Acessibilidade / Reportar erro

Técnica de amamentar e a incidência de traumas mamilares em puérperas atendidas em um hospital municipal: estudo de intervenção

Resumo

Objetivos:

avaliar o efeito de uma intervenção na incidência de traumas mamilares e na qualidade da técnica de amamentar no primeiro mês pós-parto.

Métodos:

trata-se de um estudo de intervenção quasi randomizado com 180 puérperas distribuídas entre os grupos experimental e controle. A intervenção foi realizada na mater-nidade e consistiu de sessão educativa sobre a técnica de amamentar. Foi realizada análise descritiva das características dos grupos, comparadas as frequências dos parâmetros desfa-voráveis da técnica de amamentar. O teste do qui-quadrado de Pearson e teste de Fisher foram utilizados, sendo adotado p≤ 0,05 como nível crítico de significância.

Resultados:

aos 30 dias, 64% e 15%, das mães apresentaram técnica correta, respectiva-mente, nos grupos experimental e controle com RR= 4,87 (IC95%=2,93-8,34); NNT= 1,96 (IC95%=1,61-2,72); p<0,001.No grupo experimental percebeu-se que houve diminuição dos parâmetros desfavoráveis da técnica de amamentar (p≤0,05). A incidência de trauma mamilar foi de 30% no grupo experimental e 38,9% no grupo controle (p=0,21).

Conclusão:

no grupo experimental a intervenção realizada não foi suficiente para prevenir a ocorrência de traumas mamilares, porém melhorou significantemente a qualidade da técnica de amamentar.

Palavras-chave:
Trauma; Amamentação; Incidência

Abstract

Objectives:

to evaluate the effect of an intervention on the incidence of nipple trauma and the quality of breastfeeding technique in the first month of postpartum.

Methods:

this is a quasi-randomized intervention study with 180 puerperal women equally distributed between experimental and control groups. The intervention was performed at a maternity and consisted of an educational session on breastfeeding technique. A descrip-tive analysis of the groups’ characteristics was performed, comparing the frequencies of unfa-vorable parameters related to breastfeeding technique between groups. Pearson’s chi-square test and Fisher’s test were used, and p≤0.05 was adopted as the critical level of significance.

Results:

at 30 days, 64% and 15% of the mothers used the technique correctly, respec-tively, in the experimental and control groups with RR=4.87 (CI95%=2.93-8.34); NNT=1.96 (CI95% =1.61-2.72); p<0.001. In the experimental group, a decrease was observed in the unfavorable parameters of the breastfeeding technique (p≤0.05). The incidence of nipple trauma was 30% in the experimental group and 38.9% in the control group (p=0.21).

Conclusions:

the intervention was insufficient to prevent nipple trauma in the experi-mental group, but significantly improved the quality in the breastfeeding technique.

Key words:
Trauma; Breastfeeding; Incidence

Introdução

A despeito das recomendações de aleitamento materno exclusivo (AME) nos primeiros seis meses de vida1 muitas mulheres descontinuam a amamentação devido às dificuldades encontradas em seu manejo.22 Ahluwalia I, Morrow B, Hsia J. Why do women stop breastfeeding? Findings from the Pregnancy Risk Assessment and Monitoring System.Pediatrics. 2005;116 (6):1408-12.

3 Kent JC, Ashton E, Hardwick CM, Rowan MK, Chia ES,Fairclough KA, Menon LL, Scott C, Mather-Mccaw G, Navarro K, Geddes DT. Nipple Pain in Breastfeeding Mothers: Incidence, Causes and Treatments. Int J Environ Res Public Health. 2015; 12 (10): 12247-63.
-4 4. World Health Organization (WHO). Infant and young child feeding: model chapter for textbooks for medical students and allied health professionals.Geneva; 2009.

O trauma mamilar é um dos fatores associados à interrupção precoce do AME.22 Ahluwalia I, Morrow B, Hsia J. Why do women stop breastfeeding? Findings from the Pregnancy Risk Assessment and Monitoring System.Pediatrics. 2005;116 (6):1408-12.,55 Coca KP, Gamba MA, Silva RS, Abrao ACFV. A posição de amamentar determina o aparecimento do trauma mamilar? Rev Esc Enferm USP. 2009; 43 (2): 446-52.,66 Vieira GO, Martins C, Vieira TO, Oliveira NF, Silva LR. Fatores preditivos da interrupção do aleitamento materno exclusivo no primeiro mês de lactação. J Pediatr (Rio J.). 2010;86(5):441-4.,77 Oliveira CNT, Oliveira MV. Prevalência de aleitamento materno exclusivo e fatores associados ao desmame precoce no município de Vitória da Conquista-BA. C&D-Rev Eletr Fainor, Vitória da Conquista. 2012; 5(1): 160-74.Essa intercor-rência mamária se apresenta como uma solução de continuidade da pele do mamilo e /ou aréola causada por fissura, escoriação, erosão, dilaceração ou vesículas,88 VinhaVHP. Traumas Mamilares(ferimentos): prevençãoe-cuidados.ln:Vinha VHP.O livro da amamentação. São Paulo: C LR Balieiro; 1999.p.45-54.comumente associada a desconforto e dor durante a mamada.33 Kent JC, Ashton E, Hardwick CM, Rowan MK, Chia ES,Fairclough KA, Menon LL, Scott C, Mather-Mccaw G, Navarro K, Geddes DT. Nipple Pain in Breastfeeding Mothers: Incidence, Causes and Treatments. Int J Environ Res Public Health. 2015; 12 (10): 12247-63.,99 Thompson R, Kruske S, Barclay L, Linden K, Gao Y, Kildea S. Potential predictors of nipple trauma from an in-home breastfeeding programme: a cross-sectional study. Women Birth. 2016; 29 (4): 336-44.

