Acessibilidade / Reportar erro
Revista Brasileira de Anestesiologia, Volume: 63, Número: 4, Publicado: 2013
  • Comparação de lornoxicam e fentanil adicionados à lidocaína em anestesia regional intravenosa Artigos Científicos

    Sertoz, Nezih; Kocaoglu, Nazan; Ayanoğlu, Hilmi Ö.

    Resumo em Português:

    JUSTIFICATIVA E OBJETIVO: Comparar os efeitos analgésicos nos períodos intra e pós-operatório de lornoxicam e fentanil adicionados à lidocaína para anestesia regional intravenosa (ARIV) em um grupo de pacientes submetidos à cirurgia de mão. MÉTODOS: Estudo randômico, duplo-cego e controlado. Foram incluídos e randomizados 45 pacientes em três grupos: o Grupo I recebeu 3 mg.kg-1 de lidocaína a 2% (40 mL); o Grupo II recebeu 3 mg.kg-1 de lidocaína (38 mL) + 2 mL de lornoxicam; o Grupo III recebeu 3 mg.kg-1 de lidocaína (38 mL) + 2 mL de fentanil. O desfecho primário avaliado foi o tempo até a primeira necessidade de analgésicos no pós-operatório. RESULTADOS: Lornoxicam adicionado à lidocaína em ARIV aumentou o tempo de recuperação do bloqueio sensorial sem aumentar os efeitos colaterais, e o tempo até a primeira necessidade de analgésicos no pós-operatório em comparação com lidocaína sozinha (p < 0,001, p < 0,001, respectivamente) e fentanil adicionado à lidocaína (p < 0,001, p < 0,001, respectivamente). Além disso, também descobrimos que fentanil diminuiu a dor ocasionada pelo torniquete (p < 0,01) em comparação com lidocaína, mas mostrou efeito analgésico similar ao de lornoxicam (p > 0,05), embora os escores da escala visual analógica (EVA) relacionados à dor ocasionada pelo torniquete tenham sido menores no grupo fentanil. Lornoxicam adicionado à lidocaína em ARIV não foi superior à lidocaína sozinha para diminuir a dor ocasionada pelo torniquete. CONCLUSÃO: A adição de fentanil à lidocaína em ARIV parece ser superior à lidocaína sozinha e ao lornoxicam adicionado à lidocaína para diminuir a dor ocasionada pelo torniquete, apesar de aumentar os efeitos secundários. No entanto, lornoxicam não aumentou os efeitos secundários e proporcionou analgesia nos períodos tanto intraoperatório quanto pós-operatório. Portanto, lornoxicam pode ser mais adequado para o uso clínico.

    Resumo em Espanhol:

    JUSTIFICATIVA Y OBJETIVO: Comparar los efectos analgésicos en los períodos intra y postoperatorio del lornoxicam y del fentanilo adicionados a la lidocaína para la anestesia regional intravenosa (ARIV), en un grupo de pacientes sometidos a la cirugía de mano. MÉTODOS: Estudio aleatorio, doble ciego y controlado. Fueron incluidos y aleatorizados por el equipo de investigación 45 pacientes en tres grupos: el Grupo I recibió 3 mg.kg-1 de lidocaína al 2% (40 mL); el Grupo II recibió 3 mg.kg-1 de lidocaína (38 mL) + 2 mL de lornoxicam; el Grupo III recibió 3 mg.kg-1 de lidocaína (38 mL) + 2 mL de fentanilo. El resultado primario evaluado fue el tiempo hasta la primera necesidad de analgésicos en el postoperatorio. RESULTADOS: El Lornoxicam adicionado a la lidocaína en ARIV aumentó el tiempo de recuperación del bloqueo sensorial, sin aumentar los efectos colaterales y el tiempo hasta la primera necesidad de analgésicos en el postoperatorio en comparación con la lidocaína sola (p < 0,001, p < 0,001, respectivamente) y el fentanilo adicionado a la lidocaína (p < 0,001, p < 0,001, respectivamente). Además de eso, también descubrimos que el fentanilo redujo el dolor ocasionado por el torniquete (p < 0,01) en comparación con la lidocaína, pero mostró un efecto analgésico parecido con el del lornoxicam (p > 0,05), aunque las puntuaciones de la escala visual analógica (EVA) relacionadas con el efecto ocasionado por el torniquete, hayan sido menores en el grupo fentanilo. El Lornoxicam adicionado a la lidocaína en ARIV no fue superior a la lidocaína sola para reducir el dolor ocasionado por el torniquete. CONCLUSIÓN: Podemos decir que la adición del fentanilo a la lidocaína en ARIV parece ser superior a la lidocaína sola y al lornoxicam adicionado a la lidocaína para disminuir el dolor ocasionado por el torniquete, a pesar de aumentar los efectos secundarios. Sin embargo, el lornoxicam no aumentó los efectos secundarios, proporcionando una analgesia en los períodos tanto intraoperatorio como postoperatorio. Por tanto, el lornoxicam puede ser más adecuado para el uso clínico.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND AND OBJECTIVES: In this study, our goal was to compare intraoperative and postoperative analgesic effects of lornoxicam and fentanyl when added to lidocaine Intravenous Regional Anesthesia (IVRA) in a group of outpatients who underwent hand surgery. METHODS: This is a double blind randomized study. A total of 45 patients were included, randomized into three groups. Patients in Group I (L) received 3 mg.kg-1 of 2% lidocaine 40 mL; patients in Group II (LL) received 3 mg.kg-1 lidocaine 38 mL + 2 mL lornoxicam; patients in Group III (LF) received 3 mg.kg-1 lidocaine 38 mL + 2 mL fentanyl. Our primary outcome was first analgesic requirement time at postoperative period. RESULTS: Lornoxicam added to lidocaine IVRA increased the sensory block recovery time without increasing side effects and increased first analgesic requirement time at the postoperative period when compared to lidocaine IVRA (p < 0.001, p < 0.001 respectively) and fentanyl added to lidocaine IVRA (p < 0.001, p < 0.001 respectively). In addition, we also found that fentanyl decreased tourniquet pain (p < 0.01) when compared to lidocaine but showed similar analgesic effect with lornoxicam (p > 0.05) although VAS scores related to tourniquet pain were lower in fentanyl group. Lornoxicam added to lidocaine IVRA was not superior to lidocaine IVRA in decreasing tourniquet pain. CONCLUSIONS: Addition of fentanyl to lidocaine IVRA seems to be superior to lidocaine IVRA and lornoxicam added to lidocaine IVRA groups in decreasing tourniquet pain at the expense of increasing side effects. However, lornoxicam did not increase side effects while providing intraoperative and postoperative analgesia. Therefore, lornoxicam could be more appropriate for clinical use.
  • Associação da catastrofização da dor com a incidência e a intensidade da dor perineal aguda e persistente após parto normal: estudo longitudinal tipo coorte Artigos Científicos

    Soares, Anne Danielle Santos; Couceiro, Tânia Cursino de Menezes; Lima, Luciana Cavalcanti; Flores, Fernanda Lobo Lago; Alcoforado, Eusa Maria Belarmino; Couceiro Filho, Roberto de Oliveira

    Resumo em Português:

    JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O parto vaginal pode resultar em dor perineal aguda e persistente pósparto. Este estudo avaliou a associação da catastrofização, fenômeno de má adaptação psicológica à dor que leva o indivíduo a magnificar a experiência dolorosa, tornando-a mais intensa, com a incidência e a intensidade da dor perineal e sua relação com o trauma perineal. MÉTODO: Estudo coorte. Realizado com gestantes em trabalho de parto. Foi aplicada a escala de pensamentos catastróficos sobre a dor durante o internamento e foram avaliados o grau da lesão perineal e a intensidade da dor perineal nas primeiras 24 horas e após oito semanas do parto por meio da escala numérica de dor. RESULTADOS: Avaliadas 55 mulheres. Sentiram dor aguda 69,1% das pacientes. Dessas, 36,3% queixaram-se de dor de moderada/forte intensidade e 14,5% de dor persistente. O escore médio de catastrofização foi de 2,15 ± 1,24. As pacientes catastrofizadoras apresentaram um risco 2,90 vezes maior (95% IC: 1,08-7,75) de apresentar dor perineal aguda e 1,31 vezes maior (95% IC: 1,05-1,64) de desenvolver dor perineal persistente. Também apresentaram um risco 2,2 vezes maior de desenvolver dor perineal aguda de maior intensidade (95% IC: 1,11-4,33). CONCLUSÕES: A incidência de dor perineal aguda e persistente após parto vaginal é alta. Gestantes catastrofizadoras apresentam maior risco de desenvolver dor perineal aguda e persistente, como também dor de maior intensidade. O trauma perineal aumentou o risco de ocorrência de dor perineal persistente.

