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Sinais e sintomas manifestados por pacientes em cuidados paliativos oncológicos na assistência domiciliar: uma revisão integrativa

Signos y síntomas manifestados por pacientes en cuidados oncológicos paliativos en atención domiciliaria: una revisión integradora

Resumo

Objetivo

identificar os principais sinais e sintomas manifestados por pacientes em cuidados paliativos oncológicos na assistência domiciliar.

Método

revisão integrativa nas bases LILACS, MEDLINE e CINAHL em janeiro de 2020. Perguntou-se: “Quais os principais sinais e sintomas manifestados por pacientes em cuidados paliativos oncológicos destacados nos estudos abrangendo o contexto do domicílio?”. Foram descritores/termos: Sinais e Sintomas/Signs and Symptoms; Assistência Domiciliar/Home Care Services; Cuidados Paliativos/Palliative Care e Neoplasias/Neoplasms. Elencaram-se como critérios de elegibilidade: texto completo; entre 2015 e 2019; em inglês, português ou espanhol e idade adulta. Para o mapeamento dos dados, consideraram-se: título; país; ano; objetivo; método; sinais e sintomas. Os resultados foram categorizados em subgrupos, considerando a classificação conceitual predeterminada (sinal e sintoma). O elemento contagem facilitou a análise e a comparação de dados.

Resultados

foram selecionados 35 artigos, sendo identificados 25 sinais e 23 sintomas. Os mais frequentes foram: dor, náusea/vômito, dispneia, fadiga, depressão, ansiedade, constipação, perda de apetite, sonolência, bem-estar e insônia. A maioria (39) relacionou-se ao domínio físico.

Conclusão

a identificação dos principais sinais e sintomas, neste contexto, direciona a prática dos profissionais de saúde para as intervenções mais adequadas e o mais precocemente possível, contribuindo para viabilizar a assistência domiciliar, e alerta para a necessidade de educação permanente sobre este tema.

Palavras-chave:
Sinais e Sintomas; Cuidados Paliativos; Neoplasias; Assistência Domiciliar; Revisão

Resumen

Objetivo

identificar los principales signos y síntomas que manifiestan los pacientes en cuidados oncológicos paliativos en la atención domiciliaria.

Método

revisión integradora basada en LILACS, MEDLINE y CINAHL en enero de 2020. Se preguntó: “¿Cuáles son los principales signos y síntomas que manifiestan los pacientes en cuidados paliativos oncológicos destacados en estudios que abarcan el contexto del hogar?”. Los descriptores / términos fueron: signos y síntomas / /Signs and Symptoms; Asistencia domiciliaria / Home Care Services; Cuidados paliativos / Palliative Care / y Neoplasias/ Neoplasms. Se enumeraron los siguientes criterios de elegibilidad: texto completo; entre 2015 y 2019; en inglés, portugués o español y edad adulta. Para el mapeo de datos, se consideraron los siguientes: título; padres; año; objetivo; método; signos y síntomas. Los resultados se categorizaron en subgrupos, considerando la clasificación conceptual predeterminada (signo y síntoma). El elemento de conteo facilitó el análisis y la comparación de datos.

Resultados

Se seleccionaron 35 artículos, se identificaron 25 signos y 23 síntomas. Los más frecuentes fueron: dolor, náuseas / vómitos, disnea, fatiga, depresión, ansiedad, estreñimiento, pérdida de apetito, somnolencia, bienestar e insomnio. La mayoría (39) estaban relacionados con el dominio físico.

Conclusión

la identificación de los principales signos y síntomas, en este contexto, orienta la práctica de los profesionales de la salud hacia las intervenciones más adecuadas y lo más temprano posible, contribuyendo a hacer factible la atención domiciliaria, y alerta sobre la necesidad de una educación permanente sobre este tema.

Palabras-clave:
Signos y Síntomas; Cuidados Paliativos; Neoplasias; Cuidado domiciliario

Abstract

Objective

to identify the main signs and symptoms manifested by palliative care oncology patients in home care.

Method

integrative review in LILACS, MEDLINE and CINAHL databases in January 2020. The question was asked: “What are the main signs and symptoms manifested by patients in palliative oncology care highlighted in studies covering the context of the home?” Descriptors/terms were: Signs and Symptoms/Signs and Symptoms; Home Care/Home Care Services; Palliative Care/Palliative Care and Neoplasms/Neoplasms. Eligibility criteria were listed as follows: full text; between 2015 and 2019; in English, Portuguese or Spanish and adult age. For data mapping, the following were considered: title; country; year; objective; method; signs and symptoms. The results were categorized into subgroups, considering the predetermined conceptual classification (sign and symptom). The counting element facilitated the analysis and comparison of data.

Results

a total of 35 articles were selected, and 25 signs and 23 symptoms were identified. The most frequent were: pain, nausea/vomiting, dyspnea, fatigue, depression, anxiety, constipation, loss of appetite, sleepiness, well-being, and insomnia. Most (39) were related to the physical domain.

Conclusion

the identification of the main signs and symptoms, in this context, directs the practice of health professionals to the most appropriate interventions as early as possible, contributing to the feasibility of home care, and alerts to the need for continuing education on this topic.

Keywords:
Signs and Symptoms; Palliative Care; Neoplasms; Home Nursing; Review

INTRODUÇÃO

As Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANT) são as principais causas de adoecimento e óbito da população, com destaque para o câncer. No Brasil, estima-se, para o triênio 2020-2022, a ocorrência de 625 mil casos novos de câncer em cada ano e, devido às elevadas taxas de morbimortalidade desta doença, seu diagnóstico é estigmatizado, trazendo consigo a ideia de sofrimento e morte, apesar da possibilidade de cura11 Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva – INCA. Estimativa 2020: incidência de câncer no Brasil [Internet]. Rio de Janeiro: INCA; 2019 [citado 2020 maio 25]. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//estimativa-2020- incidencia-de-cancer-no-brasil.pdf
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.

