Abstract in Portuguese:
Desde seu aparecimento, em meados do século XVIII, até o momento atual, quando se tornaram ubíquos nos discursos políticos nacionais, os Direitos Humanos foram alvos de inúmeras controvérsias acerca de sua definição. Em geral, esses debates acabaram por retornar à concepção, presente em seu surgimento, de serem tais direitos evidentes por si, não havendo necessidade de se justificá-los, para além da convicção dos homens acerca de sua verdade. A crença na sua autoevid ência, e em suas características elementares (igualdade, naturalidade e universalidade), tem seu fundamento intelectual na noção de autonomia moral dos indivíduos, cara à filosofia dos séculos XVII e XVIII. Contudo, este estudo pretende demonstrar que, junto às transformações no pensamento, a emergência da idéia de Direitos Humanos decorreria tamb ém de duas mudanças sutis nas noções de corpo e identidade: a amplia ção da idéia de individualidade do corpo, que tornaria cada homem detentor de direitos sobre si; e a possibilidade de haver uma empatia imaginada entre psiques que, apesar de distintas, se percebem como integrantes de uma mesma humanidade. Propondo um modelo psicocultural para o estudo histórico da emergência dos Direitos Humanos, este trabalho analisa como um gênero literário, os romances epistolares do século XVIII, poderia ter contribuído para a formação destes direitos. Ao promoverem um envolvimento apaixonado dos leitores com o destino dos personagens, este tipo de leitura teria fomentado os processos emocionais e psicológicos necessários ao surgimento dos Direitos Humanos, e da convicção em sua auto-evidência.Abstract in English:
From their appearance in the middle of the eighteenth century to the present time, when they have become ubiquitous in national political discourses, Human Rights were the target of countless controversies about their definition. In general, these debates ended up by returning to the conception, present at their emergence, of being such evident rights in themselves with no need to be justify them, beyond the conviction of men about their truth. The belief in their self-evident nature, and in their basic features (equality, naturalness, and universality) has its intellectual basis in the notion of the moral autonomy of individuals, dear to the philosophy of the seventeenth and eighteenth centuries. Nevertheless, this study intends to show that, along with the transformations in thought, the emergence of the idea of Human Rights evolved also from two subtle changes in the notions of body and identity: the enlarging of the idea of the individuality of the body, which made each man the holder of rights about himself; and the possibility of there being an imagined empathy between psyches, which, although distinct, are perceived as a part of the same humanity. Proposing a pscychocultural model for the historical study of the emergence of Human Rights, this essay analyzes how a literary genre, the epistolary novels of the eighteenth century, could have contributed to the formation of these rights. By promoting a passionate involvement of the readers in the fate of the characters, this type of reading furnished the emotional and psychological processes necessary to the rise of Human Rights and the conviction of their self-evidence.Abstract in Portuguese:
Escândalos, massacres, desabamentos, seqüestros: muitos temas que eram associados a tablóides e romances policiais têm sido objeto de um grande número de livros de história, que vêm ganhando espaço privilegiado nas estantes das livrarias. Trata-se do despontar de um novo gênero historiográfico, o das "análises dos incidentes", que está alcançando grande êxito de público. Abordando assuntos diversos, estas análises coincidem em sua tentativa de circunscrever um evento, reconstruí-lo, e relatá-lo como uma estória, usando toda sorte de técnicas narrativas; além de acompanharem sua repercussão e suas versões, atrav és do tempo. Ao fazê-lo, tais estudos refletem o interesse recente dos historiadores pelo modo como se constrói e se significa a experiência da história. Ao mesmo tempo, suscitam indagações sobre os limites da reconstru ção de um evento, e da utilização de artifícios em seu relato, resituando a discussão sobre a fronteira entre história, narração e ficção. Partindo do exame do livro A Sentimental Murder. [Love and Madness in the Eighteenth Century (BREWER, 2004)], no qual se aborda um crime passional ocorrido em Londres, em 1779, e suas repercussões, até 1950, o presente ensaio procura debater o panorama historiográfico criado pela emergência das análises de acontecimentos.Abstract in English:
Scandals, massacres, collapse, kidnappings: many themes that were associated with tabloids and crime novels have been the object of a great number of books of history, which have been garnering privileged space on the shelves of bookstores. This is a matter of the rise of a new historiographical genre, that of the "analyses of events", which is attaining great public success. Examining diverse subjects, these analyses coincide in their attempt to circumscribe an event, reconstruct it, and tell it as a story, using every sort of narrative technique, as well as following up its repercussions and versions throughout time. Such studies reflect in this practice the recent interest of historians in the way that the experience of history is constructed and made meaningful. At the same time, questions on the limits of reconstruction of an event, and the use of artifices in their narrating, are raised, re-situating the discussion on the border between history, narration, and fiction. Starting from an examination of the book A Sentimental Murder. Love and Madness in the Eighteenth Century (BREWER, 2004), which relates a crime of passion that occurred in London, in 1779 and its repercussions up to 1950, the present essay attempts to debate the historiographical panorama created by the emergence of the analyses of events.Abstract in Portuguese:
