Acessibilidade / Reportar erro

Estudos realizados no Brasil sobre a deficiência e a suplementação de zinco: ênfase em crianças

Resumo

Objetivos:

revisar a literatura dos estudos desenvolvidos no Brasil sobre a deficiência de zinco e os efeitos da suplementação.

Métodos:

realizou-se uma revisão da literatura baseada na pesquisa bibliográfica nas bases de dados SciELO, LILACS e MEDLINE/PUBMED. Identificaram-se 133 estudos sobre a deficiência de zinco e 116 em relação aos efeitos da suplementação. Foram analisados 32 artigos, dos quais 16 observacionais e 16 de intervenção.

Resultados:

os estudos enfocaram principalmente as crianças (75,0% dos observacionais e 81,25% dos experimentais). A deficiência bioquímica de zinco nas crianças apresentou grande variabilidade, de 0,0% a 74,3%, com prevalências expressivas na maioria dos estudos. A inadequação dietética entre as crianças apresentou variabilidade de 16,6% a 46,0%. Cinco de sete estudos mostraram efeito positivo da suplementação com zinco no estado nutricional do micronutriente.

Conclusão:

nas crianças, há indícios sobre a deficiência de zinco como problema de saúde pública, prevenível por meio da suplementação com o micronutriente.

Palavras-chave
Zinco; Estado nutricional; Criança; Brasil

Abstract

Objectives:

to review the literature of studies developed in Brazil on zinc deficiency and the effects of supplementation.

Methods:

a literature review based on bibliographic research was carried out in SciELO, LILACS and MEDLINE/PUBMED databases. A total of 133 studies on zinc deficiency and 116 on the effects of supplementation were identified. Thirty-two articles, 16 of which were observational and 16 interventional, were analyzed.

Results:

the studies focused mainly on children (75.0% of the observational and 81.25% of the experimental studies). Biochemical deficiency of zinc in children presented great variability, from 0.0% to 74.3%, with expressive prevalence in most studies. Dietary inadequacy among children presented variability from 16.6% to 46.0%. Five from seven studies showed a positive effect of zinc supplementation on micronutrient nutritional status.

Conclusions:

there is evidence of zinc deficiency in children as a public health problem, preventable through micronutrient supplementation.

Key words
Zinc; Nutritional status; Child; Brazil

Introdução

O zinco é um nutriente essencial para a saúde humana com numerosas funções estruturais, bioquímicas e reguladoras. Depois do ferro, o zinco é o micromineral com distribuição mais abundante no corpo humano, encontrando-se em grandes quantidades em todos os tecidos.11 Chasapis CT, Loutsidou AC, Spiliopoulou CA, Stefanidou ME. Zinc and human health: an update. Arch Toxicol. 2012; 86: 521-34. Ele desempenha funções cruciais na divisão celular, no metabolismo, no desenvolvimento sexual, na imunidade e na capacidade cognitiva, exercendo importantes ações estruturais, catalíticas e regulatórias.11 Chasapis CT, Loutsidou AC, Spiliopoulou CA, Stefanidou ME. Zinc and human health: an update. Arch Toxicol. 2012; 86: 521-34.

2 Macêdo EMC, Amorim MAF, Silva ACS, Castro CMMB. Efeitos da deficiência de cobre, zinco e magnésio sobre o sistema imune de crianças com desnutrição grave. Rev Paul Pediatr. 2010; 28 (3): 329-36.
-33 Pereira TC, Hessel G. Deficiência de zinco em crianças e adolescentes com doenças hepáticas crônicas. Rev Paul Pediatr. 2009; 27 (3): 322-8.

Dessa maneira, a deficiência de zinco está associada a desfechos negativos como incremento da morbimortalidade, aumento da gravidade das enfermidades infecciosas, déficit de crescimento, alterações fisiológicas (anorexia, hipogonadismo, hipogeusia (diminuição do paladar), dermatites, disfunções do sistema imune, danos oxidativos e neuropsicológicos), e comprometimento do desenvolvimento motor e cognitivo.44 Prasad AS. Impact of the Discovery of Human Zinc Deficiency on Health. J Am Coll of Nutr. 2009; 28 (3): 257-65.

A gênese dessa carência nutricional envolve etiologias múltiplas, que incluem: i) declínio das concentrações de zinco no leite materno, após os seis primeiros meses de lactação, associado à baixa ingestão desse mineral na alimentação complementar, no caso dos lactantes; ii) aumento dos requerimentos fisiológicos de zinco, observados na gravidez, na lactação e na fase de crescimento (infância e adolescência); iii) adoção de dietas pobres em proteínas de origem animal, e ricas em fitatos e/ou com alto valor energético; iv) redução no consumo de alimentos ocasionada pela mobilidade reduzida, que contribui para diminuição das necessidades energéticas, por problemas dentários e pela dificuldade de deglutição, no caso dos idosos; vi) deficiência de outros nutrientes, como a vitamina A e o ferro.55 Jiménez-Morán E, Bacardí-Gascón M, Jiménez-Cruz A. Efecto del zinc sobre el crecimiento lineal en menores de cinco años de Latinoamérica; revisión sistemática. Nutr Hosp. 2013; 28 (5): 1574-9.

6 Santos C, Fonseca J. Zinco: fisiopatologia, clínica e nutrição. Rev APNEP. 2012; 6 (1): 2-9.

7 International Zinc Nutrition Consultative Group. Assessment of the risk of zinc deficiency in populations and options for its control. Hotz C and Brown KH, editores. Food Nutr Bull. 2004; 25 (1 Supl 2): S91-204.
-88 Figueroa Pedraza D, Rocha ACD, Sales MC. Deficiência de micronutrientes e crescimento linear: revisão sistemática de estudos observacionais. Ciênc Saúde Coletiva. 2013; 18 (11): 3333-47.

A Organização Mundial da Saúde/Fundo das Nações Unidas para a Infância/ International Atomic Energy Agency/International Zinc Consultative Group (OMS/UNICEF/IAEA/IZiNCG) recomendam a identificação da deficiência de zinco como problema de saúde pública a partir do uso combinado de três indicadores: prevalência de baixo nível de zinco sérico >20%, prevalência de ingestão dietética inadequada de zinco >25%, e prevalência de crianças menores de cinco anos com déficit de estatura/idade >20%.99 Benoist B, Darnton-Hill I, Davidson L, Fontaine O, Hotz C. Conclusions of the Joint WHO/UNICEF/IAEA/IZiNCG Interagency Meeting on Zinc Status Indicators. Food Nutr Bull. 2007; 28 (3 Supl): 480-4. Considera-se, nesse sentido, que a deficiência de zinco seja um problema mundial. Estudos realizados em países latino-americanos e nos Estados Unidos da América mostraram variação na ingestão média de zinco entre 50% e 80% das recomendações, independente da idade, gênero e raça. Sugere-se que os países do sudeste da Ásia e da África subsaariana apresentem o maior risco de deficiência e que em outros países o problema também seja relevante, principalmente em localidades do sul da Ásia, da América Latina/Centro-América/Caribe e da Região Andina.77 International Zinc Nutrition Consultative Group. Assessment of the risk of zinc deficiency in populations and options for its control. Hotz C and Brown KH, editores. Food Nutr Bull. 2004; 25 (1 Supl 2): S91-204.,1010 Cruz JBF, Soares HF. Uma revisão sobre o zinco. Ensaios Ciênc Biol Agrárias Saúde. 2011; 15 (1): 207-22.

11 Salgueiro MJ, Bioch MZ, Lysionek A, Sarabia MI, Caro R, Paoli TD, Hager A, Weill Eng R, Bioch JB. Zinc as an essential micronutrient: a review. Nutr Res. 2000; 20(5): 737-55.

12 Bresani CC, Wessells KR, Brown KH. Estimating the Global Prevalence of Zinc Deficiency: Results Based on Zinc Availability in National Food Supplies and the Prevalence of Stunting. PLOS ONE. 2012; 7(11): 1-11.
-1313 Wood RJ. Assessment of marginal zinc status in humans. J Nutr. 2000; 130: 1350-4.

Porém, devido aos altos custos e problemas de logística na obtenção de marcadores biológicos do estado nutricional relativos ao zinco, poucos países de baixa renda apresentam dados nacionais relacionados ao nutriente.1212 Bresani CC, Wessells KR, Brown KH. Estimating the Global Prevalence of Zinc Deficiency: Results Based on Zinc Availability in National Food Supplies and the Prevalence of Stunting. PLOS ONE. 2012; 7(11): 1-11. Isso denota a importância do desenvolvimento de pesquisas que ajudem a elucidar a necessidade de avaliações mais específicas sobre a deficiência de zinco, sua etiologia e o impacto das medidas preventivas.

Considerando tais pressupostos, o presente trabalho tem por objetivo revisar a literatura dos estudos desenvolvidos no Brasil sobre a deficiência de zinco e os efeitos da suplementação.

Métodos

Trata-se de uma revisão da literatura compreendendo a análise de estudos de delineamento observacional e experimental, publicados entre 1990 e 2015. A revisão da literatura sobre o assunto foi realizada a partir da pesquisa nas bases de dados SciELO (Scientific Electronic Library Online), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e MEDLINE/PUBMED (US National Library of Medicine's - NLM). A busca bibliográfica foi realizada em 28 de janeiro de 2016 por dois revisores. Nas bases SciELO e LILACS, utilizaram-se os unitermos "zinc deficiency" (para a busca de estudos desenvolvidos no Brasil sobre a deficiência de zinco) e "zinc" AND "dietary supplementation" (para a busca de estudos desenvolvidos no Brasil sobre os efeitos das intervenções com zinco). No caso do MEDLINE/PUBMED, utilizaram-se como metodologia de busca os unitermos "zinc deficiency" AND "Brazil" (em relação à deficiência) e "zinc" AND "dietary supplementation" AND "Brazil" (em relação aos efeitos).

Quando os estudos foram identificados nas três bases de dados, procedeu-se à exclusão em uma delas, sem sua quantificação. Similarmente, para estudos envolvendo a mesma população e amostra, apenas um foi considerado. Para o cômputo do total de estudos identificados foi verificada a duplicidade dos mesmos entre as bases de dados, sendo cada artigo contabilizado somente uma vez.

A decisão sobre a inclusão dos artigos compreendeu duas etapas: i) triagem por meio da leitura dos títulos e resumos, ii) leitura na íntegra.

Na fase de triagem, foram eliminados estudos com as seguintes características: tese/dissertação, revisão da literatura, não realizados com seres humanos e desenvolvidos com grupos populacionais não brasileiros. Na fase de leitura na íntegra, optou-se por incluir artigos com participantes brasileiros de qualquer faixa etária, e estudos de delineamento observacional e experimental. Foram adotados os seguintes critérios de exclusão: estudos em indivíduos com algum tipo de doença não infecciosa ou com processos cirúrgicos/invasivos ou com características especiais (esportistas), estudos observacionais sem diagnóstico do estado nutricional de zinco por meio do uso de indicadores bioquímicos/dietéticos/funcionais (para o caso dos estudos sobre deficiência de zinco), estudos observacionais (para o caso dos estudos sobre os efeitos das intervenções com zinco), estudos experimentais (para o caso dos estudos sobre deficiência de zinco), estudos experimentais sem incluir a suplementação isolada de zinco (para o caso dos estudos sobre os efeitos das intervenções com zinco).

Os artigos observacionais foram caracterizados segundo autor e ano de publicação, grupo alvo de estudo, métodos diagnósticos da deficiência de zinco utilizados e principais resultados. Os artigos experimentais foram caracterizados segundo autor e ano de publicação, grupo alvo de estudo, métodos diagnósticos da deficiência de zinco utilizados, tipo de intervenção avaliada e principais resultados.

A qualidade dos estudos foi avaliada por meio de um checklist (lista de pontos) adaptado dos critérios de Downs e Black.1414 Downs HS, Black N. The feasibility of creating a checklist for the assessment of the methodological quality both of randomised and non-randomised studies of health care interventions. J Epidemiol Community Health. 1998; 52: 377-84. Os artigos foram analisados com base na: (1) qualidade da descrição dos objetivos; (2) qualidade da descrição do desfecho de estudo (estudos observacionais e experimentais) e da intervenção (estudos experimentais); (3) qualidade da caracterização da amostra (descrição dos participantes e dos critérios de elegibilidade); (4) qualidade da descrição e discussão dos principais fatores de confusão, bem como do mascaramento nos estudos experimentais; (5) qualidade da descrição das perdas de participantes; (6) qualidade da descrição dos principais resultados do estudo; (7) comprovação da representatividade da amostra estudada em relação à população de estudo; (8) descrição do cálculo da amostra e do processo de amostragem (estudos observacionais) ou da randomização (estudos experimentais); (9) acurácia dos instrumentos utilizados para medir o desfecho; (10) apropriação dos testes estatísticos às características das variáveis; (11) adequação da avaliação de grupos de comparação (iguais períodos de seguimento para os estudos de coorte e experimentais, iguais períodos de tempo entre a exposição e o desfecho para os estudos caso controle); (12) adequação dos grupos de comparação (recrutados da mesma população e no mesmo período de tempo); (13) adequação do ajuste para os fatores de confusão.

A avaliação de cada artigo foi realizada atribuindo-se o escore 1 quando o critério de qualidade foi atingido e o escore 0 quando da avaliação negativa. Ao final, para avaliar a qualidade de cada artigo, os escores foram somados e, com base neste somatório, os artigos foram classificados nas categorias: i) qualidade alta, quando escore total entre 9 e 13; qualidade média, quando escore total entre 6 e 8; qualidade baixa, quando escore total menor ou igual a 5.

Durante todas as etapas os dois revisores trabalharam de forma independente. Os dados extraídos foram cruzados para verificar a concordância. Os resultados discordantes foram resolvidos por consenso.

Resultados

Inicialmente foram identificados 133 estudos versando sobre a deficiência de zinco e 116 relacionados ao efeito das intervenções com o nutriente. Os resultados da identificação e seleção dos estudos encontram-se no fluxograma da revisão na Figura 1.

Figura 1
Fluxograma das fases da revisão de estudos brasileiros sobre a deficiência de zinco e os efeitos da suplementação. 1990 a 2015.

Dos 32 artigos incluídos, 16 correspondem a estudos de delineamento observacional1515 Jardim-Botelho A, Gurgel RQ, Henriques GS, Santos CB, Jordão AA, Faro FN, Silveira Souto FM, Rodrigues Santos AP, Eduardo Cuevas L. Micronutrient deficiencies in normal and overweight infants in a low socio-economic population in north-east Brazil. Paediatr Int Child Health. 2015, 8: 1-5.

16 Garcia MT, Granado FS, Cardoso MA. Alimentação complementar e estado nutricional de crianças menores de dois anos atendidas no Programa Saúde da Família em Acrelândia, Acre, Amazônia Ocidental Brasileira. Cad Saúde Pública. 2011; 27 (2): 305-16.