Em consequência do câncer avançado, há sinais e sintomas incapacitantes, como dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual. Nesse contexto, para auxiliar no manejo dos sinais e sintomas, a fim de promover conforto e qualidade de vida, indica-se a integração dos Cuidados Paliativos (CP) às metas de tratamento o quanto antes22 World Health Organization – WHO. Worldwide Palliative Care Alliance. Global Atlas of Palliative Care at the End of Life. Geneve: WHO; 2014 [citado 2020 abr 25]. Disponível em: https://www.who.int/nmh/Global_Atlas_of_Palliative_Care.pdf
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. Uma vez esgotadas as medidas para o controle da doença, deve prevalecer a assistência especializada dos Cuidados Paliativos Exclusivos (CPE), a qual está pautada na integralidade, na interdisciplinaridade e no binômio paciente/família33 Oliveira MBP, Souza NR, Bushatsky M, Dâmaso BFR, Bezerra DM, Brito JA. Oncological homecare: family and caregiver perception of palliative care. Esc Anna Nery. 2017;21(2):e20170030. http://dx.doi.org/10.5935/1414-8145.20170030.
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.

Os CP podem ser oferecidos em diferentes cenários, desde unidades hospitalares, em consultas ambulatoriais ou no domicílio, de acordo com critérios previamente estabelecidos. Em modelos assistenciais de CPE, a Assistência Domiciliar (AD) é a modalidade de atendimento diferencial, indicada aos pacientes com funcionalidade comprometida, ou seja, àqueles com dificuldade ou que já não conseguem se locomover, contribuindo para o conforto e a qualidade de vida, uma vez que permite, ao paciente, o convívio em família, uma maior autonomia e menor risco de infecções44 Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva – INCA. ABC do câncer: abordagens básicas para o controle do câncer [Internet]. 5ª ed. Rio de Janeiro: INCA; 2019 [citado 2020 maio 10]. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document/livro-abc-5- edicao_1.pdf
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Todavia, a AD requer maior apoio e participação da família, que deve considerar a possibilidade iminente de morte no domicílio. Nesse sentido, é indispensável reconhecer e manejar adequadamente os sinais e sintomas, uma vez que sentimentos como o medo da morte podem exacerbá-los, levando a pessoa ou sua família a optar pela hospitalização, marcando os últimos dias de vida com recorrentes admissões nas emergências, internações e morte no ambiente hospitalar. A avaliação criteriosa e o controle dos sinais e sintomas como meta principal na AD auxiliam nos indicadores de qualidade da assistência e de morte no domicílio, bem como na indicação mais apropriada da internação hospitalar do paciente em CPE55 Matos MR, Muniz RM, Barboza MCN, Viegas AC, Rockembach JA, Lindemann LG. Representações sociais do processo de adoecimento dos pacientes oncológicos em cuidados paliativos no domicílio. Rev Enferm UFSM. 2017;7(3):398-410. http://dx.doi.org/10.5902/2179769225801.
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A avaliação abrangente dos sinais e sintomas é a base para um tratamento paliativo individualizado e eficaz e, para que a morte seja digna, é fundamental que o paciente receba conforto, apesar das limitações, e que tenha a sua autonomia respeitada66 Verhoef MJ, de Nijs E, Horeweg N, Fogteloo J, Heringhaus C, Jochems A et al. Palliative care needs of advanced cancer patients in the emergency department at the end of life: an observational cohort study. Support Care Cancer. 2020;28(3):1097-107. http://dx.doi.org/10.1007/s00520-019-04906-x. PMid:31197539.
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.

Para o sucesso da gestão do cuidado e seguimento do paciente e sua família no domicílio, há a necessidade de atenção à leitura dos sinais e sintomas e sua rápida mudança associada à doença e ao paciente77 Heins M, Hofstede J, Rijken M, Korevaar J, Donker G, Francke A. Palliative care for patients with cancer: do patients receive the care they consider important? A survey study. BMC Palliat Care. 2018;17(1):61. http://dx.doi.org/10.1186/s12904-018-0315-3. PMid:29665807.
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Desse modo, objetivou-se identificar os principais sinais e sintomas manifestados por pacientes em cuidados paliativos oncológicos na assistência domiciliar.

MÉTODO

Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura (RIL) que seguiu as seguintes etapas: formulação da questão de pesquisa e do objetivo; pesquisa na literatura (estabelecimento dos critérios de inclusão e exclusão, uso de bases de dados e seleção dos estudos); categorização dos estudos (extração, organização e sumarização das informações e formação do banco de dados); avaliação dos estudos incluídos na revisão (a partir dos critérios de inclusão e exclusão previamente estabelecidos e da análise dos estudos selecionados); interpretação dos resultados e síntese do conhecimento88 Mendes KS, Silveira RCCP, Galvão CM. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto Contexto Enferm. 2008 dez;17(4):758-64. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-07072008000400018.
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Para a construção da questão de pesquisa, aplicou-se o acrônimo PICo (população, fenômeno de interesse e contexto) em que: a população é representada pelos pacientes em cuidados paliativos oncológicos; o fenômeno de interesse compreende os sinais e sintomas e o contexto envolve a assistência domiciliar99 Lockwood C, Porritt K, Munn Z, Rittenmeyer L, Salmond S, Bjerrum M et al. Systematic reviews of qualitative evidence. In: Aromataris E, Munn Z, editors. JBI manual for evidence synthesis. USA: JBI; 2020. Chap. 2. http://dx.doi.org/10.46658/JBIMES-20-03. Assim, tem como questão: “Quais os principais sinais e sintomas manifestados por pacientes em cuidados paliativos oncológicos destacados nos estudos abrangendo o contexto do domicílio?”.

