A dor desde a perspectiva do ciclo de vida: avaliação e medição através de métodos psicofísicos de estimação de categoria e magnitude

Sousa, Fátima Aparecida Emm Faleiros; Silva, Talita de Cássia Raminelli da; Siqueira, Hilze Benigno de Oliveira Moura; Saltareli, Simone; Gomez, Rodrigo Ramon Falconi; Hortense, Priscilla

doi:10.1590/1518-8345t.0714.2769

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Artigo Original • Rev. Latino-Am. Enfermagem 24 • 2016 • https://doi.org/10.1590/1518-8345t.0714.2769 linkcopiar

A dor desde a perspectiva do ciclo de vida: avaliação e medição através de métodos psicofísicos de estimação de categoria e magnitude^¹

Autoria SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

Resumo

Objetivo: descrever a dor aguda e a crônica na perspectiva do ciclo vital. Métodos: participaram 861 pessoas com dor. Foi utilizada a Escala Multidimensional de Avaliação da Dor (EMADOR). Resultados: no método da estimação de categoria o descritor da dor crônica de maior atribuição para crianças e adolescentes foi "Chata" e para adultos foi "Desconfortável". Os descritores de maior atribuição para dor aguda em crianças e adolescentes foram "Complicada" e em adultos "Insuportável". No método de estimação de magnitude, o descritor de maior atribuição na dor crônica foi "Atormentadora" e na dor aguda foi "Terrível".

Conclusões: a EMADOR é uma escala confiável e pode ser utilizada nas diferentes etapas do desenvolvimento humano.

Descritores:
Dor; Medição da Dor; Estágios do Ciclo de Vida

Autoria

person Fátima Aparecida Emm Faleiros Sousa

schoolPhD, Professor Titular, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, Ribeirão Preto, SP, Brasil.PhD, Professor Titular, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, Ribeirão Preto, SP, Brasil.PhD, Professor Titular, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, Ribeirão Preto, SP, Brasil.

person Talita de Cássia Raminelli da Silva

schoolEnfermeira, Doutoranda, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, Ribeirão Preto, SP, Brasil.Enfermeira, Doutoranda, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, Ribeirão Preto, SP, Brasil.Enfermeira, Doutoranda, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, Ribeirão Preto, SP, Brasil.

person Hilze Benigno de Oliveira Moura Siqueira

schoolPhD, Professor Substituto, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano, Campus Petrolina, Petrolina, PE, Brasil.PhD, Professor Substituto, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano, Campus Petrolina, Petrolina, PE, Brasil.PhD, Professor Substituto, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano, Campus Petrolina, Petrolina, PE, Brasil.

person Simone Saltareli

schoolPsicóloga, PhD.Psicóloga, PhD.Psicóloga, PhD.

person Rodrigo Ramon Falconi Gomez

schoolMestrando, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, Ribeirão Preto, SP, Brasil.Mestrando, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, Ribeirão Preto, SP, Brasil.Mestrando, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, Ribeirão Preto, SP, Brasil.

person Priscilla Hortense

schoolPhD, Professor Adjunto, Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil.PhD, Professor Adjunto, Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil.PhD, Professor Adjunto, Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil.

Correspondência: Fátima Aparecida Emm Faleiros Sousa Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto Departamento de Enfermagem Geral e Especializada Av. Bandeirantes, 3900 Bairro: Monte Alegre CEP: 14040-902, Ribeirão Preto, SP, Brasil E-mail:
ffaleiros@usp.br

SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

PhD, Professor Titular, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, Ribeirão Preto, SP, Brasil.PhD, Professor Titular, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, Ribeirão Preto, SP, Brasil.PhD, Professor Titular, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, Ribeirão Preto, SP, Brasil.

Enfermeira, Doutoranda, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, Ribeirão Preto, SP, Brasil.Enfermeira, Doutoranda, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, Ribeirão Preto, SP, Brasil.Enfermeira, Doutoranda, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, Ribeirão Preto, SP, Brasil.

PhD, Professor Substituto, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano, Campus Petrolina, Petrolina, PE, Brasil.PhD, Professor Substituto, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano, Campus Petrolina, Petrolina, PE, Brasil.PhD, Professor Substituto, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano, Campus Petrolina, Petrolina, PE, Brasil.

Psicóloga, PhD.Psicóloga, PhD.Psicóloga, PhD.

Mestrando, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, Ribeirão Preto, SP, Brasil.Mestrando, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, Ribeirão Preto, SP, Brasil.Mestrando, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, Ribeirão Preto, SP, Brasil.

PhD, Professor Adjunto, Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil.PhD, Professor Adjunto, Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil.PhD, Professor Adjunto, Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil.

Tabelas

Tabelas (5)

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Tabela 1 Médias aritméticas e seus respectivos desvios-padrão de caracterização da dor crônica em relação à faixa etária entre 5 e 18, de acordo com a EMADOR. Ribeirão Preto, SP, Brasil, 2012

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Tabela 2 Médias aritméticas e seus respectivos desvios-padrão de caracterização da dor crônica em relação à faixa etária entre 19 e 93, de acordo com a EMADOR. Ribeirão Preto , SP, Brasil, 2012

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Tabela 3 Médias aritméticas e seus respectivos desvios-padrão de caracterização da dor aguda em relação à faixa etária entre 5 e 18, de acordo com a EMADOR. Ribeirão Preto , SP, Brasil, 2012

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Tabela 4 Médias aritméticas e seus respectivos desvios-padrão de caracterização da dor aguda em relação à faixa etária entre 22 e 69, de acordo com a EMADOR. Ribeirão Preto , SP, Brasil, 2012