    Resumo em Espanhol:

    JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: El parto vaginal puede traer dolor perineal agudo y persistente postparto. Este estudio evaluó la asociación de la catastrofización, fenómeno de mala adaptación psicológica al dolor, que hace con que el individuo exagere la experiencia dolorosa, convirtiéndola en algo más intenso, con la incidencia y la intensidad del dolor perineal y su relación con el trauma perineal. MÉTODO: Estudio de cohorte realizado con gestantes en trabajo de parto. Se aplicó la escala de pensamientos catastróficos sobre el dolor durante el ingreso, y se evaluaron el grado de la lesión perineal y la intensidad del dolor perineal en las primeras 24 horas y después de ocho semanas del parto, por medio de la escala numérica del dolor. RESULTADOS: Fueron evaluadas 55 mujeres. Sintieron dolor agudo 69,1% de las pacientes. De ellas, un 36,3% se quejaron de dolor de moderado/fuerte intensidad y 14,5% de dolor persistente. La puntuación promedio de catastrofización fue de 2,15 ± 1,24. Las pacientes catastrofizadoras tuvieron un riesgo 2,90 veces mayor (95% IC: 1,08-7,75) de presentar dolor perineal agudo y 1,31 veces mayor (95% IC: 1,05-1,64) de desarrollar dolor perineal persistente. También tuvieron un riesgo 2,2 veces mayor de desarrollar dolor perineal agudo de mayor intensidad (95% IC: 1,11-4,33). CONCLUSIONES: La incidencia de dolor perineal agudo y persistente posteriormente al parto vaginal es elevada. Las gestantes catastrofizadoras tienen un mayor riesgo de desarrollar dolor perineal agudo y persistente, como también dolor de mayor intensidad. El trauma perineal aumentó el riesgo de prevalencia de dolor perineal persistente.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND AND OBJECTIVES: Vaginal birth delivery may result in acute and persistent perineal pain postpartum. This study evaluated the association between catastrophizing, a phenomenon of poor psychological adjustment to pain leading the individual to magnify the painful experience making it more intense, and the incidence and severity of perineal pain and its relationship to perineal trauma. METHOD: Cohort study conducted with pregnant women in labor. We used the pain catastrophizing scale during hospitalization and assessed the degree of perineal lesion and pain severity in the first 24 hours and after 8 weeks of delivery using a numerical pain scale. RESULTS: We evaluated 55 women, with acute pain reported by 69.1%, moderate/severe pain by 36.3%, and persistent pain by 14.5%. Catastrophizing mean score was 2.15 ± 1.24. Catastrophizing patients showed a 2.90 relative risk (RR) for perineal pain (95% CI: 1.08-7.75) and RR: 1.31 for developing persistent perineal pain (95% CI: 1.05-1.64). They also showed a RR: 2.2 for developing acute and severe perineal pain (95% CI: 1.11-4.33). CONCLUSIONS: The incidence of acute and persistent perineal pain after vaginal delivery is high. Catastrophizing pregnant women are at increased risk for developing acute and persistent perineal pain, as well as severe pain. Perineal trauma increased the risk of persistent perineal pain.
  • Estudo comparativo entre bupivacaína (S75-R25) e ropivacaína para avaliar a segurança cardiovascular em bloqueio do plexo braquial Artigos Científicos

    Hamaji, Adilson; Rezende, Marcelo Rosa de; Mattar Jr, Rames; Vieira, Joaquim Edson; Auler Jr, José Otávio Costa

    Resumo em Português:

    JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Bupivacaína é o fármaco de escolha para anestesia regional por causa da eficácia, longa duração e do bloqueio motor menos intenso. Bupivacaína (S75-R25) é uma mistura de isômeros ópticos que contém 75% de levobupivacaína (S-) e 25% de dextrobupivacaína (R+) e foi criada por uma companhia farmacêutica brasileira. Este estudo comparou a eficácia e segurança de bupivacaína S75-R25 com vasoconstritor e ropivacaína para o sistema cardiovascular em bloqueio do plexo braquial. MÉTODOS: Pacientes foram randomizados para receber bloqueio do plexo braquial com bupivacaína S75-R25 (Grupo B) com epinefrina 1:200.000 ou ropivacaína (Grupo R), ambos os fármacos a 0,50%, em 30 mL ECG contínuo (Holter) foi registrado durante todo o procedimento, bem como a escala de força de Lovett, além de monitoramento (frequência cardíaca, oximetria de pulso e pressão arterial não invasiva). A incidência de eventos adversos foi comparada com os testes do qui-quadrado ou exato de Fisher. RESULTADOS: Quarenta e quatro pacientes foram estudados. Não houve diferença significativa em relação à idade, peso, altura, gênero e tempo cirúrgico. Não houve diferença entre arritmias supraventriculares antes ou depois do bloqueio do plexo braquial, independentemente do anestésico local escolhido. A perda de sensibilidade foi mais rápida no Grupo B (23,1 ± 11,7 min) em comparação com o Grupo R (26,8 ± 11,5 min), embora não significativa (p = 0,205, teste t de Student). Houve uma redução da frequência cardíaca, observada durante a monitoração contínua de 24 horas (Holter). CONCLUSÃO: Este estudo demonstrou eficácia semelhante entre bupivacaína S75-R25 e ropivacaína para bloqueio do plexo braquial, com incidências semelhantes de arritmias supraventriculares.

    Resumo em Espanhol:

    JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: La Bupivacaína es el fármaco por elección para la anestesia regional por poseer una eficacia, una larga duración y un bloqueo motor menos intenso. La Bupivacaína (S75-R25) consiste en una mezcla de isómeros ópticos que contienen un 75% de levobupivacaína (S-) y un 25% de dextrobupivacaína (R+), y fue creada por una compañía farmacéutica brasileña. Este estudio comparó la eficacia y la seguridad de la bupivacaína S75-R25 con el vasoconstrictor y la ropivacaína para el sistema cardiovascular en el bloqueo del plexo braquial. MÉTODOS: El equipo de investigación colocó de forma aleatoria a los pacientes que recibirían el bloqueo del plexo braquial con la bupivacaína S75-R25 (Grupo B) o la ropivacaína (Grupo R), ambos fármacos al 0,50%, y 30 mL de epinefrina 1:200.000. El ECG continuo (Holter) se registró durante todo el procedimiento, como también la escala de fuerza de Lovett, además de la monitorización (frecuencia cardíaca, oximetría de pulso y presión arterial no invasiva). La incidencia de eventos adversos fue comparada con los test del Xi-Cuadrado (Xi²) o exacto de Fisher. RESULTADOS: Fueron divididos en dos grupos 44 pacientes. No hubo diferencia significativa con relación a la edad, peso, altura, sexo y tiempo de operación. No hubo diferencia entre las arritmias supraventriculares antes o después del bloqueo del plexo braquial, independientemente del anestésico local elegido. La pérdida de sensibilidad fue más rápida en el Grupo B (23,1 ± 11,7 min) en comparación con el Grupo R (26,8 ± 11,5 min), aunque no fuere significativa (p = 0,205, test t de Student). Hubo una reducción de la frecuencia cardíaca, observada durante la monitorización continua de 24 horas (Holter). CONCLUSIONES: Este estudio demostró una eficacia parecida entre la bupivacaína S75-R25 y la ropivacaína para el bloqueo del plexo braquial, con incidencias parecidas de arritmias supraventriculares.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND AND OBJECTIVES: Bupivacaine is a first choice for regional anesthesia considering its effectiveness, long duration and less motor blockade. Bupivacaine (S75-R25) is a mixture of optical isomers containing 75% levobupivacaine (S-) and 25% dextrobupivacaine (R+) created by a Brazilian pharmaceutical company. This investigation compared cardiac safety and efficacy of bupivacaine S75-R25 with vasoconstrictor and ropivacaine for brachial plexus blockade. METHODS: Patients were randomized to receive brachial plexus anesthesia with either bupivacaine S75-R25 with epinephrine 1:200,000 (bupi) or ropivacaine (ropi), both at 0.50%, in 30 mL solution. We registered a continuous Holter ECG throughout the procedure, as well as the Lovett scale of force in addition to monitoring (heart rate, pulse oximetry and non-invasive blood pressure). The incidence of adverse events was compared with the chi-square or Fisher test. RESULTS: We allocated forty-four patients into two groups. They did not show any difference related to age, weight or height, gender, as well as for surgical duration. Supraventricular arrhythmias were not different before or after the plexus blockade, independent of the local anesthetic chosen. Loss of sensitivity was faster for the bupivacaine group (23.1 ± 11.7 min) compared to the ropivacaine one (26.8 ± 11.5 min), though not significant (p = 0.205, Student t). There was a reduction in the cardiac rate, observed during the twenty-four-hour Holter monitoring. CONCLUSIONS: This study showed similar efficacy between bupivacaine S75-R25 for brachial plexus blockade and ropivacaine, with similar incidences of supraventricular arrhythmias.
  • Fatores de risco para complicações perioperatórias em cirurgias endoscópicas com irrigação Artigos Científicos

