RESUMO
Objetivos:
comparar a qualidade de vida e o coping religioso-espiritual de pacientes em cuidados paliativos oncológicos com um grupo de participantes sadios; avaliar se a percepção de qualidade de vida está associada às estratégias de coping religioso-espiritual; identificar as variáveis clínicas e sociodemográficas relacionadas à qualidade de vida e ao coping religioso-espiritual.
Método:
estudo transversal, realizado com 96 pacientes de ambulatório de cuidados paliativos, em um hospital público no interior do Estado de São Paulo, e 96 voluntários saudáveis, por meio de questionário utilizando dados sociodemográficos, o McGill Quality of Life Questionnaire e o Coping Religioso-Espiritual-Breve.
Resultados:
foram entrevistados 192 participantes que apresentaram boa qualidade de vida e alta utilização do Coping Religioso-Espiritual. Houve maior uso de Coping Religioso-Espiritual negativo no Grupo A, assim como menor bem-estar físico, psicológico e de qualidade de vida. Observou-se associação entre escores de qualidade de vida e Coping Religioso-Espiritual (p<0,01) em ambos os grupos. Sexo masculino, religião católica e escore de Coping Regioso-Espiritual-Breve influenciaram, de forma independente, os escores de qualidade de vida (p<0,01).
Conclusão:
ambos os grupos apresentaram escores altos de qualidade de vida e de Coping Espiritual-Religioso. Participantes do sexo masculino, praticantes de religião católica e com maiores escores de Coping Espiritual-Religioso apresentaram melhor percepção de qualidade de vida, sugerindo que essa estratégia de enfrentamento possa ser estimulada em pacientes sob cuidados paliativos.
Descritores:
Cuidados Paliativos; Qualidade de Vida; Espiritualidade; Religião; Enfermagem; Humanização da Assistência