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A VARIAÇÃO NAS TERMINOLOGIAS PELA PERSPECTIVA COGNITIVA: O CASO DA FAUNA E DA FLORA

THE VARIATION IN TERMINOLOGIES FROM THE COGNITIVA PERSPECTIVE: THE CASE OF FAUNA AND FLORA

RESUMO

A virada do século traz à tona o consenso de que as terminologias refletem a dinamicidade e a complexidade que envolve a estruturação do sistema conceitual, além das particularidades de conceituação associadas à língua, à cultura e ao grupo sócioprofissional. A concepção de que as unidades lexicais especializadas são signos linguísticos e, portanto, componentes do léxico de uma língua natural implica no reconhecimento de que tais itens estão sujeitos aos mesmos fatores que atuam na formação das palavras que permeiam os discursos cotidianos (CABRÉ, 1999CABRÉ, M. T. (1999). La Terminologia: representación y comunicación: elementos para una teoría de base comunicativa y otros artículos. Barcelona: Universitat Pompeu Fabra.). O presente estudo aborda a terminologia da fauna (Zoologia - Vertebrados) e da flora (Botânica - Angiospermas), cujos dados derivam de pesquisas anteriores (MARTINS, 2013MARTINS, S. C. (2013). Dicionário onomasiológico de expressões cromáticas da fauna e flora. 2013. 220 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos)-Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São José do Rio Preto.; 2017) que examinaram a denominação em língua portuguesa de aproximadamente duzentas espécies. Com efeito, em tal área do conhecimento, paralelamente aos nomes científicos coexistem as formas semicientíficas, adaptadas à língua vernácula, e as formas vernáculas, isto é, nomes comuns variáveis de acordo com as línguas e que representam a riqueza vocabular de cada cultura (GARRIDO, 2000GARRIDO, C. (2000). Traducción de los nombres vernáculos ingleses de animales en los textos de divulgación científica. In. BEEBY, A.; ENSINGER, D.; PRESAL, M. Investigating Translation. Amsterdam: J. Benjamins, p. 251-260.). No que tange às formas vernáculas, essas são aqui categorizadas como variantes denominativas (FREIXA, 2002FREIXA, J. (2002). La variació terminològica: anàlisi de la variació denominativa en textos de diferent grau d’especialització de l’àrea de medi ambient. 2002. 569 f. Tesi Doctoral (Doctorat en Variació en el Llenguatge)- Departament de Filologia Catalana, Universitat de Barcelona, Barcelona. Disponível em: <http://www.tdx.cat/handle/10803/1677>. Acesso em: 20 Out. 2015.
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; 2005FREIXA, J. (2005). Variación terminológica: ¿por qué y para qué? Meta: Journal des traducteurs, Montréal, v. 50, n. 4, p. 00-00.), segundo a Teoria Comunicativa da Terminologia (CABRÉ, 1999CABRÉ, M. T. (1999). La Terminologia: representación y comunicación: elementos para una teoría de base comunicativa y otros artículos. Barcelona: Universitat Pompeu Fabra.), para a qual o fenômeno da variação é um dos princípios inerentes à análise dos termos. Em suma, a formação da terminologia em apreço revela os diferentes pontos de vista aos quais os animais e as plantas podem ser submetidos, decorrendo portanto de fatores internos ao ser humano, isto é, psicocognitivos, e contribuindo para o conceito de variantes denominativas com consequências cognitivas (CABRÉ, 2003CABRÉ, M. T. (2003). Teorias de la Terminología: de la prescripción a la descripción. In: ADAMO, G.; DELLA VALLE, V. (Ed.). Innovazione lessicale e terminologie specialistiche. Florencia: Leo S. Olschki, p. 168-188. (Serie Lessico Intellettuale Europeo, v. 92).;2008; FERNÁNDEZ-SILVA, 2010FERNÁNDEZ-SILVA, S. (2010). Variación terminológica y cognición: factores cognitivos en la denominación del concepto especializado. 2010. 370 f. Tesi Doctoral. Institut Universitari de Linguística Aplicada, Universitat Pompeu Fabra, Barcelona. Disponível em: <http://www.tdx.cat/handle/10803/22638>. Acesso em: 20 Out. 2015.
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; 2013FERNÁNDEZ-SILVA, S. (2013). Variación denominativa y punto de vista. Debate Terminológico, n. 9, p. 11-37.).

Palavras-chave:
terminologia; variação; variação denominativa; fauna e flora

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