Acessibilidade / Reportar erro

Fragmentação espacial e autogovernação: uma relação negativa nas metrópoles brasileiras

Resumo

Ao mesmo tempo em que as metrópoles brasileiras são fragmentadas espacialmente, elas possuem abundantes iniciativas populares, espontâneas e autogovernáveis que surgem normalmente em resposta a um ente público pouco presente ou negligente. Este artigo tem como objetivo responder a seguinte pergunta: até que ponto a fragmentação espacial influencia iniciativas autogovernáveis? Este trabalho é baseado na análise de dados coletados na cidade de São Paulo. Primeiramente, uma reflexão teórica sobre os dois conceitos é desenvolvida, seguida pela apresentação dos métodos usados e a análise em si. A pesquisa é baseada em uma série de entrevistas e observações de campo de seis iniciativas autogovernáveis. Os resultados mostram que o padrão de fragmentação espacial observado na cidade de São Paulo é definido por uma forte estrutura urbana polarizada que influencia fortemente a operação das iniciativas autogovernáveis, pois suas áreas de trabalho acabam sendo limitadas. O estudo aponta que a relação entre fragmentação espacial e iniciativas autogovernáveis não é clara e que a fragmentação espacial está prejudicando a expansão da atuação das organizações autogovernáveis.

Palavras-chave:
Fragmentação espacial; Auto-organização; Organizações autogovernáveis; Autogovernação

Pontifícia Universidade Católica do Paraná Rua Imaculada Conceição, 1155. Prédio da Administração - 6°andar, 80215-901 - Curitiba - PR, 55 41 3271-1701 - Curitiba - PR - Brazil
E-mail: urbe@pucpr.br