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Perfil obstétrico de adolescentes grávidas em um hospital público: risco no início do trabalho de parto, parto, pós-parto e puerpério1 1 Apoio financeiro do Programa de Apoyo a Proyectos de Investigación e Innovación Tecnológica (PAPIIT), México, processo nº 307811-3.

Resumos

Objetivo:

descrever o perfil obstétrico das adolescentes no início do trabalho de parto, durante o parto, pós-parto e puerpério.

Método:

estudo descritivo transversal, com 85 adolescentes grávidas, escolhidas por conveniência, encaminhadas dos Centros de Saúde a um Hospital Público na Cidade do México. Foram avaliados os riscos antes, durante e depois do parto e no puerpério, medidos respectivamente com os "Previgenes" que compõem o Sistema de Avaliação de Risco Reprodutivo e Perinatal.

Resultados:

o nível socioeconômico, a ocupação e a escolaridade tiveram influência sobre a emotividade das adolescentes em relação ao trabalho de parto, cujo risco obstétrico foi 55% baixo, 35% médio e 10% alto. O risco no trabalho de parto foi baixo em 55%, médio em 18% e alto em 27%. O risco no pós-parto foi de 50% risco baixo, 25% risco médio e 25% risco alto. No puerpério, a maioria das adolescentes (90%) apresentou baixo risco.

Conclusão:

a maioria das adolescentes apresentou baixo risco nas etapas avaliadas. O estudo contribuiu para identificar estratégias para a abordagem de riscos devido à vulnerabilidade inerente a este tipo de população e favoreceu a realização de intervenções adequadas para as suas necessidades.

Gravidez na Adolescência; Fatores de Risco; Trabalho de Parto; Parto; Período Pós-Parto


Objective:

describe the obstetric profile of adolescents at beginning of labor, at delivery, postpartum, and in puerperium.

Method:

Cross-sectional descriptive study with 85 pregnant adolescents, selected by convenience, referred by health centers to a public hospital in Mexico City. Risks were evaluated before, during and after delivery and in puerperium, and measured respectively with the "Previgenes" that compose the Reproductive and Perinatal Risk Assessment System.

Results:

socioeconomic status, occupation and education level had influence on the emotionality of adolescents in relation to labor, whose obstetric risk was low for 55%, medium for 35%, and high for 10%. Risk in labor was low for 55%, medium for 18%, and high for 27%. Risk postpartum was low for 50%, medium for 25%, and high for 25%. In puerperium, most adolescents (90%) had low risk.

Conclusion:

most adolescents had low risk in the stages evaluated. The study contributed to identify strategies to approach risk considering the vulnerability inherent in this type of population and favored the conduct of appropriate interventions for the respective needs.

Pregnancy in Adolescence; Risk Factors; Labor, Obstetric; Parturition; Postpartum Period


Objetivo:

escribir el perfil obstétrico de las adolescentes al inicio del trabajo de parto, durante el parto, el posparto y el puerperio.

Método:

estudio descriptivo transversal, con 85 adolescentes embarazadas elegidas por conveniencia, referidas de los Centros de Salud a un Hospital Público en la Ciudad de México. Fue evaluado el riesgo antes, durante, después del parto y en el puerperio, medidos respectivamente con los "Previgenes" que componen el Sistema de Evaluación de Riesgo Reproductivo y Perinatal.

Resultados:

el nivel socioeconómico, la ocupación y la escolaridad influyeron en la emotividad de las adolescentes ante el trabajo de parto, cuyo riesgo obstétrico fue de 55% bajo, 35% medio y 10% alto. El riesgo en el parto fue bajo en 55%, medio en 18% y alto en 27%. El riesgo en el posparto fue 50% riesgo bajo, 25% riesgo medio y 25% riesgo alto. En el puerperio, la mayoría de las adolescentes (90%) presentó riesgo bajo.

Conclusión:

la mayoría de las adolescentes presentaron bajo riesco en las etapas avaluadas. El estudio contribuyó a identificar las estrategias para el abordaje de riesgos por la vulnerabilidad propia en este tipo de población y favoreció la realización de intervenciones acorde a sus necesidades.