17 Figueroa Pedraza D, Rocha ACD, Queiroz EO, Sousa CPC. Estado nutricional relativo ao zinco de crianças que frequentam creches do estado da Paraíba. Rev Nutr. 2011; 24 (4): 539-52.

18 Beinner MA, Menezes MABC, Silva JBB, Amorim FR; Jansen AK; Lamounier JA. Zinco plasmático e zinco capilar, antropometria e consumo alimentar de crianças em uma região rural do Brasil. Rev Nutr. 2010; 23 (1): 75-83.

19 Custodio V, Daneluzzi JC, Custodio RJ, Del Ciampo LA, Ferraz IS, Martinelli Júnior CE, Ricco RG, Cupo P, Hering SE, Meirelles MS, Vannucchi H. Vitamin A deficiency among Brazilian school-aged children in a healthy childservice. Eur J Clin Nutr. 2009; 63 (4): 485-90.

20 Costa GA, Marreiro DN, Eulálio JM, Moita Neto J, Amorim AC, Nogueira AM, et al. Erythrocytary zinc and the infant growth profile in northeast Brazil. Bio Trace Elem Res. 2008; 126 (Supl 1): 15-20.

21 Borges CVD, Veiga APB, Barrosa GS, Jesus EFO, Serpa RFB, Moreira S, Salles-Costa R. Associação entre concentrações séricas de minerais, índices antropométricos e ocorrência de diarréia entre crianças de baixa renda da região metropolitana do Rio de Janeiro. Rev Nutr. 2007; 20 (2): 159-69.

22 Ferraz IS, Daneluzzi JC, Vannucchi H, Jordão Jr AA, Ricco RG, Del Ciampo LA, Martinelli CE Jr, Engelberg AA, Bonilha LR, Custódio VI. Zinc serum levels and their association with vitamin A deficiency in preschool children. J Pediatr (Rio J). 2007; 83 (6): 512-7.

23 Santos EB; Amancio OMS; Oliva CAG. Nutritional status, iron, copper, and zinc in school children of shantytwons of Sao Paulo. Rev Assoc Med Bras. 2007; 53 (4): 323-8.

24 Maia PA, Figueiredo RC, Anastácio AS, Silveira CLP, Donangelo CM. Zinc and copper metabolism in pregnancy and lactation of adolescent women. Nutrition. 2007; 23 (3): 248-53.

25 Tremeschin MH, Cervi MC, Camelo Júnior JD, Negrini BV, Martinez FE, Motta F, Meirelles MS, Vanucchhi H, Monteiro JP. Niacin nutritional status in HIV type 1-positive children: preliminary data. J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2007; 44(5): 629-33.

26 Morimoto JM, Marchioni DML, Fisberg RM. Using dietary reference intake-based methods to estimate prevalence of inadequate nutrient intake among female students in Brazil. J Am Diet Assoc. 2006; 106 (5): 733-6.

27 Cesar TB, Wada SR, Borges RG. Zinco plasmático e estado nutricional em idosos. Rev Nutr. 2005; 18 (3): 357-65.

28 Weyenbergh JV, Santana G, D'Oliveira Júnior A, Santos Júnior AF, Costa CH, Carvalho EM, Barral AMP, Barral Neto M. Zinc/copper imbalance reflects immune dysfunction in human leishmaniasis: an ex vivo and in vitro study. BMC Infect Dis. 2004; 4: 50-9.

29 Marinho HA, Roncada MJ. Ingestão e hábitos alimentares de pré-escolares de três capitais da Amazônia Ocidental Brasileira: um enfoque especial à ingestão de vitamina A. Acta Amaz. 2002; 33 (2): 263-74.
-3030 Fávaro RMD, Vannucchi H. Níveis plasmáticos de zinco e antropometria de crianças da periferia de centro urbano no Brasil. Rev Saúde Pública. 1990; 24 (1): 5-10. e os outros 16 são de intervenção.3131 Lima AA, Kvalsund MP, Souza PP, Figueiredo ÍL, Soares AM, Mota RM, Lima NL, Pinkerton RC, Patrick PP, Guerrant RL, Oriá RB. Zinc, vitamin A, and glutamine supplementation in Brazilian shantytown children at risk for diarrhea results in sex-specific improvements in verbal learning. Clinics (São Paulo). 2013; 68 (3): 351-8.

32 Moura JE, Moura ENO, Alves CX, Vale SHL, Dantas MMG, Silva AA, Almeida Md, Leite LD, Brandão-Neto J. Oral Zinc supplementation may improve cognitive function in schoolchildren. Biol Trace Elem Res. 2013; 155: 23-8.

33 Alves CX, Vale SHL, Dantas MMG, Maia AA, Franca MC, Marchini JS, Leite LD, Brandao-Neto J. Positive effects of zinc supplementation on growth, GH, IGF1, and IGFBP3 in eutrophic children. J Pediatr Endocr Met. 2012; 25 (9-10): 881-7.

34 Mitter SS, Oriá RB, Kvalsund MP, Pamplona P, Joventino ES, Mota RM, Gonçalves DC, Patrick PD, Guerrant RL, Lima AAM. Apolipoprotein E4 influences growth and cognitive responses to micronutrient supplementation in shantytown children from northeast Brazil. Clinics (São Paulo). 2012; 67 (1): 11-8.

35 Marreiro DN, Geloneze B, Tambascia MA, Lerário AC, Halpern A, Cozzolino SM. Effect of zinc supplementation on serum leptin levels and insulin resistance of obese women. Biol Trace Elem Res. 2006; 112(2): 109-18.

36 Silva AP, Vitolo MR, Zara LF, Castro CF. Effects of zinc supplementation on 1-to-5-year old children. J Pediatr (Rio J). 2006; 82 (3): 227-31.

37 Campos Júnior D, Veras Neto MC, Silva Filho VL, Leite MF, Holanda MB, Cunha NF. Zinc supplementation may recover taste for salt meals. J Pediatr (Rio J). 2004; 80 (1): 55-9.

38 Al-Sonboli N, Gurgel RQ, Shenkin A, Hart CA, Cuevas LE. Zinc supplementation in Brazilian children with acute diarrhoea. Ann Trop Paediatr. 2003; 23(1): 3-8.

39 Chen P, Soares AM, Lima AA, Gamble MV, Schorling JB, Conway M, Barrett LJ, Blaner WS, Guerrant RL. Association of vitamin A and zinc status with altered intestinal permeability: analyses of cohort data from north-eastern Brazil. J Health Popul Nutr. 2003; 21 (4): 309-15.

40 Cuevas LE, Almeida LM, Mazunder P, Paixão AC, Silva AM, Maciel L, Hart CA, Coulter JB. Effect of zinc on the tuberculin response of children exposed to adults with smear-positive tuberculosis. Ann Trop Paediatr. 2002; 22 (4): 313-9.

41 Donangelo CM, Woodhouse LR, King SM, Viteri FE, King JC. Supplemental zinc lowers measures of iron status in young woman with low iron reserves. J Nutr. 2002; 132 (7): 1860-4.

42 Porto MAS, Oliveira HP, Cunha AJ, Miranda G, Guimarães MM, Oliveira WA, Santos DM. Linear growth and zinc supplementation in children with short stature. J Pediatr Endocrinol Metab. 2000; 13 (8): 1121-8.

43 Castro AV, Mendonça BB, Bloise W, Shuhama T, Brandão Neto J. Effect of zinc administration on thyrotropin releasing hormone-stimulated prolactinemia in healthy men. Biometals 1999; 12(4): 347-52.

44 Ashworth A, Morris SS, Lira PI, Grantham-McGregor SM. Zinc supplementation, mental development and behaviour in low birth weight term infants in northeast Brazil. Eur J Clin Nutr. 1998; 52 (3): 223-7.

45 Lira PI, Ashworth A, Morris SS. Effect of zinc supplementation on the morbidity, immune function, and growth of low-birth-weight, full-term infants in northeast Brazil. Am J Clin Nutr. 1998; 68(Supl 2): S418-424.
-4646 Marinho HA, Shrimpton R, Giugliano R, Burini RC. Influence of enteral parasites on the blood vitamin A levels in preschool children orally supplemented with retinol and/or zinc. Eur J Clin Nutr. 1991; 45 (11): 539-44. As Tabelas 1 e 2 apresentam uma síntese dos artigos, os quais enfocaram principalmente as crianças (75,0% dos estudos observacionais e 81,25% dos experimentais).

Tabela 1
Síntese dos manuscritos observacionais sobre a deficiência de zinco no Brasil. 1990 a 2015.
Tabela 2
Síntese dos manuscritos experimentais sobre os efeitos funcionais e no estado nutricional de micronutrientes de intervenções com zinco no Brasil. 1990 a 2015.

Na avaliação da qualidade dos estudos (dados não apresentados em tabelas), 16 foram categorizados como de qualidade média (12 observacionais e quatro experimentais) e 16 com qualidade alta (quatro observacionais e 12 experimentais). Os critérios de qualidade em que os artigos apresentaram maior limitação foram, marcadamente, a comprovação da representatividade da amostra estudada em relação à população de estudo (tanto nos estudos observacionais quanto nos experimentais), a definição dos principais fatores de confusão (nos estudos observacionais) e a descrição das perdas de participantes (tanto nos estudos observacionais quanto nos experimentais). Considerando que todos os artigos tiveram avaliação da qualidade média ou alta e que os principais riscos de vieses associaram-se às análises das perdas de participantes e dos fatores de confundimento, sem prejuízos aos objetivos da revisão, decidiu-se pela sistematização de todos os estudos.

A análise da representatividade amostral aponta que 15 estudos1616 Garcia MT, Granado FS, Cardoso MA. Alimentação complementar e estado nutricional de crianças menores de dois anos atendidas no Programa Saúde da Família em Acrelândia, Acre, Amazônia Ocidental Brasileira. Cad Saúde Pública. 2011; 27 (2): 305-16.,1717 Figueroa Pedraza D, Rocha ACD, Queiroz EO, Sousa CPC. Estado nutricional relativo ao zinco de crianças que frequentam creches do estado da Paraíba. Rev Nutr. 2011; 24 (4): 539-52.,1919 Custodio V, Daneluzzi JC, Custodio RJ, Del Ciampo LA, Ferraz IS, Martinelli Júnior CE, Ricco RG, Cupo P, Hering SE, Meirelles MS, Vannucchi H. Vitamin A deficiency among Brazilian school-aged children in a healthy childservice. Eur J Clin Nutr. 2009; 63 (4): 485-90.,2020 Costa GA, Marreiro DN, Eulálio JM, Moita Neto J, Amorim AC, Nogueira AM, et al. Erythrocytary zinc and the infant growth profile in northeast Brazil. Bio Trace Elem Res. 2008; 126 (Supl 1): 15-20.,2929 Marinho HA, Roncada MJ. Ingestão e hábitos alimentares de pré-escolares de três capitais da Amazônia Ocidental Brasileira: um enfoque especial à ingestão de vitamina A. Acta Amaz. 2002; 33 (2): 263-74.,3131 Lima AA, Kvalsund MP, Souza PP, Figueiredo ÍL, Soares AM, Mota RM, Lima NL, Pinkerton RC, Patrick PP, Guerrant RL, Oriá RB. Zinc, vitamin A, and glutamine supplementation in Brazilian shantytown children at risk for diarrhea results in sex-specific improvements in verbal learning. Clinics (São Paulo). 2013; 68 (3): 351-8.,3434 Mitter SS, Oriá RB, Kvalsund MP, Pamplona P, Joventino ES, Mota RM, Gonçalves DC, Patrick PD, Guerrant RL, Lima AAM. Apolipoprotein E4 influences growth and cognitive responses to micronutrient supplementation in shantytown children from northeast Brazil. Clinics (São Paulo). 2012; 67 (1): 11-8.,3636 Silva AP, Vitolo MR, Zara LF, Castro CF. Effects of zinc supplementation on 1-to-5-year old children. J Pediatr (Rio J). 2006; 82 (3): 227-31.,3838 Al-Sonboli N, Gurgel RQ, Shenkin A, Hart CA, Cuevas LE. Zinc supplementation in Brazilian children with acute diarrhoea. Ann Trop Paediatr. 2003; 23(1): 3-8.

39 Chen P, Soares AM, Lima AA, Gamble MV, Schorling JB, Conway M, Barrett LJ, Blaner WS, Guerrant RL. Association of vitamin A and zinc status with altered intestinal permeability: analyses of cohort data from north-eastern Brazil. J Health Popul Nutr. 2003; 21 (4): 309-15.
-4040 Cuevas LE, Almeida LM, Mazunder P, Paixão AC, Silva AM, Maciel L, Hart CA, Coulter JB. Effect of zinc on the tuberculin response of children exposed to adults with smear-positive tuberculosis. Ann Trop Paediatr. 2002; 22 (4): 313-9.,4242 Porto MAS, Oliveira HP, Cunha AJ, Miranda G, Guimarães MM, Oliveira WA, Santos DM. Linear growth and zinc supplementation in children with short stature. J Pediatr Endocrinol Metab. 2000; 13 (8): 1121-8.,4444 Ashworth A, Morris SS, Lira PI, Grantham-McGregor SM. Zinc supplementation, mental development and behaviour in low birth weight term infants in northeast Brazil. Eur J Clin Nutr. 1998; 52 (3): 223-7.