    Silva Jr, João Manoel; Barros, Maria Alice; Chahda, Milena Aur L; Santos, Igor Martins; Marubayashi, Lauro Yoiti; Malbouisson, Luiz Marcelo Sá

    Resumo em Português:

    JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A medicina endoscópica está cada vez mais sendo usada atualmente, porém não é isenta de riscos. Portanto, este estudo avaliou os fatores associados com complicações perioperatórias em cirurgias endoscópicas com irrigação intraoperatória. MÉTODO: Estudo de coorte durante seis meses. Foram incluídos pacientes com > 18 anos, submetidos a cirurgias endoscópicas que usariam fluidos de irrigação no intraoperatório. Pacientes em uso de diuréticos, com insuficiência renal, distúrbios cognitivos, hiponatremia prévia a cirurgia, gestantes e moribundos foram excluídos. Foram alocados em dois grupos os pacientes que apresentaram complicações ou não no período perioperatório. As complicações avaliadas estavam relacionadas a alterações neurológicas, cardiovasculares, renais e sangramentos no perioperatório. RESULTADOS: Foram incluídos 181 pacientes e 39 excluídos, portanto 142 preencheram os critérios. Apresentaram complicações 21,8% dos pacientes, com maior ocorrência em cirurgias endoscópicas de próstata, seguidas de histeroscopias, bexiga, artroscopia de joelho e ombro, respectivamente 58,1%, 36,9%, 19,4%, 3,8% e 3,2%. Comparando os grupos, apresentaram associação com complicações na análise univariada; idade, sexo, tabagismo, cardiopatia, ASA, sódio sérico no fim da cirurgia, total de fluido de irrigação administrado, ressecção transuretral de próstata, histeroscopia. Entretanto, apenas idade (OR = 1,048), sódio sérico (OR = 0,962) e volume de fluido de irrigação administrado no intraoperatório (OR = 1,001) foram variáveis independentes para complicações na regressão múltipla. CONCLUSÃO: Graves complicações em cirurgias endoscópicas têm grande ocorrência. O sódio sérico no fim da operação, a quantidade de fluido de irrigação e a idade foram fortes fatores independentes associados ao problema. Dessa forma, tais fatores devem ser levados em consideração nesses tipos de cirurgias.

    Resumo em Espanhol:

    JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Hoy por hoy, la medicina endoscópica se usa cada vez más aunque no esté exenta de riesgos. Por eso, este estudio evaluó los factores que están asociados con las complicaciones perioperatorias en las cirugías endoscópicas con irrigación intraoperatória. MÉTODO: Estudio de cohorte durante seis meses. Se incluyeron pacientes con > 18 años, sometidos a cirugías endoscópicas que usarían fluidos de irrigación en el intraoperatorio. Pacientes que usaban diuréticos, que tenían insuficiencia renal, trastornos cognitivos, hiponatremia previa a la cirugía, gestantes y moribundos quedaron fuera del estudio. Fueron divididos en dos grupos los pacientes que tenían complicaciones o no en el período perioperatorio. Las complicaciones evaluadas estaban relacionadas con las alteraciones neurológicas, cardiovasculares, renales y con los sangramientos en el perioperatorio. RESULTADOS: Fueron incluidos 181 pacientes quedando fuera 39, por tanto 142 respetaron los criterios. Tenían complicaciones el 21,8% de los pacientes, con una incidencia mayor en las cirugías endoscópicas de próstata, seguidas de histeroscopias, vejiga, artroscopia de rodilla y de hombro, respectivamente 58,1%, 36,9%, 19,4%, 3,8% y 3,2%. Comparando los grupos, tenían una asociación con las complicaciones en el análisis univariado; edad, sexo, tabaquismo, cardiopatía, ASA, sodio sérico al final de la cirugía, total de fluido de irrigación administrado, resección transuretral de próstata, histeroscopia. Sin embargo, solamente la edad (OR = 1,048), sodio sérico (OR = 0,962) y el volumen de fluido de irrigación administrado en el intraoperatorio (OR = 1,001), fueron variables independientes para las complicaciones en la regresión múltiple. CONCLUSIONES: Las graves complicaciones en las cirugías endoscópicas tienen un gran porcentaje de incidencia. El sodio sérico al final de la operación, la cantidad de fluido de irrigación y la edad, fueron fuertes factores independientes asociados al problema. Tales factores deben ser tenidos en cuenta en esos tipos de cirugías.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND AND OBJECTIVES: Currently, endoscopic medicine is being increasingly used, albeit not without risks. Therefore, this study evaluated the factors associated with perioperative complications in endoscopic surgery with intraoperative irrigation. METHOD: A cohort study of six months duration. Patients aged > 18 years undergoing endoscopic surgery with the use of irrigation fluids during the intraoperative period were included. Exclusion criteria were: use of diuretics, kidney failure, cognitive impairment, hyponatremia prior to surgery, pregnancy, and critically ill. The patients who presented with or without complications during the perioperative period were allocated into two groups. Complications evaluated were related to neurological, cardiovascular and renal changes, and perioperative bleeding. RESULTS: In total, 181 patients were enrolled and 39 excluded; therefore, 142 patients met the study criteria. Patients with complications amounted to 21.8%, with higher prevalence in endoscopic prostate surgery, followed by hysteroscopy, bladder, knee, and shoulder arthroscopy (58.1%, 36.9%, 19.4%, 3.8%, 3.2% respectively). When comparing both groups, we found association with complications in univariate analysis: age, sex, smoking, heart disease, ASA, serum sodium at the end of surgery, total irrigation fluid administered, TURP, and hysteroscopy. However, in multiple regression analysis for complications, only age (OR = 1.048), serum sodium (OR = 0.962), and volume of irrigation fluid administered during surgery (OR = 1.001) were independent variables. CONCLUSION: The incidence of serious complications in endoscopic surgeries is high. Serum sodium at the end of the operation, amount of irrigation fluid, and age were strong independent factors associated with the problem. Thus, these factors must be taken into account in these surgeries.
  • Bloqueio dos nervos ilioinguinal e ílio-hipogástrico com dexcetoprofeno intravenoso melhora a analgesia após histerectomia abdominal Artigos Científicos

    Yucel, Evren; Kol, Iclal Ozdemir; Duger, Cevdet; Kaygusuz, Kenan; Gursoy, Sinan; Mimaroglu, Caner

    Resumo em Português:

    JUSTIFICATIVA E OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da aplicação intravenosa(IV) de dexcetoprofeno trometamol em bloqueio dos nervos ilioinguinal e ílio-hipogástrico na qualidade analgésica e no consumo de morfina após histerectomia abdominal total. MÉTODO: Estudo clínico controlado e randomizado conduzido com 61 pacientes. O estudo foi feito em sala de operação, sala de recuperação pós-anestésica e ambulatório. Os 61 pacientes foram randomicamente alocados em três grupos: grupo controle (Grupo C), grupo bloqueio (Grupo B) e grupo bloqueio com dexcetoprofeno (Grupo BD). Antes da incisão cirúrgica feita após a indução da anestesia, fizemos o bloqueio dos nervos ilioinguinal e ilio-hipogástrico (Grupo C recebeu solução salina e grupos B e BD receberam levobupivacaína). Em contraste com os grupos C e B, o Grupo BD recebeu dexcetoprofeno. Administramos morfina a todos os pacientes para analgesia, com o uso do método de analgesia controlada pelo paciente (ACP) durante o pós-operatório de 24 horas. Registramos os escores para dor pela escala visual analógica (EVA), os índices de satisfação, o consumo de morfina e os efeitos colaterais durante o pós-operatório de 24 horas. RESULTADOS: Os escores EVA do Grupo BD foram menores do que os dos grupos C e B no pós-operatório (p < 0,05) nos intervalos de 1, 2, 6 e 12 horas. Os escores EVA do Grupo C foram maiores do que os do Grupo B nas primeiras 2 horas de pós-operatório. O tempo até a primeira demanda de ACP foi mais longo, os valores de consumo de morfina mais baixos e os índices de satisfação maiores no Grupo BD do que nos outros dois grupos (p < 0,05). CONCLUSÃO: O bloqueio dos nervos ilioinguinal e ílio-hipogástrico com dexcetoprofeno IV aumenta a satisfação do paciente e diminui o consumo de opioides e sugere que dexcetoprofeno trometamol é um analgésico anti-inflamatório não esteroide eficaz em analgesia pós-operatória.