Embarazo en Adolescencia; Factores de Riesgo; Trabajo de Parto; Parto; Período de Postparto


Introdução

A gravidez na adolescência continua sendo um problema de saúde pública a nível mundial. Estima-se que a cada ano, 14 milhões de adolescentes (mulheres entre 10 e 19 anos) deem à luz em todo o mundo, o que representa pouco mais de 10% do total de nascimentos. Oitenta por cento dos nascimentos acontecem nos países em desenvolvimento( 1. United Nations Population Fund. The State of World Population 2004: The Cairo Consensus at Ten: Population, Reproductive Health and the Global Effort to End Poverty. , p. 76. New York: UNFPA; 2004. [acesso 20 fev 2010]. p. 76. Disponivel em: http://www.unfpa.org/swp/2004/pdf/en_swp04.pdf
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). Em 2010, de acordo com o Censo Geral da População e Habitação, havia no México 112 336 538 milhões de habitantes, dos quais 21 966 049 (19.5%) foram adolescentes de 10 a 19 anos( 2. Instituto Nacional de Estadística, Geografía e Informática (MX). Censo General de Población y Vivienda 2010: Tabulados del Cuestionario Básico. México; 2011. ).

A taxa de gravidez nas adolescentes de 12 a 19 anos de idade foi de 79 para cada mil mulheres( 3. Secretaria de Salud (MX). Subsecretaria de Prevención y Programación Dirección General de Epidemiología. Perfil epidemiológico de la población adolescente. México; 2011. ). Uma a cada seis mulheres que engravidam no México são adolescentes. A mortalidade por gravidez na adolescência está relacionada com uma maior mortalidade materna, especialmente entre as adolescentes de 10 a 14 anos de idade( 4. Oliveira Jr FC, Surita FG, Pinto e Silva JL, Cecatti JG, Parpinelli MA, Haddad SM, et al. Severe maternal morbidity and maternal near miss in the extremes of reproductive age: results from a national cross- sectional multicenter study. BMC Pregnancy Childbirth. [Internet]. 2014 [acesso 26 jun. 2014];14:77. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3975952/?tool=pubmed
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); o risco de morte materna em adolescentes é duas vezes maior que no restante das mulheres de idade fértil, e quatro vezes maior quando se trata de menores de 15 anos( 5. Ximenes-Neto FRG, Marques MS, Rocha J. Problemas vividos por las adolescentes durante la gestación. Enferm Global. [Internet]. 2008. [acesso 6 mar 2010];(12):1-11. Disponível em: http://bit.ly/wd8L4P
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).

Quanto à taxa de morbidade, as adolescentes grávidas constituem um grupo de risco; os riscos e danos que podem se apresentar nas adolescentes não constituem ameaças apenas na gestação, mas também nas etapas subsequentes ao ato obstétrico, ou seja, no parto e pós-parto, e inclusive ao recém-nascido. Por exemplo, o fator Infecção de Vias Urinárias (IVU) indica que adolescentes grávidas e com esse fator têm mais probabilidades de apresentar ameaça de aborto, presença de contrações uterinas antes da gravidez a termo ou parto prematuro( 6. Tapia H, Jiménez A, Pérez I. Perfil Obstétrico de Adolescentes Embarazadas atendidas en un Hospital Público de la Ciudad de México. Enferm Univ. 2012;9(3):7-14. ).

Os Fatores de Risco (FR) foram classificados em biológicos, psicológicos e sociais; entre os FR biológicos estão por exemplo os relacionados com a contratilidade uterina no trabalho de parto: número de contrações uterinas que se apresentam em 10 minutos, sua intensidade e sua duração no decorrer da fase ativa do trabalho de parto; enquanto que nos de ordem social encontram-se: o nível socioeconômico, a ocupação ou a escolaridade; e dentro dos psicológicos estariam: a emotividade da mulher em relação ao trabalho de parto.

Continuando com o impacto que os fatores de risco representam à saúde nas etapas de parto e pós-parto de adolescentes, estudos descreveram como principais prejuízos o parto pré-termo e as mortes neonatais em filhos de mães adolescentes. Além disso, identificaram outros como a toxemia, os partos prolongados e o aumento da incidência de cesáreas neste grupo de risco; também, aumento da frequência de anemia, toxemia, da taxa de recém-nascidos de baixo peso e de complicações puerperais nestas pacientes( 7. Lenkiewicz NE. El embarazo en adolescentes: un tema con variaciones polémicas. Género y Salud en Cifras. [Internet]. 2008 [acesso 6 mar 2013];6(1):7-11. Disponível em: http://www.facmed.unam.mx/deptos/salud/genero/boletines/boletin%20V6-1.pdf
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- 8. Valdés-Dacal S, Essien J, Bardales-Mitac J, Saavedra-Moredo D, Bardales-Mitac E. Embarazo en la Adolescencia Incidencia, Riesgos y Complicaciones. Rev Cubana Obstet Ginecol. 2002;28(2):84-8. ).