45 Lira PI, Ashworth A, Morris SS. Effect of zinc supplementation on the morbidity, immune function, and growth of low-birth-weight, full-term infants in northeast Brazil. Am J Clin Nutr. 1998; 68(Supl 2): S418-424.
-4646 Marinho HA, Shrimpton R, Giugliano R, Burini RC. Influence of enteral parasites on the blood vitamin A levels in preschool children orally supplemented with retinol and/or zinc. Eur J Clin Nutr. 1991; 45 (11): 539-44. usaram amostra representativa e seleção aleatória dos participantes, cinco1515 Jardim-Botelho A, Gurgel RQ, Henriques GS, Santos CB, Jordão AA, Faro FN, Silveira Souto FM, Rodrigues Santos AP, Eduardo Cuevas L. Micronutrient deficiencies in normal and overweight infants in a low socio-economic population in north-east Brazil. Paediatr Int Child Health. 2015, 8: 1-5.,1818 Beinner MA, Menezes MABC, Silva JBB, Amorim FR; Jansen AK; Lamounier JA. Zinco plasmático e zinco capilar, antropometria e consumo alimentar de crianças em uma região rural do Brasil. Rev Nutr. 2010; 23 (1): 75-83.,2121 Borges CVD, Veiga APB, Barrosa GS, Jesus EFO, Serpa RFB, Moreira S, Salles-Costa R. Associação entre concentrações séricas de minerais, índices antropométricos e ocorrência de diarréia entre crianças de baixa renda da região metropolitana do Rio de Janeiro. Rev Nutr. 2007; 20 (2): 159-69.,2222 Ferraz IS, Daneluzzi JC, Vannucchi H, Jordão Jr AA, Ricco RG, Del Ciampo LA, Martinelli CE Jr, Engelberg AA, Bonilha LR, Custódio VI. Zinc serum levels and their association with vitamin A deficiency in preschool children. J Pediatr (Rio J). 2007; 83 (6): 512-7.,3737 Campos Júnior D, Veras Neto MC, Silva Filho VL, Leite MF, Holanda MB, Cunha NF. Zinc supplementation may recover taste for salt meals. J Pediatr (Rio J). 2004; 80 (1): 55-9. estudaram grande porcentagem da população e dez2323 Santos EB; Amancio OMS; Oliva CAG. Nutritional status, iron, copper, and zinc in school children of shantytwons of Sao Paulo. Rev Assoc Med Bras. 2007; 53 (4): 323-8.,2424 Maia PA, Figueiredo RC, Anastácio AS, Silveira CLP, Donangelo CM. Zinc and copper metabolism in pregnancy and lactation of adolescent women. Nutrition. 2007; 23 (3): 248-53.,2626 Morimoto JM, Marchioni DML, Fisberg RM. Using dietary reference intake-based methods to estimate prevalence of inadequate nutrient intake among female students in Brazil. J Am Diet Assoc. 2006; 106 (5): 733-6.,2727 Cesar TB, Wada SR, Borges RG. Zinco plasmático e estado nutricional em idosos. Rev Nutr. 2005; 18 (3): 357-65.,3030 Fávaro RMD, Vannucchi H. Níveis plasmáticos de zinco e antropometria de crianças da periferia de centro urbano no Brasil. Rev Saúde Pública. 1990; 24 (1): 5-10.,3232 Moura JE, Moura ENO, Alves CX, Vale SHL, Dantas MMG, Silva AA, Almeida Md, Leite LD, Brandão-Neto J. Oral Zinc supplementation may improve cognitive function in schoolchildren. Biol Trace Elem Res. 2013; 155: 23-8.,3333 Alves CX, Vale SHL, Dantas MMG, Maia AA, Franca MC, Marchini JS, Leite LD, Brandao-Neto J. Positive effects of zinc supplementation on growth, GH, IGF1, and IGFBP3 in eutrophic children. J Pediatr Endocr Met. 2012; 25 (9-10): 881-7.,3535 Marreiro DN, Geloneze B, Tambascia MA, Lerário AC, Halpern A, Cozzolino SM. Effect of zinc supplementation on serum leptin levels and insulin resistance of obese women. Biol Trace Elem Res. 2006; 112(2): 109-18.,4141 Donangelo CM, Woodhouse LR, King SM, Viteri FE, King JC. Supplemental zinc lowers measures of iron status in young woman with low iron reserves. J Nutr. 2002; 132 (7): 1860-4.,4343 Castro AV, Mendonça BB, Bloise W, Shuhama T, Brandão Neto J. Effect of zinc administration on thyrotropin releasing hormone-stimulated prolactinemia in healthy men. Biometals 1999; 12(4): 347-52. estudaram populações sem característica alguma de representatividade. A exceção de dois estudos,2525 Tremeschin MH, Cervi MC, Camelo Júnior JD, Negrini BV, Martinez FE, Motta F, Meirelles MS, Vanucchhi H, Monteiro JP. Niacin nutritional status in HIV type 1-positive children: preliminary data. J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2007; 44(5): 629-33.,3030 Fávaro RMD, Vannucchi H. Níveis plasmáticos de zinco e antropometria de crianças da periferia de centro urbano no Brasil. Rev Saúde Pública. 1990; 24 (1): 5-10. a representatividade ficou garantida em todos os outros que enfocaram as crianças pré-escolares (Tabelas 1 e 2).

Os estudos observacionais (Tabela 1) mostram grande diversidade enquanto faixa etária/estado fisiológico, população de estudo, métodos diagnósticos e associação com indicadores funcionais. O grupo de crianças foi o mais estudado (n=12).1515 Jardim-Botelho A, Gurgel RQ, Henriques GS, Santos CB, Jordão AA, Faro FN, Silveira Souto FM, Rodrigues Santos AP, Eduardo Cuevas L. Micronutrient deficiencies in normal and overweight infants in a low socio-economic population in north-east Brazil. Paediatr Int Child Health. 2015, 8: 1-5.,1616 Garcia MT, Granado FS, Cardoso MA. Alimentação complementar e estado nutricional de crianças menores de dois anos atendidas no Programa Saúde da Família em Acrelândia, Acre, Amazônia Ocidental Brasileira. Cad Saúde Pública. 2011; 27 (2): 305-16.

17 Figueroa Pedraza D, Rocha ACD, Queiroz EO, Sousa CPC. Estado nutricional relativo ao zinco de crianças que frequentam creches do estado da Paraíba. Rev Nutr. 2011; 24 (4): 539-52.

18 Beinner MA, Menezes MABC, Silva JBB, Amorim FR; Jansen AK; Lamounier JA. Zinco plasmático e zinco capilar, antropometria e consumo alimentar de crianças em uma região rural do Brasil. Rev Nutr. 2010; 23 (1): 75-83.

19 Custodio V, Daneluzzi JC, Custodio RJ, Del Ciampo LA, Ferraz IS, Martinelli Júnior CE, Ricco RG, Cupo P, Hering SE, Meirelles MS, Vannucchi H. Vitamin A deficiency among Brazilian school-aged children in a healthy childservice. Eur J Clin Nutr. 2009; 63 (4): 485-90.

20 Costa GA, Marreiro DN, Eulálio JM, Moita Neto J, Amorim AC, Nogueira AM, et al. Erythrocytary zinc and the infant growth profile in northeast Brazil. Bio Trace Elem Res. 2008; 126 (Supl 1): 15-20.

21 Borges CVD, Veiga APB, Barrosa GS, Jesus EFO, Serpa RFB, Moreira S, Salles-Costa R. Associação entre concentrações séricas de minerais, índices antropométricos e ocorrência de diarréia entre crianças de baixa renda da região metropolitana do Rio de Janeiro. Rev Nutr. 2007; 20 (2): 159-69.

22 Ferraz IS, Daneluzzi JC, Vannucchi H, Jordão Jr AA, Ricco RG, Del Ciampo LA, Martinelli CE Jr, Engelberg AA, Bonilha LR, Custódio VI. Zinc serum levels and their association with vitamin A deficiency in preschool children. J Pediatr (Rio J). 2007; 83 (6): 512-7.
-2323 Santos EB; Amancio OMS; Oliva CAG. Nutritional status, iron, copper, and zinc in school children of shantytwons of Sao Paulo. Rev Assoc Med Bras. 2007; 53 (4): 323-8.,2525 Tremeschin MH, Cervi MC, Camelo Júnior JD, Negrini BV, Martinez FE, Motta F, Meirelles MS, Vanucchhi H, Monteiro JP. Niacin nutritional status in HIV type 1-positive children: preliminary data. J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2007; 44(5): 629-33.,2929 Marinho HA, Roncada MJ. Ingestão e hábitos alimentares de pré-escolares de três capitais da Amazônia Ocidental Brasileira: um enfoque especial à ingestão de vitamina A. Acta Amaz. 2002; 33 (2): 263-74.,3030 Fávaro RMD, Vannucchi H. Níveis plasmáticos de zinco e antropometria de crianças da periferia de centro urbano no Brasil. Rev Saúde Pública. 1990; 24 (1): 5-10. A Região Sudeste concentrou a maior parte dos estudos (n=10),1818 Beinner MA, Menezes MABC, Silva JBB, Amorim FR; Jansen AK; Lamounier JA. Zinco plasmático e zinco capilar, antropometria e consumo alimentar de crianças em uma região rural do Brasil. Rev Nutr. 2010; 23 (1): 75-83.,1919 Custodio V, Daneluzzi JC, Custodio RJ, Del Ciampo LA, Ferraz IS, Martinelli Júnior CE, Ricco RG, Cupo P, Hering SE, Meirelles MS, Vannucchi H. Vitamin A deficiency among Brazilian school-aged children in a healthy childservice. Eur J Clin Nutr. 2009; 63 (4): 485-90.,2121 Borges CVD, Veiga APB, Barrosa GS, Jesus EFO, Serpa RFB, Moreira S, Salles-Costa R. Associação entre concentrações séricas de minerais, índices antropométricos e ocorrência de diarréia entre crianças de baixa renda da região metropolitana do Rio de Janeiro. Rev Nutr. 2007; 20 (2): 159-69.

22 Ferraz IS, Daneluzzi JC, Vannucchi H, Jordão Jr AA, Ricco RG, Del Ciampo LA, Martinelli CE Jr, Engelberg AA, Bonilha LR, Custódio VI. Zinc serum levels and their association with vitamin A deficiency in preschool children. J Pediatr (Rio J). 2007; 83 (6): 512-7.

23 Santos EB; Amancio OMS; Oliva CAG. Nutritional status, iron, copper, and zinc in school children of shantytwons of Sao Paulo. Rev Assoc Med Bras. 2007; 53 (4): 323-8.

24 Maia PA, Figueiredo RC, Anastácio AS, Silveira CLP, Donangelo CM. Zinc and copper metabolism in pregnancy and lactation of adolescent women. Nutrition. 2007; 23 (3): 248-53.

25 Tremeschin MH, Cervi MC, Camelo Júnior JD, Negrini BV, Martinez FE, Motta F, Meirelles MS, Vanucchhi H, Monteiro JP. Niacin nutritional status in HIV type 1-positive children: preliminary data. J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2007; 44(5): 629-33.

26 Morimoto JM, Marchioni DML, Fisberg RM. Using dietary reference intake-based methods to estimate prevalence of inadequate nutrient intake among female students in Brazil. J Am Diet Assoc. 2006; 106 (5): 733-6.
-2727 Cesar TB, Wada SR, Borges RG. Zinco plasmático e estado nutricional em idosos. Rev Nutr. 2005; 18 (3): 357-65.,3030 Fávaro RMD, Vannucchi H. Níveis plasmáticos de zinco e antropometria de crianças da periferia de centro urbano no Brasil. Rev Saúde Pública. 1990; 24 (1): 5-10. bem superior às outras regiões com no máximo quatro estudos. Os indicadores bioquímicos do estado nutricional de zinco mais usados foram o zinco plasmático (n=6),1515 Jardim-Botelho A, Gurgel RQ, Henriques GS, Santos CB, Jordão AA, Faro FN, Silveira Souto FM, Rodrigues Santos AP, Eduardo Cuevas L. Micronutrient deficiencies in normal and overweight infants in a low socio-economic population in north-east Brazil. Paediatr Int Child Health. 2015, 8: 1-5.,1818 Beinner MA, Menezes MABC, Silva JBB, Amorim FR; Jansen AK; Lamounier JA. Zinco plasmático e zinco capilar, antropometria e consumo alimentar de crianças em uma região rural do Brasil. Rev Nutr. 2010; 23 (1): 75-83.,2424 Maia PA, Figueiredo RC, Anastácio AS, Silveira CLP, Donangelo CM. Zinc and copper metabolism in pregnancy and lactation of adolescent women. Nutrition. 2007; 23 (3): 248-53.,2727 Cesar TB, Wada SR, Borges RG. Zinco plasmático e estado nutricional em idosos. Rev Nutr. 2005; 18 (3): 357-65.,2828 Weyenbergh JV, Santana G, D'Oliveira Júnior A, Santos Júnior AF, Costa CH, Carvalho EM, Barral AMP, Barral Neto M. Zinc/copper imbalance reflects immune dysfunction in human leishmaniasis: an ex vivo and in vitro study. BMC Infect Dis. 2004; 4: 50-9.,3030 Fávaro RMD, Vannucchi H. Níveis plasmáticos de zinco e antropometria de crianças da periferia de centro urbano no Brasil. Rev Saúde Pública. 1990; 24 (1): 5-10. o zinco sérico (n=5)1717 Figueroa Pedraza D, Rocha ACD, Queiroz EO, Sousa CPC. Estado nutricional relativo ao zinco de crianças que frequentam creches do estado da Paraíba. Rev Nutr. 2011; 24 (4): 539-52.,1919 Custodio V, Daneluzzi JC, Custodio RJ, Del Ciampo LA, Ferraz IS, Martinelli Júnior CE, Ricco RG, Cupo P, Hering SE, Meirelles MS, Vannucchi H. Vitamin A deficiency among Brazilian school-aged children in a healthy childservice. Eur J Clin Nutr. 2009; 63 (4): 485-90.,2121 Borges CVD, Veiga APB, Barrosa GS, Jesus EFO, Serpa RFB, Moreira S, Salles-Costa R. Associação entre concentrações séricas de minerais, índices antropométricos e ocorrência de diarréia entre crianças de baixa renda da região metropolitana do Rio de Janeiro. Rev Nutr. 2007; 20 (2): 159-69.