A incidência do trauma mamilar durante a amamentação varia de 11 a 96%.1010 Centuori S, Burmaz T, Ronfani L, Fragiacomo M, Quintero S, Pavan C, Davanzo R, Cattaneo A. Nipplecare, sore nipplesandbreastfeeding: a randomizedtrial. J Hum Lact. 1999;15(2):125-30.

11 Weigert EML, Giugliani ERJ, França MCT, Oliveira LD, Bonilha A, Espírito Santo LC et al. Influência da téc¬nica de amamentação nas frequências de aleitamento materno exclusivo e lesões mamilares no primeiro mês de lactação. J Pediatr. 2005; 81 (4): 310-6.
-1212 Santos KJS, Santana GS, Vieira TO, Santos CAST, Giugliani ERJ, Vieira GO. Prevalence and factors associ-ated with cracked nipples in the first month postpartum. BMC Pregnancy Childbirth. 2016; 16: 209.Observa-se ainda que 80 a 95% das nutrizes apresentam na primeira semana após o parto algum grau de dor mamilar e 26% referem dor intensa, determinantes que contribuem para a interrupção do AME e desmame precoce.55 Coca KP, Gamba MA, Silva RS, Abrao ACFV. A posição de amamentar determina o aparecimento do trauma mamilar? Rev Esc Enferm USP. 2009; 43 (2): 446-52.Com frequência os traumas mamilares são porta de entrada para microorganismos patogênicos, tendo a mastite,1212 Santos KJS, Santana GS, Vieira TO, Santos CAST, Giugliani ERJ, Vieira GO. Prevalence and factors associ-ated with cracked nipples in the first month postpartum. BMC Pregnancy Childbirth. 2016; 16: 209.,1313 Cullinane M, Amir LH, Donath SM, Garland SM, Tabrizi SN, Payne MS, Bennett CM. Determinants of mastitis in women in the CASTLE study: a cohort study. BMC Fam Pract. 2015; 16 (1): 181.como importante complicação. A mastite lactacional é um processo inflamatório da mama, que pode estar associado ou não a infecções, sendo oStaphilococcus aureuso agente infeccioso mais comum.1414 Dias JS, Vieira TO, Vieira GO. Fatores associados ao trauma mamilar no período lactacional: uma revisão sistemática. Rev Bras Saúde Mater Infant. 2017; 17 (1): 27-42.

Dentre os fatores associados à lesão mamilar destaca-se a técnica inadequada de amamentação quanto ao posicionamento e à pega.1212 Santos KJS, Santana GS, Vieira TO, Santos CAST, Giugliani ERJ, Vieira GO. Prevalence and factors associ-ated with cracked nipples in the first month postpartum. BMC Pregnancy Childbirth. 2016; 16: 209.,1515 Goyal C, Banginwar AS, Ziyo F, Toweir AA. Breastfeeding practices: Positioning, attachment(latch-on) and effective suckling - A hospital-basedstudy in Libya. J Family Community Med. 2011; 18 (2): 74-9.

16 Vieira F, BachionMM, Mota DD, Munari DB. Asystematic reviewof theinterventionsfornippletraumainbreastfeeding-mothers.J Nurs Scholarsh. 2013; 45 (2): 116-25.
-1717 Dennis CL, Jackson K, Watson J. Interventions for treating painful nipples among breastfeeding women. Cochrane DatabaseSystRev. 2014; 12: 1-72.A amamentação com boa técnica não traumatiza o mamilo e a aréola, favorece a sucção efetiva1717 Dennis CL, Jackson K, Watson J. Interventions for treating painful nipples among breastfeeding women. Cochrane DatabaseSystRev. 2014; 12: 1-72.e o esvaziamento da mama. A técnica correta de amamentar tem sido citadacomo um importante fator de prevenção dos traumas mamilares, bem como contribui para a amamentação bem suce-dida.33 Kent JC, Ashton E, Hardwick CM, Rowan MK, Chia ES,Fairclough KA, Menon LL, Scott C, Mather-Mccaw G, Navarro K, Geddes DT. Nipple Pain in Breastfeeding Mothers: Incidence, Causes and Treatments. Int J Environ Res Public Health. 2015; 12 (10): 12247-63.,1010 Centuori S, Burmaz T, Ronfani L, Fragiacomo M, Quintero S, Pavan C, Davanzo R, Cattaneo A. Nipplecare, sore nipplesandbreastfeeding: a randomizedtrial. J Hum Lact. 1999;15(2):125-30.,1212 Santos KJS, Santana GS, Vieira TO, Santos CAST, Giugliani ERJ, Vieira GO. Prevalence and factors associ-ated with cracked nipples in the first month postpartum. BMC Pregnancy Childbirth. 2016; 16: 209.,1515 Goyal C, Banginwar AS, Ziyo F, Toweir AA. Breastfeeding practices: Positioning, attachment(latch-on) and effective suckling - A hospital-basedstudy in Libya. J Family Community Med. 2011; 18 (2): 74-9.,1818 Shimoda G,Aragaki I, Sousa C, Silva I. Associação entre persistência de lesão de mamilos e condições de aleita-mento materno. Rev Min Enferm. 2014; 18 (1): 68-74.Em contrapartida, o posicionamento e pega inadequados interferem na dinâmica de sucção e extração do leite materno, dificulta o esvaziamento da mama e gera lesões mamilares.1111 Weigert EML, Giugliani ERJ, França MCT, Oliveira LD, Bonilha A, Espírito Santo LC et al. Influência da téc¬nica de amamentação nas frequências de aleitamento materno exclusivo e lesões mamilares no primeiro mês de lactação. J Pediatr. 2005; 81 (4): 310-6.