    Resumo em Espanhol:

    JUSTIFICATIVA Y OBJETIVO: El objetivo de este estudio fue evaluar los efectos de la aplicación intravenosa (IV) del dexketoprofeno trometamol en el bloqueo de los nervios ilioinguinal e Ilio-hipogástrico en la calidad analgésica y en el consumo de morfina después de la histerectomía abdominal total. MÉTODO: Estudio clínico controlado y aleatorio llevado a cabo con 61 pacientes. El estudio se hizo en un quirófano, en la sala de recuperación postanestésica y en el ambulatorio. Los 61 pacientes fueron aleatoriamente divididos en tres grupos: grupo control (Grupo C), grupo bloqueo (Grupo B) y grupo bloqueo con dexketoprofeno (Grupo BD). Antes de la incisión quirúrgica hecha después de la inducción de la anestesia, hicimos el bloqueo de los nervios ilioinguinal e ilio-hipogástrico (Grupo C recibió solución salina y grupos B y BD recibieron levobupivacaína). En contraste con los grupos C y B, el Grupo BD recibió dexketoprofeno. Administramos morfina a todos los pacientes para la analgesia con el uso del método ACP durante el postoperatorio de 24 horas. Registramos las puntuaciones EVA, los índices de satisfacción, el consumo de morfina y los efectos colaterales durante el postoperatorio de 24 horas. RESULTADOS: Los puntuaciones EVA del Grupo BD fueron menores que las de los grupos C y B en el postoperatorio (p < 0,05) en los intervalos de 1, 2, 6 y 12 horas. Las puntuaciones EVA del Grupo C fueron mayores que las del Grupo B en las primeras 2 horas del postoperatorio. El tiempo hasta la primera demanda de ACP fue más largo, los valores de consumo de morfina más bajos y los índices de satisfacción mayores en el Grupo BD que en los otros dos grupos (p < 0,05). CONCLUSIONES: El bloqueo de los nervios ilioinguinal e Ilio-hipogástrico con dexketoprofeno IV, aumenta la satisfacción del paciente y reduce el consumo de opioides, sugiriendo que el dexketoprofeno trometamol es un analgésico antiinflamatorio no esteroide eficaz en analgesia postoperatoria.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND AND OBJECTIVE: In this study, our aim was to evaluate the effects of intravenous dexketoprofen trometamol with ilioinguinal and iliohypogastric nerve block on analgesic quality and morphine consumption after total abdominal hysterectomy operations. METHODS: We conducted this randomized controlled clinical study on 61 patients. The study was conducted in the operation room, post-anesthesia care unit, and inpatient clinic. We randomly grouped the 61 patients into control group (group C), block group (group B) and dexketoprofen-block group (group DB). Before the skin incision performed after anesthesia induction, we performed ilioinguinal iliohypogastric block (group C given saline and group P and DB given levobupivacaine). In contrast to group C and B, group DB was given dexketoprofen. We administered morphine analgesia to all patients by patient-controlled analgesia (PCA) during the postoperative 24 hours. We recorded Visual Analogue Scale (VAS), satisfaction scores, morphine consumption and side effects during postoperative 24 hours. RESULTS: We found the DB group's VAS scores to be lower than the control group and block group's (p < 0.05) values at postoperative 1st, 2nd, 6th and 12th hours. VAS scores of group C were higher than of group B at postoperative first 2 hours. Time to first PCA demand was longer, morphine consumption values were lower and satisfaction scores were higher in group DB than in the other two groups (p < 0.05). CONCLUSIONS: Ilioinguinal-iliohypogastric nerve block with IV dexketoprofen increases patient satisfaction by decreasing opioid consumption, increasing patient satisfaction, which suggests that dexketoprofen trometamol is an effective non-steroidal anti-inflammatory analgesic in postoperative analgesia.
  • Náusea e vômito no pós-operatório: validação da versão em português da escala de intensidade de náuseas e vômitos pós-operatórios Artigos Científicos

    Dalila, Veiga; Pereira, Helder; Moreno, Carlos; Martinho, Clarisse; Santos, Cristina; Abelha, Fernando José

    Resumo em Português:

    JUSTIFICATIVA E OBJETIVO: A Escala de Intensidade de Náuseas e Vômitos Pós-Operatórios (NVPO) foi desenvolvida para definir NVPOs clinicamente importantes. O objetivo deste estudo foi traduzir, retraduzir e validar a Escala de Intensidade de NVPO para uso em unidades de recuperação pósanestésica (RPA) portuguesas. MÉTODO: A Escala de Intensidade de NVPO foi traduzida e retraduzida de acordo com as diretrizes disponíveis. A equipe de pesquisadores conduziu um estudo prospectivo e observacional de coorte em uma RPA. Durante três semanas, avaliamos as NVPO em 157 pacientes adultos internados após cirurgia. As mensurações foram feitas com o uso da Escala Visual Analógica (EVA) nos intervalos de seis e 24 horas durante o período pós-operatório. Avaliamos a confiabilidade e a discordância do observador com o uso do coeficiente de correlação interclasses (CCI) e da medida de discordância baseada na informação (MDBI). Comparamos os escores EVA entre os pacientes com NVPO clinicamente significantes (> 50) e não significantes (< 50). RESULTADOS: Trinta e nove pacientes (25%) apresentaram NVPO em seis horas e 54 (34%) em 24 horas. Trinta e seis pacientes apresentaram náusea em seis horas e 54 em 24 horas. Entre os pacientes com NVPO, os escores de seis pacientes (15%) e nove pacientes (27%) foram clinicamente significantes na Escala de Intensidade de NVPO em seis e 24 horas, respectivamente. A confiabilidade foi boa tanto para os escores da Escala de Intensidade de NVPO quanto para EVA e a discordância entre observadores foi ligeiramente superior para EVA. A mediana dos escores EVA foi maior nos pacientes com escores clinicamente significantes na Escala de Intensidade de NVPO. CONCLUSÃO: A Escala de Intensidade de NVPO parece ser um instrumento de avaliação e monitoramento preciso e confiável de NVPO em RPA.

    Resumo em Espanhol:

    JUSTIFICATIVA Y OBJETIVO: La Escala de Intensidad de Náuseas y Vómitos Postoperatorios (NVPO) ha venido siendo desarrollada para definir NVPOs clínicamente importantes. El objetivo de este estudio fue traducir, re-traducir y validar la Escala de Intensidad de NVPO para el uso en las unidades de recuperación postanestésica (Urpa) portuguesas. MÉTODO: La Escala de Intensidad de NVPO fue traducida y retraducida a tono con las directrices que están disponibles. El equipo de investigadores llevó a cabo un estudio prospectivo y observacional de cohorte en una Urpa. Durante tres semanas, evaluamos el NVPO de 157 pacientes adultos ingresados despues de cirugía. Las mensuraciones se hicieron usando la Escala Visual Analógica (EVA) en los intervalos de seis y 24 horas durante el período Postoperatorio. Evaluamos la confiabilidad y la discordancia del observador con el uso del coeficiente de correlación inter-clases (CCI) y de la medida de discordancia con base en la información (MDBI). Comparamos las puntuaciones EVA entre los pacientes con NVPO clínicamente significativas (> 50) y no significativas (< 50). RESULTADOS: Treinta y nueve pacientes (25%) tuvieron NVPO en seis horas y 54 (34%) en 24 horas. Treinta y seis pacientes tuvieron náusea en seis horas y 54 en 24 horas. Entre los pacientes con NVPO, las puntuaciones de seis pacientes (15%) y nueve pacientes (27%) fueron clínicamente significativas en la Escala de Intensidad de NVPO en seis y 24 horas, respectivamente. La confiabilidad fue buena tanto para las puntuaciones de la Escala de Intensidad de NVPO como para EVA, y la discordancia entre los observadores fue ligeramente superior para EVA. La mediana de las puntuaciones EVA fue mayor en los pacientes con puntuaciones clínicamente significativas en la Escala de Intensidad de NVPO. CONCLUSIONES: La Escala de Intensidad de NVPO parece ser un instrumento de evaluación y monitoreo preciso y confiable de NVPO en las URPAs.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND AND OBJECTIVES: The Postoperative Nausea and Vomiting (PONV) Intensity Scale was developed to define clinically important PONV. The aim of this study was to translate, retranslate and validate the PONV Intensity Scale for use in Portuguese Post Anesthetic Care Unit (PACU) settings. METHODS: The PONV Intensity Scale was translated and back-translated in accordance with available guidelines. The research team conducted an observational and cohort prospective study in a PACU. One-hundred fifty-seven adult patients admiited after surgery over three weeks were evaluated for PONV. Measurements included nausea visual analogic scale (VAS) at 6 and 24 hours, postoperatively. We assessed reliability and observer disagreement using interclass correlation (ICC) and Information-Based Measure of Disagreement (IBMD). We compared VAS scores between patients with clinically significant (>50) and not significant (<50) PONV. RESULTS: Thirty-nine patients (25%) had PONV at 6 hours and 54 (34%) had PONV at 24 hours. Thirty-six and 54 patients experienced nausea at 6 and 24 hours, respectively. Among patients with PONV, 6 patients (15%) and 9 patients (27%) had a clinically significant PONV intensity scale score at 6 and at 24 hours, respectively. The reliability was good both for PONV intensity scale score and for VAS and observer disagreement was slightly higher for VAS. The median nausea VAS scores were higher in patients with clinically significant PONV Intensity score. CONCLUSIONS: The PONV Intensity Scale appears to be an accurate and reliable assessment and monitoring instrument for PONV in the PACU settings.
  • Avaliação pré-operatória: triagem por meio de questionário Artigos Científicos

    Mendes, Florentino Fernandes; Machado, Eduardo Lopes; Oliveira, Maurício de; Brasil, Fernando Rudem; Eizerik, Gibrahn; Telöken, Patrick Ely

    Resumo em Português:

    JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Antes de cirurgia eletiva é indispensável conhecer com antecedência as condições clínicas do paciente. O objetivo deste estudo foi comparar a avaliação pré-operatória (APO) por meio do preenchimento de um questionário com a consulta realizada pelo anestesiologista. MÉTODO: Antes da consulta pré-operatória, os pacientes responderam a um questionário com informações sobre idade, peso, altura, cirurgia planejada, história médica e cirúrgica pregressa, alergias, medicamentos e doses usadas, história social (drogas ilícitas, álcool, tabagismo), capacidade funcional e tolerância ao exercício. A consulta pré-operatória foi realizada por anestesiologista que não tinha acesso aos dados do questionário nem conhecimento da pesquisa. Os dados obtidos por meio do questionário foram comparados com a consulta pré-operatória por dois pesquisadores independentes, com a finalidade de responder às perguntas: 1) A avaliação pelo questionário foi suficiente - o paciente poderia ser conduzido à cirurgia sem necessidade da avaliação presencial? 2) Houve alguma informação relevante - capaz de mudar a conduta anestésica - que o questionário não aferiu, mas que a consulta presencial avaliou? 3) Houve alguma informação acrescentada pelo questionário de saúde que a consulta presencial não obteve? Para análise estatística usou-se o teste t de Student pareado para dados paramétricos e o teste Qui-quadrado para dados categóricos com P < 0,05. RESULTADOS: Dentre os 269 pacientes elegíveis houve uma recusa, quatro aceitaram participar mas não preencheram o questionário e houve 52 perdas, totalizando 212 participantes. O questionário acrescentou dados à consulta em 109 casos (51,4%). A triagem apenas pelo questionário foi suficiente - não necessitou de consulta presencial - em 144 pacientes (67,93%). A avaliação realizada pelo anestesiologista liberou para a cirurgia na primeira consulta em 178 oportunidades (84%). Na identificação dos casos de não liberação para cirurgia, o questionário apresentou valor preditivo negativo de 94,4%, valor preditivo positivo de 38,2%, sensibilidade de 76,5% e especificidade de 76,4%. Houve fatores clínicos estatisticamente significativos (P < 0,05) associados com não liberação para a cirurgia: idade acima de 65 anos, IMC > 30, baixa capacidade funcional, hipertensão arterial, diabetes mellitus, asma, insuficiência renal, hepatite e cardiopatia isquêmica. CONCLUSÕES: O uso do questionário foi efetivo para triagem de pacientes que necessitam de avaliação complementar e/ou alteração de regime terapêutico previamente ao procedimento eletivo. Além disso, o questionário acrescentou dados não contemplados pela avaliação clínica.

    Resumo em Espanhol:

    JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Antes de iniciar la cirugía electiva se hace indispensable conocer con anterioridad las condiciones clínicas del paciente. El objetivo de este estudio, fue comparar la evaluación preoperatoria (EPO) por medio de la realización de un cuestionario con la consulta realizada por el anestesiólogo. MÉTODO: Antes de la consulta preoperatoria, los pacientes respondieron a un cuestionario con informaciones sobre edad, peso, altura, cirugía planificada, historial médico y quirúrgico anterior, alergias, medicamentos y dosis usadas, historial social (drogas ilícitas, alcohol, tabaquismo), capacidad funcional y tolerancia al ejercicio. La consulta preoperatoria fue realizada por un anestesiólogo que no tenía acceso a los datos del cuestionario ni sabía nada sobre la investigación. Los datos obtenidos por medio del cuestionario se compararon con la consulta preoperatoria por dos investigadores independientes, con la finalidad de responder a las preguntas: 1) ¿La evaluación por el cuestionario fue suficiente y el paciente podría haber sido derivado a la cirugía sin necesidad de la evaluación presencial? 2) ¿Hubo alguna información relevante capaz de cambiar la conducta anestésica que el cuestionario no comprobó, pero que fue tenido en cuenta por la consulta presencial? 3) ¿Hubo alguna información añadida por el cuestionario de salud que la consulta presencial no obtuvo? Para el análisis estadístico se usó el test t de Student pareado para los datos paramétricos, y el test X² para los datos categóricos con P < 0,05. RESULTADOS: De los 269 pacientes elegidos, se produjo una negativa, cuatro aceptaron participar pero no rellenaron el cuestionario, y hubo 52 pérdidas, totalizando 212 participantes. El cuestionario añadió datos a la consulta en 109 casos (51,4%). La selección hecha por el cuestionario fue suficiente y no necesitó consulta presencial en 144 pacientes (67,93%). La evaluación realizada por el anestesiólogo autorizó ya para operación en la primera consulta en 178 oportunidades (84%). En la identificación de los casos de no autorización para la cirugía, el cuestionario tuvo un valor predictivo negativo de un 94,4%, valor predictivo positivo de un 38,2%, sensibilidad del 76,5% y una especificidad de un 76,4%. Hubo factores clínicos estadísticamente significativos (P < 0,05), asociados con la no autorización para la cirugía: edad por encima de los 65 años, IMC > 30, baja capacidad funcional, hipertensión arterial, diabetes mellitus, asma, insuficiencia renal, hepatitis y cardiopatía isquémica. CONCLUSIONES: El uso del cuestionario fue efectivo para la selección de pacientes que necesitan una evaluación complementaria y/o alteración de régimen terapéutico anteriormente al procedimiento electivo. Además, el cuestionario añadió datos no contemplados por la evaluación tradicional.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND AND OBJECTIVE: Prior to elective surgery it is essential to know in advance the patient’s clinical condition. The aim of this study was to compare the preoperative evaluation (POE) through questionnaire responses with preanesthetic evaluation by the anesthesiologist. METHOD: Prior to their preoperative evaluation, patients answered a questionnaire with information regarding age, weight, height, scheduled surgery, past medical and surgical history, allergies, medications and doses used, social history (illicit drugs, alcohol, smoking), functional capacity and exercise tolerance. Preoperative evaluation was performed by an anesthesiologist who had no access to the questionnaire data or knowledge about the research. The questionnaire data were compared with the preoperative evaluation by two independent investigators, in order to answer the questions: 1) Was the questionnaire evaluation effective - could the patient undergo surgery without the need for face-to-face consultation? 2) Has been there any relevant information - ability to change the anesthetic approach - not assessed by the questionnaire, but assessed by the face-to-face consultation? 3) Has been there any information added by the health questionnaire that was missed by face-to-face consultation? For statistical analysis, the paired Student’s t-test was used for parametric data and chi-square test for categorical data, with p < 0.05 considered significant. RESULTS: Of the 269 eligible patients there was one refusal, and four agreed to participate but did not complete the questionnaire, in addition to 52 losses, totaling 212 participants. Questionnaire data added to the consultation in 109 cases (51.4%). The screening questionnaire alone was effective for 144 patients (67.93%), with no need for consultation. The anesthesiologist evaluation referred patients for surgery on their first visit in 178 opportunities (84%). In the identification of cases of non-referral to surgery, the questionnaire showed a negative predictive value of 94.4%, positive predictive value of 38.2%, sensitivity of 76.5%, and specificity of 76.4%. Statistically significant (P < 0.05) clinical factors associated with non-referral to surgery were: age over 65 years, BMI > 30, low functional capacity, hypertension, diabetes mellitus, asthma, renal failure, hepatitis, and ischemic heart disease. CONCLUSION: The questionnaire was effective for screening patients who needed further evaluation and/or changes in treatment regimen prior to elective surgery. Moreover, the questionnaire added data not covered by clinical evaluation.
  • Sedação e analgesia em colonoscopia eletiva: propofol-fentanil versus propofol-alfentanil Artigos Científicos

