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Literatura negra, feminismo negro e tradução: uma entrevista com Conceição Evaristo

Black Literature, Black Feminism and Translation: An Interview with Conceição Evaristo

Conceição Evaristo é um dos maiores nomes da literatura brasileira contemporânea. Escritora, poeta, mulher negra, símbolo de luta e de resistência. Sua escrita narra a história da diáspora africana, pelo viés dos que a vivenciaram. Cunhou o termo escrevivência para marcar o diferencial de sua escrita. Essa grande mulher, que não nasceu rodeada de livros, mas de palavras, as utiliza para contar histórias que, como a autora mesmo diz, “não foram feitas para ninar as crianças da casa grande, mas para acordar a senzala” (Conceição EVARISTO, 2007EVARISTO, Conceição. “Da grafia desenho de minha mãe: um dos lugares de nascimento de minha escrita”. In: ALEXANDRE, Marcos. Antônio. (Org.) Representações performáticas brasileiras: teorias, práticas e suas interfaces. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2007, p. 16-21., p. 21). Mineira, nascida em uma favela em Belo Horizonte, possui nove irmãos e conciliou seus estudos e o trabalho doméstico desde muito cedo. Graduou-se em Letras na UFRJ, cursou mestrado na PUC-Rio e doutorado na Universidade Federal Fluminense.

Começou a publicar seus textos, na década de 1990, nos Cadernos Negros, série organizada pelo grupo Quilombhoje e dedicada à divulgação da produção literária afro-brasileira. Seu primeiro livro de grande repercussão foi Ponciá Vicêncio (Mazza, 2006). Autora de outros seis livros, reconhecida internacionalmente, ganhou o Prêmio Jabuti em 2015, com o livro de contos Olhos d’Água (Pallas, 2015). Em 2017, foi homenageada com uma exposição no Itaú Cultural de São Paulo. Neste mesmo ano participou como convidada da Flip - Festa Literária Internacional de Paraty, a maior feira literária do país. No dia 18 de junho de 2018, Conceição Evaristo entregou sua candidatura à cadeira de número sete da Academia Brasileira de Letras, cadeira já ocupada pelo também escritor negro Castro Alves. Se ela for selecionada, será a primeira mulher negra a alcançar essa posição.

Esta entrevista nos foi concedida no dia 02 de agosto de 2017, durante a realização do 13° Congresso Mundos de Mulheres e Seminário Internacional Fazendo Gênero 11, na Universidade Federal de Santa Catarina. A escritora Conceição Evaristo compôs a mesa-redonda “Zahideanas: a força das publicações feministas e a Editora Mulheres”. Além disso, nesse mesmo dia, participou da cerimônia de encerramento do evento, declamando seu poema “Vozes-Mulheres”, no rito de passagem para a próxima edição do Mundos de Mulheres que acontecerá em 2020 em Maputo, Moçambique; continuando assim a tradição histórica que mantém a ligação entre mulheres negras, vozes que se encontram em sua poética e se veem através do Atlântico Negro. Em um breve intervalo entre essas duas atividades e em meio a autógrafos e abraços, ela gentilmente nos agraciou com essa entrevista, na qual fala sobre tradução, feminismo negro e sobre a importância da prática africana da contação de histórias para escritorxs negrxs.

Fabrício Cassilhas (FC): Conceição, você acha importante escritorxs negrxs se denominarem contadorxs de histórias? Se sim, por quê?