Os traumas mamilares surgem comumente na primeira semana após o parto, quando se inicia o processo de amamentação.1919 Duffy EP, Percival P, Kershaw E. Positive effects of an antenatal group teaching session on postnatal nipple pain, nipple trauma and breastfeeding rates. Midwifery. 1997;13 (4):189-96.Alguns estudos de intervenção direcionados para a técnica de amamentação mostraram que a frequência de complicações relacionadas à amamentação foi menor no grupo de lactantes que receberam a intervenção.1919 Duffy EP, Percival P, Kershaw E. Positive effects of an antenatal group teaching session on postnatal nipple pain, nipple trauma and breastfeeding rates. Midwifery. 1997;13 (4):189-96.,2020 Henderson A, Stamp G,Pincombe J.Postpartum positioning and attachment education for increasing breastfeeding: a randomized trial. Birth. 2001; 28 (4): 236-42.No entanto, outros não observaram um impacto positivo da intervenção na qualidade da técnica de amamentar.1111 Weigert EML, Giugliani ERJ, França MCT, Oliveira LD, Bonilha A, Espírito Santo LC et al. Influência da téc¬nica de amamentação nas frequências de aleitamento materno exclusivo e lesões mamilares no primeiro mês de lactação. J Pediatr. 2005; 81 (4): 310-6.,2121 Oliveira LD, Giugliani ER, Eepírito Santo LC do, Cavalheiro M, França T, Weigert EML. Effect of Intervention to Improve Breastfeeding Technique on the Frequency of Exclusive Breastfeeding and Lactation-Related Problems.J Hum Lact. 2006;22 (3): 315-21.

Embora diferentes intervenções tenham sido desenhadas para melhorar a técnica de amamentar e reduzir a ocorrência de dor e trauma nos mamilos, não está bem claro qual o método mais efetivo.1616 Vieira F, BachionMM, Mota DD, Munari DB. Asystematic reviewof theinterventionsfornippletraumainbreastfeeding-mothers.J Nurs Scholarsh. 2013; 45 (2): 116-25.Portanto, é importante testara hipótese deque uma intervenção direcionada à amamentação implica em um efeito positivo com melhora da qualidade da técnica e redução da incidência de traumas mamilares.

O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de uma intervenção na pega e posição de amamentar na incidência de traumas mamilares e na qualidade da técnica de amamentar no primeiro mês pós-parto, em puérperas atendidas em um hospital do município de Feira de Santana-BA.

Métodos

Trata-se de um estudo de intervenção quasi rando-mizado tendo como variável de exposição a intervenção direcionada à técnica de amamentação, e desfechos, a incidência de traumas mamilares e a qualidade da técnica de amamentação no primeiro mês após o parto. Foi conduzido no ano de 2015 no Hospital Inácia Pinto dos Santos (HIPS), hospital Amigo da Criança.

O cálculo amostral foi baseado na incidência de 43,3% de traumas mamilares, demonstrada em estudo anterior,2222 Santos KJS. Fatores associados à mastite lactacional e trauma mamilar [dissertação].Feira de Santana: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Estadual de Feira de Santana; 2013.sendo considerada a mínima diferença a ser detectada entre os grupos de 20% para que o resultado da intervenção fosse considerado significativo. A amostra foi calculada mediante um nível de 95% de confiança e 80% de poder, considerando Za igual a 1,96 e Zp igual a 0,84. Assim, estimou-se como amostra mínima 90 binômios mãe/recém-nascido para o grupo controle, e 90 para o grupo experimental.

As puérperas que pariram nas 48h que antecederam a coleta de dados e que atenderam aos critérios de inclusão (mães residentes em Feira de Santana-BA, binômios mães/recém-nascidos em alojamento conjunto e em aleitamento materno) foram convidadas a participar do estudo, até ser atingido o número mínimo de participantes definido no cálculo amostral. Recém-nascidos gemelares ou internados na unidade neonatal e puérperas com trauma mamilar ou mastite não foram incluídos no estudo na primeira abordagem.

A amostra do estudo foi constituída por binômios mãe/recém-nascido atendidos no HIPS. As díades foram incluídas no estudo no período de fevereiro a julho de 2015, sendo que a abordagem às mães dos grupos experimental e controle ocorria em semanas alternadas, de maneira que em uma mesma enfermaria não ficassem mães de grupos diferentes. Foi realizado pelas pesquisadoras sorteio simples para definir em qual grupo seriam alocadas as participantes, dando início à coleta de dados pelo grupo experimental (Figura 1).

Figura 1
Diagrama de fluxo do progresso através das fases de um estudo de intervenção.

A coleta de dados foi realizada em duas ocasiões: na maternidade e 30 dias após o parto. Os dados foram coletados por uma equipe devidamente treinada, constituída por duas enfermeiras e uma nutricionista, responsáveis pela seleção da amostra, entrevista com as mães, observação das mamadas e avaliação das mamas.

Na maternidade, as mães dos grupos controle e experimental foram entrevistadas a fim de se obter os dados sociodemográficos, relacionados ao prénatal, ao parto e ao aleitamento materno, e os dados relacionados ao recém-nascido. Em seguida, foi realizado o exame das mamas, a fim de avaliar as características das mesmas, confirmar a ausência do trauma mamilar, bem como investigar a presença de ingurgitamento mamário e mastite.