22 Ferraz IS, Daneluzzi JC, Vannucchi H, Jordão Jr AA, Ricco RG, Del Ciampo LA, Martinelli CE Jr, Engelberg AA, Bonilha LR, Custódio VI. Zinc serum levels and their association with vitamin A deficiency in preschool children. J Pediatr (Rio J). 2007; 83 (6): 512-7.
-2323 Santos EB; Amancio OMS; Oliva CAG. Nutritional status, iron, copper, and zinc in school children of shantytwons of Sao Paulo. Rev Assoc Med Bras. 2007; 53 (4): 323-8. e o zinco eritrocitário (n=3).1515 Jardim-Botelho A, Gurgel RQ, Henriques GS, Santos CB, Jordão AA, Faro FN, Silveira Souto FM, Rodrigues Santos AP, Eduardo Cuevas L. Micronutrient deficiencies in normal and overweight infants in a low socio-economic population in north-east Brazil. Paediatr Int Child Health. 2015, 8: 1-5.,2020 Costa GA, Marreiro DN, Eulálio JM, Moita Neto J, Amorim AC, Nogueira AM, et al. Erythrocytary zinc and the infant growth profile in northeast Brazil. Bio Trace Elem Res. 2008; 126 (Supl 1): 15-20.,2323 Santos EB; Amancio OMS; Oliva CAG. Nutritional status, iron, copper, and zinc in school children of shantytwons of Sao Paulo. Rev Assoc Med Bras. 2007; 53 (4): 323-8. Para avaliar a ingestão dietética de zinco alimentar, o recordatório de 24 horas foi o instrumento mais utilizado. A associação do estado nutricional de zinco com o crescimento, com as doenças infecciosas comuns na infância e com o estado nutricional de outros micronutrientes foi abordada em seis,1515 Jardim-Botelho A, Gurgel RQ, Henriques GS, Santos CB, Jordão AA, Faro FN, Silveira Souto FM, Rodrigues Santos AP, Eduardo Cuevas L. Micronutrient deficiencies in normal and overweight infants in a low socio-economic population in north-east Brazil. Paediatr Int Child Health. 2015, 8: 1-5.,1717 Figueroa Pedraza D, Rocha ACD, Queiroz EO, Sousa CPC. Estado nutricional relativo ao zinco de crianças que frequentam creches do estado da Paraíba. Rev Nutr. 2011; 24 (4): 539-52.,1818 Beinner MA, Menezes MABC, Silva JBB, Amorim FR; Jansen AK; Lamounier JA. Zinco plasmático e zinco capilar, antropometria e consumo alimentar de crianças em uma região rural do Brasil. Rev Nutr. 2010; 23 (1): 75-83.,2020 Costa GA, Marreiro DN, Eulálio JM, Moita Neto J, Amorim AC, Nogueira AM, et al. Erythrocytary zinc and the infant growth profile in northeast Brazil. Bio Trace Elem Res. 2008; 126 (Supl 1): 15-20.,2121 Borges CVD, Veiga APB, Barrosa GS, Jesus EFO, Serpa RFB, Moreira S, Salles-Costa R. Associação entre concentrações séricas de minerais, índices antropométricos e ocorrência de diarréia entre crianças de baixa renda da região metropolitana do Rio de Janeiro. Rev Nutr. 2007; 20 (2): 159-69.,3030 Fávaro RMD, Vannucchi H. Níveis plasmáticos de zinco e antropometria de crianças da periferia de centro urbano no Brasil. Rev Saúde Pública. 1990; 24 (1): 5-10. dois2121 Borges CVD, Veiga APB, Barrosa GS, Jesus EFO, Serpa RFB, Moreira S, Salles-Costa R. Associação entre concentrações séricas de minerais, índices antropométricos e ocorrência de diarréia entre crianças de baixa renda da região metropolitana do Rio de Janeiro. Rev Nutr. 2007; 20 (2): 159-69.,2222 Ferraz IS, Daneluzzi JC, Vannucchi H, Jordão Jr AA, Ricco RG, Del Ciampo LA, Martinelli CE Jr, Engelberg AA, Bonilha LR, Custódio VI. Zinc serum levels and their association with vitamin A deficiency in preschool children. J Pediatr (Rio J). 2007; 83 (6): 512-7. e três1919 Custodio V, Daneluzzi JC, Custodio RJ, Del Ciampo LA, Ferraz IS, Martinelli Júnior CE, Ricco RG, Cupo P, Hering SE, Meirelles MS, Vannucchi H. Vitamin A deficiency among Brazilian school-aged children in a healthy childservice. Eur J Clin Nutr. 2009; 63 (4): 485-90.,2222 Ferraz IS, Daneluzzi JC, Vannucchi H, Jordão Jr AA, Ricco RG, Del Ciampo LA, Martinelli CE Jr, Engelberg AA, Bonilha LR, Custódio VI. Zinc serum levels and their association with vitamin A deficiency in preschool children. J Pediatr (Rio J). 2007; 83 (6): 512-7.,2323 Santos EB; Amancio OMS; Oliva CAG. Nutritional status, iron, copper, and zinc in school children of shantytwons of Sao Paulo. Rev Assoc Med Bras. 2007; 53 (4): 323-8. estudos, respectivamente. Considerando o grupo de crianças, seis estudos1818 Beinner MA, Menezes MABC, Silva JBB, Amorim FR; Jansen AK; Lamounier JA. Zinco plasmático e zinco capilar, antropometria e consumo alimentar de crianças em uma região rural do Brasil. Rev Nutr. 2010; 23 (1): 75-83.,1919 Custodio V, Daneluzzi JC, Custodio RJ, Del Ciampo LA, Ferraz IS, Martinelli Júnior CE, Ricco RG, Cupo P, Hering SE, Meirelles MS, Vannucchi H. Vitamin A deficiency among Brazilian school-aged children in a healthy childservice. Eur J Clin Nutr. 2009; 63 (4): 485-90.,2121 Borges CVD, Veiga APB, Barrosa GS, Jesus EFO, Serpa RFB, Moreira S, Salles-Costa R. Associação entre concentrações séricas de minerais, índices antropométricos e ocorrência de diarréia entre crianças de baixa renda da região metropolitana do Rio de Janeiro. Rev Nutr. 2007; 20 (2): 159-69.,2222 Ferraz IS, Daneluzzi JC, Vannucchi H, Jordão Jr AA, Ricco RG, Del Ciampo LA, Martinelli CE Jr, Engelberg AA, Bonilha LR, Custódio VI. Zinc serum levels and their association with vitamin A deficiency in preschool children. J Pediatr (Rio J). 2007; 83 (6): 512-7.,2525 Tremeschin MH, Cervi MC, Camelo Júnior JD, Negrini BV, Martinez FE, Motta F, Meirelles MS, Vanucchhi H, Monteiro JP. Niacin nutritional status in HIV type 1-positive children: preliminary data. J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2007; 44(5): 629-33.,3030 Fávaro RMD, Vannucchi H. Níveis plasmáticos de zinco e antropometria de crianças da periferia de centro urbano no Brasil. Rev Saúde Pública. 1990; 24 (1): 5-10. foram realizados no Sudeste, oito1515 Jardim-Botelho A, Gurgel RQ, Henriques GS, Santos CB, Jordão AA, Faro FN, Silveira Souto FM, Rodrigues Santos AP, Eduardo Cuevas L. Micronutrient deficiencies in normal and overweight infants in a low socio-economic population in north-east Brazil. Paediatr Int Child Health. 2015, 8: 1-5.,1717 Figueroa Pedraza D, Rocha ACD, Queiroz EO, Sousa CPC. Estado nutricional relativo ao zinco de crianças que frequentam creches do estado da Paraíba. Rev Nutr. 2011; 24 (4): 539-52.

18 Beinner MA, Menezes MABC, Silva JBB, Amorim FR; Jansen AK; Lamounier JA. Zinco plasmático e zinco capilar, antropometria e consumo alimentar de crianças em uma região rural do Brasil. Rev Nutr. 2010; 23 (1): 75-83.

19 Custodio V, Daneluzzi JC, Custodio RJ, Del Ciampo LA, Ferraz IS, Martinelli Júnior CE, Ricco RG, Cupo P, Hering SE, Meirelles MS, Vannucchi H. Vitamin A deficiency among Brazilian school-aged children in a healthy childservice. Eur J Clin Nutr. 2009; 63 (4): 485-90.

20 Costa GA, Marreiro DN, Eulálio JM, Moita Neto J, Amorim AC, Nogueira AM, et al. Erythrocytary zinc and the infant growth profile in northeast Brazil. Bio Trace Elem Res. 2008; 126 (Supl 1): 15-20.

21 Borges CVD, Veiga APB, Barrosa GS, Jesus EFO, Serpa RFB, Moreira S, Salles-Costa R. Associação entre concentrações séricas de minerais, índices antropométricos e ocorrência de diarréia entre crianças de baixa renda da região metropolitana do Rio de Janeiro. Rev Nutr. 2007; 20 (2): 159-69.
-2222 Ferraz IS, Daneluzzi JC, Vannucchi H, Jordão Jr AA, Ricco RG, Del Ciampo LA, Martinelli CE Jr, Engelberg AA, Bonilha LR, Custódio VI. Zinc serum levels and their association with vitamin A deficiency in preschool children. J Pediatr (Rio J). 2007; 83 (6): 512-7.,3030 Fávaro RMD, Vannucchi H. Níveis plasmáticos de zinco e antropometria de crianças da periferia de centro urbano no Brasil. Rev Saúde Pública. 1990; 24 (1): 5-10. apresentaram resultados de prevalência de deficiência de zinco com a utilização de parâmetros bioquímicos, e cinco 1616 Garcia MT, Granado FS, Cardoso MA. Alimentação complementar e estado nutricional de crianças menores de dois anos atendidas no Programa Saúde da Família em Acrelândia, Acre, Amazônia Ocidental Brasileira. Cad Saúde Pública. 2011; 27 (2): 305-16.

17 Figueroa Pedraza D, Rocha ACD, Queiroz EO, Sousa CPC. Estado nutricional relativo ao zinco de crianças que frequentam creches do estado da Paraíba. Rev Nutr. 2011; 24 (4): 539-52.
-1818 Beinner MA, Menezes MABC, Silva JBB, Amorim FR; Jansen AK; Lamounier JA. Zinco plasmático e zinco capilar, antropometria e consumo alimentar de crianças em uma região rural do Brasil. Rev Nutr. 2010; 23 (1): 75-83.,2525 Tremeschin MH, Cervi MC, Camelo Júnior JD, Negrini BV, Martinez FE, Motta F, Meirelles MS, Vanucchhi H, Monteiro JP. Niacin nutritional status in HIV type 1-positive children: preliminary data. J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2007; 44(5): 629-33.,2929 Marinho HA, Roncada MJ. Ingestão e hábitos alimentares de pré-escolares de três capitais da Amazônia Ocidental Brasileira: um enfoque especial à ingestão de vitamina A. Acta Amaz. 2002; 33 (2): 263-74. apresentaram resultados de inadequação dietética de zinco alimentar.

As prevalências de inadequação dietética de zinco foram altas em todos os grupos estudados. Nas crianças, houve variação de inadequação de 16,6% a 46,0%. Os resultados encontrados por Maia et al.,2424 Maia PA, Figueiredo RC, Anastácio AS, Silveira CLP, Donangelo CM. Zinc and copper metabolism in pregnancy and lactation of adolescent women. Nutrition. 2007; 23 (3): 248-53. apontaram altas frequências ao avaliar três grupos de adolescentes (grávidas, lactantes, não grávidas e não lactantes). Esse estudo também encontrou menores concentrações de zinco plasmático nas adolescentes grávidas quando comparadas com os outros dois grupos de adolescentes, fato que não foi observado ao considerar a avaliação do estado nutricional de zinco pelas concentrações dos eritrócitos.

As prevalências de deficiência bioquímica de zinco nas crianças oscilaram de 0%1919 Custodio V, Daneluzzi JC, Custodio RJ, Del Ciampo LA, Ferraz IS, Martinelli Júnior CE, Ricco RG, Cupo P, Hering SE, Meirelles MS, Vannucchi H. Vitamin A deficiency among Brazilian school-aged children in a healthy childservice. Eur J Clin Nutr. 2009; 63 (4): 485-90. a 74,3%.2020 Costa GA, Marreiro DN, Eulálio JM, Moita Neto J, Amorim AC, Nogueira AM, et al. Erythrocytary zinc and the infant growth profile in northeast Brazil. Bio Trace Elem Res. 2008; 126 (Supl 1): 15-20. As prevalências de 0%1919 Custodio V, Daneluzzi JC, Custodio RJ, Del Ciampo LA, Ferraz IS, Martinelli Júnior CE, Ricco RG, Cupo P, Hering SE, Meirelles MS, Vannucchi H. Vitamin A deficiency among Brazilian school-aged children in a healthy childservice. Eur J Clin Nutr. 2009; 63 (4): 485-90. e 0,5%2222 Ferraz IS, Daneluzzi JC, Vannucchi H, Jordão Jr AA, Ricco RG, Del Ciampo LA, Martinelli CE Jr, Engelberg AA, Bonilha LR, Custódio VI. Zinc serum levels and their association with vitamin A deficiency in preschool children. J Pediatr (Rio J). 2007; 83 (6): 512-7. foram resultados de estudos realizados na cidade de Ribeirão Preto, SP. A maior prevalência foi encontrada em Teresina,2020 Costa GA, Marreiro DN, Eulálio JM, Moita Neto J, Amorim AC, Nogueira AM, et al. Erythrocytary zinc and the infant growth profile in northeast Brazil. Bio Trace Elem Res. 2008; 126 (Supl 1): 15-20. Região Nordeste do Brasil. Nas outras populações, as prevalências de deficiência de zinco mostraram valores mais próximos, entre 7,5%2121 Borges CVD, Veiga APB, Barrosa GS, Jesus EFO, Serpa RFB, Moreira S, Salles-Costa R. Associação entre concentrações séricas de minerais, índices antropométricos e ocorrência de diarréia entre crianças de baixa renda da região metropolitana do Rio de Janeiro. Rev Nutr. 2007; 20 (2): 159-69. e 16,8%.1818 Beinner MA, Menezes MABC, Silva JBB, Amorim FR; Jansen AK; Lamounier JA. Zinco plasmático e zinco capilar, antropometria e consumo alimentar de crianças em uma região rural do Brasil. Rev Nutr. 2010; 23 (1): 75-83. A prevalência encontrada em crianças escolares residentes em duas favelas da cidade de São Paulo foi de 8,14%.2323 Santos EB; Amancio OMS; Oliva CAG. Nutritional status, iron, copper, and zinc in school children of shantytwons of Sao Paulo. Rev Assoc Med Bras. 2007; 53 (4): 323-8.

Apenas três estudos1515 Jardim-Botelho A, Gurgel RQ, Henriques GS, Santos CB, Jordão AA, Faro FN, Silveira Souto FM, Rodrigues Santos AP, Eduardo Cuevas L. Micronutrient deficiencies in normal and overweight infants in a low socio-economic population in north-east Brazil. Paediatr Int Child Health. 2015, 8: 1-5.,1717 Figueroa Pedraza D, Rocha ACD, Queiroz EO, Sousa CPC. Estado nutricional relativo ao zinco de crianças que frequentam creches do estado da Paraíba. Rev Nutr. 2011; 24 (4): 539-52.,2121 Borges CVD, Veiga APB, Barrosa GS, Jesus EFO, Serpa RFB, Moreira S, Salles-Costa R. Associação entre concentrações séricas de minerais, índices antropométricos e ocorrência de diarréia entre crianças de baixa renda da região metropolitana do Rio de Janeiro. Rev Nutr. 2007; 20 (2): 159-69. relataram alguma associação estatística para os desfechos de interesse. Estas pesquisas, desenvolvidas com crianças, apontaram: i) concentrações de zinco plasmático significativamente menores em crianças com peso normal em comparação àqueles com obesidade ou em risco de obesidade;1515 Jardim-Botelho A, Gurgel RQ, Henriques GS, Santos CB, Jordão AA, Faro FN, Silveira Souto FM, Rodrigues Santos AP, Eduardo Cuevas L. Micronutrient deficiencies in normal and overweight infants in a low socio-economic population in north-east Brazil. Paediatr Int Child Health. 2015, 8: 1-5. ii) concentrações médias de zinco no soro significativamente menores nas crianças de mães com baixo peso do que nas crianças de mães com peso normal;1717 Figueroa Pedraza D, Rocha ACD, Queiroz EO, Sousa CPC. Estado nutricional relativo ao zinco de crianças que frequentam creches do estado da Paraíba. Rev Nutr. 2011; 24 (4): 539-52. iii) concentrações médias de zinco no soro significantemente menores nas crianças com relato de diarreia do que nas crianças sem relato de diarreia.

