Acessibilidade / Reportar erro

Aveiro: cidade amiga das pessoas idosas!?

Aveiro: an age-friendly city!?

Resumos

A Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou a iniciativa Age-Friendly Cities para mobilizar as cidades do mundo na promoção do envelhecimento ativo. Respondendo a esse desafio, este estudo procura compreender como a cidade de Aveiro (Portugal) é ou não amiga das pessoas idosas. A metodologia seguiu o protocolo de Vancouver, proposto pela OMS. A entrevista de coleta de dados solicita aos participantes que identifiquem aspectos positivos e negativos da cidade e indiquem sugestões nos seguintes tópicos: espaços exteriores e edifícios; transportes; habitação; respeito e inclusão social; participação social; comunicação e informação; participação cívica e emprego; apoio comunitário e serviços de saúde. A entrevista foi aplicada em grupos focais a uma amostra de 37 pessoas idosas (29 mulheres) organizadas em quatro subgrupos: i) classe média com idade entre 60 e 74 anos (8); ii) classe média com mais de 75 anos (14); iii) classe baixa com idade entre 60 e 74 anos (8); iv) classe baixa com mais de 75 anos (7). Os principais resultados sugerem que: os aspectos positivos de Aveiro incidem na acessibilidade de alguns edifícios públicos; os aspectos negativos incluem o mau estado dos passeios; a acessibilidade da informação sobre atividades e eventos destaca-se como aspecto positivo e negativo. Os idosos apreciam viver na cidade de Aveiro, mas identificam aspectos que podem ser melhorados para que a cidade proporcione um envelhecimento cada vez mais ativo.

Cidades; Envelhecimento; Idosos; Participação


The World Health Organization (WHO) launched the initiative "Age-Friendly Cities " in order to mobilize cities all over the world in the promotion of active ageing. Responding to this challenge, this study tries to understand in what ways is Aveiro (Portugal) an age-friendly city. The methodology adopted the Vancouver Protocol following WHO recommendations. The interview asks the participants to identify positive and negative aspects, as well as suggestions in the following topics: outdoor spaces and buildings; transportation; housing; respect and social inclusion; social participation; communication and information; civic participation and employment; community support and health services. The interview was administered in focus group to a sample of 37 participants (29 females) divided by four groups: i) middle socio-economic status, 60-74 years (8); ii) middle socio-economic status, 75 years and over; (14); iii) low socio-economic status, 60-74 years (8); iv) low socio-economic status, 75 years and over (7). The main results suggest that: the positive aspects include the accessibility of some public buildings; the negative aspects include poor sidewalk quality; the availability of information about activities and events is underlined both as a positive and a negative aspect. The elderly appreciate living in Aveiro but they identify some aspects that should be improved so that ageing can become more and more active.

Cities; Ageing; Old Persons; Participation


Aveiro: cidade amiga das pessoas idosas!?

Aveiro: an age-friendly city!?

Hélia CenteioI; Sandra DiasI; Susana RitoI; Gonçalo SantinhaII; Henrique VicenteIII; Liliana SousaIII

IUniversidade de Aveiro. Secção Autônoma de Ciências da Saúde. Mestrado em Gerontologia. Aveiro, Portugal.

IIUniversidade de Aveiro. Secção Autônoma de Ciências Sociais, Jurídicas e Políticas. Aveiro, Portugal.

IIIUniversidade de Aveiro. Secção Autónoma de Ciências da Saúde. Aveiro, Portugal.

Correspondencia para Sandra Dias E-mail: sesdias@gmail.com

RESUMO

A Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou a iniciativa Age-Friendly Cities para mobilizar as cidades do mundo na promoção do envelhecimento ativo. Respondendo a esse desafio, este estudo procura compreender como a cidade de Aveiro (Portugal) é ou não amiga das pessoas idosas. A metodologia seguiu o protocolo de Vancouver, proposto pela OMS. A entrevista de coleta de dados solicita aos participantes que identifiquem aspectos positivos e negativos da cidade e indiquem sugestões nos seguintes tópicos: espaços exteriores e edifícios; transportes; habitação; respeito e inclusão social; participação social; comunicação e informação; participação cívica e emprego; apoio comunitário e serviços de saúde. A entrevista foi aplicada em grupos focais a uma amostra de 37 pessoas idosas (29 mulheres) organizadas em quatro subgrupos: i) classe média com idade entre 60 e 74 anos (8); ii) classe média com mais de 75 anos (14); iii) classe baixa com idade entre 60 e 74 anos (8); iv) classe baixa com mais de 75 anos (7). Os principais resultados sugerem que: os aspectos positivos de Aveiro incidem na acessibilidade de alguns edifícios públicos; os aspectos negativos incluem o mau estado dos passeios; a acessibilidade da informação sobre atividades e eventos destaca-se como aspecto positivo e negativo. Os idosos apreciam viver na cidade de Aveiro, mas identificam aspectos que podem ser melhorados para que a cidade proporcione um envelhecimento cada vez mais ativo.