Foi realizado estudo piloto com nove mães, quantidade correspondente a 5% da amostra, para testar a logística do estudo e os instrumento s de coleta de dados.

Ainda na maternidade foi realizada a observação da mamada utilizando-se o formulário recomendado pela World Health Organization;2323 WHO(World Health Organization). Positioning a baby at the breast.In: WHO. Integrated Infant Feeding Counselling: a Training Course. Trainer's Guide;2004. este procedimento foi realizado apenas no grupo experimental, em atenção às normas éticas que não permitem a omissão do pesquisador nos possíveis casos identificados com técnica de amamentar inadequada. Em seguida, foi realizada a intervenção em três etapas: 1ª etapa - exibição do vídeo “Amamentação muito mais do que alimentar a criança” reproduzido pelo Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Pediatria,2424 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde; Sociedade Brasileira de Pediatria. Amamentação:muito mais do que alimentar a criança. [S.l.: s.n., 2010]. 1 DVD (22 min), color. Em português e espanhol.o qual aborda a técnica de amamentar, além dos benefícios do aleitamento materno. O vídeo foi exibido na presença de uma das pesquisadoras, individualmente ou em grupo de no máximo três mulheres. Ao final da exibição foi apresentado um recorte do vídeo, de modo individual, com imagens específicas sobre a técnica de amamentar. 2a etapa - orientações verbais sobre a técnica de amamentar e os benefícios do aleitamento materno; 3a etapa - demonstração da técnica correta de amamentarutilizando o seio cobaia e boneca. Ao final da demonstração, a mãe reproduzia os procedimentos ensinados com o lactente. Caso fosse identificado algum parâmetro desfavorável da técnica de amamentação, era dada a devida orientação. Foram esclarecidas eventuais dúvidas e agendado o retorno da criança, 30 dias após o nascimento, para consulta com uma pediatra da Instituição.

Vale ressaltar que a intervenção realizada neste estudo se diferenciou da que já ocorre rotineiramente no serviço onde o estudo foi desenvolvido no que diz respeito aos recursos que foram utilizados numa mesma abordagem (seio cobaia, boneca e vídeo), ao tipo de abordagem (individual e em grupo) e à demonstração individual da técnica de amamentar.

As mães do grupo controle não receberam a intervenção proposta pelo estudo, porém foram orientadas pela equipe de pesquisadoras quanto aos benefícios do aleitamento materno e também receberam orientações da equipe de profissionais de saúde do HIPS, pois por se tratar de um hospital credenciado na Iniciativa Hospital Amigo da Criança, já realiza em sua rotina os seguintes procedimentos: orientação nas enfermarias, de segunda a sexta, sobre os benefícios do aleitamento materno e seu manejo, com entrega defolderinformativo e atividades educativas em grupo realizadas em datas específicas.

Aos trinta dias após o nascimento, os lactentes dos grupos controle e experimental retornaram para uma consulta com a pediatra da Instituição, seguindo a rotina do serviço. Nesse momento, as mães dos dois grupos foram entrevistadas sobre o padrão alimentar da criança. Posteriormente à entrevista, foram realizados nos dois grupos o exame das mamase a observação da mamada utilizando-se os mesmos instrumentos de coleta de dados usados na maternidade.

Devido ao não comparecimento de algumas genitoras na consulta, tornou-se necessária a realização de visita domiciliar. Das 180 duplas puér-peras/lactentes, 52 (28,9%) foram visitadas em seus domicílios.

Os aspectos referentes à técnica de amamentar foram obtidos através da observação da mamada, utilizando o instrumento recomendado pela World Health Organization.2323 WHO(World Health Organization). Positioning a baby at the breast.In: WHO. Integrated Infant Feeding Counselling: a Training Course. Trainer's Guide;2004. Para avaliar a técnica de amamentar foram utilizados os parâmetros indicativos de posicionamento adequado do recém-nascido (bebê próximo do corpo da mãe; cabeça e tronco alinhados; corpo do bebê bem apoiado), da pega adequada (boca bem aberta; lábio inferior virado para fora; queixo do bebê tocando o seio; pega assimétrica, com mais aréola visível acima da boca do bebê) e de sucção adequada (sucção lenta e profunda em períodos de atividade com pausas, nota-se ou escuta-se a deglutição). A técnica de amamentação foi considerada correta quando todos os parâmetros citados anteriormente foram favoráveis.

Foi definido como trauma mamilar a ocorrência de fissura, escoriação, erosão, dilaceração, vesículas, equimose e eritema na região mamilo-areolar,88 VinhaVHP. Traumas Mamilares(ferimentos): prevençãoe-cuidados.ln:Vinha VHP.O livro da amamentação. São Paulo: C LR Balieiro; 1999.p.45-54.averiguados no exame das mamas realizado na consulta pediátrica agendada para trinta dias após o parto. Além disso, foi considerado o autorrelato da puérpera a respeito da ocorrência dessas lesões no primeiro mês pós-parto. Como as puérperas que apresentaram lesão nos mamilos nas primeiras 48h após o parto foram excluídas do estudo, no cálculo da incidência do trauma mamilar foram incluídas somente as mulheres que apresentaram novas lesões após a alta hospitalar.

Foram pesquisadas também variáveis sociode-mográficas maternas, características relacionadas à gravidez, ao recém-nascido e à amamentação.