    Türk, Hacer Şebnem; Aydoğmuş, Meltem; Ünsal, Oya; Köksal, Hakan Mustafa; Açik, Mehmet Eren; Oba, Sibel

    Resumo em Português:

    JUSTIFICATIVA E OBJETIVO: Sedação e analgesia são recomendadas em colonoscopia para propiciar conforto, pois são procedimentos invasivos e podem ser dolorosos. Este estudo teve como objetivo comparar as combinações de propofol-alfentanil e propofol-fentanil para sedação e analgesia em pacientes submetidos à colonoscopia eletiva. MÉTODOS: Estudo prospectivo e randomizado. Participaram do estudo 80 pacientes, ASA I-II, entre 18 e 65 anos. A indução de sedação e a analgesia foram feitas com propofol (1 mg.kg-1) e fentanil (1 µg.kg-1) no grupo propofol-fentanil (PF) e com propofol (1 mg.kg-1) e alfentanil (10 µg.kg-1) no grupo propofol-alfentanil (PA). Para manutenção, doses adicionais de propofol foram administradas em bolus de 0,5 mg.kg-1 para obter escores de 3-4 na Escala de Sedação de Ramsey (ESR). Registrados os dados demográficos, a frequência cardíaca, a pressão arterial média (PAM), a saturação de oxigênio da hemoglobina (SpO2), os valores da ESR, o tempo de colonoscopia, a dose total de propofol, as complicações, o tempo de recuperação e o tempo para alta, bem como os escores de satisfação do colonoscopista e do paciente. RESULTADOS: A PAM aos 15 minutos no Grupo PA foi significativamente maior do que no Grupo PF (p = 0,037). A frequência cardíaca média do grupo PA foi maior no início do que nas mensurações subsequentes (p = 0,012, p = 0,002). A média da dose total de propofol do Grupo PA foi significativamente maior do que a do Grupo PF (p = 0,028). O tempo médio de recuperação do grupo PA foi significativamente maior do que o do grupo PF (p = 0,032). CONCLUSÃO: Fentanil proporciona melhores condições de operação e reduz a necessidade de doses adicionais de propofol. Essas vantagens diminuem o tempo de recuperação. Portanto, propofol-fentanil é superior ao propofol-alfentanil para sedação e analgesia em colonoscopia.

    Resumo em Espanhol:

    JUSTIFICATIVA Y OBJETIVO: La sedación y la analgesia están recomendadas en la colonoscopia para propiciar la comodidad, porque son procedimientos invasivos y pueden ser dolorosos. Este estudio tuvo el objetivo de comparar las combinaciones de propofol-alfentanilo y propofol-fentanilo para la sedación y la analgesia en pacientes sometidos a la colonoscopia electiva. MÉTODOS: Estudio prospectivo y aleatorio. Participaron en el estudio 80 pacientes, ASA I-II, entre 18 y 65 años. La inducción de sedación y la analgesia fue hecha con propofol (1 mg.kg-1) y fentanilo (1 µg.kg-1) en el grupo propofol-fentanilo (PF) y con propofol (1 mg.kg-1) y alfentanilo (10 µg.kg-1) en el grupo propofol-alfentanilo (PA). Para el mantenimiento, dosis adicionales de propofol se administraron en bolos de 0,5 mg.kg-1 para obtener las puntuaciones de 3-4 en la Escala de Sedación de Ramsey (ESR). Se registraron los datos demográficos, la frecuencia cardíaca, la presión arterial promedio (PAP), la saturación de oxígeno de la hemoglobina (SpO2), los valores de la ESR, el tiempo de colonoscopia, la dosis total de propofol, las complicaciones, el tiempo de recuperación y el tiempo para el alta, como también las puntuaciones de satisfacción del colonoscopista y del paciente. RESULTADOS: La PAP a los 15 minutos en el Grupo PA fue significativamente mayor que en el Grupo PF (p = 0,037). La frecuencia cardíaca promedio del grupo PA fue mayor al inicio que en las mensuraciones posteriores (p = 0,012, p = 0,002). El promedio de la dosis total de propofol del Grupo PA fue significativamente mayor que la del Grupo PF (p = 0,028). El tiempo promedio de recuperación del grupo PA fue significativamente mayor que el del grupo PF (p = 0,032). CONCLUSIONES: El Fentanilo proporciona mejores condiciones de operación y reduce la necesidad de dosis adicionales de propofol. Esas ventajas reducen el tiempo de recuperación. Por tanto, el propofol-fentanilo es superior al propofol-alfentanilo para la sedación y la analgesia en la colonoscopia.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND AND OBJECTIVES: Sedation-analgesia is recommended for comfortable colonoscopy procedures, which are invasive and can be painful. This study aimed to compare the combinations of propofol-alfentanil and propofol-fentanyl for sedation-analgesia in elective colonoscopy patients. METHODS: This prospective and randomized study was planned in ASA I-II groups and included 80 patients between the ages of 18 and 65 years. Sedation-analgesia induction was performed as 1 µg.kg-1 fentanyl, 1 mg.kg-1 propofol in the propofol-fentanyl group (Group PF) and 10 µg.kg-1 alfentanil, 1 mg.kg-1 propofol in the propofol-alfentanil group (Group PA). Patients' scores were limited to 3-4 values on the Ramsey Sedation Scale (RSS) by 0.5 mg.kg-1 bolus additional doses of propofol in sedation-analgesia maintenance. We recorded demographical data, heart rate, mean arterial pressure (MAP), oxygen saturation of hemoglobin (SpO2), RSS value, colonoscopy time, total dose of propofol, complications, recovery time, and discharge time, as well as colonoscopist and patient satisfaction scores. RESULTS: MAP at the 15th minute in Group PA was significantly higher than in Group PF (p = 0.037). Group PA's beginning mean heart rate was higher than the mean heart rate at subsequent readings (p = 0.012, p = 0.002). The mean total propofol dose of Group PA was significantly higher than the total dose of Group PF (p = 0.028). The mean recovery time of Group PA was significantly longer than that of Group PF (p = 0.032). CONCLUSION: Fentanyl provides better operative conditions and reduces the need for additional propofol doses. These advantages cause a shorter recovery time. Therefore, propofol-fentanyl is superior to the propofol-alfentanil for sedation-analgesia in colonoscopy.
  • Intubação de via aérea difícil com broncoscópio flexível Artigos Científicos

    Rodrigues, Ascedio Jose; Scordamaglio, Paulo Rogério; Palomino, Addy Mejia; Oliveira, Eduardo Quintino de; Jacomelli, Marcia; Figueiredo, Viviane Rossi

    Resumo em Português:

    JUSTIFICATIVA E OBJETIVO: Descrever um protocolo de intubação com broncoscópio flexível (FBI, de flexible bronchoscopy intubation) em pacientes com via aérea difícil, sua eficácia e segurança. MÉTODOS: Foram revisados os prontuários médicos de pacientes diagnosticados com via aérea difícil que foram submetidos à broncoscopia flexível para intubação sob ventilação espontânea e sedação com midazolam e fentanil, de março de 2009 a dezembro de 2010. RESULTADOS: Foram selecionados 102 pacientes, 69 (67,7%) homens e 33 (32,3%) mulheres, com idade média de 44 anos. Em 59 pacientes com via aérea difícil prevista (57,8%) a FBI foi feita em centro cirúrgico; 39 (38,2%) ocorreram na Unidade de Terapia Intensiva e quatro casos (3,9%) na sala de emergência. Tosse, queda transitória de saturação de oxigênio e dificuldade de progredir a cânula através da laringe foram as principais complicações do método, mas não impediram a intubação. CONCLUSÃO: A FBI seguindo protocolo de sedação consciente com midazolam e fentanil é eficiente e segura no manejo de pacientes com via aérea difícil.