A busca via Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) foi desenvolvida nas bases: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS®); Public Medline (PubMed®) e Cumulative Index to Nursing & Allied Health Literature (CINAHL®).

Aplicaram-se diferentes estratégias de busca para cada base. Porém, apresenta-se, no Quadro 1, apenas a estratégia aplicada na CINAHL. As demais estratégias de busca poderão ser disponibilizadas de forma completa por meio de contato com a autora correspondente via correio eletrônico.

Quadro 1
Estratégias de busca para a base de dados CINAHL. Rio de Janeiro, Brasil, 2020.

A busca nas bases de dados foi realizada em janeiro de 2020 por duas pesquisadoras alunas de pós-graduação Stricto sensu, que foram treinadas para realizar a pesquisa de forma independente, seguindo os mesmos critérios. Uma discussão em grupo, com a participação de uma terceira pesquisadora, foi realizada para a avaliação crítica dos artigos elegíveis e consenso final da seleção para a revisão.

Como critérios de elegibilidade, aplicaram-se os filtros: textos completos disponíveis em revistas acadêmicas; publicados entre 2015 e 2019; nos idiomas inglês, português ou espanhol e idade adulta. O uso do filtro relacionado à idade deveu-se à experiência das pesquisadoras em cuidados paliativos ao paciente adulto. E o recorte temporal justificou-se pela necessidade de revisar o tema com base na atualidade.

Excluíram-se os artigos que não respondiam à questão de pesquisa e os editorais. Não foram realizadas exclusões por critério de grau de recomendação dos estudos, uma vez que o cálculo de escore de qualidade não é recomendado para a RIL devido à multiplicidade dos métodos dos estudos primários selecionados1010 Whittemore R, Knafl K. The integrative review: updated methodology. J Adv Nurs. 2005 dez;52(5):546-53. http://dx.doi.org/10.1111/j.1365-2648.2005.03621.x. PMid:16268861.
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. A avaliação dos estudos incluídos procedeu-se a partir dos critérios de inclusão e exclusão previamente estabelecidos, o enquadramento realizado com rigor a partir da leitura dos títulos e resumos e/ou a leitura na íntegra dos estudos elegíveis.

O mapeamento dos dados foi realizado após a definição das informações que deveriam ser extraídas dos artigos selecionados. Para este estudo, foram consideradas as informações: título; país; ano da publicação; objetivo; método e sinais e sintomas mencionados.

Para a análise, aplicou-se a categorização dos resultados em subgrupos, considerando-se a classificação conceitual predeterminada, no caso, referente ao sinal como um dado objetivo e verificável e ao sintoma como um dado subjetivo, que depende da verbalização do paciente ou de qualquer outra forma de manifestação não verbal1111 Silva AC, Rudge AM. Construindo a noção de sintoma: articulações entre psicanálise e pragmática. Psicol USP. 2017;28(2):224-9. http://dx.doi.org/10.1590/0103-656420160051.
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.

A exibição dos dados em gráficos e tabelas foi empregada para melhorar a visualização de padrões e relacionamentos dentro e entre as fontes de dados primários, assumindo o lugar de ponto de partida para a interpretação. Os sinais e sintomas foram registrados em planilha do Microsoft Excel® e ordenados de acordo com o número de vezes em que foram mencionados, pelo menos, uma vez em cada artigo. Deste modo, o elemento contagem foi a estratégia empregada para facilitar a análise e a comparação de dados1010 Whittemore R, Knafl K. The integrative review: updated methodology. J Adv Nurs. 2005 dez;52(5):546-53. http://dx.doi.org/10.1111/j.1365-2648.2005.03621.x. PMid:16268861.
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. Utilizou-se o software EndNotex9 para o gerenciamento das referências.

RESULTADOS

A Figura 1 ilustra o número de fontes de evidências selecionadas, traçando o fluxo de seleção da amostra de acordo com os critérios de elegibilidade e os motivos das exclusões.

Figura 1
Fluxo do processo de seleção dos artigos que se relacionaram com a questão e o objetivo desta revisão. Rio de Janeiro, Brasil, 2020.

Dos 35 artigos selecionados, sete (20%) foram publicados na Itália, cinco (14,3%), nos Estados Unidos da América, cinco (14,3%), no Brasil, três (8,6%), na Alemanha e três (8,6%), no Japão. No Canadá e Reino Unido, foram publicados dois (5,7%) em cada país. Em cada um dos países, como Egito, França, Holanda, Polônia, África do Sul, China, Chile e Taiwan, foi publicado um artigo (2,85%).

O Quadro 2 apresenta o mapeamento das características dos 35 artigos selecionados. Dentre os 48 sinais e sintomas mencionados nos artigos, os mais citados, em ordem decrescente em número de vezes, foram: dor (34); náusea/vômito (22); dispneia (21); fadiga/fraqueza/astenia (21); depressão (19); perda de apetite/anorexia (17); constipação (15); ansiedade (14); sonolência (12); bem-estar (11) e insônia (10) (Figura 2).

Quadro 2
Mapeamento das características dos 35 artigos selecionados. Rio de Janeiro, Brasil, 2020.
Figura 2
Lista dos 48 sinais e sintomas mencionados nos 35 artigos. Rio de Janeiro, Brasil, 2020.