Para a construção do banco de dados e realização das análises estatísticas foi utilizado o programa estatísticoStatistic Package for Social Sciences(SPSS) versão 10.0. Foram calculadas as frequências absoluta e relativa de todas as variáveis coletadas e comparadas as características dos grupos controle e experimental, bem como calculadas as frequências dos parâmetros desfavoráveis relativos ao posicionamento, pega e sucção observados 30 dias após o parto. Foi comparada a técnica de amamentar entre as duplas dos dois grupos 30 dias após o parto e calculado o número necessário para tratar (NNT), que representa a estimativa do número de indivíduos que devem receber a intervenção para produzir o desfecho positivo. O NNT equivale à recíproca da redução absoluta do risco ou diferença de risco.2525 Oliveira Filho PF de. Epidemiologia e bioestatística: fundamentos para a leitura crítica. 1 Ed. Rio de Janeiro: Rubio; 2015.O teste do qui-quadrado de Pearson e teste exato de Fisher foram utilizados, sendo adotadop<0,05 como nível crítico de significância e intervalo de confiança de 95%.

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Feira de Santana (CAAE: 39280614.9.0000.0053). Os dados foram coletados mediante a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido.

Resultados

Dos 216 binômios mãe/recém-nascido elegíveis para o estudo, 08 (3,7%) não participaram por recusa materna e 28 (13%) foram perdidos ao longo do acompanhamento, o que resultou em 180 binômios assim distribuídos: 90 no grupo controle e 90 no grupo de intervenção. As características das puérperas e dos seus respectivos neonatos se mostraram semelhantes entre os grupos (Tabela 1).

Tabela 1
Características das 180 duplas mães e recém-nascidos incluídas no estudo, Feira de Santana/BA, 2015.

No exame das mamas verificou-se que 72,2% e 81,1% das nutrizes tinham mamilos normais, 26,7% e 16,7% mamilos planos, e 1,1% e 2,2% mamilos malformados, respectivamente, nos grupos experimental e controle. Não houve diferença significante entre os grupos quanto à presença de mamilos planos (p=0,11) e mamilos malformados (p=0,63). A ocorrência de ingurgitamento mamário no primeiro mês após o parto também não diferiu entre grupo experimental (3,3%) e controle (2,2%) (p0,66).

Houve maior incidência de técnica de amamentação correta no grupo experimental 64% (57/89) em comparação com o grupo controle 15% (13/86) RR= 4,87 (IC95%=2,93-8,34); NNT= 1,96 (IC95%=1,61-2,72);p<0,001. O cálculo da redução absoluta do risco (RAR) mostrou que a cada 100 mães expostas ao treinamento realizado, 64 apresentaram técnica correta de amamentação e em 49 delas esse desfecho deveu-se à intervenção (RAR= 49).

Ao comparar as frequências dos parâmetros desfavoráveis à técnica de amamentar, aos 30 dias após o parto, entre o grupo experimental e controle, observou-se melhor qualidade da técnica no grupo experimental, com diferença significante nos seguintes parâmetros: corpo do bebê distante do corpo mãe; queixo não toca o seio; bebê não está bem apoiado; boca pouco aberta; pega não assimétrica; lábio inferior virado para dentro e presença de apenas sucções rápidas com estalidos (Tabela 2).

Tabela 2
Frequência dos parâmetros desfavoráveis relativos ao posicionamento, pega e sucção nos grupos experimental e controle 30 dias após o parto. Feira de Santana (BA), 2015.

Em relação à ocorrência de trauma mamilar 30% e 38,9% das mulheres autorrelataram lesão nos mamilos, respectivamente, nos grupos experimental e controle, não sendo encontrada diferença significante entre os grupos (p=0,21). No que se refere ao tipo de trauma mamilar, a lesão mais frequente foi a fissura, presente em 20% das puérperas do grupo experimental e em 27,8% das puérperas do grupo controle. As demais lesões apresentadas pelas puérperas estão apresentadas na Tabela 3.

Tabela 3
Frequência dos traumas mamilares observados nos grupos experimental e controle 30 dias após o parto. Feira de Santana (BA), 2015.

Discussão

A intervenção realizada no atual estudo sobre a técnica de amamentar produziu efeito benéfico, pois reduziu significantemente a frequência dos parâmetros desfavoráveis à qualidade da técnica no grupo experimental. Porém, não teve efeito sobre a incidência de traumas mamilares.

Notou-se melhora da técnica de amamentar no grupo experimental em quase todos os parâmetros de posicionamento e pega. Outros estudos de intervenção também verificaram melhora da técnica de amamentar. Em estudo realizado na Austrália, as mulheres do grupo experimental apresentaram escores melhores com relação ao posicionamento e pega do recém-nascido durante a mamada.2323 WHO(World Health Organization). Positioning a baby at the breast.In: WHO. Integrated Infant Feeding Counselling: a Training Course. Trainer's Guide;2004.Outra intervenção bem-sucedida foi realizada no Reino Unido, na qual foram avaliadas 395 duplas mães/recém-nascidos quanto à técnica de amamentação, durante a internação após o parto; os autores verificaram que após a intervenção, 56% das nutrizes apresentaram técnica adequada.2626 Ingran J, Johnson D, Greenwood R. Breastfeeding in Bristol: teaching good positioning and support fathers and families.Midwifery.2002; 18: 87-101.Valor superior (64% no grupo experimental contra 15% no grupo controle) foi encontrado no atual estudo.

