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VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E O ATUAL MODELO OBSTÉTRICO, NA PERCEPÇÃO DOS GESTORES EM SAÚDE

RESUMO

Objetivos:

compreender a percepção dos gestores das maternidades públicas da Região Metropolitana II do estado do Rio de Janeiro acerca da violência obstétrica e as medidas para o seu enfrentamento visando à garantia da qualidade da assistência.

Método:

estudo descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa, realizado com 16 gestores de saúde de cinco maternidades da Região Metropolitana II do estado do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados por meio de entrevistas, aplicadas no período de maio de 2017 a maio de 2018, e submetidos à análise de conteúdo na modalidade temática.

Resultados:

a pesquisa apontou o não acolhimento, princípios tecnocráticos do parto, impedimento do acompanhante, desrespeito às práticas humanizadas centradas na fisiologia e na escolha da mulher, necessidade da formação em saúde como norteador da política de humanização e da gestão das unidades de saúde, despreparo profissional para atuação e falta de envolvimento de profissionais com mais tempo de serviço para modificar práticas no cuidado obstétrico. Assim, ficou evidente a necessidade de romper com a violência obstétrica que está em nível estrutural/institucional a fim de garantir um cuidado de qualidade à mulher.

Conclusão:

cabe aos gestores propiciar o processo de formação dos profissionais de saúde em prol de uma atuação que respeite as evidências científicas, a centralidade e os eixos das políticas e recomendações no campo da saúde sexual e reprodutiva, sobretudo à mulher quanto a sua autonomia.

DESCRITORES:
Gestão em saúde; Obstetrícia; Enfermagem obstétrica; Parto humanizado; Humanização da assistência

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