Com relação à adolescência, considera-se um fator de risco porque é a etapa da vida em que ocorrem mudanças físicas, psicológicas, sociais e culturais; os adolescentes transitam de uma imaturidade biopsicossocial a uma maturidade primeiramente biológica, para depois alcançarem a psicossocial, como adultos.

Identificar os fatores de risco das adolescentes mexicanas pertencentes às zonas marginais da Cidade do México, no início, durante e após o parto, pode favorecer a realização de intervenções fundamentadas em suas necessidades específicas. Desta forma, este estudo teve como objetivo determinar o perfil obstétrico nas etapas de início do trabalho de parte, durante o parto, o pós-parto e o puerpério, em adolescentes que realizam seu parto em um Hospital Público da Cidade do México.

As hipóteses que traçamos foram que o perfil obstétrico das adolescentes no início do trabalho de parto, durante o parto, no pós-parto e no puerpério é de médio e alto risco.

Método

Trata-se de um estudo observacional, descritivo e transversal. A amostra consistiu de 85 adolescentes grávidas, selecionadas por conveniência, encaminhadas de dois Centros de Saúde para um Hospital Público da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Cidade do México, de dezembro de 2011 a abril de 2012. Os critérios de inclusão foram: ser adolescente gestante na segunda metade da gravidez; haver realizado controle pré-natal; ter ingressado na sala de parto do Hospital Público.

Os instrumentos utilizados foram as cédulas de risco perinatal chamadas "Previgen" IV, V, VI e VIII, que correspondem a uma parte do Sistema de Avaliação de Risco Reprodutivo e Perinatal (SERRP) [Vargas, 2003]19, do Centro de Investigação Materno-Infantil do Grupo de Estudos do Nascimento (CIMIGEN). Elas medem, respectivamente, o risco ao início do trabalho de parto, durante o trabalho de parto, no pós-parto e no puerpério. Sua aplicação permite a avaliação efetiva dos fatores de risco na etapa perinatal, para sua eliminação, modificação ou diminuição da sua capacidade de afetar a saúde materna, e permite também indicar os casos de alto risco a cuidados subsequentes. O instrumento consta de 41 variáveis ou fatores de risco e é preenchido por um avaliador. Com base na marcação mundial, os riscos são considerados da seguinte maneira: cor verde indica Risco Baixo (RB); cor amarela representa Risco Médio (RM); e cor vermelha implica Risco Alto (RA). Ou seja, é uma medição qualitativa em escala ordinal.

Seis estudantes bolsistas de graduação do curso de Licenciatura em Enfermagem e Obstetrícia previamente capacitados sobre os antecedentes e objetivos do projeto, assim como do manuseio do instrumento e das instruções para sua aplicação, realizaram a coleta dos dados após a alta das pacientes, em seus domicílios, e utilizando formulários, por meio de comunicação permanente e consentimento prévio informado.

Todos os dados coletados foram organizados em bancos de dados construídos no programa Excel e submetidos a estatística descritiva, por meio do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 15.

A pesquisa atendeu aos princípios éticos de beneficência e não maleficência, veracidade, privacidade e confidencialidade, apontados no código ético de Enfermagem( 1010 . Secretaría de Salud (MX). Subsecretaría de innovación y calidad. Comisión Interinstitucional de Enfermería. Código de ética para las enfermeras y enfermeros de México [Internet]. Ciudad de México: Secretaría de Salud-IMSS-ISSSTE, 2001. [acesso 6 mar 2013]. Disponível em: http://bit.ly/RKTtTF
http://bit.ly/RKTtTF...
). A coleta de dados foi iniciada após a aprovação do Comitê de Ética do Hospital Público, sob o Nº de registro 27676-2286-26-X. Posteriormente obtivemos o consentimento informado das adolescentes gestantes juntamente à pessoa responsável (mãe, pai, tutor ou companheiro), antes de realizar as entrevistas, tanto para as entrevistas diretas como para o preenchimento dos instrumentos desenvolvidos.

Resultados

Completaram o instrumento 85 sujeitos de estudo (100%).