A correlação entre diferentes indicadores bioquímicos do estado nutricional de zinco foi analisada em três artigos.1818 Beinner MA, Menezes MABC, Silva JBB, Amorim FR; Jansen AK; Lamounier JA. Zinco plasmático e zinco capilar, antropometria e consumo alimentar de crianças em uma região rural do Brasil. Rev Nutr. 2010; 23 (1): 75-83.,2424 Maia PA, Figueiredo RC, Anastácio AS, Silveira CLP, Donangelo CM. Zinc and copper metabolism in pregnancy and lactation of adolescent women. Nutrition. 2007; 23 (3): 248-53.,2727 Cesar TB, Wada SR, Borges RG. Zinco plasmático e estado nutricional em idosos. Rev Nutr. 2005; 18 (3): 357-65. Apenas um estudo apresentou resultados com significância estatística,2424 Maia PA, Figueiredo RC, Anastácio AS, Silveira CLP, Donangelo CM. Zinc and copper metabolism in pregnancy and lactation of adolescent women. Nutrition. 2007; 23 (3): 248-53. verificada entre: i) as concentrações de zinco eritrocitário e de metalotioneína em adolescentes não grávidas e não lactantes e em adolescentes lactantes, ii) as concentrações de fosfatase alcalina e de zinco plasmático, as concentrações de metalotioneína e de zinco plasmático, e as concentrações de superóxido dismutase e de zinco eritrocitário, em adolescentes não grávidas e não lactantes. Associação estatística significativa entre a ingestão dietética de zinco e a ingestão energética e de proteínas foi indicada em idosos.2727 Cesar TB, Wada SR, Borges RG. Zinco plasmático e estado nutricional em idosos. Rev Nutr. 2005; 18 (3): 357-65.

Conforme a Tabela 2, dos 16 estudos experimentais,3131 Lima AA, Kvalsund MP, Souza PP, Figueiredo ÍL, Soares AM, Mota RM, Lima NL, Pinkerton RC, Patrick PP, Guerrant RL, Oriá RB. Zinc, vitamin A, and glutamine supplementation in Brazilian shantytown children at risk for diarrhea results in sex-specific improvements in verbal learning. Clinics (São Paulo). 2013; 68 (3): 351-8.

32 Moura JE, Moura ENO, Alves CX, Vale SHL, Dantas MMG, Silva AA, Almeida Md, Leite LD, Brandão-Neto J. Oral Zinc supplementation may improve cognitive function in schoolchildren. Biol Trace Elem Res. 2013; 155: 23-8.

33 Alves CX, Vale SHL, Dantas MMG, Maia AA, Franca MC, Marchini JS, Leite LD, Brandao-Neto J. Positive effects of zinc supplementation on growth, GH, IGF1, and IGFBP3 in eutrophic children. J Pediatr Endocr Met. 2012; 25 (9-10): 881-7.

34 Mitter SS, Oriá RB, Kvalsund MP, Pamplona P, Joventino ES, Mota RM, Gonçalves DC, Patrick PD, Guerrant RL, Lima AAM. Apolipoprotein E4 influences growth and cognitive responses to micronutrient supplementation in shantytown children from northeast Brazil. Clinics (São Paulo). 2012; 67 (1): 11-8.

35 Marreiro DN, Geloneze B, Tambascia MA, Lerário AC, Halpern A, Cozzolino SM. Effect of zinc supplementation on serum leptin levels and insulin resistance of obese women. Biol Trace Elem Res. 2006; 112(2): 109-18.

36 Silva AP, Vitolo MR, Zara LF, Castro CF. Effects of zinc supplementation on 1-to-5-year old children. J Pediatr (Rio J). 2006; 82 (3): 227-31.

37 Campos Júnior D, Veras Neto MC, Silva Filho VL, Leite MF, Holanda MB, Cunha NF. Zinc supplementation may recover taste for salt meals. J Pediatr (Rio J). 2004; 80 (1): 55-9.

38 Al-Sonboli N, Gurgel RQ, Shenkin A, Hart CA, Cuevas LE. Zinc supplementation in Brazilian children with acute diarrhoea. Ann Trop Paediatr. 2003; 23(1): 3-8.

39 Chen P, Soares AM, Lima AA, Gamble MV, Schorling JB, Conway M, Barrett LJ, Blaner WS, Guerrant RL. Association of vitamin A and zinc status with altered intestinal permeability: analyses of cohort data from north-eastern Brazil. J Health Popul Nutr. 2003; 21 (4): 309-15.

40 Cuevas LE, Almeida LM, Mazunder P, Paixão AC, Silva AM, Maciel L, Hart CA, Coulter JB. Effect of zinc on the tuberculin response of children exposed to adults with smear-positive tuberculosis. Ann Trop Paediatr. 2002; 22 (4): 313-9.

41 Donangelo CM, Woodhouse LR, King SM, Viteri FE, King JC. Supplemental zinc lowers measures of iron status in young woman with low iron reserves. J Nutr. 2002; 132 (7): 1860-4.

42 Porto MAS, Oliveira HP, Cunha AJ, Miranda G, Guimarães MM, Oliveira WA, Santos DM. Linear growth and zinc supplementation in children with short stature. J Pediatr Endocrinol Metab. 2000; 13 (8): 1121-8.

43 Castro AV, Mendonça BB, Bloise W, Shuhama T, Brandão Neto J. Effect of zinc administration on thyrotropin releasing hormone-stimulated prolactinemia in healthy men. Biometals 1999; 12(4): 347-52.

44 Ashworth A, Morris SS, Lira PI, Grantham-McGregor SM. Zinc supplementation, mental development and behaviour in low birth weight term infants in northeast Brazil. Eur J Clin Nutr. 1998; 52 (3): 223-7.

45 Lira PI, Ashworth A, Morris SS. Effect of zinc supplementation on the morbidity, immune function, and growth of low-birth-weight, full-term infants in northeast Brazil. Am J Clin Nutr. 1998; 68(Supl 2): S418-424.
-4646 Marinho HA, Shrimpton R, Giugliano R, Burini RC. Influence of enteral parasites on the blood vitamin A levels in preschool children orally supplemented with retinol and/or zinc. Eur J Clin Nutr. 1991; 45 (11): 539-44. o impacto no crescimento, no desenvolvimento e na melhoria do estado nutricional de micronutrientes foi considerado em cinco,3434 Mitter SS, Oriá RB, Kvalsund MP, Pamplona P, Joventino ES, Mota RM, Gonçalves DC, Patrick PD, Guerrant RL, Lima AAM. Apolipoprotein E4 influences growth and cognitive responses to micronutrient supplementation in shantytown children from northeast Brazil. Clinics (São Paulo). 2012; 67 (1): 11-8.,3636 Silva AP, Vitolo MR, Zara LF, Castro CF. Effects of zinc supplementation on 1-to-5-year old children. J Pediatr (Rio J). 2006; 82 (3): 227-31.,3939 Chen P, Soares AM, Lima AA, Gamble MV, Schorling JB, Conway M, Barrett LJ, Blaner WS, Guerrant RL. Association of vitamin A and zinc status with altered intestinal permeability: analyses of cohort data from north-eastern Brazil. J Health Popul Nutr. 2003; 21 (4): 309-15.,4242 Porto MAS, Oliveira HP, Cunha AJ, Miranda G, Guimarães MM, Oliveira WA, Santos DM. Linear growth and zinc supplementation in children with short stature. J Pediatr Endocrinol Metab. 2000; 13 (8): 1121-8.,4545 Lira PI, Ashworth A, Morris SS. Effect of zinc supplementation on the morbidity, immune function, and growth of low-birth-weight, full-term infants in northeast Brazil. Am J Clin Nutr. 1998; 68(Supl 2): S418-424. três 3131 Lima AA, Kvalsund MP, Souza PP, Figueiredo ÍL, Soares AM, Mota RM, Lima NL, Pinkerton RC, Patrick PP, Guerrant RL, Oriá RB. Zinc, vitamin A, and glutamine supplementation in Brazilian shantytown children at risk for diarrhea results in sex-specific improvements in verbal learning. Clinics (São Paulo). 2013; 68 (3): 351-8.,3232 Moura JE, Moura ENO, Alves CX, Vale SHL, Dantas MMG, Silva AA, Almeida Md, Leite LD, Brandão-Neto J. Oral Zinc supplementation may improve cognitive function in schoolchildren. Biol Trace Elem Res. 2013; 155: 23-8.,4444 Ashworth A, Morris SS, Lira PI, Grantham-McGregor SM. Zinc supplementation, mental development and behaviour in low birth weight term infants in northeast Brazil. Eur J Clin Nutr. 1998; 52 (3): 223-7. e sete estudos,3333 Alves CX, Vale SHL, Dantas MMG, Maia AA, Franca MC, Marchini JS, Leite LD, Brandao-Neto J. Positive effects of zinc supplementation on growth, GH, IGF1, and IGFBP3 in eutrophic children. J Pediatr Endocr Met. 2012; 25 (9-10): 881-7.,3535 Marreiro DN, Geloneze B, Tambascia MA, Lerário AC, Halpern A, Cozzolino SM. Effect of zinc supplementation on serum leptin levels and insulin resistance of obese women. Biol Trace Elem Res. 2006; 112(2): 109-18.,3636 Silva AP, Vitolo MR, Zara LF, Castro CF. Effects of zinc supplementation on 1-to-5-year old children. J Pediatr (Rio J). 2006; 82 (3): 227-31.,3939 Chen P, Soares AM, Lima AA, Gamble MV, Schorling JB, Conway M, Barrett LJ, Blaner WS, Guerrant RL. Association of vitamin A and zinc status with altered intestinal permeability: analyses of cohort data from north-eastern Brazil. J Health Popul Nutr. 2003; 21 (4): 309-15.,4141 Donangelo CM, Woodhouse LR, King SM, Viteri FE, King JC. Supplemental zinc lowers measures of iron status in young woman with low iron reserves. J Nutr. 2002; 132 (7): 1860-4.,4343 Castro AV, Mendonça BB, Bloise W, Shuhama T, Brandão Neto J. Effect of zinc administration on thyrotropin releasing hormone-stimulated prolactinemia in healthy men. Biometals 1999; 12(4): 347-52.,4646 Marinho HA, Shrimpton R, Giugliano R, Burini RC. Influence of enteral parasites on the blood vitamin A levels in preschool children orally supplemented with retinol and/or zinc. Eur J Clin Nutr. 1991; 45 (11): 539-44. respectivamente. A hipótese do efeito da suplementação com zinco no crescimento foi confirmada em crianças residentes na zona urbana de Fortaleza, CE,3939 Chen P, Soares AM, Lima AA, Gamble MV, Schorling JB, Conway M, Barrett LJ, Blaner WS, Guerrant RL. Association of vitamin A and zinc status with altered intestinal permeability: analyses of cohort data from north-eastern Brazil. J Health Popul Nutr. 2003; 21 (4): 309-15. e em crianças escolares de baixa estatura do Rio de Janeiro.4242 Porto MAS, Oliveira HP, Cunha AJ, Miranda G, Guimarães MM, Oliveira WA, Santos DM. Linear growth and zinc supplementation in children with short stature. J Pediatr Endocrinol Metab. 2000; 13 (8): 1121-8. No desenvolvimento, os três estudos3131 Lima AA, Kvalsund MP, Souza PP, Figueiredo ÍL, Soares AM, Mota RM, Lima NL, Pinkerton RC, Patrick PP, Guerrant RL, Oriá RB. Zinc, vitamin A, and glutamine supplementation in Brazilian shantytown children at risk for diarrhea results in sex-specific improvements in verbal learning. Clinics (São Paulo). 2013; 68 (3): 351-8.,3232 Moura JE, Moura ENO, Alves CX, Vale SHL, Dantas MMG, Silva AA, Almeida Md, Leite LD, Brandão-Neto J. Oral Zinc supplementation may improve cognitive function in schoolchildren. Biol Trace Elem Res. 2013; 155: 23-8.,4444 Ashworth A, Morris SS, Lira PI, Grantham-McGregor SM. Zinc supplementation, mental development and behaviour in low birth weight term infants in northeast Brazil. Eur J Clin Nutr. 1998; 52 (3): 223-7. demonstraram efeito positivo nos indicadores utilizados pelos pesquisadores. O efeito da suplementação com zinco no estado nutricional de micronutrientes foi constatado em seis3333 Alves CX, Vale SHL, Dantas MMG, Maia AA, Franca MC, Marchini JS, Leite LD, Brandao-Neto J. Positive effects of zinc supplementation on growth, GH, IGF1, and IGFBP3 in eutrophic children. J Pediatr Endocr Met. 2012; 25 (9-10): 881-7.,3535 Marreiro DN, Geloneze B, Tambascia MA, Lerário AC, Halpern A, Cozzolino SM. Effect of zinc supplementation on serum leptin levels and insulin resistance of obese women. Biol Trace Elem Res. 2006; 112(2): 109-18.,3636 Silva AP, Vitolo MR, Zara LF, Castro CF. Effects of zinc supplementation on 1-to-5-year old children. J Pediatr (Rio J). 2006; 82 (3): 227-31.,4141 Donangelo CM, Woodhouse LR, King SM, Viteri FE, King JC. Supplemental zinc lowers measures of iron status in young woman with low iron reserves. J Nutr. 2002; 132 (7): 1860-4.,4343 Castro AV, Mendonça BB, Bloise W, Shuhama T, Brandão Neto J. Effect of zinc administration on thyrotropin releasing hormone-stimulated prolactinemia in healthy men. Biometals 1999; 12(4): 347-52.,4646 Marinho HA, Shrimpton R, Giugliano R, Burini RC. Influence of enteral parasites on the blood vitamin A levels in preschool children orally supplemented with retinol and/or zinc. Eur J Clin Nutr. 1991; 45 (11): 539-44. dos estudos com análises desse tipo, dos quais cinco3333 Alves CX, Vale SHL, Dantas MMG, Maia AA, Franca MC, Marchini JS, Leite LD, Brandao-Neto J. Positive effects of zinc supplementation on growth, GH, IGF1, and IGFBP3 in eutrophic children. J Pediatr Endocr Met. 2012; 25 (9-10): 881-7.,3535 Marreiro DN, Geloneze B, Tambascia MA, Lerário AC, Halpern A, Cozzolino SM. Effect of zinc supplementation on serum leptin levels and insulin resistance of obese women. Biol Trace Elem Res. 2006; 112(2): 109-18.,3636 Silva AP, Vitolo MR, Zara LF, Castro CF. Effects of zinc supplementation on 1-to-5-year old children. J Pediatr (Rio J). 2006; 82 (3): 227-31.,4141 Donangelo CM, Woodhouse LR, King SM, Viteri FE, King JC. Supplemental zinc lowers measures of iron status in young woman with low iron reserves. J Nutr. 2002; 132 (7): 1860-4.,4343 Castro AV, Mendonça BB, Bloise W, Shuhama T, Brandão Neto J. Effect of zinc administration on thyrotropin releasing hormone-stimulated prolactinemia in healthy men. Biometals 1999; 12(4): 347-52. no estado nutricional de zinco.