    Resumo em Espanhol:

    JUSTIFICATIVA Y OBJETIVO: Describir un protocolo de intubación con broncoscopio fl exible (FBI, de flexible bronchoscopy intubation) en pacientes con la vía aérea difícil, su eficacia y seguridad. MÉTODOS: Describir un protocolo de intubación con broncoscopio fl exible (FBI, de flexible bronchoscopy intubation) en pacientes con la vía aérea difícil, su efi cacia y se Se revisaron las historias clínicas de pacientes diagnosticados con vía aérea difícil y que fueron sometidos a la broncoscopia fl exible para la intubación bajo ventilación espontánea y sedación con midazolam y fentanilo, de marzo de 2009 a diciembre de 2010. RESULTADOS: Fueron seleccionados 102 pacientes, 69 (67,7%) hombres y 33 (32,3%) mujeres, con una edad promedio de 44 años. En 59 pacientes con vía aérea difícil prevista (57,8%) la FBI se hizo en un centro quirúrgico; 39 (38,2%) ocurrieron en la Unidad de Cuidados Intensivos y cuatro casos (3,9%) en la sala de emergencia. La tos, la caída de saturación de oxígeno transitoria y la difi cultad para insertar la cánula a través de la laringe, fueron las principales complicaciones del método, pero no impidieron la intubación. CONCLUSIONES: La FBI, si secunda un protocolo de sedación consciente con midazolam y fentanilo, es efi ciente y segura en el manejo de pacientes con vía aérea difícil.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND AND OBJECTIVE: To describe the effi cacy and safety of a fl exible bronchoscopy intubation (FBI) protocol in patients with diffi cult airway. METHOD: We reviewed the medical records of patients diagnosed with diffi cult airway who underwent fl exible bronchoscopy intubation under spontaneous ventilation and sedation with midazolam and fentanyl from March 2009 to December 2010. RESULTS: The study enrolled 102 patients, 69 (67.7%) men and 33 (32.3%) women, with a mean age of 44 years. FBI was performed in 59 patients (57.8%) with expected diffi cult airway in the operating room, in 39 patients (38.2%) in the Intensive Care Unit (ICU), and in 4 patients (3.9%) in the emergency room. Cough, decrease in transient oxygen saturation, and diffi cult progression of the cannula through the larynx were the main complications, but these factors did not prevent intubation. CONCLUSION: FBI according to the conscious sedation protocol with midazolam and fentanyl is effective and safe in the management of patients with diffi cult airway.
  • Embolia gasosa venosa inadvertida durante cesariana: bolsas retráteis para líquidos intravenosos sem saídas autovedantes oferecem riscos. Relato de caso Informações Clínicas

    Bakan, Mefkur; Topuz, Ufuk; Esen, Asim; Basaranoglu, Gokcen; Ozturk, Erdogan

    Resumo em Português:

    O anestesiologista deve estar ciente das causas, do diagnóstico e do tratamento de embolia venosa e adotar padrões de prática para prevenir sua ocorrência. Embora a embolia gasosa seja uma complicação conhecida da cesariana, descrevemos um caso raro de desatenção que causou embolia gasosa iatrogênica quase fatal durante uma cesariana sob raquianestesia. uma das razões para o uso de bolsas autorretráteis para infusão em vez dos frascos convencionais de vidro ou plástico é a precaução contra embolia gasosa. Também demonstramos o risco de embolia venosa com o uso de dois tipos de bolsas plásticas retráteis (à base de cloreto de polivinil [PVC] e de polipropileno) para líquidos intravenosos. As bolsas para líquidos sem saídas autovedantes apresentam risco de embolia gasosa se o sistema de fechamento estiver quebrado, enquanto a flexibilidade da bolsa limita a quantidade de entrada de ar. bolsas à base de pvc, que têm mais flexibilidade, apresentam risco significativamente menor de entrada de ar quando o equipo de administração intravenosa (IV) é desconectado da saída. usar uma bolsa pressurizada para infusão rápida sem verificar e esvaziar todo o ar da bolsa IV pode ser perigoso.

    Resumo em Espanhol:

    El anestesiólogo debe de estar consciente de las causas, del diagnóstico y del tratamiento de la embolia venosa, y adoptar los estándares de práctica para prevenir su aparecimiento. Aunque la embolia gaseosa sea una complicación conocida de la cesárea, describimos aquí un caso raro de falta de atención que causó embolia gaseosa iatrogénica casi fatal durante una cesárea bajo raquianestesia. Una de las razones para el uso de bolsas autoretráctiles para infusión en vez de los frascos convencionales de vidrio o plástico, es la precaución contra la embolia gaseosa. También demostramos riesgo de embolia venosa con el uso de dos tipos de bolsas plásticas retráctiles (a base de cloruro de polivinil [PVC] y de polipropileno) para líquidos intravenosos. Las bolsas para líquidos sin salidas de autosellado, tienen un riesgo de embolia gaseosa si el sistema de cierre está roto, mientras la flexibilidad de la bolsa limita la cantidad de entrada de aire. Bolsas hechas a base de PVC, y que tienen más flexibilidad, también tienen un riesgo signifi cativamente menor de entrada de aire cuando el equipo de administración intravenosa (IV) se apaga en la salida. Usar una bolsa de presión para la infusión rápida sin verifi car y vaciar todo el aire de la bolsa IV puede ser peligroso.

    Resumo em Inglês:

    The anesthesiologist must be aware of the causes, diagnosis and treatment of venous air embolism and adopt the practice patterns to prevent its occurrence. Although venous air embolism is a known complication of cesarean section, we describe an unusual inattention that causes iatrogenic near fatal venous air embolism during a cesarean section under spinal anesthesia. One of the reasons for using self-collapsible intravenous (IV) infusion bags instead of conventional glass or plastic bottles is to take precaution against air embolism. We also demonstrated the risk of air embolism for two kinds of plastic collapsible intravenous fluid bags: polyvinyl chloride (PVC) and polypropylene-based. Fluid bags without self-sealing outlets pose a risk for air embolism if the closed system is broken down, while the flexibility of the bag limits the amount of air entry. PVC-based bags, which have more flexibility, have signifi cantly less risk of air entry when IV administration set is disconnected from the outlet. Using a pressure bag for rapid infusion can be dangerous without checking and emptying all air from the IV bag.
  • Conduta anestésica em criança com osteogênese imperfeita e hemorragia epidural Informações Clínicas

    Erdoğan, Mehmet Ali; Sanlı, Mukadder; Ozcan Ersoy, Mehmet

    Resumo em Português:

    Osteogênese imperfeita (OI) é o resultado de uma mutação genética que causa a formação defeituosa ou insuficiente de colágeno. OI pode causar várias complicações anestésicas por causa do manejo difícil das vias aéreas, da presença de deformidade da coluna vertebral, de doenças respiratórias, anomalias cardíacas, distúrbio da função plaquetária, risco de hipertermia, invaginação bacilar, deformidades ósseas e distúrbios metabólicos. A abordagem anestésica de pacientes com OI deve ser feita com cautela, por causa do risco de certas complicações respiratórias. Esses riscos são causados por deformidade do tórax, fraturas ósseas durante o movimento ou mudança de posição, fraturas mandibulares e cervicais relacionadas à intubação, intubação difícil e hipertermia maligna. As técnicas anestésicas com o uso de anestesia venosa total (AVT) e máscara laríngea são adequadas para o manejo de paciente pediátrico com OI. No entanto, essas técnicas ainda não foram mencionadas como úteis em relatos de casos neurocirúrgicos. Neste estudo, apresentamos o uso de AVT e máscara laríngea ProSeal (MLP) em uma criança com OI e hemorragia epidural. Concluímos que a MLP e a AVT podem ser usadas com segurança no manejo anestésico de pacientes com OI e problemas anestésicos graves.