Variáveis no início do trabalho de parto

Tabela 1
- Distribuição das adolescentes de acordo com as variáveis ao início do trabalho de parto. Cidade do México, México, 2012

A tabela 1 mostra que o risco obstétrico nesta etapa foi 55% baixo, 35% médio e 10% alto.

Quanto à emotividade, 75% das adolescentes mostraram tranquilidade e apenas 2% não controlaram suas emoções. Sobre as contrações uterinas, a maioria (76%) teve de 3 a 4 contrações em dez minutos; a intensidade foi normal em 84% das adolescentes; 92% das adolescentes tiveram de 40 a 60 segundos de duração por contração.

No entanto, para as demais variáveis analisadas, dilatação do colo uterino, frequência cardíaca fetal, pelve e estado das membranas, a maioria apresentou padrões dentro da normalidade. Destaca-se que 10% das adolescentes permaneceram estacionadas em relação à dilatação em centímetros (cms) do colo uterino, e em relação ao estado das membranas, 15% romperam em um intervalo de 8 horas. Quanto ao feto, 90% ou mais das adolescentes estiveram em limites normais e condições favoráveis, nesta etapa da avaliação.

Variáveis durante o trabalho de parto

Tabela 2
- Distribuição das adolescentes de acordo com as variáveis durante o trabalho de parto. Cidade do México, México, 2012

Com relação ao risco no momento do parto, a tabela 2 mostra que foi baixo em 55% dos sujeitos do estudo, médio em 18% e alto em 27%.

Com relação às variáveis durante o trabalho de parto, observamos que aquelas relacionadas com a descida da apresentação fetal, duração do trabalho de parto e o tipo de desprendimento da placenta são as que apresentarão maior risco. De todas as adolescentes avaliadas, 16% apresentaram descida difícil, 15% experimentaram mais de 9 horas de duração de trabalho de parto, e 17% realizaram desprendimento manual.

Variáveis no pós-parto

Tabela 3
- Distribuição das adolescentes de acordo com as variáveis no Pós-Parto. Cidade do México, México, 2012

O risco no pós-parto foi 50% baixo, 25% médio e 25% alto (Tabela 3). De 85 partos atendidos na sala de parto, 98% foram em apresentação cefálica e apenas 2% foram em apresentação pélvica. Dos indicadores da variável nascimento, vemos que 74% nasceram por parto normal e 26% por cesárea, das quais 23% foram de emergência e 2% programadas. Em relação ao trauma Obstétrico, ele esteve ausente em 97% e 3% o apresentaram. Convém destacar que o risco médio no pós-parto, as variáveis peso da criança, idade gestacional e sofrimento fetal foram essenciais para este resultado. Sobre o peso registrado no nascimento, 10% foram de 1000 a 2499 g. De acordo com a escala de Capurro para o cálculo da idade gestacional por semanas, 13% estavam entre 33 e 42 semanas ou mais. Dos sinais de sofrimento fetal, 8% foram moderados ou severos.

Variáveis no puerperio

Tabela 4
- Distribuição das adolescentes de acordo com as variáveis no Puerpério. Cidade do México, México, 2012

Referente ao perfil obstétrico das adolescentes no puerpério, 90% foram de risco baixo, 8% médio e 2% alto (Tabela 4).

Para todas as variáveis avaliadas, o risco foi na maioria baixo, mas provou-se que a lactância materna, os sinais vitais, a temperatura e a avaliação do edema devem ser fatores de atenção.

As mães adolescentes realizaram lactância materna em 87% dos casos, mas 13% alimentaram seus bebês com fórmula láctea. Os resultados indicam que 2% apresentaram hipertensão e hipertermia moderadas. Das adolescentes, 92% não tiveram edema, 7% foram regionais e 1% generalizado.

Discussão

Os fatores de risco indicam a probabilidade de que ocorra um dano à saúde da(s) pessoa(s). Neste estudo, obtivemos diferentes indicadores de risco em adolescentes durante as etapas de início do trabalho de parto, parto e durante o pós-parto, incluindo o recém-nascido.