Diferentemente, em outro estudo de intervenção verificou-se que não houve diferença significante quando comparadas as médias do número de parâmetros desfavoráveis à amamentação entre os grupos experimental e controle, tanto na maternidade, quanto aos 30 dias após o parto.2121 Oliveira LD, Giugliani ER, Eepírito Santo LC do, Cavalheiro M, França T, Weigert EML. Effect of Intervention to Improve Breastfeeding Technique on the Frequency of Exclusive Breastfeeding and Lactation-Related Problems.J Hum Lact. 2006;22 (3): 315-21.A diferença entre a referida intervenção e a do presente estudo foi a utilização de um vídeo como recurso audiovisual para demonstração da técnica de amamentar.

A intervenção do atual estudo também se diferenciou da que é habitualmente realizada pelo hospital onde o estudo foi conduzido no que se refere à utilização de recurso audiovisual e uso de instrumentos como seio cobaia e boneca para demonstração individual da técnica correta de amamentar, medidas que parecem ter contribuído para um efeito positivo. E, por serem ferramentas de fácil acesso e aplicação podem ser incorporadas às rotinas hospitalares, sobretudo no que diz respeito às orientações realizadas de modo individualizado, face-a-face, por serem mais efetivas2727 McFadden A, Gavine A, Renfrew MJ,Wade A, Buchanan P, Taylor JL,Veitch E, Rennie AM, CrowtherSA, Neiman S, MacGillivray S. Support for healthy breastfeeding mothers with healthy term babies. Cochrane Database Syst Rev. 2017;2:CD001141.do que as realizadas em grupo.

Chamou a atenção no presente estudo a proporção de 47,8% do parâmetro “pega não assimétrica” no grupo controle aos 30 dias em relação ao grupo experimental, no qual a proporção foi de 14,6%, sendo este o parâmetro que sofreu maior impacto com a intervenção. De modo semelhante, em outro estudo de intervenção, aos trinta dias de vida houve melhora significante (p<0,001) desse item.2121 Oliveira LD, Giugliani ER, Eepírito Santo LC do, Cavalheiro M, França T, Weigert EML. Effect of Intervention to Improve Breastfeeding Technique on the Frequency of Exclusive Breastfeeding and Lactation-Related Problems.J Hum Lact. 2006;22 (3): 315-21.

A técnica adequada para amamentar tem sido descrita como uma importante medida de prevenção contra os traumas mamilares.33 Kent JC, Ashton E, Hardwick CM, Rowan MK, Chia ES,Fairclough KA, Menon LL, Scott C, Mather-Mccaw G, Navarro K, Geddes DT. Nipple Pain in Breastfeeding Mothers: Incidence, Causes and Treatments. Int J Environ Res Public Health. 2015; 12 (10): 12247-63.,1919 Duffy EP, Percival P, Kershaw E. Positive effects of an antenatal group teaching session on postnatal nipple pain, nipple trauma and breastfeeding rates. Midwifery. 1997;13 (4):189-96.,2020 Henderson A, Stamp G,Pincombe J.Postpartum positioning and attachment education for increasing breastfeeding: a randomized trial. Birth. 2001; 28 (4): 236-42.,2626 Ingran J, Johnson D, Greenwood R. Breastfeeding in Bristol: teaching good positioning and support fathers and families.Midwifery.2002; 18: 87-101.Entretanto, no atual estudo, a intervenção direcionada especificamente para a técnica de amamentar não reduziu significantemente a ocorrência do trauma mamilar. O mesmo ocorreu em outros três estudos de intervenção.2020 Henderson A, Stamp G,Pincombe J.Postpartum positioning and attachment education for increasing breastfeeding: a randomized trial. Birth. 2001; 28 (4): 236-42.,2121 Oliveira LD, Giugliani ER, Eepírito Santo LC do, Cavalheiro M, França T, Weigert EML. Effect of Intervention to Improve Breastfeeding Technique on the Frequency of Exclusive Breastfeeding and Lactation-Related Problems.J Hum Lact. 2006;22 (3): 315-21.,2828 Wallace LM, Dunn OM, Alder EM, Inch S, Hills RK, Law SM. A randomised-controlled trial in England of a postnatal midwifery intervention on breastfeeding duration.Midwifery.2006; 22: 262-73.

Em um estudo realizado na Austrália,2020 Henderson A, Stamp G,Pincombe J.Postpartum positioning and attachment education for increasing breastfeeding: a randomized trial. Birth. 2001; 28 (4): 236-42.no qual as puérperas receberam orientação individual sobre posicionamento e pega 24 horas após o parto, não foram encontradas diferenças significantes na incidência do trauma mamilar entre o grupo experimental (17%) e o controle (20%). No estudo conduzido na Inglaterra2828 Wallace LM, Dunn OM, Alder EM, Inch S, Hills RK, Law SM. A randomised-controlled trial in England of a postnatal midwifery intervention on breastfeeding duration.Midwifery.2006; 22: 262-73.a intervenção consistiu de uma interferência realizada por parteira qualificada, que abordou o posicionamento e a pega durante a mamada. Não houve diferenças significantes na incidência de problemas com a amamentação, pois 30,3% e 37,8% apresentaram mamilos doloridos ou com fissura, respectivamente, no grupo experimental econtrole. O terceiro estudo foi realizado no Brasil,2121 Oliveira LD, Giugliani ER, Eepírito Santo LC do, Cavalheiro M, França T, Weigert EML. Effect of Intervention to Improve Breastfeeding Technique on the Frequency of Exclusive Breastfeeding and Lactation-Related Problems.J Hum Lact. 2006;22 (3): 315-21.e nesse, as puérperas foram orientadas na maternidade quanto à técnica de amamentação, com ênfase nos aspectos relacionados ao posicionamento e à pega correta durante a mamada e ensinamento de ordenha manual. Notou-se que a incidência de trauma mamilar no grupo de mães que recebeu a intervenção (43,2%) foi semelhante à do grupo controle (48,9%), quando avaliadas com 7 dias. Aos 30 dias também não foi encontrada diferença na incidência do trauma nos dois grupos: 8,5% e 9,1%, respectivamente, nos grupos experimental e controle.