Conceição Evaristo (CE): Olha, eu sempre digo que meu texto vem da oralidade, né? O lugar de nascimento, toda a influência do meu texto vem da oralidade. Não me lembro se alguma vez eu já me autodenominei como contadora de história, por exemplo, a Paulina Chiziane fala: “eu não sou romancista. Sou contadora de histórias.”1 1 Paulina Chiziane comenta sobre recusar o rótulo de romanista na entrevista concedida ao programa A Páginas Tantas do canal TDM de Macau. CHIZIANE, P. Paulina. A Páginas Tantas. YouTube. 2 de junho de 2013. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=yYIwTj7afJA. Acesso em: 13/08/2018. Mas eu acho mesmo que eu não tenha me denominado com veemência, a minha literatura passa por isso. Meu texto escrito passa por isso, e isso é importante porque eu acho que quando você se nomeia como contadora de história você busca uma prática que automaticamente te remete a uma prática africana. Uma prática das culturas africanas que é a contação de história. Então, eu acho que você posicionar o seu texto literário ou posicionar a sua criação literária ou a sua estética literária dentro das culturas africanas, ou dentro de uma herança africana, é interessante, porque geralmente a literatura busca influências europeias para poder falar de determinados escritores. Um caso muito comum é o do Machado de Assis, que teria aprendido, ou melhor, que a escrita de Machado de Assis seria muito marcada pelos mestres europeus. Cruz e Sousa teria bebido do simbolismo francês. Essa análise deixa de lado o fato de que esses autores, tanto Machado de Assis como o próprio Cruz e Sousa, não ficaram imunes a suas culturas de origem, que seriam justamente culturas de origem africana. Assim, acho que se afirmar como contadora de história é interessante, porque você se filia a uma influência e a uma tradição das culturas africanas.

Jessica Oliveira (JO): Conceição, você já se interessou em acompanhar traduções de suas obras para outras línguas?

CE: Só a tradução francesa, porque eu não falo inglês. A minha competência em inglês é mínima. A única coisa que sei falar em inglês é: I don’t speak English e mais nada (risos). Agora a tradução francesa de Ponciá Vicêncio, (de Becos da Memória, não), mas o tradutor ao francês de Ponciá Vicêncio discutia muito comigo, entende? Tivemos um encontro na minha casa e, em outra ocasião, quando eu fui a Maputo. E ele era diretor do Centro Cultural Franco-Moçambicano e aí nós viajamos… Foi até muito bonito pelo seguinte: porque a gente viajou de Maputo à África do Sul e foi nas vésperas da Copa do Mundo. Então as estradas estavam todas em obra e a gente já tinha feito essa experiência que ele me pedia pra ler o texto em português pra ele sentir bem o texto, sentir minha entonação e pensar na tradução, então a tradução francesa foi uma que pude acompanhar nesses momentos que eu pude estar com o Patrick (a tradução é assinada por Paula Anacaona e Patrick Louis). Já a tradução pro inglês não, porque não tenho essa competência.

JO: Mas, então, a partir desse diálogo com o tradutor francês surgiu alguma curiosidade? Houve alguma discussão sobre traços específicos do texto, da cultura apresentada no texto e pelo texto?

CE: Ah sim! Surgiram! Surgiram várias! Tive que explicar algumas situações, né? Por exemplo, mitos africanos que aparecem no texto e que o tradutor desconhecia ou, às vezes, ele tinha o conhecimento, mas um conhecimento não exato… ele havia lido algo, mas não correspondia à experiência, né? ao que a personagem tava querendo dizer no momento. Então sim, teve. Porque a tradução é muito difícil, né? Eu me lembro que quando a tradução ao inglês de Ponciá Vicêncio estava sendo feita… Em Minas a gente usa muito essa expressão de “comprar uma fazenda”, é… - Ah, vamo ali na loja comprar uma fazenda de pano.” Quando usamos essa expressão estamos nos referindo à compra de um tecido. É uma situação muito específica, né? Aqui vocês devem encontrar isso: o tecido fica enrolado numa espécie de pau, de haste. Então, em Minas a gente chama aquilo ali de peça, uma peça de fazenda, algo assim. E aí a tradutora não conseguia atinar que fazenda era essa. Ela pensava que era “farm. E ela lá nos Estados Unidos, né? E aí ela tentava ligar. E daí, por e-mail, ela me pediu pra explicar isso pra ela. Por exemplo, em espanhol, a tradutora - e essa história é super desagradável - porque eu não tive tempo de discutir isso com a tradutora e fiquei muito preocupada, mas como a tradução em espanhol saiu em uma tiragem muito pequena, quase experimental, e foi feita praticamente por uma ONG, então o projeto era traduzir o livro e mais nada disso, entende? Mas acontece que eu fiquei preocupada quando ela me manda uma pergunta... É que há vários momentos da narrativa onde aparece que Ponciá não trabalha sozinha ou tem-se a impressão que Ponciá não trabalha sozinha, em vários momentos, né? Indicando justamente uma força ancestral. Quando ela me diz que não entendia quando isso aparecia na narrativa…

JO: Não entendeu nada!