Grande parte das pesquisas históricas tem se furtado a abordar do papel das emoções na construção das atividades políticas e sociais; um tipo de estudo a que muitas vezes rechaçam, acusando-o de produzir determinismos psicológicos. Mesmo várias vertentes da História Política fizeram das emoções um objeto estranho às suas discussões, ao optarem pelo estudo exclusivo dos aspectos cognitivos da política, e ao pressuporem serem os sujeitos plenamente conscientes e racionais, orientando-se apenas pelo impulso de satisfazer seus interesses, ou pela fidelidade a suas idéias. Contudo, novas perspectivas historiográficas apontam para a possibilidade de se agregar as dimensões simbólicas e afetivas ao estudo da política. Alinhando-se ao projeto de uma História Social das Emoções Políticas, esse ensaio avalia esses novos procedimentos, centrando-se na abordagem dos sentimentos que teriam regido a adesão política no período moderno, bem como aos repertórios retóricos e expressivos a eles associados. Para tanto, parte-se do exame da expressão das emoções, e seus usos, presentes nos textos de um pensador que é, ao mesmo tempo, ator e arguto observador do cenário pol ítico de sua época: Tocqueville. Fundindo o pensamento analítico à sua própria experiência, Tocqueville não limitou sua visão da política à gestão racional dos interesses, afirmando que ela se dava na interação de três elementos: paixões, interesses, e normas sociais. Idéia que fundamenta sua hipótese da existência de uma correlação dinâmica entre cada regime político (a democracia, em particular) e as paixões.Abstract in English:
A great part of historical research has been remiss in studying the role of the emotions in the construction of political and social activity, a type of study that is often opposed under the accusation of producing psychological determinisms. Various trends in political history made of the emotions a strange object in their discussions, by choosing the exclusive study of the cognitive aspects of politics and by presupposing that subjects are fully conscious and rational, guided only by the impulse of satisfying their interests or through faithfulness to their ideas. And yet, new historiographical perspectives point to the possibility of joining the symbolic and affective dimensions to the study of politics. Aligning itself with the project of a social history of the political emotions, this essay evaluates these new procedures, concentrating on the approach to the sentiments that have ruled political adhesion in the modern period, as well as the rhetorical and expressive repertories associated with them. For this purpose, it begins with the examination of the expression of emotions and their uses present in the texts of a thinker who is both an actor and astute observer of the political scenario of his time: Tocqueville. Fusing analytical thought with his own experience, Tocqueville did not limit his vision of politics to the rational management of interests, arguing that that took place in the interaction among three elements: passions, interests, and social norms, an idea that bases his hypothesis on the existence of a dynamic correlation between each political regime (democracy, in particular) and the passions.Abstract in Spanish:
Los últimos veinte años han sido testigos de una transformación crucial en nuestros modos de concebir el proceso que llevaría a la quiebra del vínculo colonial con España. La visión dicotómica clásica que oponía el liberalismo latinoamericano al proverbial tradicionalismo y despotismo peninsular se habría tornado ya insostenible. Según han demostrado autores como François-Xavier Guerra, la crisis que conduciría a la independencia se trató de un proceso único, que comprendía de conjunto al Imperio, y que tenía, precisamente, su centro en la península, que será la más directamente afectada por la acefalía que entonces se produjo. Tal perspectiva nos abrirá una visión mucho más rica y compleja del proceso revolucionario hispanoamericano. Sin embargo, la quiebra de la oposición clásica liberalismo latinoamericano - tradicionalismo hispano se terminará resolviendo en una dicotomía inversa que opondrá ahora el liberalismo hispano al tradicionalismo latinoamericano. La persistencia de patrones sociales organicistas heredados de la Colonia, que harían de los "pueblos" (en plural), una vez caído el régimen monárquico, el depositario natural de la soberanía, impedirían aquí la emergencia de un concepto "moderno" de la nacionalidad como una entidad abstracta, homogénea y unificada. Como se intenta demostrar en el presente ensayo, esta visión deber ía, a su vez, revisarse a fin de desplegar las potencialidades implícitas para la escritura histórica en la profunda renovación teórico-metodológica que estos mismos autores produjeron en el campo.Abstract in English:
The last twenty years witnessed a radical transformation in our ways of conceiving of the process leading to the break of the colonial tie with Spain. Classical dichotomous perspectives that opposed Latin American liberalism to Spanish despotism have proven untenable. As many authors, following François-Xavier Guerra, have showed, the crisis that resulted in independence was a single process, which comprised the Empire as a whole, and had its center, precisely, in the Spanish peninsula, which was more directly affected by the fall of the monarchy. Such a perspective opened the doors to a much richer and more replete view of the revolutionary process of independence in Latin America. However, the break of the classical opposition between Latin America liberalism and Spanish American despotism would ultimately resolve itself into the emergence of a converse dichotomy now opposing Spanish liberalism to Latin American traditionalism. The persistence of organic social patterns, inherited from the Colony, which made the pueblos (in the plural) of the Ancient Regime to become, after the fall of the monarchical system, the natural recipients of sovereignty, would prevent in the region the emergence of a modern concept of nationality as an abstract, homogeneous and unified entity. As the present essay intends to show, this view should be, in turn, revised in order to unfold all the potentialities for historical research implicit in the theoretical revolution that these very authors introduced in the field.Abstract in Spanish:
Cuadernos Hispanoamericanos, criado em 1948, apresentouse como uma revista de cultura destinada a aproximar espanhóis e hispanoamericanos em torno de uma proposta de identidade comum. Está em circulação até hoje, mas apresenta características diversas de sua primeira fase. Entre 1948 e 1955, a revista assumiu uma função política específica cujo objetivo era obter apoio de setores hispanoamericanos para vencer o bloqueio externo contra o regime franquista, que ficou isolado no plano internacional a partir do fim da Segunda Guerra, por sua identificação com o nazifascismo. A Espanha só foi integrada à ONU em 1955, após intensa luta para vencer esse ostracismo. O objetivo central desta reflexão é entender o significado do projeto político que definiu as coordenadas da revista, nessa época, procurando explicitar os significados do ideal de hispanidad, em torno do qual se deu ampla discuss ão. A revista permitiu a circulação de idéias relacionadas ao tema, idéias estas que foram se transformando ao longo do período, em função de alterações de conjuntura interna e externa.Abstract in English:
Cuadernos hispanoamericanos, created in 1948, presented itself as periodical of culture intended to draw Spaniards and Latin Americans closer together toward a common identity. It is still in circulation today, but has different features from its initial phase. From 1948 to 1955, the periodical took on a specific political function, aiming at obtaining the support of Hispanic American sectors to overcome the external blockade against the Franco regime, which became isolated internationally after the end of the Second World War because of its identification with Nazism-Fascism. Spain was only integrated into the UN in 1955, after an intense struggle to overcome this ostracism. The central objective of this study is to understand the meaning of the political project that defined the coordinates of the periodical during this period, by attempting to make explicit the meanings of the ideal of hispanidade, over which a broad discussion took place. The periodical allowed the circulation of ideas related to the theme, ideas that were transformed throughout the period due to changes in the internal and external set of circumstances. We intend to make a reading of the relation of text and context in the periodical Cuadernos Hispanoamericanos, given the intersection, in its pages, of cultural/intellectual and ideological/political aspects. It is intended in this way that the relation between the political ideas and the social dynamic in the period during which they were developed be explored.Abstract in Portuguese:
A concepção de que a guerra seria uma luta da civilização contra a barbárie, na qual o engajamento pessoal e a mobilização dos cidadãos se embeberiam de um sentimento de ódio pelo inimigo nacional, foi o discurso que estabeleceu o eixo principal dos sistemas de representação social, na França da Grande Guerra. Enquanto representação coletiva, a radical desumanização do inimigo (a Alemanha), que com sua suposta barbárie ameaçaria a civilização (a França), foi a fórmula que fundamentou grande parte da mobilização física e intelectual dos franceses. Traduzido para a experiência pessoal destes homens, o ódio ao inimigo aparece como um sentimento real, internalizado pelos que vivenciaram a brutalidade da guerra; e um sentimento histórica e identitariamente construído, que toma forma de acordo com a experiência de cada um. Tendo em conta o interesse da História Cultural em restituir aos sentimentos seu justo lugar na conformação do passado, este artigo se propõe a seguir a trajetória de três homens de letras - André Gide, Jean Schlumberger, e Jacques Rivière -, investigando como suas experiências de vida levaram-nos a expressar o ódio, produzindo representações diversas do inimigo, durante dois momentos de grande comoção na França: a passagem da paz à Guerra, em agosto de 1914; e, com a vitória, o retorno da guerra à paz, no entre-guerras que se seguiu.Abstract in English:
The conception that war was a struggle for civilization against barbarism, in which personal commitment and the mobilization of citizens would be derived from the feeling of hatred toward the national enemy, was the discourse that established the main axis of systems of social representation in France during the Great War. As collective representation, the radical dehumanization of the enemy (Germany), which with its supposed barbarism would threaten civilization (France), was the formula that was the basis for a great part of the physical and intellectual mobilization of the French. Translated into the personal experience of these men, the hatred of the enemy appears as a real sentiment, internalized by those who experienced the brutality of the war, and a sentiment constructed historically and through identity, which took its form according to the experience of each person. Taking into account the interest of cultural history in restoring the feelings to their rightful place in the construction of the past, this article proposes to follow the careers of three men of letters - André Gide, Jean Schlumberger, and Jacques Rivière - investigating how their life experiences led them to express hatred, producing diverse representations of the enemy at two moments of great commotion in France: the passage from peace to war, in August 1914, and, after victory, the return from war to peace in the period between wars that followed.Abstract in Portuguese:
Pretendendo encarnar a figura universal desse modelo, o intelectual francês se impôs, desde o final do século XIX, como uma refer ência conceitual e moral. Partindo do momento em que o substantivo "intelectual" integra à língua francesa, por ocasião do caso Dreyfus, esse artigo tenta restituir a genealogia desse conceito, mostrando a sua intrínseca relação com a história e a ideologia em vigor. Como se verá, a noção do intelectual, de origem essencialmente francesa, tem um caráter polimorfo. O conceito muda de acepção segundo a evolução mesma da sociedade francesa e da História, assim como diferentes épocas forjam modelos distintos de representação do intelectual. Diretamente relacionada à idéia de uma missão - a defesa da verdade e da justiça -, os intelectuais franceses, até o final dos anos 1970, enfrentam os dilemas inerentes à ambigüidade mesma da sua função: crítica e utópica. As inflexões históricas e epistemológicas dessas últimas três décadas, incidindo sobre as maneiras de agir e de pensar, rompem, definitivamente, com a representação do intelectual enquanto "maître à penser" e "profeta político". Abandonando a política e o espaço público, o intelectual, re-convertido à sua nova função de "especialista", se confina nas institucionais de produção de conhecimento.Abstract in English:
Intending to embody the universal figure of this model, the French intellectuals imposed themselves, from the end of the nineteenth century, as a conceptual and moral reference. Beginning at the moment when the noun "intellectual" became a part of the French language on the occasion of the Dreyfus case, this article attempts to recover the genealogy of this concept, showing its intrinsic relation to the current history and ideology. As will be seen, the notion of the intellectual, of essentially French origin, has a polymorphjc character. The concept changes meaning according to the evolution of French society and of History, so that different periods forged distinct models of representation of the intellectual. Directly related to the idea of a mission - defense of the truth and of justice - French intellectuals, up to the end of the 1970s, confronted the dilemmas inherent in the ambiguity of their function: critical and utopian. The historical and epistemological inflections of these last three decades, including ways of acting and thinking, break definitively with the representation of the intellectual as "maître à penser" and "political prophet". Abandoning politics and the public space, intellectuals, reconverted into their new function of "specialist", are confined to the institutions that produce knowledge.Abstract in Portuguese:
O estudo da oratória sagrada no Brasil do período colonial é um campo heurístico de grande interesse para a história cultural, sendo que os sermões constituíram-se numa importantíssima fonte de transmissão de doutrinas e de modelagem dos comportamentos numa sociedade onde a oralidade era a modalidade principal de difusão dos conhecimentos. O percurso traçado no artigo aponta para evidências claras da importância, da freqüência e do grande alcance das atividades da pregação no contexto do Brasil do século XVI ao século XVIII. Esclarece também as funções assumidas por estas atividades: a catequese, a doutrinação dos ouvintes, a reforma dos costumes abrangente toda a realidade pessoal, social e política dos emissores e dos destinatários.Abstract in English:
The study of sacred oratory in colonial Brazil is a heuristic field of great interest to cultural history, being that sermons were a very important source of doctrine transmission and of behavior modeling in a society in which speech was the main mode of knowledge diffusion. The course traced in this article points to clear evidence of the importance, frequency, and the broad scope of preaching activities in the context of Brazil in the 16th to 17th century. The article also enlightens the functions taken by these activities: catechism, indoctrination of the listeners, and the reform of customs that approached the personal, social, and political reality of emitters and receivers.Abstract in Portuguese:
O engenheiro e naturalista Guilherme Schüch de Capanema foi, sem dúvida, um expoente da elite Imperial. Circulou por importantes espaços institucionais científicos e técnicos, tendo atuado de forma bastante significativa para a implementação de uma cultura técnico-científica no Brasil e o conseqüente fortalecimento da engenharia e dos engenheiros. Entretanto, Capanema ainda permanece, assim como quase todos os cientistas do Segundo Império, um "desconhecido mal conhecido". O presente trabalho, contudo, não se propõe fazer sua extensa biografia, mas analisar e ressaltar aspectos de sua obra, relacionandoos a sua formação universitária e a sua prática enquanto engenheiro e naturalista.Abstract in English:
Guilherme Schüch de Capanema was a prominent member of the Brazilian imperial elite. He belonged to several important institutional loci giving his valuable contribution to the implementation of a technical-scientific culture in Brazil, and therefore to the strengthening of both the field of engineering and the engineers. However, Capanema still remains an .unknown not well known., as do the majority of the scientists of the Second Empire. This paper analyzes and stresses aspects of his professional and academic life, related to his university education, and to his practice as engineer and naturalist.Abstract in Portuguese:
A província de Goiás gozava de uma situação sanitária ambígua, descrita simultaneamente como saudável e insalubre. Assim, este artigo apresenta diferentes versões sobre as condições nosológicas de Goiás, produzidas pelas autoridades locais, médicos, viajantes estrangeiros e expedições científicas.Abstract in English:
The province of Goiás enjoyed of ambiguous, described a situation sanitary as healthful and simultaneously unhealthy. Thus, this article presents different versions on the nosológicas conditions of Goiás, produced for the local, medical authorities, travelling foreigners and scientific expeditions.Abstract in Portuguese:
Com o objetivo de compreender a tradição de estudos voltados para a narrativa da "descoberta do Brasil pelos brasileiros", o presente artigo parte de duas obras publicadas na década de 20 por Afonso de Taunay e percorre as referências mais diretas que possibilitaram o desenvolvimento da temática e, principalmente, da concepção de história. O texto apresenta a relevância de Alfredo de Taunay e Capistrano de Abreu para a fundamentação dessa escrita da história, a recepção que essas obras tiveram no período e elementos das concepções de verdade, método, importância dos documentos, enfim algumas motivações do fazer histórico nas primeiras décadas do século XX.Abstract in English:
Seeking to understand the tradition of studies sent for the narrative of the discovery of Brazil by the Brazilians, the present article is based of two works published in the decade of 20 by Afonso of Taunay and it travels the most direct references than they facilitated the development of the thematic and, mainly, of the history conception. The text presents the relevance of Alfredo of Taunay and Capistrano of Abreu to endorse of that writing of the history, the reception that those works really had in the period and elements of the conceptions of the true , method, importance of the documents, finally some motivations of doing historical in the first decades of the century XX.Abstract in Portuguese:
O texto apresenta uma análise comparativa sobre duas conjunturas políticas conectadas da República do Brasil, situadas após a 2ª Guerra Mundial: a primeira, em 1954, com a morte do Presidente Getúlio Vargas; a segunda, em 1964, com a deposição política do Presidente João Goulart.Abstract in English:
The text displays a comparative analysis about two connected political periods of Brasilian Republic after World War II, the first one in 1954, with the death of President Getulio Vargas, the second one in 1964, with the political withdrawal of President João Goulart.Abstract in Portuguese:
A Tropicália pode ser considerada um movimento cultural ancorado em São Paulo, pois foi a partir desta cidade que ele explodiu para o mundo, constituindo-se num dos capítulos mais importantes de sua história cultural. Foi resultante de uma conjuntura sociocultural específica, a agitação em torno dos festivais da canção e da retomada do ethos vanguardista nos anos 1960. O movimento tropicalista foi rapidamente enquadrado na tradição de ruptura que marcou a cidade de São Paulo a partir da Semana de Arte Moderna de 1922.Abstract in English:
"Tropicalism" may be considered a cultural movement anchored in São Paulo, for it was from that city that it burst onto the world, constituting one of the most important chapters of its cultural history. It was the result of a specific socio-cultural set of circumstances, the agitation around the song festivals and the return to the avant-garde ethos of the Sixties. The tropicalist movement was rapidly placed within the tradition of rupture notable for the city of São Paulo beginning with the Modern Art Week of 1922.