Discussão

Os resultados do presente estudo mostram a existência de experiências isoladas relacionadas à avaliação do estado nutricional relativo ao zinco no Brasil. A escassez de estudos com amostra populacional representativa e a heterogeneidade quanto aos objetivos, população de estudo, unidades de análise geográficas e métodos diagnósticos, dificultam a síntese dos dados para estimar a magnitude e a etiologia da deficiência de zinco no Brasil nos diferentes grupos populacionais. Essa conjuntura alerta para a necessidade de novas pesquisas, com maior abrangência, sobre a deficiência de zinco no Brasil, cujo conhecimento prévio sugere carência nutricional entre as crianças.1515 Jardim-Botelho A, Gurgel RQ, Henriques GS, Santos CB, Jordão AA, Faro FN, Silveira Souto FM, Rodrigues Santos AP, Eduardo Cuevas L. Micronutrient deficiencies in normal and overweight infants in a low socio-economic population in north-east Brazil. Paediatr Int Child Health. 2015, 8: 1-5.,1717 Figueroa Pedraza D, Rocha ACD, Queiroz EO, Sousa CPC. Estado nutricional relativo ao zinco de crianças que frequentam creches do estado da Paraíba. Rev Nutr. 2011; 24 (4): 539-52.,1818 Beinner MA, Menezes MABC, Silva JBB, Amorim FR; Jansen AK; Lamounier JA. Zinco plasmático e zinco capilar, antropometria e consumo alimentar de crianças em uma região rural do Brasil. Rev Nutr. 2010; 23 (1): 75-83.,2020 Costa GA, Marreiro DN, Eulálio JM, Moita Neto J, Amorim AC, Nogueira AM, et al. Erythrocytary zinc and the infant growth profile in northeast Brazil. Bio Trace Elem Res. 2008; 126 (Supl 1): 15-20.,3030 Fávaro RMD, Vannucchi H. Níveis plasmáticos de zinco e antropometria de crianças da periferia de centro urbano no Brasil. Rev Saúde Pública. 1990; 24 (1): 5-10. Ainda, observa-se que os estudos experimentais3131 Lima AA, Kvalsund MP, Souza PP, Figueiredo ÍL, Soares AM, Mota RM, Lima NL, Pinkerton RC, Patrick PP, Guerrant RL, Oriá RB. Zinc, vitamin A, and glutamine supplementation in Brazilian shantytown children at risk for diarrhea results in sex-specific improvements in verbal learning. Clinics (São Paulo). 2013; 68 (3): 351-8.

32 Moura JE, Moura ENO, Alves CX, Vale SHL, Dantas MMG, Silva AA, Almeida Md, Leite LD, Brandão-Neto J. Oral Zinc supplementation may improve cognitive function in schoolchildren. Biol Trace Elem Res. 2013; 155: 23-8.

33 Alves CX, Vale SHL, Dantas MMG, Maia AA, Franca MC, Marchini JS, Leite LD, Brandao-Neto J. Positive effects of zinc supplementation on growth, GH, IGF1, and IGFBP3 in eutrophic children. J Pediatr Endocr Met. 2012; 25 (9-10): 881-7.

34 Mitter SS, Oriá RB, Kvalsund MP, Pamplona P, Joventino ES, Mota RM, Gonçalves DC, Patrick PD, Guerrant RL, Lima AAM. Apolipoprotein E4 influences growth and cognitive responses to micronutrient supplementation in shantytown children from northeast Brazil. Clinics (São Paulo). 2012; 67 (1): 11-8.

35 Marreiro DN, Geloneze B, Tambascia MA, Lerário AC, Halpern A, Cozzolino SM. Effect of zinc supplementation on serum leptin levels and insulin resistance of obese women. Biol Trace Elem Res. 2006; 112(2): 109-18.

36 Silva AP, Vitolo MR, Zara LF, Castro CF. Effects of zinc supplementation on 1-to-5-year old children. J Pediatr (Rio J). 2006; 82 (3): 227-31.

37 Campos Júnior D, Veras Neto MC, Silva Filho VL, Leite MF, Holanda MB, Cunha NF. Zinc supplementation may recover taste for salt meals. J Pediatr (Rio J). 2004; 80 (1): 55-9.

38 Al-Sonboli N, Gurgel RQ, Shenkin A, Hart CA, Cuevas LE. Zinc supplementation in Brazilian children with acute diarrhoea. Ann Trop Paediatr. 2003; 23(1): 3-8.

39 Chen P, Soares AM, Lima AA, Gamble MV, Schorling JB, Conway M, Barrett LJ, Blaner WS, Guerrant RL. Association of vitamin A and zinc status with altered intestinal permeability: analyses of cohort data from north-eastern Brazil. J Health Popul Nutr. 2003; 21 (4): 309-15.

40 Cuevas LE, Almeida LM, Mazunder P, Paixão AC, Silva AM, Maciel L, Hart CA, Coulter JB. Effect of zinc on the tuberculin response of children exposed to adults with smear-positive tuberculosis. Ann Trop Paediatr. 2002; 22 (4): 313-9.

41 Donangelo CM, Woodhouse LR, King SM, Viteri FE, King JC. Supplemental zinc lowers measures of iron status in young woman with low iron reserves. J Nutr. 2002; 132 (7): 1860-4.

42 Porto MAS, Oliveira HP, Cunha AJ, Miranda G, Guimarães MM, Oliveira WA, Santos DM. Linear growth and zinc supplementation in children with short stature. J Pediatr Endocrinol Metab. 2000; 13 (8): 1121-8.

43 Castro AV, Mendonça BB, Bloise W, Shuhama T, Brandão Neto J. Effect of zinc administration on thyrotropin releasing hormone-stimulated prolactinemia in healthy men. Biometals 1999; 12(4): 347-52.

44 Ashworth A, Morris SS, Lira PI, Grantham-McGregor SM. Zinc supplementation, mental development and behaviour in low birth weight term infants in northeast Brazil. Eur J Clin Nutr. 1998; 52 (3): 223-7.

45 Lira PI, Ashworth A, Morris SS. Effect of zinc supplementation on the morbidity, immune function, and growth of low-birth-weight, full-term infants in northeast Brazil. Am J Clin Nutr. 1998; 68(Supl 2): S418-424.
-4646 Marinho HA, Shrimpton R, Giugliano R, Burini RC. Influence of enteral parasites on the blood vitamin A levels in preschool children orally supplemented with retinol and/or zinc. Eur J Clin Nutr. 1991; 45 (11): 539-44. priorizaram a análise dos efeitos de intervenções com zinco no estado nutricional de micronutrientes,3333 Alves CX, Vale SHL, Dantas MMG, Maia AA, Franca MC, Marchini JS, Leite LD, Brandao-Neto J. Positive effects of zinc supplementation on growth, GH, IGF1, and IGFBP3 in eutrophic children. J Pediatr Endocr Met. 2012; 25 (9-10): 881-7.,3535 Marreiro DN, Geloneze B, Tambascia MA, Lerário AC, Halpern A, Cozzolino SM. Effect of zinc supplementation on serum leptin levels and insulin resistance of obese women. Biol Trace Elem Res. 2006; 112(2): 109-18.,3636 Silva AP, Vitolo MR, Zara LF, Castro CF. Effects of zinc supplementation on 1-to-5-year old children. J Pediatr (Rio J). 2006; 82 (3): 227-31.,3939 Chen P, Soares AM, Lima AA, Gamble MV, Schorling JB, Conway M, Barrett LJ, Blaner WS, Guerrant RL. Association of vitamin A and zinc status with altered intestinal permeability: analyses of cohort data from north-eastern Brazil. J Health Popul Nutr. 2003; 21 (4): 309-15.,4141 Donangelo CM, Woodhouse LR, King SM, Viteri FE, King JC. Supplemental zinc lowers measures of iron status in young woman with low iron reserves. J Nutr. 2002; 132 (7): 1860-4.,4343 Castro AV, Mendonça BB, Bloise W, Shuhama T, Brandão Neto J. Effect of zinc administration on thyrotropin releasing hormone-stimulated prolactinemia in healthy men. Biometals 1999; 12(4): 347-52.,4646 Marinho HA, Shrimpton R, Giugliano R, Burini RC. Influence of enteral parasites on the blood vitamin A levels in preschool children orally supplemented with retinol and/or zinc. Eur J Clin Nutr. 1991; 45 (11): 539-44. apresentando limitações na análise de outros desfechos, a exemplo dos parâmetros funcionais.

Apesar das restrições anteriores, em todos os estudos foi possível constatar prevalências expressivas de inadequação dietética, sendo maior do que 25% na maioria deles, valor apontado pelo IZiNCG4747 Hotz C. Dietary indicators for assessing the adequacy of population zinc intakes. Food Nutr Bull. 2007; 28 (3 Supl): 430-53. como indicativo de risco elevado de deficiência de zinco. Esse resultado converge com o risco de inadequação dietética de zinco para a população brasileira (20,3%),77 International Zinc Nutrition Consultative Group. Assessment of the risk of zinc deficiency in populations and options for its control. Hotz C and Brown KH, editores. Food Nutr Bull. 2004; 25 (1 Supl 2): S91-204. o qual foi estimado a partir da disponibilidade nacional de alimentos e da biodisponibilidade do zinco nas fontes alimentares. Esse valor está mais próximo da estimativa global (17,3%) do que o da América do Sul (6,4%),1212 Bresani CC, Wessells KR, Brown KH. Estimating the Global Prevalence of Zinc Deficiency: Results Based on Zinc Availability in National Food Supplies and the Prevalence of Stunting. PLOS ONE. 2012; 7(11): 1-11.,4848 Wessells KR, Singh GM, Brown KH. Estimating the Global Prevalence of Inadequate Zinc Intake from National Food Balance Sheets: Effects of Methodological Assumptions. PLOS ONE. 2012; 7(11): 1-13. e denota a problemática da deficiência de zinco no país, igualmente sugerida pelos resultados aqui sistematizados.

Ressaltam-se, ainda, as crianças como sujeitos mais estudados. Nesse grupo, a deficiência bioquímica de zinco maior do que 10%, referida pelo IZiNCG99 Benoist B, Darnton-Hill I, Davidson L, Fontaine O, Hotz C. Conclusions of the Joint WHO/UNICEF/IAEA/IZiNCG Interagency Meeting on Zinc Status Indicators. Food Nutr Bull. 2007; 28 (3 Supl): 480-4.,4949 Hess SY, Peerson JM, King JC, Brown KH. Use of serum zinc concentration as an indicator of population zinc status. Food Nutr Bull. 2007; 28 (3 Supl): 403-29. como problema de saúde pública moderado, foi encontrada em cinco (55,5%)1515 Jardim-Botelho A, Gurgel RQ, Henriques GS, Santos CB, Jordão AA, Faro FN, Silveira Souto FM, Rodrigues Santos AP, Eduardo Cuevas L. Micronutrient deficiencies in normal and overweight infants in a low socio-economic population in north-east Brazil. Paediatr Int Child Health. 2015, 8: 1-5.,1717 Figueroa Pedraza D, Rocha ACD, Queiroz EO, Sousa CPC. Estado nutricional relativo ao zinco de crianças que frequentam creches do estado da Paraíba. Rev Nutr. 2011; 24 (4): 539-52.,1818 Beinner MA, Menezes MABC, Silva JBB, Amorim FR; Jansen AK; Lamounier JA. Zinco plasmático e zinco capilar, antropometria e consumo alimentar de crianças em uma região rural do Brasil. Rev Nutr. 2010; 23 (1): 75-83.,2020 Costa GA, Marreiro DN, Eulálio JM, Moita Neto J, Amorim AC, Nogueira AM, et al. Erythrocytary zinc and the infant growth profile in northeast Brazil. Bio Trace Elem Res. 2008; 126 (Supl 1): 15-20.,3030 Fávaro RMD, Vannucchi H. Níveis plasmáticos de zinco e antropometria de crianças da periferia de centro urbano no Brasil. Rev Saúde Pública. 1990; 24 (1): 5-10. dos nove estudos1515 Jardim-Botelho A, Gurgel RQ, Henriques GS, Santos CB, Jordão AA, Faro FN, Silveira Souto FM, Rodrigues Santos AP, Eduardo Cuevas L. Micronutrient deficiencies in normal and overweight infants in a low socio-economic population in north-east Brazil. Paediatr Int Child Health. 2015, 8: 1-5.,1717 Figueroa Pedraza D, Rocha ACD, Queiroz EO, Sousa CPC. Estado nutricional relativo ao zinco de crianças que frequentam creches do estado da Paraíba. Rev Nutr. 2011; 24 (4): 539-52.,1818 Beinner MA, Menezes MABC, Silva JBB, Amorim FR; Jansen AK; Lamounier JA. Zinco plasmático e zinco capilar, antropometria e consumo alimentar de crianças em uma região rural do Brasil. Rev Nutr. 2010; 23 (1): 75-83.

19 Custodio V, Daneluzzi JC, Custodio RJ, Del Ciampo LA, Ferraz IS, Martinelli Júnior CE, Ricco RG, Cupo P, Hering SE, Meirelles MS, Vannucchi H. Vitamin A deficiency among Brazilian school-aged children in a healthy childservice. Eur J Clin Nutr. 2009; 63 (4): 485-90.

20 Costa GA, Marreiro DN, Eulálio JM, Moita Neto J, Amorim AC, Nogueira AM, et al. Erythrocytary zinc and the infant growth profile in northeast Brazil. Bio Trace Elem Res. 2008; 126 (Supl 1): 15-20.

21 Borges CVD, Veiga APB, Barrosa GS, Jesus EFO, Serpa RFB, Moreira S, Salles-Costa R. Associação entre concentrações séricas de minerais, índices antropométricos e ocorrência de diarréia entre crianças de baixa renda da região metropolitana do Rio de Janeiro. Rev Nutr. 2007; 20 (2): 159-69.

22 Ferraz IS, Daneluzzi JC, Vannucchi H, Jordão Jr AA, Ricco RG, Del Ciampo LA, Martinelli CE Jr, Engelberg AA, Bonilha LR, Custódio VI. Zinc serum levels and their association with vitamin A deficiency in preschool children. J Pediatr (Rio J). 2007; 83 (6): 512-7.
-2323 Santos EB; Amancio OMS; Oliva CAG. Nutritional status, iron, copper, and zinc in school children of shantytwons of Sao Paulo. Rev Assoc Med Bras. 2007; 53 (4): 323-8.,3030 Fávaro RMD, Vannucchi H. Níveis plasmáticos de zinco e antropometria de crianças da periferia de centro urbano no Brasil. Rev Saúde Pública. 1990; 24 (1): 5-10. que realizaram tal análise. Além disso, a inadequação dietética de zinco alimentar maior do que 25% foi verificada nos três estudos (100%)1616 Garcia MT, Granado FS, Cardoso MA. Alimentação complementar e estado nutricional de crianças menores de dois anos atendidas no Programa Saúde da Família em Acrelândia, Acre, Amazônia Ocidental Brasileira. Cad Saúde Pública. 2011; 27 (2): 305-16.,1818 Beinner MA, Menezes MABC, Silva JBB, Amorim FR; Jansen AK; Lamounier JA. Zinco plasmático e zinco capilar, antropometria e consumo alimentar de crianças em uma região rural do Brasil. Rev Nutr. 2010; 23 (1): 75-83.,2929 Marinho HA, Roncada MJ. Ingestão e hábitos alimentares de pré-escolares de três capitais da Amazônia Ocidental Brasileira: um enfoque especial à ingestão de vitamina A. Acta Amaz. 2002; 33 (2): 263-74. que apresentaram tais resultados. Assim, na base de indicadores dietéticos e bioquímicos, indica-se a deficiência de zinco entre as crianças como uma problemática importante de saúde pública.