De acordo com a classificação conceitual predeterminada adotada neste estudo, foram mencionados 25 (52%) sinais e 23 (48%) sintomas (Quadro 3). Observa-se a maior menção aos sinais e sintomas de ordem física. Destaca-se que, dos 48 sinais e sintomas, exceto o bem-estar, que reúne diferentes domínios, 39 (83%) estiveram relacionados ao domínio físico e oito (17%), ao domínio psicoemocional e ao desempenho cognitivo.

Quadro 3
Classificação dos subgrupos dos sinais e sintomas mencionados nos 35 artigos. Rio de Janeiro, Brasil, 2020.

Apesar da proximidade apresentada entre a variação de itens nos dois subgrupos, destaca-se que, quando comparados em relação ao número de vezes em que foram mencionados, pelo menos, uma vez nos artigos selecionados, os itens do subgrupo dos sintomas apareceram 184 (65,9%) vezes, enquanto os itens do subgrupo dos sinais foram mencionados 95 (34,1%) vezes.

DISCUSSÃO

A identificação dos principais sinais e sintomas manifestados pela população destacada neste estudo pode orientar a prática dos profissionais de saúde responsáveis pelas consultas em programas de assistência domiciliar em cuidados paliativos oncológicos. Gerenciar os sintomas físicos e psicológicos dos pacientes é de substancial importância, sendo esta a principal conduta da equipe paliativa, que deve ser envolvida na linha do cuidado do paciente com câncer de forma precoce, de modo a prevenir complicações e a proporcionar a melhora da qualidade de vida, além de fornecer suporte e reduzir a sobrecarga dos cuidadores77 Heins M, Hofstede J, Rijken M, Korevaar J, Donker G, Francke A. Palliative care for patients with cancer: do patients receive the care they consider important? A survey study. BMC Palliat Care. 2018;17(1):61. http://dx.doi.org/10.1186/s12904-018-0315-3. PMid:29665807.
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,1212 Krug K, Miksch A, Peters-Klimm F, Engeser P, Szecsenyi J. Correlation between patient quality of life in palliative care and burden of their family caregivers: a prospective observational cohort study. BMC Palliat Care. 2016 jan;15:4. http://dx.doi.org/10.1186/s12904-016-0082-y. PMid:26767785.
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,1717 Miranda B, Vidal SA, Mello MJ, Lima JT, Rêgo JC, Pantaleão MC et al. Cancer patients, emergencies service and provision of palliative care. Rev Assoc Med Bras. 2016 maio/jun;62(3):207-11. http://dx.doi.org/10.1590/1806-9282.62.03.207. PMid:27310542.
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18 Tomaszewski AS, Oliveira SG, Arrieira ICO, Cardoso DH, Sartor SF. Demonstrations and necessities on the death and dying process: perspective of the person with cancer. J Res fundam. care online. 2017 jul/set;9(3):705-16. http://dx.doi.org/10.9789/2175-5361.rpcfo.v9.5503.
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-1919 Scottini MA, Moritz RD, Siqueira JE. Cognition, functionality and symptoms in patients under home palliative care. Rev Assoc Med Bras. 2018 jan;64(10):922-7. http://dx.doi.org/10.1590/1806-9282.64.10.922. PMid:30517240.
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,2525 Lage DE, Nipp RD, D’Arpino SM, Moran SM, Johnson PC, Wong RL et al. Predictors of posthospital transitions of care in patients with advanced cancer. J Clin Oncol. 2018;36(1):76-82. http://dx.doi.org/10.1200/JCO.2017.74.0340. PMid:29068784.
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,2929 Numico G, Cristofano A, Mozzicafreddo A, Cursio OE, Franco P, Courthod G et al. Hospital admission of cancer patients: avoidable practice or necessary care? PLoS One. 2015;10(3):e0120827. http://dx.doi.org/10.1371/journal.pone.0120827. PMid:25812117.
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.

As evidências apontam que os pacientes com câncer avançado apresentam complicações concomitantes ou sintomas não controlados durante todo o curso da doença1717 Miranda B, Vidal SA, Mello MJ, Lima JT, Rêgo JC, Pantaleão MC et al. Cancer patients, emergencies service and provision of palliative care. Rev Assoc Med Bras. 2016 maio/jun;62(3):207-11. http://dx.doi.org/10.1590/1806-9282.62.03.207. PMid:27310542.
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,2222 Alsirafy SA, Raheem AA, Al-Zahrani AS, Mohammed AA, Sherisher MA, El-Kashif AT et al. Emergency department visits at the end of life of patients with terminal cancer: pattern, causes, and avoidability. Am J Hosp Palliat Care. 2016;33(7):658-62. http://dx.doi.org/10.1177/1049909115581819. PMid:25877944.
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,3333 Mercadante S, Adile C, Ferrera P, Casuccio A. Characteristics of patients with an unplanned admission to an acute palliative care unit. Intern Emerg Med. 2017;12(5):587-92. http://dx.doi.org/10.1007/s11739-017-1619-7. PMid:28160235.
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. Embora o controle total dos sintomas nem sempre seja possível, sua abordagem ineficaz no domicílio tem sido motivo de atendimentos em centros de emergência, descontinuando a AD e prejudicando a qualidade do plano assistencial dos CPE2222 Alsirafy SA, Raheem AA, Al-Zahrani AS, Mohammed AA, Sherisher MA, El-Kashif AT et al. Emergency department visits at the end of life of patients with terminal cancer: pattern, causes, and avoidability. Am J Hosp Palliat Care. 2016;33(7):658-62. http://dx.doi.org/10.1177/1049909115581819. PMid:25877944.
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. Os serviços de assistência domiciliar precisam organizar a rotina das consultas, priorizando os pacientes em processo de morrer, pois a proximidade da morte aumenta o sofrimento e a carga de sintomas1919 Scottini MA, Moritz RD, Siqueira JE. Cognition, functionality and symptoms in patients under home palliative care. Rev Assoc Med Bras. 2018 jan;64(10):922-7. http://dx.doi.org/10.1590/1806-9282.64.10.922. PMid:30517240.
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,2222 Alsirafy SA, Raheem AA, Al-Zahrani AS, Mohammed AA, Sherisher MA, El-Kashif AT et al. Emergency department visits at the end of life of patients with terminal cancer: pattern, causes, and avoidability. Am J Hosp Palliat Care. 2016;33(7):658-62. http://dx.doi.org/10.1177/1049909115581819. PMid:25877944.
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,2929 Numico G, Cristofano A, Mozzicafreddo A, Cursio OE, Franco P, Courthod G et al. Hospital admission of cancer patients: avoidable practice or necessary care? PLoS One. 2015;10(3):e0120827. http://dx.doi.org/10.1371/journal.pone.0120827. PMid:25812117.
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,3131 Mercadante S, Aielli F, Masedu F, Valenti M, Verna L, Porzio G. Age differences in the last week of life in advanced cancer patients followed at home. Support Care Cancer. 2016;24(4):1889-95. http://dx.doi.org/10.1007/s00520-015-2988-y. PMid:26471279.
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.