Palavras-chave: Cidades. Envelhecimento. Idosos. Participação.

ABSTRACT

The World Health Organization (WHO) launched the initiative "Age-Friendly Cities " in order to mobilize cities all over the world in the promotion of active ageing. Responding to this challenge, this study tries to understand in what ways is Aveiro (Portugal) an age-friendly city. The methodology adopted the Vancouver Protocol following WHO recommendations. The interview asks the participants to identify positive and negative aspects, as well as suggestions in the following topics: outdoor spaces and buildings; transportation; housing; respect and social inclusion; social participation; communication and information; civic participation and employment; community support and health services. The interview was administered in focus group to a sample of 37 participants (29 females) divided by four groups: i) middle socio-economic status, 60-74 years (8); ii) middle socio-economic status, 75 years and over; (14); iii) low socio-economic status, 60-74 years (8); iv) low socio-economic status, 75 years and over (7). The main results suggest that: the positive aspects include the accessibility of some public buildings; the negative aspects include poor sidewalk quality; the availability of information about activities and events is underlined both as a positive and a negative aspect. The elderly appreciate living in Aveiro but they identify some aspects that should be improved so that ageing can become more and more active.

Keywords: Cities. Ageing. Old Persons. Participation.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

Correspondência / Correspondence

Recebido: 10/11/2009

Revisado: 09/7/2010

Aprovado: 30/7/2010

  • 1. Barca F. Agenda for a Reformed Cohesion Policy: a place-based approach to meeting European Union challenges and expectations. Independent Report prepared at the request of Danuta Hübner, Commissioner for Regional Policy. 2009.
  • 2
    Comissão Europeia, Direcção-Geral da Política Regional. As Regiões e a Mudança Econômica: respostas da política regional aos desafios demográficos. Bruxelas: 2007. 24p. Disponível em URL: http://ec.europa.eu/regional_policy/sources/docgener/presenta/demo/demochallenge_pt.pdf
  • 3
    Comission of the European Communities. Regions 2020: an assessment of future challenges for EU regions. Bruxelas: 2008. 47p. Disponível em URL: http://ec.europa.eu/regional_policy/sources/docoffic/working/regions2020/pdf/regions2020_en.pdf
  • 4
    Comission of the European Communities. Promoting Sustainable Urban Development in Europe: achievements and opportunities. Bruxelas: 2009. 60p. Disponível em URL: http://ec.europa.eu/regional_policy/sources/docgener/presenta/urban2009/urban2009_en.pdf
  • 5. World Health Organization. Global Age-Friendly Cities: a guide. Genebra: 2007. 82p. Disponível em URL: http://who.int/ageing/publications/Global_age_friendly_cities_Guide_English.pdf
  • 6. World Health Organization. Active ageing: a policy framework. Genebra: 2002. 60p. Disponível em URL: http://whqlibdoc.who.int/hq/2002/WHO_NMH_NPH_02.8.pdf
  • 7. Instituto Nacional de Estatística. Retrato territorial de Portugal 2005. Lisboa: Instituto Nacional de Estatística; 2007. 318p. Disponível em URL: http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=379068&PUBLICACOEStema=55466&PUBLICACOESmodo=2
  • 8
    Instituto Nacional de Estatística. Projecções População Residente em Portugal 2008-2060; 2009. Disponível em URL: http://www.ine.pt/ngt_server/attachfileu.jsp?look_parentBoui=66023625&att_display=n&att_download=y
  • 9. Cruz V. Plano de Urbanização da Cidade de Aveiro VII. Aveiro: Câmara Municipal de Aveiro; 2004.
  • 10. Hespanha P, et al População e Território. In: Hespanha P, et al. Horizontes Sociais. Aveiro: Universidade de Aveiro; 2001. p.11-24.
  • 11. Instituto Nacional de Estatística. Censos 2001. Disponível em URL: http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=133411&PUBLICACOEStema=00&PUBLICACOESmodo=2
  • 12. World Health Organization. Who Age-Friendly Cities Project Methodology: Vancouver Protocol. Genebra: 2007. 26p. Disponível em URL: http://www.saude.sp.gov.br/resources/profissional/acesso_rapido/gtae/saude_pessoa_idosa/protocolo_vancouver_cidade_amiga_do_idoso.pdf.
  • 13. Tripp D. Critical incidents in teaching: developing Professional judgement. 1Şedição. Londres: Routledge; 1993. 164p.
  • Sandra Dias
    E-mail:
  • 1
    Dados mais recentes disponíveis para este nível geográfico. 2009.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      23 Out 2014
    • Data do Fascículo
      Dez 2010

    Histórico

    • Aceito
      30 Jul 2010
    • Revisado
      09 Jul 2010
    • Recebido
      10 Nov 2009
    Universidade do Estado do Rio Janeiro Rua São Francisco Xavier, 524 - Bloco F, 20559-900 Rio de Janeiro - RJ Brasil, Tel.: (55 21) 2334-0168 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
    E-mail: revistabgg@gmail.com