Ainda no contexto dos estudos observacionais revisados, a limitação em reportar associações estatísticas inviabiliza a sistematização dos fatores etiológicos da deficiência de zinco. Apesar disso, vale considerar que as carências nutricionais compartilham um contexto de pobreza, baixos níveis de educação e outros fatores sociais desfavoráveis, os quais estão associados à insegurança alimentar nas famílias, cuidados maternos e infantis inadequados, insuficiência dos serviços de saúde e um meio ambiente insalubre.5050 Figueroa Pedraza D, Sales MC. Prevalências isoladas e combinadas de anemia, deficiência de vitamina A e deficiência de zinco em pré-escolares de 12 a 72 meses do Núcleo de Creches do Governo da Paraíba. Rev Nutr. 2014; 27 (3): 301-10. Nesse sentido destacam-se a importância da análise de variáveis socioeconômicas (educação materna, renda, emprego, acesso a serviços de saúde, condições de saneamento ambiental) e biológicas (idade, fase do ciclo reprodutivo, presença de enfermidades) na identificação de grupos vulneráveis à deficiência de zinco.77 International Zinc Nutrition Consultative Group. Assessment of the risk of zinc deficiency in populations and options for its control. Hotz C and Brown KH, editores. Food Nutr Bull. 2004; 25 (1 Supl 2): S91-204.

A carência de pesquisas sobre o estado nutricional relativas ao zinco, verificada neste estudo, pode estar pautada nas dificuldades técnicas relacionadas à obtenção da amostra, às análises laboratoriais e à interpretação dos resultados.5151 Figueroa Pedraza D, Sales MC. Avaliação de desempenho das concentrações capilares de zinco como método diagnóstico da deficiência de zinco: um estudo comparativo com as concentrações séricas de zinco. Rev Nutr 2013; 26 (6): 617-24. Evidências mostram que as concentrações de zinco podem variar até 20% durante um período de 24 horas, devido principalmente a ingestão de alimentos. Observa-se um aumento imediato após as refeições e uma progressiva redução nas quatro horas seguintes. Durante o jejum noturno, a concentração no soro aumenta, de modo que os níveis mais elevados do dia são geralmente verificados no período da manhã. Foram também observadas variações diurnas, em indivíduos em jejum, com diminuição das concentrações no período da manhã até o meio da tarde, seguido de um progressivo aumento até patamares similares aos verificados incialmente. Desse modo, concentrações reduzidas de zinco no soro podem ocorrer em resposta fisiológica e não serem necessariamente indicativas do baixo status desse mineral. Valores de zinco sérico abaixo dos patamares de normalidade podem ocorrer em função da presença de outros fatores, tais como infecções agudas e inflamações, hipoalbuminemia, hemólise e hemodiluição.77 International Zinc Nutrition Consultative Group. Assessment of the risk of zinc deficiency in populations and options for its control. Hotz C and Brown KH, editores. Food Nutr Bull. 2004; 25 (1 Supl 2): S91-204.

Para a análise da adequação das necessidades nutricionais de zinco, destaca-se, também, que não existe nenhum instrumento validado para esses fins.5252 Figueroa Pedraza D, Menezes TN. Questionários de Frequência de Consumo Alimentar desenvolvidos e validados para população do Brasil: revisão da literatura. Ciênc Saúde Coletiva. 2015; 20 (9): 2697-720. Tal avaliação é dificultada pelo fato de nem todo o zinco ingerido na alimentação ser utilizado pelo organismo, uma vez que sua biodisponibilidade pode ser afetada no processo de absorção intestinal ou na circulação sanguínea. A absorção intestinal pode ser reduzida por fatores antagonistas na alimentação, como o fitato, o oxalato, os taninos e os polifenóis; ao passo que, na circulação, pode haver competição do zinco com os minerais cobre e ferro, dependendo da quantidade desses elementos na corrente sanguínea.1010 Cruz JBF, Soares HF. Uma revisão sobre o zinco. Ensaios Ciênc Biol Agrárias Saúde. 2011; 15 (1): 207-22.

Uma caracterização mais precisa da magnitude e distribuição da deficiência de zinco prescinde da minimização das barreiras anteriores ou da adoção padronizada dos métodos de avaliação atualmente recomendados. Nesse sentido, o IZiNCG recomenda o uso das concentrações séricas de zinco e do recordatório de 24 horas,77 International Zinc Nutrition Consultative Group. Assessment of the risk of zinc deficiency in populations and options for its control. Hotz C and Brown KH, editores. Food Nutr Bull. 2004; 25 (1 Supl 2): S91-204. que foram precisamente os mais utilizados pelos autores dos artigos revisados.

Em relação aos estudos de intervenção, os trabalhos analisados demonstraram a importância da suplementação com zinco no estado nutricional do próprio micronutriente. Essa afirmação mostra-se importante considerando os efeitos sinérgicos do zinco, ferro e vitamina A, e a coexistência das respectivas deficiências.5050 Figueroa Pedraza D, Sales MC. Prevalências isoladas e combinadas de anemia, deficiência de vitamina A e deficiência de zinco em pré-escolares de 12 a 72 meses do Núcleo de Creches do Governo da Paraíba. Rev Nutr. 2014; 27 (3): 301-10. Apesar das evidências científicas favoráveis ao pressuposto de que o ferro pode inibir a absorção do zinco, contrariamente ao efeito positivo da vitamina A,5353 Figueroa Pedraza D. Evidências do impacto da suplementação múltipla com micronutrientes no crescimento de pré-escolares: revisão sistemática. Rev Bras Saúde Matern Infant. 2014; 14 (1): 17-37. os resultados desta revisão parecem indicar que o estado nutricional de zinco pode ser beneficiado pela suplementação do micronutriente independente da situação nutricional relativa ao ferro e à vitamina A.

No contexto do crescimento e desenvolvimento, a pouca quantidade de estudos relacionados ao crescimento e as assimetrias de resultados referentes ao desenvolvimento inviabilizam sustentar hipóteses sobre o impacto da suplementação com zinco nesses parâmetros funcionais. Adverte-se que esses resultados podem ser devidos ao efeito diferencial da suplementação com zinco no crescimento linear dependendo da sua utilização isolada ou combinada a outros micronutrientes e/ou a outros fatores como a dose e o tempo de suplementação.11 Chasapis CT, Loutsidou AC, Spiliopoulou CA, Stefanidou ME. Zinc and human health: an update. Arch Toxicol. 2012; 86: 521-34.,5353 Figueroa Pedraza D. Evidências do impacto da suplementação múltipla com micronutrientes no crescimento de pré-escolares: revisão sistemática. Rev Bras Saúde Matern Infant. 2014; 14 (1): 17-37. Um estudo de revisão sistemática com foco em pesquisas desenvolvidas em países de América Latina também constatou a escassez de pesquisas sobre o tema e sugeriu que a suplementação com zinco não tem impacto significativo no crescimento linear, efeito que seria encontrado nos casos de crianças com deficiência de zinco associada a outras carências nutricionais.5454 Jiménez Morán E, Bacardí Gascón M, Jiménez Cruz A. Efecto del zinc sobre el crecimiento lineal en menores de cinco años de Latinoamérica; revisión sistemática. Nutr Hosp. 2013; 28 (5): 1574-1579. No entanto, há que ressaltar que importantes efeitos positivos são atribuídos ao zinco no crescimento e desenvolvimento, considerando os benefícios que esse mineral proporciona à saúde em geral, com ênfase na regulação hormonal (a exemplo do hormônio do crescimento), na funcionalidade do cérebro, na integridade de componente do sistema imune, e na prevenção e no controle de uma grande gama de doenças, das infecciosas às crônicas.11 Chasapis CT, Loutsidou AC, Spiliopoulou CA, Stefanidou ME. Zinc and human health: an update. Arch Toxicol. 2012; 86: 521-34.,44 Prasad AS. Impact of the Discovery of Human Zinc Deficiency on Health. J Am Coll of Nutr. 2009; 28 (3): 257-65.,5555 Prasad AS. Discovery of human zinc deficiency: 50 years later. J Trace Elem Med Biol. 2012; 26: 66-9.

Na presente revisão, contar somente com experiências de suplementação dificulta qualquer tentativa de síntese sobre os efeitos comparativos das intervenções que poderiam ser usadas na prevenção da deficiência de zinco. Essa lacuna deve ser ressaltada considerando suas implicações em questões relevantes como a interação do zinco com outros micronutrientes, os processos competitivos relativos à absorção do zinco e as vantagens implícitas nas intervenções com nutrientes relacionadas à forma em que são consumidos (alimentos/fortificação facilita a integração à dieta habitual e oferece a possibilidade de ser fonte adicional de energia e proteína de alta qualidade).5353 Figueroa Pedraza D. Evidências do impacto da suplementação múltipla com micronutrientes no crescimento de pré-escolares: revisão sistemática. Rev Bras Saúde Matern Infant. 2014; 14 (1): 17-37.,5656 Imdad A, Bhutta ZA. Effect of preventive zinc supplementation on linear growth in children under 5 years of age in developing countries: a meta-analysis of studies for input to the lives saved tool. BMC Public Health. 2011; 11 (Supl 3): S22.,5757 Chen L, Liu YF, Gong M, Jiang W, Fan Z, Qu P, et al. Effects of vitamin A, vitamin A plus zinc, and multiple micronutrients on anemia in preschool children in Chongqing, China. Asia Pac J Clin Nutr. 2012; 21 (1): 3-11. Apesar das evidências que indicam a fortificação de alimentos como uma intervenção de baixo custo eficaz para corrigir a deficiência de zinco,5858 Brown KH, Baker SK, IZiNCG Steering Committee. Galvanizing action: Conclusions and next steps for mainstreaming zinc interventions in public health programs. Food Nutr Bull. 2009; 30 (1 Supl): S179-184. os resultados apresentados indicam que estas intervenções têm sido pouco testadas no Brasil, podendo restringir as decisões sobre intervenções preventivas direcionadas a redução da deficiência de zinco e suas consequências.

A principal contribuição desta revisão refere à deficiência de zinco como importante problema de saúde pública entre as crianças brasileiras e passível de ser prevenida por meio da suplementação com o micronutriente. A relevância desses achados inclui não apenas as implicações para a saúde, o desenvolvimento e a prevenção de doenças no grupo de crianças que compuseram esta revisão.11 Chasapis CT, Loutsidou AC, Spiliopoulou CA, Stefanidou ME. Zinc and human health: an update. Arch Toxicol. 2012; 86: 521-34.,44 Prasad AS. Impact of the Discovery of Human Zinc Deficiency on Health. J Am Coll of Nutr. 2009; 28 (3): 257-65. Evidências científicas recentes sugerem, ainda, que baixos níveis de zinco podem estar associados à obesidade,5959 Hosseini B, Saedisomeolia A, Allman-Farinelli M. Association between antioxidant intake/status and obesity: a systematic review of observational studies. Biol Trace Elem Res. 2017; 175 (2): 287-97. que representa outra situação epidemiológica preocupante entre as crianças brasileiras.6060 Conde WL, Monteiro CA. Nutrition transition and double burden of undernutrition and excess of weight in Brazil. Am J Clin Nutr. 2014; 100 (Supl. 6): 1617S-22.

Esta revisão, em particular, apresentou algumas limitações, nomeadamente a inclusão de artigos identificados em apenas três bases bibliográficas, com termos de busca que poderiam ser mais abrangentes, o que restringe o espectro de análise. Não obstante, a relevância dos resultados obtidos deve ser destacada considerando a inexistência de dados sistematizados sobre a deficiência de zinco e os efeitos de intervenções com o nutriente, baseado em estudos desenvolvidos com grupos populacionais do Brasil. Nesse sentido, emerge, por meio dos resultados apresentados, a necessidade do planejamento e desenvolvimento de estudos com amostras representativas, plausíveis de replicar, e que utilizem as mesmas covariáveis e categorias de exposição, para unidades de análise geográficas semelhantes.

Ainda, apesar de que os trabalhos revisados destacaram-se pela qualidade, o desenho de futuros estudos deve centrar atenção nas perdas dos participantes e nos fatores de confusão, principais características negativas à garantia da validade identificadas na revisão. Do ponto de vista de diagnóstico, é fundamental o uso de biomarcadores que reflitam com maior acurácia os níveis de zinco no organismo, associado a instrumentos dietéticos validados para a população de estudo. No contexto das pesquisas de delineamento experimental, cabe ressaltar que a falta de diagnóstico em cinco dos estudos revisados inviabiliza o conhecimento sobre o estado nutricional de zinco das crianças estudadas e sua distribuição segundo características de interesse.

À guisa de conclusão, apesar do impacto epidemiológico e clínico, bem como sua importância em todas as fases da vida, há insuficiência de estudos brasileiros relativos ao estado nutricional de zinco. Os resultados existentes permitem a composição de um panorama preliminar sobre a inadequação dietética de zinco, a deficiência de zinco como problema de saúde pública entre as crianças e o impacto positivo da suplementação com zinco no estado nutricional desse micronutriente. Sugere-se a condução de futuras pesquisas que possibilitem um melhor conhecimento sobre a deficiência de zinco, e o impacto das intervenções com zinco em indicadores funcionais e no estado nutricional de outros micronutrientes.