A AD, se bem organizada e estruturada, pode evitar o uso dos centros de emergência e contribuir para a otimização de leitos hospitalares, reintegrando o paciente ao núcleo familiar, preservando a sua autonomia e buscando a sua independência funcional77 Heins M, Hofstede J, Rijken M, Korevaar J, Donker G, Francke A. Palliative care for patients with cancer: do patients receive the care they consider important? A survey study. BMC Palliat Care. 2018;17(1):61. http://dx.doi.org/10.1186/s12904-018-0315-3. PMid:29665807.
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,1616 Faller JW, Zilly A, de Moura CB, Brusnicki PH. Multidimensional pain and symptom assessment scale for elderly people in palliative care. Cogitare enferm. 2016 abr/jun;21(2):1-9. http://dx.doi.org/10.5380/ce.v21i2.45734.
http://dx.doi.org/10.5380/ce.v21i2.45734...
. Mas se ratifica, nesta revisão, que a prestação do CP em casa depende, em grande parte, dos cuidadores familiares, e a falta de informações referentes a eles pode limitar os estudos sobre esta temática, o que ocorre principalmente nos delineamentos metodológicos retrospectivos, como os que constam na amostra selecionada1212 Krug K, Miksch A, Peters-Klimm F, Engeser P, Szecsenyi J. Correlation between patient quality of life in palliative care and burden of their family caregivers: a prospective observational cohort study. BMC Palliat Care. 2016 jan;15:4. http://dx.doi.org/10.1186/s12904-016-0082-y. PMid:26767785.
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,1919 Scottini MA, Moritz RD, Siqueira JE. Cognition, functionality and symptoms in patients under home palliative care. Rev Assoc Med Bras. 2018 jan;64(10):922-7. http://dx.doi.org/10.1590/1806-9282.64.10.922. PMid:30517240.
http://dx.doi.org/10.1590/1806-9282.64.1...
,2424 Han CJ, Chi NC, Han S, Demiris G, Parker-Oliver D, Washington K et al. Communicating caregivers’ challenges with cancer pain management: an analysis of home hospice visits. J Pain Symptom Manage. 2018;55(5):1296-303. http://dx.doi.org/10.1016/j.jpainsymman.2018.01.004. PMid:29360571.
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,2929 Numico G, Cristofano A, Mozzicafreddo A, Cursio OE, Franco P, Courthod G et al. Hospital admission of cancer patients: avoidable practice or necessary care? PLoS One. 2015;10(3):e0120827. http://dx.doi.org/10.1371/journal.pone.0120827. PMid:25812117.
http://dx.doi.org/10.1371/journal.pone.0...
.

Um sintoma, gerenciado de forma inadequada, pode interferir negativamente no desenvolvimento ou agravamento de outro sintoma1919 Scottini MA, Moritz RD, Siqueira JE. Cognition, functionality and symptoms in patients under home palliative care. Rev Assoc Med Bras. 2018 jan;64(10):922-7. http://dx.doi.org/10.1590/1806-9282.64.10.922. PMid:30517240.
http://dx.doi.org/10.1590/1806-9282.64.1...
. Os sintomas mais citados, nos diferentes estudos, devem ser avaliados no que se refere às suas causas, pois podem ser primários ao câncer ou secundários a outros fatores e serem reversíveis ou não1818 Tomaszewski AS, Oliveira SG, Arrieira ICO, Cardoso DH, Sartor SF. Demonstrations and necessities on the death and dying process: perspective of the person with cancer. J Res fundam. care online. 2017 jul/set;9(3):705-16. http://dx.doi.org/10.9789/2175-5361.rpcfo.v9.5503.
http://dx.doi.org/10.9789/2175-5361.rpcf...
. Além disso, a maior representatividade dos sintomas em número de vezes em que foram mencionados nos estudos selecionados indica que os profissionais de saúde precisam estar atentos à comunicação eficaz com pacientes e familiares, uma vez que, como dados subjetivos, requerem atenção e sensibilidade para melhor identificá-los, estabelecer fatores relacionados e melhor agir1111 Silva AC, Rudge AM. Construindo a noção de sintoma: articulações entre psicanálise e pragmática. Psicol USP. 2017;28(2):224-9. http://dx.doi.org/10.1590/0103-656420160051.
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,2020 Freeman S, Hirdes JP, Stolee P, Garcia J, Smith TF. Correlates and predictors of changes in dyspnea symptoms over time among community-dwelling palliative home care clients. J Pain Symptom Manage. 2015 dez;50(6):793-805. http://dx.doi.org/10.1016/j.jpainsymman.2015.06.016. PMid:26297850.
http://dx.doi.org/10.1016/j.jpainsymman....
,3030 Mercadante S, Aielli F, Adile C, Ferrera P, Valle A, Cartoni C et al. Sleep disturbances in patients with advanced cancer in different palliative care settings. J Pain Symptom Manage. 2015;50(6):786-92. http://dx.doi.org/10.1016/j.jpainsymman.2015.06.018. PMid:26311122.
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,3838 Kyota A, Kanda K. How to come to terms with facing death: a qualitative study examining the experiences of patients with terminal cancer. BMC Palliat Care. 2019;18(1):33. http://dx.doi.org/10.1186/s12904-019-0417-6. PMid:30947725.
http://dx.doi.org/10.1186/s12904-019-041...
.

