Objetivo:
identificar a relação entre transtorno de estresse pós-traumático, ansiedade-traço e estado e violência por parceiro íntimo, durante a gestação.
Método:
estudo observacional e transversal, desenvolvido com 358 gestantes. Foram utilizados o Post-Traumatic Stress Disorder Checklist - Civilian Version, o Inventário de Ansiedade Traço-Estado e uma versão adaptada do instrumento usado no World Health Organization Multi-country Study on Women's Health and Domestic Violence.
Resultados:
após se ajustar ao modelo de regressão logística múltipla, a violência por parceiro íntimo, ocorrida durante a gestação, associou-se com o indicativo de transtorno de estresse pós-traumático. Os modelos de regressão linear múltipla ajustados evidenciaram que as vítimas de violência, na atual gestação, apresentaram maiores escores dos sintomas de ansiedade-traço e estado do que as não vítimas.
Conclusão:
reconhecer a violência por parceiro íntimo como um fator de risco clinicamente relevante e identificável, para a ocorrência de transtornos ansiosos, durante a gestação, pode ser um primeiro passo na prevenção desses problemas.
Maus-Tratos Conjugais; Ansiedade; Transtornos de Estresse Pós-Traumáticos; Gravidez; Enfermagem; Saúde Pública