É importante destacar que durante todo o pré-parto, parto, pós-parto e puerpério, deve ser feito o controle pré-natal. No entanto, os estudos indicam que as gestantes adolescentes comparecem menos às consultas no período pré-natal e, muitas vezes, demoram a procurar assistência pré-natal, especialmente na primeira gravidez(11). Um estudo realizado no Brasil, no qual foram analisados dados de 2.557 nascimentos, mostrou que as mães adolescentes estiveram, de forma sistemática, em desvantagem em relação às demais mães, tanto no que se refere às características socioeconômicas quanto à assistência recebida durante a gestação e o parto( 1212 . Cesar JA, Mendoza-Sassi RA, Gonzalez-Chia DA, Mano OS, Goulart-Filha SM. Características sociodemográficas e de assistência à gestação e ao parto no extremo sul do Brasil. Cad Saúde Pública. 2011;27(5):985-94. ).

Identificou-se que a maioria das adolescentes nas diferentes etapas do estudo, ou seja, no início do parto, durante o parto, no pós-parto e no puerpério, apresentaram parâmetros dentro da normalidade, que podem indicar a possibilidade de a atenção pré-natal ter sido adequada. Contudo, identificaram-se alguns fatores de risco, como: risco médio ou alto ao nascer (50%), 21% destes nascimentos foram de emergência, em 48% das vezes o desprendimento da placenta foi dirigido ou manual e a idade gestacional de entre 33-36 semanas foi de 6%.

No presente estudo, cerca de três quartos das adolescentes se mostraram tranquilas durante o trabalho de parto. Não obstante, cerca de um quarto se mostrou ansiosa ou não controlou suas emoções. Sabe-se que experiências positivas durante o parto contribuem para a diminuição do medo e dão maior segurança à mulher em eventuais partos posteriores. Neste sentido, um estudo realizado na Noruega demonstrou a associação entre complicações obstétricas e o medo do parto( 1313 . Størksen HT, Garthus-Niegel S, Vangen S, Eberhard-Gran M. The impact of previous birth experiences on maternal fear of childbirth. Acta Obstet Gynecol Scand. 2013;92(3):318-24. ).

Experiências negativas das mulheres durante o estado de gravidez e o parto estão associadas à ocorrência de depressão no pós-parto e o baixo bem-estar( 1414 . Gausia K, Ryder D, Ali M, Fisher C, Moran A, Koblinsky M. Obstetric complications and psychological well-being: experiences of Bangladeshi women during pregnancy and childbirth. J Health Popul Nutr. 2012;30(2):172-80. ). Para que isso seja evitado, um bom acompanhamento da adolescente na gestação é imprescindível, desde o controle pré-natal, e um cuidadoso histórico deve ser levantado com relação ao medo no parto, complicações e experiências em partos anteriores. Durante o parto, deve haver uma boa comunicação entre a adolescente e a equipe de saúde, e o tema do controle da dor deve ser abordado.

Ficou evidenciado que, durante o parto, muitas adolescentes sentem-se vulneráveis com a questão da hospitalização, não têm acompanhamento e atenção de forma paciente, não recebem as informações e o apoio necessários; portanto, não se sentem respeitadas como sujeitos de direitos e não atuam como protagonistas do nascimento de seus filhos. Estas situações podem afetar a participação e interação da adolescente durante o parto e o pós-parto, além de contribuir para que a evolução do trabalho de parto se torne difícil( 1515 . Enderle CF, Kerber NPC, Susin LRO, Gonçalves BG. Delivery in adolescents: qualitative factors of care. Rev Esc Enferm USP. 2012;46(2):287-94. ).

Igualmente, deve-se levar em conta que esta mesma adolescente tem mais potencial para colaborar e cuidar de si, e que muitas dificuldades encontram-se pautadas pelas representações dos profissionais que ainda veem a adolescência como um momento de extrema inexperiência, imaturidade e alienação, não tendo capacidade de decidir o que seria melhor para elas.

Desta forma, a atenção ao parto das adolescentes exige que os serviços e as instituições de saúde, inclusive as instituições formadoras, reinterpretem o papel dos profissionais da saúde na atenção ao parto e no nascimento, e a forma de organização das práticas obstétricas nas maternidades, garantindo uma assistência humanizada, orientada pelos direitos dos usuários e baseada em evidências. Neste estudo, o enfermeiro tem papel fundamental na alteração das práticas de atenção ao parto, e um importante papel articulador na operacionalização da Política de Humanização do Parto e Nascimento, priorizando a promoção do parto e nascimento saudáveis, respeitando o processo fisiológico, a dinâmica de cada nascimento e criando na adolescente o papel de protagonista durante o parto( 1616 . Silva RC, Soares MC, Jardim VMR, Kerber NPC, Meincke SMK. O discurso e a prática do parto humanizado de adolescentes. Texto Contexto Enferm. 2013;22(3):629-36. ).

