em domicílio.
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