Objetivos:
estratificar o risco para a síndrome da apneia obstrutiva do sono em pacientes com infarto agudo do miocárdio, atendidos em um hospital público, terciário e de ensino do Estado de São Paulo, Brasil, bem como identificar fatores sociodemográficos e clínicos relacionados.
Método:
estudo analítico transversal com 113 pacientes (média de idade 59,57 anos, 70,8% pertencentes ao sexo masculino). Utilizou-se questionário específico para caracterização sociodemográfica e clínica e o Questionário de Berlim para estratificação do risco da síndrome da apneia obstrutiva do sono.
Resultados:
a prevalência do alto risco foi de 60,2% e o desfecho de piora clínica na hospitalização foi mais frequente entre esses pacientes. Os fatores relacionados ao alto risco foram índice de massa corporal superior a 30kg/m2, hipertensão arterial e circunferência da cintura indicativa de risco cardiovascular, enquanto a idade mais avançada (60 anos ou mais) constituiu fator de proteção.
Conclusão:
considerando a elevada prevalência da síndrome da apneia obstrutiva do sono e a sua relação com piora clínica, sugere-se que o enfermeiro deve rastrear, na sua prática clínica, as pessoas com alto risco para essa síndrome, orientando medidas de controle dos fatores modificáveis e visando prevenir complicações associadas à mesma, entre elas o agravamento de doenças cardiovasculares.
Sono; Infarto do Miocárdio; Síndromes da Apneia do Sono; Enfermagem