Atenta-se, por exemplo, que o controle inadequado da dor está relacionado, dentre outros fatores, à dificuldade dos profissionais em medirem adequadamente a queixa; assim como é indicada a avaliação do estado mental dos pacientes com base em suas narrações, para além de escala, considerando o destaque do sintoma de depressão1313 Küttner S, Wüller J, Pastrana T. How much psychological distress is experienced at home by patients with palliative care needs in Germany? A cross-sectional study using the distress thermometer. Palliat Support Care. 2017 abr;15(2):205-13. http://dx.doi.org/10.1017/S1478951516000560. PMid:27456895.
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,1717 Miranda B, Vidal SA, Mello MJ, Lima JT, Rêgo JC, Pantaleão MC et al. Cancer patients, emergencies service and provision of palliative care. Rev Assoc Med Bras. 2016 maio/jun;62(3):207-11. http://dx.doi.org/10.1590/1806-9282.62.03.207. PMid:27310542.
http://dx.doi.org/10.1590/1806-9282.62.0...
,3838 Kyota A, Kanda K. How to come to terms with facing death: a qualitative study examining the experiences of patients with terminal cancer. BMC Palliat Care. 2019;18(1):33. http://dx.doi.org/10.1186/s12904-019-0417-6. PMid:30947725.
http://dx.doi.org/10.1186/s12904-019-041...
. O manejo desses sintomas requer o acompanhamento contínuo devido à gravidade e à necessidade de frequentes avaliações como no caso da dor, que pode requerer alterações de tipo e dose de medicamentos2727 Cornillon P, Loiseau S, Aublet-Cuvelier B, Guastella V. Reasons for transferal to emergency departments of terminally ill patients - a French descriptive and retrospective study. BMC Palliat Care. 2016;15(1):87. http://dx.doi.org/10.1186/s12904-016-0155-y. PMid:27769258.
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,4141 Adam R, de Bruin M, Burton CD, Bond CM, Giatsi Clausen M, Murchie P. What are the current challenges of managing cancer pain and could digital technologies help? BMJ Support Palliat Care. 2018;8(2):204-12. http://dx.doi.org/10.1136/bmjspcare-2016-001232. PMid:28554888.
http://dx.doi.org/10.1136/bmjspcare-2016...
.

Importa destacar que, neste estudo, a maioria dos artigos selecionados apresentou metodologia quantitativa, o que indica a possibilidade de limitações na compreensão dos fenômenos. Nesta revisão, a relevância dos sintomas em relação aos sinais e a evidência da influência das questões psicológicas e emocionais na potencialização dos sintomas físicos1111 Silva AC, Rudge AM. Construindo a noção de sintoma: articulações entre psicanálise e pragmática. Psicol USP. 2017;28(2):224-9. http://dx.doi.org/10.1590/0103-656420160051.
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12 Krug K, Miksch A, Peters-Klimm F, Engeser P, Szecsenyi J. Correlation between patient quality of life in palliative care and burden of their family caregivers: a prospective observational cohort study. BMC Palliat Care. 2016 jan;15:4. http://dx.doi.org/10.1186/s12904-016-0082-y. PMid:26767785.
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13 Küttner S, Wüller J, Pastrana T. How much psychological distress is experienced at home by patients with palliative care needs in Germany? A cross-sectional study using the distress thermometer. Palliat Support Care. 2017 abr;15(2):205-13. http://dx.doi.org/10.1017/S1478951516000560. PMid:27456895.
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-1414 Kaiser F, Rudloff LV, Vehling-Kaiser U, Hollburg W, Nauck F, Alt-Epping B. Palliative home care for patients with advanced haematological malignancies-a multicenter survey. Ann Hematol. 2017;96(9):1557-62. http://dx.doi.org/10.1007/s00277-017-3045-3. PMid:28638954.
http://dx.doi.org/10.1007/s00277-017-304...
,1818 Tomaszewski AS, Oliveira SG, Arrieira ICO, Cardoso DH, Sartor SF. Demonstrations and necessities on the death and dying process: perspective of the person with cancer. J Res fundam. care online. 2017 jul/set;9(3):705-16. http://dx.doi.org/10.9789/2175-5361.rpcfo.v9.5503.
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,2020 Freeman S, Hirdes JP, Stolee P, Garcia J, Smith TF. Correlates and predictors of changes in dyspnea symptoms over time among community-dwelling palliative home care clients. J Pain Symptom Manage. 2015 dez;50(6):793-805. http://dx.doi.org/10.1016/j.jpainsymman.2015.06.016. PMid:26297850.
http://dx.doi.org/10.1016/j.jpainsymman....
,3030 Mercadante S, Aielli F, Adile C, Ferrera P, Valle A, Cartoni C et al. Sleep disturbances in patients with advanced cancer in different palliative care settings. J Pain Symptom Manage. 2015;50(6):786-92. http://dx.doi.org/10.1016/j.jpainsymman.2015.06.018. PMid:26311122.
http://dx.doi.org/10.1016/j.jpainsymman....
,3838 Kyota A, Kanda K. How to come to terms with facing death: a qualitative study examining the experiences of patients with terminal cancer. BMC Palliat Care. 2019;18(1):33. http://dx.doi.org/10.1186/s12904-019-0417-6. PMid:30947725.
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apontam para a necessidade de pesquisas de abordagens mistas para melhor compreender o caráter subjetivo do que é sentido e manifestado por cada paciente em diferentes realidades.