CE: Eu não respondi, você sabe que eu fiquei tão impactada! Eu não respondi. E aí eu não sei como é que saiu a tradução em espanhol. Não sei nada. Fiquei muito impactada com isso, falei “meu deus, que tradução é essa, então?”

JO: Sim, a tradução precisa de uma sensibilidade e de uma experiência.

CE: É. De uma experiência. Justamente. E acho que precisa… Usa-se muito a expressão até que tradução é uma traição. Nenhuma tradução dá conta, mas certas coisas são fundamentais. Ela tem que dar conta, ou então ela tem que substituir muito bem. Outra coisa também que a tradutora pro inglês dos Estados Unidos me perguntava e acho que no momento ela tenta dar uma explicação. Por exemplo, Ponciá Vicêncio… Nós aqui no Brasil. Nós negros, nós temos até determinadas expressões, mas a gente não criou um português negro, não é? A não ser talvez, de repente, em algum quilombo, mas eu acho um pouco difícil. O máximo que a gente tem, eu acho que a gente tem determinadas expressões que a gente pode até dizer, e determinadas posturas, né? Que a gente até pode dizer pro público que o que tá do lado, se ele não estiver dentro da nossa cultura, provavelmente não vai entender, mas não é como o caso do inglês negro. E aí, algumas expressões que eu levava pro texto, expressões bantas, a tradutora tentou dar explicações afirmando que eram expressões do português negro falado no Brasil, entendem? Ela devia estar pensando, por exemplo, em um texto de Toni Morrison que trabalha isso com muita competência. Não é o caso, a não ser que você pegue coisa muito específica, por exemplo, certas cantigas de capoeira, certas cantigas do jongo, entende? Mesmo no congado católico às vezes tem uma palavra ou outra, mas mesmo assim são expressões que não chegam a ser, por exemplo, um desenvolvimento linguístico quase que paralelo.

JO: Hmmm, os processos diaspóricos são paralelos.

CE: Sim, mas os resultados não foram os mesmos.

Silvana Martins (SM): Qual a importância do Feminismo Negro para mulheres negras?

CE: Olha, quando a gente pensa em feminismo negro eu também tenho um certo… a gente tem que ter um certo cuidado, porque a gente tem uma tendência de pensar no assunto como se fosse uma situação similar ao feminismo branco. A nossa história é outra. Primeiro porque o feminismo negro, se a gente for pensar, o feminismo das mulheres negras não nasce de uma teoria. Ele nasce de uma prática. Quando as mulheres brancas, de classe média, assumem essa luta feminista, elas assumem através de uma teoria, de um questionamento que a gente nem fez e nem podia fazer. A nossa atuação se dava na rua, no trabalho, na prática. Agora, quando eu falo também - e eu tenho tido muito cuidado - um primeiro aspecto que nos diferencia do feminismo branco - e isso eu falo com muito cuidado: não é que o homem negro não seja machista. Ele é machista sim. As mulheres negras sofrem na mão dos homens negros. Mas a nossa primeira luta não foi contra o homem negro. Foi contra o estado (pausa) patriarcal branco burguês e, no qual, a mulher branca não teve e não tem nenhuma dificuldade de exercer sua condição de mando, de poder. Ela não tem nenhuma dificuldade. Quem passa pelo fundo da cozinha dessas mulheres é quem sabe. Então eu digo que a gente tem modos de ação e modos de concepção totalmente diferentes. E acho, inclusive, que em dados momentos mesmo aquela mulher lá no morro, aquela que não tem instrução escolar, aquela que muitas vezes é dominada pelo marido, mas mesmo ela, muitas vezes, tem uma prática feminista por causa do trabalho. O momento, acho que é a historiadora Maria Odila que fala que, o momento do trabalho é o momento do poder2 2 Conceição Evaristo faz referência ao importante trabalho de Maria Odila Silva Dias, entre os quais destaca-se DIAS, Maria Odila Silva. Cotidiano e poder em São Paulo no século XIX. São Paulo: Brasiliense, 1984. . Nós mulheres negras - com raríssimas exceções - não tivemos que rasgar sutiã no meio da rua porque a gente queria trabalhar. Esse tipo de luta a gente não teve. Então, não sei nem se a gente… claro, você tem sempre tendência a fazer comparação, mas eu acho que pra pensar o feminismo negro, a gente não pode nem pensar o feminismo branco como parâmetro pra gente pensar as nossas práticas.