    Resumo em Espanhol:

    La osteogénesis imperfecta (OI) es el resultado de una mutación genética que causa la formación defectuosa o insufi ciente de colágeno. La OI puede causar varias complicaciones anestésicas a causa del manejo difícil de las vías aéreas, de la presencia de deformidad de la columna vertebral, de enfermedades respiratorias, anomalías cardíacas, trastorno de la función plaquetaria, riesgo de hipertermia, invaginación bacilar, deformidades óseas y trastornos metabólicos. El abordaje anestésico de pacientes con OI debe ser hecho con cautela, ya que existe un riesgo de ciertas complicaciones respiratorias. Esos riesgos son causados por deformidad del tórax, fracturas óseas durante el movimiento o el cambio de posición, fracturas mandibulares y cervicales relacionadas con la intubación, intubación difícil e hipertermia maligna. Las técnicas anestésicas con el uso de anestesia venosa total (AVT) y mascarilla laríngea, son adecuadas para el manejo de paciente pediátrico con OI. Sin embargo, esas técnicas todavía no han sido mencionadas como útiles en relatos de casos neuroquirúrgicos. En este estudio, presentamos el uso de AVT y mascarilla laríngea ProSeal (MLP) en un niño con OI y hemorragia epidural. Concluimos que la MLP y la AVT pueden ser usadas con seguridad en el manejo anestésico de pacientes con OI y problemas anestésicos graves.

    Resumo em Inglês:

    Osteogenesis Imperfecta (OI) results from gene mutation that causes defective or insuffi cient collagen formation. It may cause various anesthetic complications due to the diffi culty in airway management, existence of spinal deformity, respiratory disorders, cardiac anomalies, thrombocyte function disorder, risk of hyperthermia, bacillary invagination, bone deformities and metabolic disorders. The anesthesia management of OI patients should be exercised with caution given certain risks of respiratory disorders. These risks are due to thorax deformity, bone fractures during moving or changing position, mandibular and cervical fractures related with intubation, diffi cult intubation and malignant hyperthermia. The anesthetic technique using Total Intravenous Anesthesia (TIVA) and laryngeal mask airway is suitable for pediatric patient care with OI. However, these techniques have not yet been reported as useful in neurosurgery case reports. In this study, we present the use of TIVA and ProSeal Laringeal Mask in a child with OI and epidural hemorrhage. We came to the conclusion that LMA and TIVA can safely be used in the anesthetic management of OI patients with severe anesthetic problems.
  • Anestesia para cesariana em paciente com síndrome de Guillain-Barré: relato de caso Informações Clínicas

    Volquind, Daniel; Fellini, Roberto Taboada; Rose, Giana Lucho; Tarso, Gabriel Pedro

    Resumo em Português:

    JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A Síndrome de Guillain-Barré durante a gestação é considerada uma CIRURGIA, Cesárea; complicação neurológica rara e o manejo anestésico para a cesariana nessas pacientes ainda não é consenso na literatura. O objetivo deste artigo é relatar o caso de uma paciente gestante portadora da Síndrome de Guillain-Barré submetida à cesariana. RELATO DO CASO: Paciente feminina, 22 anos, com 35 semanas e cinco dias de idade gestacional, da celularidade. A técnica anestésica empregada foi a anestesia geral, induzida com propofol 1,5 mg.kg-1 e mantida com sevofiurano 2% em oxigênio e fentanil 3 µg.kg-1. O procedimento transcorreu sem complicações, tanto para a gestante quanto para o concepto. A paciente obteve alta no décimo dia de internação, após melhora progressiva do quadro neurológico. CONCLUSÕES: A técnica anestésica a ser empregada em gestantes portadoras da Síndrome de Guillain-Barré que necessitam fazer cesariana permanece como escolha do anestesiologista, que deve ser guiado pelo quadro clínico e pelas comorbidades de cada paciente.

    Resumo em Espanhol:

    JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: El Síndrome de Guillain-Barré durante la gestación se considera una complicación neurológica rara y todavía no se ha llegado a un consenso en la literatura sobre el manejo anestésico para la cesárea en esas pacientes. El objetivo de este artículo, es relatar el caso de una paciente gestante portadora del Síndrome de Guillain-Barré sometida a la cesárea. RELATO DEL CASO: Paciente femenina con 22 años, con 35 semanas y cinco días de edad gestacional, sometida a cesárea e ingresada, relatando una disminución de fuerza y parestesias en los miembros inferiores. El examen del líquido cefalorraquídeo arrojó elevación de proteínas (304 mg.dL-1) sin el aumento de la celularidad. La técnica anestésica usada fue la anestesia general, inducida con propofol 1,5 mg.kg-1 y mantenida con sevofl urano al 2% en oxígeno y fentanilo 3 µg.kg-1. El procedimiento trascurrió sin complicaciones, tanto para la gestante como para el feto. Se le dio el alta a la paciente al décimo día del ingreso, posteriormente a la mejoría progresiva del cuadro neurológico. CONCLUSIONES: La técnica anestésica que se usa en las gestantes portadoras del Síndrome de Guillain-Barré que necesitan cesárea, permanece como siendo una elección del anestesiólogo, que debe dejarse guiar por el cuadro clínico y por las comorbilidades de cada paciente.

    Resumo em Inglês:

    BACKGROUND AND OBJECTIVES: Guillain-Barre syndrome during pregnancy is considered a rare neurological complication, and there is no consensus in literature for anesthetic management for cesarean section in such patients. The objective of this paper is to report the case of a pregnant woman with Guillain-Barre syndrome undergoing cesarean section. CASE REPORT: Female patient, 22-year old, 35 weeks and 5 days of gestation, undergoing cesarean section, hospitalized, reporting decreased strength and lower limb paresthesias. Cerebrospinal fl uid (CSF) analysis showed increased protein (304 mg.dL-1) without increased cellularity. The anesthetic technique used was general anesthesia induced with propofol (1.5 mg.kg-1) and maintained with 2% sevofl urane in oxygen and fentanyl (3 µg.kg-1). The procedure was uneventful for both mother and neonate. The patient was discharged 10 days after admission, after progressive improvement of neurological symptoms. CONCLUSION: The anesthetic technique for pregnant women with Guillain-Barre syndrome requiring cesarean section remains at the discretion of the anesthesiologist, who should be guided by the clinical conditions and comorbidities of each patient.
  • Dissecção da parede interna de tubo endotraqueal aramado que causa obstrução das vias aéreas no intraoperatório sob anestesia geral: relato de caso Artigos Diversos

    Mercanoglu, Esra; Topuz, Derya; Kaya, Nur

    Resumo em Português:

    A intubação endotraqueal é feita para estabelecer uma via aérea segura; contudo, pode trazer riscos. A obstrução de um tubo endotraqueal (TET) é um evento potencialmente fatal. Relatamos dois casos de obstrução de TET reesterilizado, de uso único, aramado por causa da dissecção da parede interna. Como conclusão, sugerimos não reesterilizar tubos individuais em tais casos, para evitar uma complicação como dissecção da parede interna do tubo, pois essa foi a causa principal.

    Resumo em Espanhol:

    La intubación endotraqueal se hace para establecer una vía aérea segura; sin embargo, puede traer riesgos. La obstrucción de un tubo endotraqueal (TET) es un evento potencialmente fatal. Relatamos aquí dos casos de obstrucción de TET re-esterilizado de uso único, en formato de espiral y reforzado a causa de la disección de la pared interna. Como conclusiones, sugerimos no re-esterilizar los tubos individuales en esos casos, para evitar una complicación como la disección de la pared interna del tubo, porque esa fue la causa principal.

    Resumo em Inglês:

    Endotracheal intubation is performed to establish a secure airway. However, this carries its risks and obstruction of an endotracheal tube (ETT) is a potentially life-threatening event. We report two cases with an obstruction of the resterilized, single use, spiral, reinforced endotracheal tubes by dissection of the internal wall. As a conclusion, we suggest not reusing and resterilizing single tubes in these cases to avoid a complication like dissection of the internal wall of the tube, as this has been the main cause.
  • Angulação cefálica da inserção da agulha peridural pode ser um fator importante para a abordagem segura do espaço peridural: um modelo matemático Carta Ao Editor

    Geier, karl Otto
Sociedade Brasileira de Anestesiologia R. Professor Alfredo Gomes, 36, 22251-080 Botafogo RJ Brasil, Tel: +55 21 2537-8100, Fax: +55 21 2537-8188 - Campinas - SP - Brazil
E-mail: bjan@sbahq.org