O presente estudo assemelha-se aos três mencionados anteriormente, no que se refere ao fato da intervenção ter sido realizada em um único momento. Por outro lado, outras intervenções foram bem-sucedidas. Em estudo realizado na Austrália, no qual a intervenção consistia de uma sessão de orientação sobre técnica de amamentar, as mulheres que receberam a intervenção apresentaram escores melhores quando avaliado o posicionamento e a pega do recém-nascido durante a mamada, e menor incidência de trauma mamilar, sendo 53% no grupo experimental contra 100% no controle.1919 Duffy EP, Percival P, Kershaw E. Positive effects of an antenatal group teaching session on postnatal nipple pain, nipple trauma and breastfeeding rates. Midwifery. 1997;13 (4):189-96.Vale ressaltar que tal intervenção foi realizada com gestantes nulíparas, no final da gestação (36 semanas), característica que pode ter contribuído para o sucesso da intervenção, pois as singularidades dos primeiros dias após o parto podem comprometer a assimilação de orientações fornecidas neste período.

No atual estudo, outros fatores além da técnica de amamentar e dos pesquisados podem ter incidido de modo diferente no grupo experimental econtrole e ter contribuído para os resultados encontrados, a exemplo de disfunções orais na criança, freio de língua excessivamente curto, sucção não nutritiva prolongada, uso impróprio de bombas de extração de leite ou uso de protetores de mamilo, dentre outros.2929 Biancuzzo M. Maternal physical assessment and coun-seling. In: Biancuzzo M. Breastfeeding the newborn. St. Louis: Mosby. 1999; p. 226-304.,3030 Brasil. Ministério da Saúde. Saúde criança: nutrição infantil/ Aleitamento materno e alimentação complementar. Brasília, DF;2009.

Na busca da compreensão dos resultados encontrados é pertinente também destacar algumas limitações metodológicas deste estudo, a exemplo de viés de informação, pois o exame das mamas só foi realizado na maternidade e 30 dias após a intervenção, sendo necessário considerar a limitação materna quanto à identificação do trauma mamilar. As nutrizes podem ter deixado de relatar alguma lesão nos mamilos ocorrida nesse período por não terem uma boa visualização do próprio mamilo ou por não estarem capacitadas para tal, apesar deste método de avaliação poder auxiliar na vigilância desse agravo. Outra limitação do estudo foi o fato das avaliadoras terem conhecimento de qual grupo pertenciam as puéperas.

A intervenção sobre o posicionamento e pega realizada na maternidade causou impacto positivo na qualidade da técnica de amamentar, fato que fortalece o conhecimento estabelecido de que a instituição de medidas de intervenção pode facilitar a prática da amamentação. Assim, é fundamental a assistência à puérpera antes da alta hospitalar, com observação da mamada e demonstração da técnica correta de amamentar. Para tanto, é necessária a atuação de uma equipe treinada, com conhecimento suficiente para intervir precocemente aos primeiros sinais de posicionamento e pega inadequados, importante medida para assegurar uma amamentação bem-sucedida.

Contraditoriamente, a intervenção não preveniu a ocorrência de lesões nos mamilos, o que sugere que uma intervenção realizada em um único momento não é suficiente para prevenir os traumas mamilares. Ademais, outros fatores além da técnica de amamentar podem ter contribuído com os resultados encontrados.