Em relação ao trauma obstétrico, esse esteve ausente em 97% e 3% o apresentaram. Estudos sobre o parto traumático demonstraram que as mulheres que apresentam sintomas dissociativos ou emoções negativas durante o parto, que tiveram eventos traumáticos prévios, depressão durante a gestação, e que tiveram pouco apoio social e da equipe de saúde, são mais suscetíveis a apresentar Transtorno de Estresse Pós-Traumático/TEPT pós-parto( 1717 . Zambaldi CF, Cantilino A, Sougey EB. Parto traumático e transtorno de estresse pós-traumático: revisão da literatura. J Bras Psiquiatr. 2009;58(4):252-7. ). Neste sentido, e tendo em conta que a maioria das adolescentes deste estudo não mostrou nenhum trauma obstétrico, 3% apresentaram traumas que podem constituir também lesões ao nascituro. A maioria das lesões é leve e autolimitada, requerendo apenas observação, mas algumas são inicialmente subclínicas e podem progredir rapidamente.

O risco obstétrico no começo do trabalho de parto foi baixo em sua maioria. No entanto, 45% se encontram entre médio e alto. Dos indicadores da variável Nascimento, encontramos que 74% foram crianças nascidas por parto vaginal e 26% por cesárea, das quais 21% foram de urgência. Em relação ao tipo de parto entre as adolescentes, a porcentagem encontrada de cirurgia cesárea foi menor em comparação à porcentagem de parto normal, o que está de acordo com o encontrado em outros estudos, já que a distócia do trabalho de parto também tende a ocorrer com mais frequência entre as mulheres gestantes de idade avançada, e é em parte responsável por um maior número de partos por cesárea( 1111 . Santos GHN, Martins MG, Sousa MS, Batalha SJC. Impacto da idade materna sobre os resultados perinatais e via de parto. Rev Bras Ginecol Obstet. 2009;31(7):326-34. - 1212 . Cesar JA, Mendoza-Sassi RA, Gonzalez-Chia DA, Mano OS, Goulart-Filha SM. Características sociodemográficas e de assistência à gestação e ao parto no extremo sul do Brasil. Cad Saúde Pública. 2011;27(5):985-94. , 1818 . Metello J, Torgal M, Viana R, Martins L, Maia M, Casal E, et al. Desfecho da gravidez nas jovens adolescentes. Rev Bras Ginecol Obstet. 2008;30(12):620-5. ).

Com respeito à idade gestacional, os resultados mostraram que 87% foram entre 37-41 semanas e apenas 6% nas semanas 33-36, e não confirmaram a hipótese de outros estudos, d que a probabilidade de nascimentos prematuros seria mais alta entre as adolescentes. A maior incidência de parto prematuro entre as adolescentes foi apontada em diversos estudos nacionais e internacionais, tendo em conta a falta de maturidade física da gravidez adolescente, as complicações na gestação, os cuidados inadequados no período pré-natal e no parto, o número de consultas pré-natais, o tipo de gravidez e o parto por cesárea( 1111 . Santos GHN, Martins MG, Sousa MS, Batalha SJC. Impacto da idade materna sobre os resultados perinatais e via de parto. Rev Bras Ginecol Obstet. 2009;31(7):326-34. - 1212 . Cesar JA, Mendoza-Sassi RA, Gonzalez-Chia DA, Mano OS, Goulart-Filha SM. Características sociodemográficas e de assistência à gestação e ao parto no extremo sul do Brasil. Cad Saúde Pública. 2011;27(5):985-94. , 1919 . Bildircin FD, Kurtoglu E, Kokcu A, Isik Y, Ozkarci M, Kuruoglu S. Comparison of perinatal outcome between adolescent and adult pregnancies. J Matern Fetal Neonatal Med. 2013;27(8):829-32. - 2020 . Zaganelli FL, Ferreira FA, Lamounier JA, Colosimo EA, Santos ASM, Zaganelli FL. Gravidez da adolescente em hospital universitário no Espírito Santo, Brasil: aspectos da gestação, parto e repercussões sobre o recém-nascido. Adolesc Saude. 2013;10(1):7-16. ).