Assim, identificar a dor como o sintoma mais mencionado nos estudos selecionados encaminha para a necessidade de instituir tecnologias assistenciais que possam orientar as práticas profissionais para o adequado controle deste sintoma, assim como de todos os outros destacados nesta revisão, valorizando também a educação em saúde para ajudar o paciente e a família a identificá-los o mais precocemente possível e acompanhar a resposta às terapêuticas2424 Han CJ, Chi NC, Han S, Demiris G, Parker-Oliver D, Washington K et al. Communicating caregivers’ challenges with cancer pain management: an analysis of home hospice visits. J Pain Symptom Manage. 2018;55(5):1296-303. http://dx.doi.org/10.1016/j.jpainsymman.2018.01.004. PMid:29360571.
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,4141 Adam R, de Bruin M, Burton CD, Bond CM, Giatsi Clausen M, Murchie P. What are the current challenges of managing cancer pain and could digital technologies help? BMJ Support Palliat Care. 2018;8(2):204-12. http://dx.doi.org/10.1136/bmjspcare-2016-001232. PMid:28554888.
http://dx.doi.org/10.1136/bmjspcare-2016...
.

Para o auxílio no gerenciamento dos sintomas de pacientes com câncer avançado, a literatura destacou o ESAS, que abrange os sintomas físicos e psicológicos como dor, fadiga, náusea, depressão, ansiedade, sonolência, insônia, apetite, bem-estar e falta de ar. Trata-se, portanto, de importante ferramenta para guiar os profissionais da saúde no planejamento assistencial a estes pacientes77 Heins M, Hofstede J, Rijken M, Korevaar J, Donker G, Francke A. Palliative care for patients with cancer: do patients receive the care they consider important? A survey study. BMC Palliat Care. 2018;17(1):61. http://dx.doi.org/10.1186/s12904-018-0315-3. PMid:29665807.
http://dx.doi.org/10.1186/s12904-018-031...
,1919 Scottini MA, Moritz RD, Siqueira JE. Cognition, functionality and symptoms in patients under home palliative care. Rev Assoc Med Bras. 2018 jan;64(10):922-7. http://dx.doi.org/10.1590/1806-9282.64.10.922. PMid:30517240.
http://dx.doi.org/10.1590/1806-9282.64.1...
,2525 Lage DE, Nipp RD, D’Arpino SM, Moran SM, Johnson PC, Wong RL et al. Predictors of posthospital transitions of care in patients with advanced cancer. J Clin Oncol. 2018;36(1):76-82. http://dx.doi.org/10.1200/JCO.2017.74.0340. PMid:29068784.
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,2828 Hoek PD, Schers HJ, Bronkhorst EM, Vissers KCP, Hasselaar JGJ. The effect of weekly specialist palliative care teleconsultations in patients with advanced cancer -a randomized clinical trial. BMC Med. 2017;15(1):119. http://dx.doi.org/10.1186/s12916-017-0866-9. PMid:28625164.
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,3030 Mercadante S, Aielli F, Adile C, Ferrera P, Valle A, Cartoni C et al. Sleep disturbances in patients with advanced cancer in different palliative care settings. J Pain Symptom Manage. 2015;50(6):786-92. http://dx.doi.org/10.1016/j.jpainsymman.2015.06.018. PMid:26311122.
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31 Mercadante S, Aielli F, Masedu F, Valenti M, Verna L, Porzio G. Age differences in the last week of life in advanced cancer patients followed at home. Support Care Cancer. 2016;24(4):1889-95. http://dx.doi.org/10.1007/s00520-015-2988-y. PMid:26471279.
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32 Mercadante S, Adile C, Ferrera P, Casuccio A. Characteristics of advanced cancer patients who were readmitted to an acute palliative/supportive care unit. Support Care Cancer. 2017;25(6):1947-52. http://dx.doi.org/10.1007/s00520-017-3604-0. PMid:28161787.
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33 Mercadante S, Adile C, Ferrera P, Casuccio A. Characteristics of patients with an unplanned admission to an acute palliative care unit. Intern Emerg Med. 2017;12(5):587-92. http://dx.doi.org/10.1007/s11739-017-1619-7. PMid:28160235.
http://dx.doi.org/10.1007/s11739-017-161...
-3434 Mercadante S, Masedu F, Balzani I, De Giovanni D, Montanari L, Pittureri C et al. Prevalence of delirium in advanced cancer patients in home care and hospice and outcomes after 1 week of palliative care. Support Care Cancer. 2018;26(3):913-9. http://dx.doi.org/10.1007/s00520-017-3910-6. PMid:28980071.
http://dx.doi.org/10.1007/s00520-017-391...
.