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Tabela 5 Média geométricas de caracterização da dor crônica e aguda através do Método Psicofísico de Estimação de Magnitude. Ribeirão Preto, SP, Brasil, 2012

table_chartTabela 1 Médias aritméticas e seus respectivos desvios-padrão de caracterização da dor crônica em relação à faixa etária entre 5 e 18, de acordo com a EMADOR. Ribeirão Preto, SP, Brasil, 2012

*Média = Média aritmética, †DP= Desvio Padrão

table_chartTabela 2 Médias aritméticas e seus respectivos desvios-padrão de caracterização da dor crônica em relação à faixa etária entre 19 e 93, de acordo com a EMADOR. Ribeirão Preto , SP, Brasil, 2012

Faixa Etária	Descritores (dor crónica)			Descritores (dor crónica)	Média^*	DP^†
Faixa Etária	Maior atribuição			Menor atribuição	Média^*	DP^†
19-93 anos	Desconfortável	7.74	2.20	Desgraçada	3.47	3.09
	Desagradável	7.59	2.24	Demoníaca	4.69	2.92
	Inconveniente	7.57	2.17	Brutal	3.87	2.52
	Dolorosa	7.49	2.35	Assustadora	4.07	2.96
	Forte	7.28	2.15	Monstruosa	5.12	2.93

*Média = Média aritmética, †DP= Desvio Padrão

table_chartTabela 3 Médias aritméticas e seus respectivos desvios-padrão de caracterização da dor aguda em relação à faixa etária entre 5 e 18, de acordo com a EMADOR. Ribeirão Preto , SP, Brasil, 2012

Faixa Etária	Descritores (dor aguda)	Média^*	DP^†	Descritores (dor aguda)	Média^*	DP^†
Faixa Etária	Maior atribuição	Média^*	DP^†	Menor atribuição	Média^*	DP^†
05-07 anos	Complicada	8.20	2.34		Amedrontadora	2.80	2.04
	Molesta	8.00	2.86		Circular	2.90	3.24
	Desagradável	7.80	2.39		Cortante	3.10	3.84
	Arrasadora	7.70	3.33		Alucinante	3.80	3.79
	Desenfreada	7.30	3.12		Debilitante	3.90	2.80
08-11 anos	Desagradável	6.94	3.47		Esmagadora	1.38	2.65
	Dolorosa	6.81	2.92		Fria	1.69	2.21
	Chata	6.63	3.09		Desesperadora	2.13	2.44
	Considerável	6.00	3.55		Como choque	2.25	3.04
	Desconfortável	5.81	2.88		Alucinante	2.38	3.09
12-18 anos	Chata	7.57	2.88		Cortante	2.57	3.40
	Desagradável	7.13	2.45		Fria	2.70	3.41
	Desconfortável	5.96	3.25		Desesperadora	2.74	3.07
	Clara	5.91	3.89		Doida	3.13	4.05
	Assaltante	5.98	3.25		Destruidora	3.17	3.40

*Média = Média aritmética, †DP= Desvio Padrão

table_chartTabela 4 Médias aritméticas e seus respectivos desvios-padrão de caracterização da dor aguda em relação à faixa etária entre 22 e 69, de acordo com a EMADOR. Ribeirão Preto , SP, Brasil, 2012

Faixa Etária	Descritores (dor aguda)	Média^*	DP^†	Descritores (dor aguda)	Média^*	DP^†
Faixa Etária	Maior atribuição	Média^*	DP^†	Menor atribuição	Média^*	DP^†
22 - 69 anos	Insuportável	6.73	2.60	Enlouquecedora	2.03	1.07
	Intensa	6.32	2.71	Que cega	2.94	1.29
	Desesperadora	5.87	2.37	Alucinante	3.09	1.91
	Terrível	5.64	2.81	Aniquiladora	3.58	2.10
	Tremenda	5.23	2.50	Desumana	3.9	2.07

*Média = Média aritmética, †DP= Desvio Padrão

table_chartTabela 5 Média geométricas de caracterização da dor crônica e aguda através do Método Psicofísico de Estimação de Magnitude. Ribeirão Preto, SP, Brasil, 2012

Ordem de Posição	Faixa Etária	Descritores da dor crônica (n=41)	MG^*	Grupo Etário	Descritores de dor aguda (n=48)	MG^*
1	21 a 92 anos	Atormentadora	446.31	14 a 70 anos	Terrível	115.56
2		Cruel	389.89		Forte	113.78
3		Prejudicial	352.27		Insuportável	111.92
4		Terrível	330.04		Intensa	110.35
5		Incômoda	279.11		Violenta	104.22
6		Desastrosa	276.17		Profunda	103.70
7		Intensa	262.29		Monstruosa	100
8		Insuportável	254.93		Pavorosa	98.17
9		Deprimente	254.93		Desesperadora	88.66
10		Preocupante	254.08		Enlouquecedora	77.71
11		Doloroso	249.61		Tremenda	75.90
12		Agressiva	237.91		Brutal	75.61
13		Cansativa	228.95		Desumana	71.72
14		Angustiante	208.96		Aniquiladora	70.72
15		Sufocante	208.13		Dilacerante	68.36
16		Desconfortável	204.33		Que cega	68.22
17		Enjoada	201.04		Alucinante	67.30
18		Forte	198.80		Fulminante	64.60
19		Perturbadora	192.86		Esmagadora	62.46
20		Chata	188.22		Colossal	59.32

Fonte: Preparado pelos autores *MG Média Geométrica

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