JO: Sim, nossas práticas ancestrais.

CE: A minha mãe, a minha tia contava uma história. Minha mãe é de 1922, tá viva. Minha tia de 1911.

SM: E a sua tia está viva também?

CE: Não. Minha tia não. Minha tia faleceu quando tinha 85 e minha mãe vai fazer 95. Por isso que eu quero seguir o exemplo delas, tá?

JO: Meu avô tem 93.

CE: Ah é? Você é de onde?

JO: Nasci em São Paulo e faço mestrado aqui com uma professora e tradutora que acredito ter traduzido um conto seu pro alemão.

CE: ahhh faz tempo que eu não encontro com ela, muito tempo e eu não tenho nem esse trabalho dela. Acho que ela tentou me enviar ou enviou uma vez.... Você sabe alemão?

JO: Sei. E traduzo pro português uma poeta alemã negra.

CE: Ah é? Quem é?

JO: May Ayim, ela é pouco conhecida. Por isso também esse trabalho de tradução e divulgação da sua obra.

CE: Que barato! Você conhece aquele livro em alemão “Prosa Negra” e “Poesia Negra”?

JO: Não conheço!

CE: Esse livro3 3 Conceição Evaristo se refere aos volumes AUGEL, Moema Parente (Org.)Schwarze Poesie/ Poesia Negra;Afrobrasilianische Dichtung der Gegenwart. Trad. do português de Johannes Augel. St. Gallen/Koln: Edition diá, 1988 (Antologia da poesia afrobrasileira contemporânea), e AUGEL, Moema Parente (Org.).Schwarze Prosa/ Prosa Negra;Afrobrasilianische Erzählungen. Tradução de Johannes Augel e Marianne Gareis. St. Gallen/Berlin/São Paulo: Edition Diá, 1992 (Antologia da prosa afrobrasileira contemporânea). foi publicado em 1994 ou 1993. Na realidade é um livro de poesia e um de prosa, organizados pela professora Moema Parente Augel, baiana, casada com um alemão. Ela que levou nossos textos pra Alemanha.

JO: Não vou anotar porque tá gravando. Mas, muito obrigada, vou procurar!

CE: Sim, mas aí minha tia me contava uma história, é… isso deve ter se passado nos anos [19]30. Vocês conhecem Belo Horizonte?

JO: Conheço, minha família por parte de pai é de lá.

CE: Ah é? Por isso, gente! Lembra que eu te perguntei de onde você é? Você tem um jeitinho calmo de mineiro… foi por isso que eu perguntei. (risos) Bom, e aí, naquela região onde era o aeroporto de Confins, a minha família nasceu ali, nos anos [19]30. E aí o que que acontecia? Alguns fazendeiros não gostavam… As mulheres trabalhavam na roça, porque muitos acham também que no sistema de escravidão as mulheres só trabalhavam dentro de casa, né? Mas não. Elas iam também pra roça, plantavam, cultivavam, coisa e tal. E aí a minha tia que não tinha sido escrava, mas sabia trabalhar na roça, ela e outras mulheres da região.... Os fazendeiros não queriam dar trabalho para as mulheres alegando que o trabalho delas não rendia. Aí não davam trabalho para as mulheres. O que que as mulheres fizeram? Isso eu to falando dos anos de 1930, gente! Essas mulheres começaram a trabalhar em mutirão. Juntas, elas aravam a terra, plantavam, colhiam e aí, o serviço delas passou a render mais do que o serviço dos homens. Logo, os fazendeiros passam a contratar as mulheres também pra trabalhar. Quer dizer, são táticas de enfrentamento dessas mulheres negras pobres, muito próximas ainda de uma herança da escravidão. Se a gente tem isso até hoje imaginem nos anos [19]30, né? Essas mulheres se organizam para enfrentar esses fazendeiros. A história do feminismo brasileiro nunca vai trazer isso. Não conta, nem sabe! É, nem interessa! Eu tenho em algum texto isso já escrito, sabe. Então, as nossas ações não se inscrevem no movimento de mulheres brancas, burguesas, entende? Mas eu acho que a gente também não pode deixar de discutir isso com elas. Todo lugar que eu vou e que eu tenho a oportunidade eu conto, entende… porque eu acho que a gente também tem uma função pedagógica nessa história toda.