Em relação aos recém-nascidos de mães adolescentes, outro dado amplamente mencionado, além da prematuridade, é o baixo peso ao nascer. No entanto, os resultados deste estudo diferem dos de outras pesquisas, já que as porcentagens que indicam o peso ao nascer mostraram que 82% tinham entre 2500 e 3499 gramas, 10% pesavam entre 2000 e 2499 gramas, 6% tinham de 3500 a 3999, e 2% tinham menos de 2000 gramas. Esta descoberta confirma os dados de um estudo que teve como objetivo examinar os aspectos da gravidez e do parto em mulheres adolescentes e adultas, para comparar os efeitos sobre o recém-nascido, chegando à conclusão que a probabilidade de que um bebê tenha peso baixo era de 24% quando a mãe pertencia à categoria de idade entre 10 e 14 anos, e de 10% quando a mãe tinha entre 15 e 19 anos, em comparação às mães da faixa de 20 a 34 anos. Portanto, as mães adolescentes têm mais possibilidades de que o recém-nascido sofra baixo peso, em comparação com as mães de mais idade( 2121 . Guimarães AMDN, Bettiol H, Souza L, Gurgel RQ, Almeida MLD, Ribeiro ERRO, et al. Is adolescent pregnancy a risk factor for low birth weight? Rev Saúde Pública. 2013;47(1):11-9. ).

Destacamos também que a idade materna por si só não está associada ao baixo peso ao nascer e que a adolescência pode se converter em um fator de risco de baixo peso ao nascer entre as mães solteiras, fumantes, usuárias de drogas e com transtornos alimentares( 2121 . Guimarães AMDN, Bettiol H, Souza L, Gurgel RQ, Almeida MLD, Ribeiro ERRO, et al. Is adolescent pregnancy a risk factor for low birth weight? Rev Saúde Pública. 2013;47(1):11-9. - 2222 . Almir de Castro Neves Filho, Álvaro Jorge M Leite, Zenilda Vieira Bruno, José Gomes B Filho, Cristiana Ferreira da Silva. Gravidez na adolescência e baixo peso ao nascer: existe associação? Rev Paul Pediatr. 2011;29(4):489-94. ).

Em relação à pressão arterial (P/A) da população do estudo, 93% se manteve entre 100 e 139 P/A sistólica, 93% se manteve entre 60 e 80 P/A diastólica, enquanto 6% registraram valores de 140 a 160 P/sistólica, 7% de 91 a 109 P/diastólica. Estes dados deixam clara a importância do controle da pressão arterial e da manutenção dos níveis adequados, porque a evidência mostra que a pré-eclampsia acontece com mais frequência nos extremos da vida reprodutiva e que há uma associação significativa entre as adolescentes grávidas( 2323 . Chen XK, Wen SW, Fleming N, Demissie K, Rhoads GG, Walker M. Teenage pregnancy and adverse birth outcomes: a large population based retrospective cohorte study. Int J Epidemiol. 2007;36(2):368-73. ).

Tendo em conta o índice de Apgar como um fator de risco importante de morbidade e mortalidade neonatal, notamos que 8% receberam uma qualificação de 7-10, mas o restante não a informou, o que impede uma discussão mais a fundo sobre este dado. Ainda assim, cabe apontar que os índices baixos entre as adolescentes nem sempre estão associados. Um estudo recente mostrou que as crianças que haviam nascido com pontuação de Apgar menores do que sete representaram 3,1% dos recém-nascidos, sendo 4,1% entre as adolescentes, 2,6% entre as adultas e 5,7% entre adultas de idade avançada, ou seja, acima ou igual a 35 anos( 1111 . Santos GHN, Martins MG, Sousa MS, Batalha SJC. Impacto da idade materna sobre os resultados perinatais e via de parto. Rev Bras Ginecol Obstet. 2009;31(7):326-34. ).

Outro estudo mostrou que a hipoxia aos cinco minutos de vida teve associação com o número de consultas pré-natais e não teve associação estatisticamente significativa entre a idade das mães, de 10 a 14, e de 15 a 19, com a hipoxia aos cinco minutos de vida( 2020 . Zaganelli FL, Ferreira FA, Lamounier JA, Colosimo EA, Santos ASM, Zaganelli FL. Gravidez da adolescente em hospital universitário no Espírito Santo, Brasil: aspectos da gestação, parto e repercussões sobre o recém-nascido. Adolesc Saude. 2013;10(1):7-16. ).