References

  • 1
    Chasapis CT, Loutsidou AC, Spiliopoulou CA, Stefanidou ME. Zinc and human health: an update. Arch Toxicol. 2012; 86: 521-34.
  • 2
    Macêdo EMC, Amorim MAF, Silva ACS, Castro CMMB. Efeitos da deficiência de cobre, zinco e magnésio sobre o sistema imune de crianças com desnutrição grave. Rev Paul Pediatr. 2010; 28 (3): 329-36.
  • 3
    Pereira TC, Hessel G. Deficiência de zinco em crianças e adolescentes com doenças hepáticas crônicas. Rev Paul Pediatr. 2009; 27 (3): 322-8.
  • 4
    Prasad AS. Impact of the Discovery of Human Zinc Deficiency on Health. J Am Coll of Nutr. 2009; 28 (3): 257-65.
  • 5
    Jiménez-Morán E, Bacardí-Gascón M, Jiménez-Cruz A. Efecto del zinc sobre el crecimiento lineal en menores de cinco años de Latinoamérica; revisión sistemática. Nutr Hosp. 2013; 28 (5): 1574-9.
  • 6
    Santos C, Fonseca J. Zinco: fisiopatologia, clínica e nutrição. Rev APNEP. 2012; 6 (1): 2-9.
  • 7
    International Zinc Nutrition Consultative Group. Assessment of the risk of zinc deficiency in populations and options for its control. Hotz C and Brown KH, editores. Food Nutr Bull. 2004; 25 (1 Supl 2): S91-204.
  • 8
    Figueroa Pedraza D, Rocha ACD, Sales MC. Deficiência de micronutrientes e crescimento linear: revisão sistemática de estudos observacionais. Ciênc Saúde Coletiva. 2013; 18 (11): 3333-47.
  • 9
    Benoist B, Darnton-Hill I, Davidson L, Fontaine O, Hotz C. Conclusions of the Joint WHO/UNICEF/IAEA/IZiNCG Interagency Meeting on Zinc Status Indicators. Food Nutr Bull. 2007; 28 (3 Supl): 480-4.
  • 10
    Cruz JBF, Soares HF. Uma revisão sobre o zinco. Ensaios Ciênc Biol Agrárias Saúde. 2011; 15 (1): 207-22.
  • 11
    Salgueiro MJ, Bioch MZ, Lysionek A, Sarabia MI, Caro R, Paoli TD, Hager A, Weill Eng R, Bioch JB. Zinc as an essential micronutrient: a review. Nutr Res. 2000; 20(5): 737-55.
  • 12
    Bresani CC, Wessells KR, Brown KH. Estimating the Global Prevalence of Zinc Deficiency: Results Based on Zinc Availability in National Food Supplies and the Prevalence of Stunting. PLOS ONE. 2012; 7(11): 1-11.
  • 13
    Wood RJ. Assessment of marginal zinc status in humans. J Nutr. 2000; 130: 1350-4.
  • 14
    Downs HS, Black N. The feasibility of creating a checklist for the assessment of the methodological quality both of randomised and non-randomised studies of health care interventions. J Epidemiol Community Health. 1998; 52: 377-84.
  • 15
    Jardim-Botelho A, Gurgel RQ, Henriques GS, Santos CB, Jordão AA, Faro FN, Silveira Souto FM, Rodrigues Santos AP, Eduardo Cuevas L. Micronutrient deficiencies in normal and overweight infants in a low socio-economic population in north-east Brazil. Paediatr Int Child Health. 2015, 8: 1-5.
  • 16
    Garcia MT, Granado FS, Cardoso MA. Alimentação complementar e estado nutricional de crianças menores de dois anos atendidas no Programa Saúde da Família em Acrelândia, Acre, Amazônia Ocidental Brasileira. Cad Saúde Pública. 2011; 27 (2): 305-16.
  • 17
    Figueroa Pedraza D, Rocha ACD, Queiroz EO, Sousa CPC. Estado nutricional relativo ao zinco de crianças que frequentam creches do estado da Paraíba. Rev Nutr. 2011; 24 (4): 539-52.
  • 18
    Beinner MA, Menezes MABC, Silva JBB, Amorim FR; Jansen AK; Lamounier JA. Zinco plasmático e zinco capilar, antropometria e consumo alimentar de crianças em uma região rural do Brasil. Rev Nutr. 2010; 23 (1): 75-83.
  • 19
    Custodio V, Daneluzzi JC, Custodio RJ, Del Ciampo LA, Ferraz IS, Martinelli Júnior CE, Ricco RG, Cupo P, Hering SE, Meirelles MS, Vannucchi H. Vitamin A deficiency among Brazilian school-aged children in a healthy childservice. Eur J Clin Nutr. 2009; 63 (4): 485-90.
  • 20
    Costa GA, Marreiro DN, Eulálio JM, Moita Neto J, Amorim AC, Nogueira AM, et al. Erythrocytary zinc and the infant growth profile in northeast Brazil. Bio Trace Elem Res. 2008; 126 (Supl 1): 15-20.
  • 21
    Borges CVD, Veiga APB, Barrosa GS, Jesus EFO, Serpa RFB, Moreira S, Salles-Costa R. Associação entre concentrações séricas de minerais, índices antropométricos e ocorrência de diarréia entre crianças de baixa renda da região metropolitana do Rio de Janeiro. Rev Nutr. 2007; 20 (2): 159-69.
  • 22
    Ferraz IS, Daneluzzi JC, Vannucchi H, Jordão Jr AA, Ricco RG, Del Ciampo LA, Martinelli CE Jr, Engelberg AA, Bonilha LR, Custódio VI. Zinc serum levels and their association with vitamin A deficiency in preschool children. J Pediatr (Rio J). 2007; 83 (6): 512-7.
  • 23
    Santos EB; Amancio OMS; Oliva CAG. Nutritional status, iron, copper, and zinc in school children of shantytwons of Sao Paulo. Rev Assoc Med Bras. 2007; 53 (4): 323-8.
  • 24
    Maia PA, Figueiredo RC, Anastácio AS, Silveira CLP, Donangelo CM. Zinc and copper metabolism in pregnancy and lactation of adolescent women. Nutrition. 2007; 23 (3): 248-53.
  • 25
    Tremeschin MH, Cervi MC, Camelo Júnior JD, Negrini BV, Martinez FE, Motta F, Meirelles MS, Vanucchhi H, Monteiro JP. Niacin nutritional status in HIV type 1-positive children: preliminary data. J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2007; 44(5): 629-33.
  • 26
    Morimoto JM, Marchioni DML, Fisberg RM. Using dietary reference intake-based methods to estimate prevalence of inadequate nutrient intake among female students in Brazil. J Am Diet Assoc. 2006; 106 (5): 733-6.
  • 27
    Cesar TB, Wada SR, Borges RG. Zinco plasmático e estado nutricional em idosos. Rev Nutr. 2005; 18 (3): 357-65.
  • 28
    Weyenbergh JV, Santana G, D'Oliveira Júnior A, Santos Júnior AF, Costa CH, Carvalho EM, Barral AMP, Barral Neto M. Zinc/copper imbalance reflects immune dysfunction in human leishmaniasis: an ex vivo and in vitro study. BMC Infect Dis. 2004; 4: 50-9.
  • 29
    Marinho HA, Roncada MJ. Ingestão e hábitos alimentares de pré-escolares de três capitais da Amazônia Ocidental Brasileira: um enfoque especial à ingestão de vitamina A. Acta Amaz. 2002; 33 (2): 263-74.
  • 30
    Fávaro RMD, Vannucchi H. Níveis plasmáticos de zinco e antropometria de crianças da periferia de centro urbano no Brasil. Rev Saúde Pública. 1990; 24 (1): 5-10.
  • 31
    Lima AA, Kvalsund MP, Souza PP, Figueiredo ÍL, Soares AM, Mota RM, Lima NL, Pinkerton RC, Patrick PP, Guerrant RL, Oriá RB. Zinc, vitamin A, and glutamine supplementation in Brazilian shantytown children at risk for diarrhea results in sex-specific improvements in verbal learning. Clinics (São Paulo). 2013; 68 (3): 351-8.
  • 32
    Moura JE, Moura ENO, Alves CX, Vale SHL, Dantas MMG, Silva AA, Almeida Md, Leite LD, Brandão-Neto J. Oral Zinc supplementation may improve cognitive function in schoolchildren. Biol Trace Elem Res. 2013; 155: 23-8.
  • 33
    Alves CX, Vale SHL, Dantas MMG, Maia AA, Franca MC, Marchini JS, Leite LD, Brandao-Neto J. Positive effects of zinc supplementation on growth, GH, IGF1, and IGFBP3 in eutrophic children. J Pediatr Endocr Met. 2012; 25 (9-10): 881-7.
  • 34
    Mitter SS, Oriá RB, Kvalsund MP, Pamplona P, Joventino ES, Mota RM, Gonçalves DC, Patrick PD, Guerrant RL, Lima AAM. Apolipoprotein E4 influences growth and cognitive responses to micronutrient supplementation in shantytown children from northeast Brazil. Clinics (São Paulo). 2012; 67 (1): 11-8.
  • 35
    Marreiro DN, Geloneze B, Tambascia MA, Lerário AC, Halpern A, Cozzolino SM. Effect of zinc supplementation on serum leptin levels and insulin resistance of obese women. Biol Trace Elem Res. 2006; 112(2): 109-18.
  • 36
    Silva AP, Vitolo MR, Zara LF, Castro CF. Effects of zinc supplementation on 1-to-5-year old children. J Pediatr (Rio J). 2006; 82 (3): 227-31.
  • 37
    Campos Júnior D, Veras Neto MC, Silva Filho VL, Leite MF, Holanda MB, Cunha NF. Zinc supplementation may recover taste for salt meals. J Pediatr (Rio J). 2004; 80 (1): 55-9.
  • 38
    Al-Sonboli N, Gurgel RQ, Shenkin A, Hart CA, Cuevas LE. Zinc supplementation in Brazilian children with acute diarrhoea. Ann Trop Paediatr. 2003; 23(1): 3-8.
  • 39
    Chen P, Soares AM, Lima AA, Gamble MV, Schorling JB, Conway M, Barrett LJ, Blaner WS, Guerrant RL. Association of vitamin A and zinc status with altered intestinal permeability: analyses of cohort data from north-eastern Brazil. J Health Popul Nutr. 2003; 21 (4): 309-15.
  • 40
    Cuevas LE, Almeida LM, Mazunder P, Paixão AC, Silva AM, Maciel L, Hart CA, Coulter JB. Effect of zinc on the tuberculin response of children exposed to adults with smear-positive tuberculosis. Ann Trop Paediatr. 2002; 22 (4): 313-9.
  • 41
    Donangelo CM, Woodhouse LR, King SM, Viteri FE, King JC. Supplemental zinc lowers measures of iron status in young woman with low iron reserves. J Nutr. 2002; 132 (7): 1860-4.
  • 42
    Porto MAS, Oliveira HP, Cunha AJ, Miranda G, Guimarães MM, Oliveira WA, Santos DM. Linear growth and zinc supplementation in children with short stature. J Pediatr Endocrinol Metab. 2000; 13 (8): 1121-8.
  • 43
    Castro AV, Mendonça BB, Bloise W, Shuhama T, Brandão Neto J. Effect of zinc administration on thyrotropin releasing hormone-stimulated prolactinemia in healthy men. Biometals 1999; 12(4): 347-52.
  • 44
    Ashworth A, Morris SS, Lira PI, Grantham-McGregor SM. Zinc supplementation, mental development and behaviour in low birth weight term infants in northeast Brazil. Eur J Clin Nutr. 1998; 52 (3): 223-7.
  • 45
    Lira PI, Ashworth A, Morris SS. Effect of zinc supplementation on the morbidity, immune function, and growth of low-birth-weight, full-term infants in northeast Brazil. Am J Clin Nutr. 1998; 68(Supl 2): S418-424.
  • 46
    Marinho HA, Shrimpton R, Giugliano R, Burini RC. Influence of enteral parasites on the blood vitamin A levels in preschool children orally supplemented with retinol and/or zinc. Eur J Clin Nutr. 1991; 45 (11): 539-44.
  • 47
    Hotz C. Dietary indicators for assessing the adequacy of population zinc intakes. Food Nutr Bull. 2007; 28 (3 Supl): 430-53.
  • 48
    Wessells KR, Singh GM, Brown KH. Estimating the Global Prevalence of Inadequate Zinc Intake from National Food Balance Sheets: Effects of Methodological Assumptions. PLOS ONE. 2012; 7(11): 1-13.
  • 49
    Hess SY, Peerson JM, King JC, Brown KH. Use of serum zinc concentration as an indicator of population zinc status. Food Nutr Bull. 2007; 28 (3 Supl): 403-29.
  • 50
    Figueroa Pedraza D, Sales MC. Prevalências isoladas e combinadas de anemia, deficiência de vitamina A e deficiência de zinco em pré-escolares de 12 a 72 meses do Núcleo de Creches do Governo da Paraíba. Rev Nutr. 2014; 27 (3): 301-10.
  • 51
    Figueroa Pedraza D, Sales MC. Avaliação de desempenho das concentrações capilares de zinco como método diagnóstico da deficiência de zinco: um estudo comparativo com as concentrações séricas de zinco. Rev Nutr 2013; 26 (6): 617-24.
  • 52
    Figueroa Pedraza D, Menezes TN. Questionários de Frequência de Consumo Alimentar desenvolvidos e validados para população do Brasil: revisão da literatura. Ciênc Saúde Coletiva. 2015; 20 (9): 2697-720.
  • 53
    Figueroa Pedraza D. Evidências do impacto da suplementação múltipla com micronutrientes no crescimento de pré-escolares: revisão sistemática. Rev Bras Saúde Matern Infant. 2014; 14 (1): 17-37.
  • 54
    Jiménez Morán E, Bacardí Gascón M, Jiménez Cruz A. Efecto del zinc sobre el crecimiento lineal en menores de cinco años de Latinoamérica; revisión sistemática. Nutr Hosp. 2013; 28 (5): 1574-1579.
  • 55
    Prasad AS. Discovery of human zinc deficiency: 50 years later. J Trace Elem Med Biol. 2012; 26: 66-9.
  • 56
    Imdad A, Bhutta ZA. Effect of preventive zinc supplementation on linear growth in children under 5 years of age in developing countries: a meta-analysis of studies for input to the lives saved tool. BMC Public Health. 2011; 11 (Supl 3): S22.
  • 57
    Chen L, Liu YF, Gong M, Jiang W, Fan Z, Qu P, et al. Effects of vitamin A, vitamin A plus zinc, and multiple micronutrients on anemia in preschool children in Chongqing, China. Asia Pac J Clin Nutr. 2012; 21 (1): 3-11.
  • 58
    Brown KH, Baker SK, IZiNCG Steering Committee. Galvanizing action: Conclusions and next steps for mainstreaming zinc interventions in public health programs. Food Nutr Bull. 2009; 30 (1 Supl): S179-184.
  • 59
    Hosseini B, Saedisomeolia A, Allman-Farinelli M. Association between antioxidant intake/status and obesity: a systematic review of observational studies. Biol Trace Elem Res. 2017; 175 (2): 287-97.
  • 60
    Conde WL, Monteiro CA. Nutrition transition and double burden of undernutrition and excess of weight in Brazil. Am J Clin Nutr. 2014; 100 (Supl. 6): 1617S-22.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Apr-Jun 2017

Histórico

  • Recebido
    24 Maio 2016
  • Aceito
    28 Mar 2017
Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira Rua dos Coelhos, 300. Boa Vista, 50070-550 Recife PE Brasil, Tel./Fax: +55 81 2122-4141 - Recife - PR - Brazil
E-mail: revista@imip.org.br