Referência

  • EVARISTO, Conceição. “Da grafia desenho de minha mãe: um dos lugares de nascimento de minha escrita”. In: ALEXANDRE, Marcos. Antônio. (Org.) Representações performáticas brasileiras: teorias, práticas e suas interfaces Belo Horizonte: Mazza Edições, 2007, p. 16-21.
  • 1
    Paulina Chiziane comenta sobre recusar o rótulo de romanista na entrevista concedida ao programa A Páginas Tantas do canal TDM de Macau. CHIZIANE, P. Paulina. A Páginas Tantas. YouTube. 2 de junho de 2013. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=yYIwTj7afJA. Acesso em: 13/08/2018.
  • 2
    Conceição Evaristo faz referência ao importante trabalho de Maria Odila Silva Dias, entre os quais destaca-se DIAS, Maria Odila Silva. Cotidiano e poder em São Paulo no século XIX. São Paulo: Brasiliense, 1984.
  • 3
    Conceição Evaristo se refere aos volumes AUGEL, Moema Parente (Org.)Schwarze Poesie/ Poesia Negra;Afrobrasilianische Dichtung der Gegenwart. Trad. do português de Johannes Augel. St. Gallen/Koln: Edition diá, 1988 (Antologia da poesia afrobrasileira contemporânea), e AUGEL, Moema Parente (Org.).Schwarze Prosa/ Prosa Negra;Afrobrasilianische Erzählungen. Tradução de Johannes Augel e Marianne Gareis. St. Gallen/Berlin/São Paulo: Edition Diá, 1992 (Antologia da prosa afrobrasileira contemporânea).
  • Jessica Oliveira de Jesus (bugorel@gmail.com) é mestra em Estudos da Tradução pela UFSC, autora da dissertação “May Ayim e a Tradução de Poesia Afrodiaspórica de Língua Alemã” (2018). Possui graduação em Letras (Português/ Alemão) pela USP. É tradutora de intelectuais negras como Grada Kilomba, June Jordan, May Ayim, Tanya Saunders, entre outras. Integrante do grupo de pesquisas Traduzindo no Atlântico Negro (UFBA), coordenado pela Profa. Dra. Denise Carrascosa.
  • Fabrício Henrique Meneghelli Cassilhas (fhenrique.mc@gmail.com), também conhecida como Feibriss ou Fabris, é uma bicha preta transviada Mestra e Doutoranda em Estudos da Tradução pela UFSC. Possui graduação em Tradução e em Letras Inglês pela UFOP. Performa no Sarau Vozes Negras e no projeto de contação de histórias Contra a Hipocrisia Colonial promovendo a circulação de literatura e arte negra. Integrante dos grupos de pesquisa neTrans (Núcleo de Estudos e Pesquisas de Travestilidade, Transgeneridades e Transexualidades / UFSC) e do Núcleo Literatural (Núcleo de Literatura Brasileira Atual - Estudos Feministas e Pós-Coloniais de Narrativas da Contemporaneidade / UFSC)
  • Silvana Martins dos Santos/Nana Martins (silvanamartinspoetisa@gmail.com) é mestranda do Programa de Pós-Graduação em Literatura da Universidade Federal de Santa Catarina, estuda áreas relacionadas ao Feminismo Negro, à Literatura afro-brasileira e africana. Possui graduação em Letras Português - Francês (2011) pela Universidade Estadual de Londrina. Escritora. Possui poemas e contos publicados nos “Cadernos Negros” nas edições de número 35, 36, 38, 39 e 40, entre outras publicações. Ministra cursos e oficinas sobre literatura afro-brasileira e escrita literária. Realiza o Sarau Vozes Negras, uma performance literária que tem como foco promover a literatura negra. É professora da rede Estadual de Ensino do Estado de Santa Catarina.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    11 Out 2018
  • Data do Fascículo
    2018

Histórico

  • Recebido
    14 Maio 2018
  • Aceito
    24 Ago 2018
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