Além disso, considerando que no México o drama das "meninas-mães" (menores de 18 anos) que dão à luz uma criança apresenta tendência crescente segundo dados da UNFPA( 1. United Nations Population Fund. The State of World Population 2004: The Cairo Consensus at Ten: Population, Reproductive Health and the Global Effort to End Poverty. , p. 76. New York: UNFPA; 2004. [acesso 20 fev 2010]. p. 76. Disponivel em: http://www.unfpa.org/swp/2004/pdf/en_swp04.pdf
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), suas consequências para a saúde é transcendente, porque a cada ano morrem 70.000 jovens em países em desenvolvimento, por questões relacionadas à maternidade precoce( 1. United Nations Population Fund. The State of World Population 2004: The Cairo Consensus at Ten: Population, Reproductive Health and the Global Effort to End Poverty. , p. 76. New York: UNFPA; 2004. [acesso 20 fev 2010]. p. 76. Disponivel em: http://www.unfpa.org/swp/2004/pdf/en_swp04.pdf
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). Sobretudo entre as adolescentes, a maternidade precoce implica um alto grau de risco, especialmente naquelas que procedem das classes mais pobres, com falta de um parceiro estável e com nível inferior de escolaridade, fatores que estão associados com um maior risco de complicações maternas e que avançam desfavoravelmente em direção à morte materna( 4. Oliveira Jr FC, Surita FG, Pinto e Silva JL, Cecatti JG, Parpinelli MA, Haddad SM, et al. Severe maternal morbidity and maternal near miss in the extremes of reproductive age: results from a national cross- sectional multicenter study. BMC Pregnancy Childbirth. [Internet]. 2014 [acesso 26 jun. 2014];14:77. Disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3975952/?tool=pubmed
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles...
, 7. Lenkiewicz NE. El embarazo en adolescentes: un tema con variaciones polémicas. Género y Salud en Cifras. [Internet]. 2008 [acesso 6 mar 2013];6(1):7-11. Disponível em: http://www.facmed.unam.mx/deptos/salud/genero/boletines/boletin%20V6-1.pdf
http://www.facmed.unam.mx/deptos/salud/g...
). Com o objetivo de reduzir os riscos, e portanto, as situações de vulnerabilidade, devemos ampliar os atributos da Atenção Primária da Saúde, acesso de primeiro contato, integralidade, longitudinalidade, coordenação, orientação familiar e comunitária, e competência cultural, para assim oferecer uma atenção integral(21,24) ).

Conclusão

Identificamos que a maioria das adolescentes nas diferentes etapas do estudo apresentou baixo risco e parâmetros dentro da normalidade. O seguimento do processo reprodutivo das adolescentes grávidas evidenciou também as repercussões da qualidade do cuidado pré-natal, avaliou as limitações no seu autocuidado pela falta de preocupação consigo mesmas e com seus filhos, pois não avaliam os riscos e os cuidados exigidos ao estarem no ambiente materno. O estudo ofereceu a oportunidade de identificar estratégias para a abordagem de riscos devido à vulnerabilidade inerente a este tipo de população, em que os cuidados são para o casal igualmente, e para a identificação de prioridades na saúde. Uma limitação da presente investigação foi a cobertura dos registros, principalmente por falta de comunicação entre o avaliador e as pacientes no momento de dar à luz, embora os dados obtidos tenham sido representativos para o contexto estudado. Apesar dessas limitações, podemos concluir que o estudo favorece o reconhecimento dos fatores de risco nas etapas de parto, pós-parto e puerpério; pode permitir às enfermeiras obstetras reinterpretarem sua participação na detecção oportuna de fatores de risco nas adolescentes e realizarem intervenções não apenas no quesito biológico, mas também nos aspectos psicossociais: diminuir o medo, o estresse, a ansiedade, modificar rotinas hospitalares para favorecer a participação da família e empoderá-las por meio do acompanhamento, tirando dúvidas e favorecendo o exercício de seus direitos. Os resultados apresentados permitem configurar um marco geral, que deve ser levado em consideração em estudos futuros sobre o perfil obstétrico de adolescentes grávidas, nos quais pode-se e deve-se incorporar outras vertentes analíticas e disciplinares.

Agradecimentos

Ao Hospital Público da Cidade do México por disponibilizar suas instalações para a realização deste estudo. Às enfermeiras do Serviço de Controle Pré-Natal do Hospital Público da Cidade do México por cooperarem com a equipe de pesquisa.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Sep-Oct 2015

Histórico

  • Recebido
    22 Jul 2014
  • Aceito
    22 Mar 2015
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