O cenário do domicílio deve ser um alerta aos profissionais para a possibilidade de o paciente manifestar, de forma mais intensa, determinados sintomas, como apontam os estudos ao retratar a constipação, a ansiedade e a depressão. No caso da constipação, os pacientes atendidos no domicílio são muito mais acamados em comparação aos pacientes hospitalizados, o que contribui para o seu desenvolvimento, que parece ser uma das causas não resolvidas do sofrimento desses pacientes, de difícil tratamento3939 Dzierżanowski T, Cialkowska-Rysz A. Behavioral risk factors of constipation in palliative care patients. Support Care Cancer. 2015;23(6):1787-93. http://dx.doi.org/10.1007/s00520-014-2495-6. PMid:25471176.
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. E no caso da ansiedade e da depressão, em casa, somadas à necessidade de cuidados dos familiares, esses pacientes sofrem pesar por terem desenvolvido a doença, uma das principais fontes de crise e sentimentos associados à conscientização do prognóstico e à aproximação da morte3030 Mercadante S, Aielli F, Adile C, Ferrera P, Valle A, Cartoni C et al. Sleep disturbances in patients with advanced cancer in different palliative care settings. J Pain Symptom Manage. 2015;50(6):786-92. http://dx.doi.org/10.1016/j.jpainsymman.2015.06.018. PMid:26311122.
http://dx.doi.org/10.1016/j.jpainsymman....
,3838 Kyota A, Kanda K. How to come to terms with facing death: a qualitative study examining the experiences of patients with terminal cancer. BMC Palliat Care. 2019;18(1):33. http://dx.doi.org/10.1186/s12904-019-0417-6. PMid:30947725.
http://dx.doi.org/10.1186/s12904-019-041...
.

A partir da identificação dos principais sinais e sintomas, que comprometem o estado físico, psicológico e emocional do paciente, prejudicando o seu bem-estar, é importante que sejam estabelecidos cuidados para o seu controle, minimizando o sofrimento dessas pessoas e de suas famílias1818 Tomaszewski AS, Oliveira SG, Arrieira ICO, Cardoso DH, Sartor SF. Demonstrations and necessities on the death and dying process: perspective of the person with cancer. J Res fundam. care online. 2017 jul/set;9(3):705-16. http://dx.doi.org/10.9789/2175-5361.rpcfo.v9.5503.
http://dx.doi.org/10.9789/2175-5361.rpcf...
,2020 Freeman S, Hirdes JP, Stolee P, Garcia J, Smith TF. Correlates and predictors of changes in dyspnea symptoms over time among community-dwelling palliative home care clients. J Pain Symptom Manage. 2015 dez;50(6):793-805. http://dx.doi.org/10.1016/j.jpainsymman.2015.06.016. PMid:26297850.
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. Contudo, lidar com os sinais e sintomas angustiantes, manifestados por pacientes com câncer avançado, e promover CP de qualidade, incluindo o contexto do domicílio, dependem, principalmente, de profissionais de saúde treinados e capacitados. Desse modo, os resultados desta RIL podem direcionar ações de formação profissional e educação permanente, contemplando este tema de grande relevância4646 Abu-Odah H, Molassiotis A, Liu J. Challenges on the provision of palliative care for patients with cancer in low- and middle-income countries: a systematic review of reviews. BMC Palliat Care. 2020;19(1):55. http://dx.doi.org/10.1186/s12904-020-00558-5. PMid:32321487.
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.

CONCLUSÃO E IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA

Nesta RIL, foi identificada uma grande variedade de sinais e sintomas que podem ser manifestados por pacientes em cuidados paliativos oncológicos no domicílio. A partir da contagem do número de vezes em que foram mencionados, pelo menos, uma vez nos artigos selecionados, puderam-se identificar os mais comuns, de modo a direcionar a atenção dos profissionais para as intervenções mais adequadas e o mais precocemente possível, o que contribui para viabilizar a AD, considerando o desafio de tratar-se de um ambiente não controlado.

A presença de sintomas não controlados gera prejuízo na qualidade de vida, enquanto o manejo adequado melhora o bem-estar dos pacientes com câncer em CP. Na prática, o controle dos sintomas na assistência domiciliar pode auxiliar nos indicadores de qualidade da assistência e de morte no domicílio. Assim, é preciso ter atenção à necessidade de formação profissional e educação permanente para o alcance deste objetivo, instrumentalizando os profissionais para a prática baseada nas melhores evidências e para a educação em saúde.

Salienta-se que, para minimizar os vieses, como o de seleção, foram empregadas estratégias para diminuir a perda de possíveis estudos elegíveis nas bases de dados investigadas, como a seleção de artigos em três idiomas, incluindo o inglês como língua universal, e o acesso às bases pelo Portal de Periódicos Capes. Destaca-se ainda que, em todo o processo de seleção da amostra e extração de dados, se trabalhou com mais de uma pesquisadora para minimizar erros na interpretação.

Este estudo demonstrou a necessidade de próximos passos na pesquisa relacionados à identificação e ao manejo adequado dos sinais e sintomas manifestados por pacientes em cuidados paliativos oncológicos na assistência domiciliar, bem como acerca de fatores associados ao uso das emergências e da morte no domicílio.

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Editado por

EDITOR ASSOCIADO

Rodrigo Nogueira da Silva https://orcid.org/0000-0002-3870-5239

EDITOR CIENTÍFICO

Ivone Evangelista Cabral https://orcid.org/0000-0002-1522-9516

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    23 Jun 2021
  • Data do Fascículo
    2021

Histórico

  • Recebido
    07 Dez 2020
  • Aceito
    01 Maio 2021
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