References

  • 1
    Kramer M, Kakuma R. Optimal duration of exclusive-breastfeeding.Cochrane Database Syst Rev. 2012; 8: CD003517.
  • 2
    Ahluwalia I, Morrow B, Hsia J. Why do women stop breastfeeding? Findings from the Pregnancy Risk Assessment and Monitoring System.Pediatrics. 2005;116 (6):1408-12.
  • 3
    Kent JC, Ashton E, Hardwick CM, Rowan MK, Chia ES,Fairclough KA, Menon LL, Scott C, Mather-Mccaw G, Navarro K, Geddes DT. Nipple Pain in Breastfeeding Mothers: Incidence, Causes and Treatments. Int J Environ Res Public Health. 2015; 12 (10): 12247-63.
  • 4
    World Health Organization (WHO). Infant and young child feeding: model chapter for textbooks for medical students and allied health professionals.Geneva; 2009.
  • 5
    Coca KP, Gamba MA, Silva RS, Abrao ACFV. A posição de amamentar determina o aparecimento do trauma mamilar? Rev Esc Enferm USP. 2009; 43 (2): 446-52.
  • 6
    Vieira GO, Martins C, Vieira TO, Oliveira NF, Silva LR. Fatores preditivos da interrupção do aleitamento materno exclusivo no primeiro mês de lactação. J Pediatr (Rio J.). 2010;86(5):441-4.
  • 7
    Oliveira CNT, Oliveira MV. Prevalência de aleitamento materno exclusivo e fatores associados ao desmame precoce no município de Vitória da Conquista-BA. C&D-Rev Eletr Fainor, Vitória da Conquista. 2012; 5(1): 160-74.
  • 8
    VinhaVHP. Traumas Mamilares(ferimentos): prevençãoe-cuidados.ln:Vinha VHP.O livro da amamentação. São Paulo: C LR Balieiro; 1999.p.45-54.
  • 9
    Thompson R, Kruske S, Barclay L, Linden K, Gao Y, Kildea S. Potential predictors of nipple trauma from an in-home breastfeeding programme: a cross-sectional study. Women Birth. 2016; 29 (4): 336-44.
  • 10
    Centuori S, Burmaz T, Ronfani L, Fragiacomo M, Quintero S, Pavan C, Davanzo R, Cattaneo A. Nipplecare, sore nipplesandbreastfeeding: a randomizedtrial. J Hum Lact. 1999;15(2):125-30.
  • 11
    Weigert EML, Giugliani ERJ, França MCT, Oliveira LD, Bonilha A, Espírito Santo LC et al. Influência da téc¬nica de amamentação nas frequências de aleitamento materno exclusivo e lesões mamilares no primeiro mês de lactação. J Pediatr. 2005; 81 (4): 310-6.
  • 12
    Santos KJS, Santana GS, Vieira TO, Santos CAST, Giugliani ERJ, Vieira GO. Prevalence and factors associ-ated with cracked nipples in the first month postpartum. BMC Pregnancy Childbirth. 2016; 16: 209.
  • 13
    Cullinane M, Amir LH, Donath SM, Garland SM, Tabrizi SN, Payne MS, Bennett CM. Determinants of mastitis in women in the CASTLE study: a cohort study. BMC Fam Pract. 2015; 16 (1): 181.
  • 14
    Dias JS, Vieira TO, Vieira GO. Fatores associados ao trauma mamilar no período lactacional: uma revisão sistemática. Rev Bras Saúde Mater Infant. 2017; 17 (1): 27-42.
  • 15
    Goyal C, Banginwar AS, Ziyo F, Toweir AA. Breastfeeding practices: Positioning, attachment(latch-on) and effective suckling - A hospital-basedstudy in Libya. J Family Community Med. 2011; 18 (2): 74-9.
  • 16
    Vieira F, BachionMM, Mota DD, Munari DB. Asystematic reviewof theinterventionsfornippletraumainbreastfeeding-mothers.J Nurs Scholarsh. 2013; 45 (2): 116-25.
  • 17
    Dennis CL, Jackson K, Watson J. Interventions for treating painful nipples among breastfeeding women. Cochrane DatabaseSystRev. 2014; 12: 1-72.
  • 18
    Shimoda G,Aragaki I, Sousa C, Silva I. Associação entre persistência de lesão de mamilos e condições de aleita-mento materno. Rev Min Enferm. 2014; 18 (1): 68-74.
  • 19
    Duffy EP, Percival P, Kershaw E. Positive effects of an antenatal group teaching session on postnatal nipple pain, nipple trauma and breastfeeding rates. Midwifery. 1997;13 (4):189-96.
  • 20
    Henderson A, Stamp G,Pincombe J.Postpartum positioning and attachment education for increasing breastfeeding: a randomized trial. Birth. 2001; 28 (4): 236-42.
  • 21
    Oliveira LD, Giugliani ER, Eepírito Santo LC do, Cavalheiro M, França T, Weigert EML. Effect of Intervention to Improve Breastfeeding Technique on the Frequency of Exclusive Breastfeeding and Lactation-Related Problems.J Hum Lact. 2006;22 (3): 315-21.
  • 22
    Santos KJS. Fatores associados à mastite lactacional e trauma mamilar [dissertação].Feira de Santana: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Estadual de Feira de Santana; 2013.
  • 23
    WHO(World Health Organization). Positioning a baby at the breast.In: WHO. Integrated Infant Feeding Counselling: a Training Course. Trainer's Guide;2004.
  • 24
    Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde; Sociedade Brasileira de Pediatria. Amamentação:muito mais do que alimentar a criança. [S.l.: s.n., 2010]. 1 DVD (22 min), color. Em português e espanhol.
  • 25
    Oliveira Filho PF de. Epidemiologia e bioestatística: fundamentos para a leitura crítica. 1 Ed. Rio de Janeiro: Rubio; 2015.
  • 26
    Ingran J, Johnson D, Greenwood R. Breastfeeding in Bristol: teaching good positioning and support fathers and families.Midwifery.2002; 18: 87-101.
  • 27
    McFadden A, Gavine A, Renfrew MJ,Wade A, Buchanan P, Taylor JL,Veitch E, Rennie AM, CrowtherSA, Neiman S, MacGillivray S. Support for healthy breastfeeding mothers with healthy term babies. Cochrane Database Syst Rev. 2017;2:CD001141.
  • 28
    Wallace LM, Dunn OM, Alder EM, Inch S, Hills RK, Law SM. A randomised-controlled trial in England of a postnatal midwifery intervention on breastfeeding duration.Midwifery.2006; 22: 262-73.
  • 29
    Biancuzzo M. Maternal physical assessment and coun-seling. In: Biancuzzo M. Breastfeeding the newborn. St. Louis: Mosby. 1999; p. 226-304.
  • 30
    Brasil. Ministério da Saúde. Saúde criança: nutrição infantil/ Aleitamento materno e alimentação complementar. Brasília, DF;2009.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    30 Out 2020
  • Data do Fascículo
    Jul-Sep 2020

Histórico

  • Recebido
    03 Set 2019
  • Revisado
    09 Fev 2020
  • Aceito
    27 Mar 2020
Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira Rua dos Coelhos, 300. Boa Vista, 50070-550 Recife PE Brasil, Tel./Fax: +55 81 2122-4141 - Recife - PR - Brazil
E-mail: revista@imip.org.br